Capítulo 21 - Jogo #4: Jogo dos sabores
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O jogo:
Através dos sentidos do olfato e paladar, tente descobrir qual guloseima sua parceira está lhe dando. Se seus acertos forem maiores que seus erros, você pode escolher o SABOR que terá a transa de vocês, do contrário a outra pessoa que terá este prazer de escolha.
Itens necessários para o jogo:
• Um lenço, gravata ou camiseta para vendar os olhos;
• Frutas ou doces dos mais diversos.
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Devidamente vendada, sentada na cama só de lingerie e sozinha no quarto, Sarah aguardava sua namorava voltar da cozinha, onde ela tinha ido pegar os itens para a brincadeira que fariam em instantes.
Pelas suas contas Juliette já estava mais de dez minutos para lá e essa espera por seu retorno somada a ansiedade para dar início logo ao jogo, já estavam causando certa impaciência na loira. Batendo os dedos nas próprias coxas, Sarah queria que sua namorada voltasse logo para o quarto. Mas nada de ouvir qualquer ruído que desse indício de sua aproximação.
- Quanta tanta demora, linda!
Enquanto isso na cozinha Juliette terminava de dispor cada uma das guloseimas escolhidas em potes de sobremesa. A seleção envolvia: abacaxi, maçã, morango, mel, pêssego em caldas e chantilly.
- Bandeja! - ela bateu em sua testa ao lembrar-se que ia precisar do objeto para colocar todos aqueles potes.
De dentro de uma das portas de cima do armário, a cardiologista apanhou a bandeja e colocou cada pote de inox sobre o objeto de madeira. Passou papel filme em todos os potes. Só depois de ter feito isso, que rumou de volta ao cômodo, empunhando a bandeja com as coisinhas que sua namorada teria que adivinhar.
- Por que demorou, linda? - os ouvidos aguçados de Sarah captaram na mesma hora os ruídos que denunciaram a entrada da namorada no quarto.
- Eu estava me decidindo pelos itens ora!
Com cuidado ela se aproximou da cama e depositou a bandeja bem ao lado do quadril da namorada, lhe avisando disto.
- Quantos são?
- Sete.
Na bandeja havia somente seis, mas ao todo seriam sete itens. O sétimo não veio junto com os demais da cozinha, porque era algo que estava no quarto, mas Juliette não pretendia mencionar nada à este respeito agora para Sarah. Faria isso só quando fosse hora deste item entrar em ação, ou seja, no final do jogo já que o sétimo item seria o último a ser usado por ela. Tratava-se do lubrificante comestível, que elas adquiriram no sex shop.
- A brincadeira não vai ficar longa e cansativa com tantos itens?
- Acho que não. Eu escolhi coisas relativamente fáceis, que tenho a impressão de que você não vai demorar pra descobrir o que eu escolhi. - enquanto falava com Sarah, Juliette foi até o guarda-roupas apanhar o sétimo item para o jogo.
- Se você diz. - a loira deu de ombros. - E saiba, que pretendo acerta tudo para ter o benefício de escolher depois qual dos sabores fará parte da segunda metade da brincadeira.
- Isso aí veremos, baby. Usarei dos meus truques para te confundir. - com cuidado para não fazer qualquer ruído que lhe denunciasse, ela apanhou da caixa onde guardam os apetrechos sexuais o tubo do lubrificante.
- E vale isso? Não li nas regras do jogo sobre confundir a parceira.
- Regras? Nós somos mestres em quebrar algumas, baby.
Sarah sorriu. Estavam quebrando a principal regra no trabalho delas.
- Isso é verdade. Mas o que está fazendo que ainda não veio para a cama, Juliette? - a loira estranhou o fato de ainda não ter sentido até agora movimento algum da namorada subindo no móvel.
Diante do questionamento dela, a cardiologista rapidamente inventou uma desculpa para justificar aquilo.
- Ah! Estou me despindo. - diante desta invenção, ela teve que se despir da blusa e depois do short, ficando apenas de calcinha, já que não havia posto a peça de cima da lingerie aquela noite.
- Ei, isso também não fazia parte do jogo e nem estava combinado.
Não mesmo! Mas agora faria parte.
- Eu resolvi incrementar. Mas se você não quiser, eu posso me vestir e...
- Negativo. - ela imediatamente interviu na fala da outra. Onde que ela não ia querer que a namorada ficasse sem roupa? Óbvio que ela poderia ficar nua. O único problema é que não a veria. Mas paciência! - Pode ficar nua mesmo que eu não possa te ver AINDA.
Juliette sorriu do comentário da loira.
- Eu não estou nua pra sua informação. Estou de calcinha.
A cardiologista seguiu em direção a cama.
- Só de calcinha é? - Sarah quis saber em um tom de voz malicioso.
- Sim! - confirmou antes de largar com cuidado o tubo do lubrificante sobre o móvel ao lado da cama.
- E eu posso me certificar disto? - erguendo as duas mãos, Sarah fez um gesto como se estivesse apalpando algo enquanto sorria de maneira travessa.
De pé ao lado dela na cama, Juliette não se conteve e sorriu.
- Você está ficando muito soltinha, doutora Andrade. Onde foi parar a minha namorada tímida? - ela a provocou.
- Ih, ela ficou alguns jogos lá pra trás. - elas caíram na risada. - Vamos, eu quero me certificar, linda. Não me enrole.
Ainda sorrindo, Juliette afastou as mãos de Sarah e sentou-se em seu colo, colando as pernas em torno da cintura da loira e assim, ficaram uma de frente para a outra.
- Pode se certificar agora. - Juliette autorizou, puxando as mãos da amada de encontro a sua cintura.
Sarah primeiro desceu as mãos um pouco para encontrar o elástico fino da calcinha e mais um pouco sentiu as pernas nuas da namorada, confirmando-lhe que sem o short e apenas de calcinha ela estava. Agora era saber se ela estava de fato SÓ com esta peça no corpo. Então a loira subiu as mãos lentamente até estas esbarrarem nos seios nús de Juliette.
- É, você está só de calcinha mesmo.
- Eu falei que estava. Satisfeita agora?
- Não muito, porque estou com essa venda me impossibilitando de te ver. Mas pelo menos as minhas mãos estarão livres para te tocar durante o jogo.
Juliette balançou a cabeça sem que Sarah visse. Sua namorada parecia bem animada aquela noite para o jogo. Talvez isso estivesse relacionado às doses de vinho que tomaram mais cedo durante o jantar.
- Doutora Andrade olha o assanhamento. - ela brincou, dando uma tapinha no ombro da namorada.
- Quem manda. Essa culpa é sua, doutora Freire. Vai ter que lidar com ela.
Juntas elas caíram na risada.
- Então... Pronta pra começar? - Juliette quis saber após elas se recuperarem
- Mais que pronta.
- Ok! Vamos nessa, baby!
Juliette lhe deu um beijo e já ia sair do colo de sua namorada, mas esta não permitiu e pediu que ela ficasse ali o jogo todo. A brincadeira assim seria mais divertida segundo ela. Atendendo ao seu pedido, a morena resolveu permanecer em seu colo como estava.
O primeiro potinho que ela pegou foi o com pêssego em calda. Dele apanhou um pedaço dos três que havia colocado ali.
- Para começar vamos testar seu olfato. - Juliette aproximou o fruto do nariz da namorada.
- Caramba! Eu conheço esse cheiro. - Sarah confidenciou após sentir bem o cheiro do fruto. - Só não estou conseguindo associá-lo agora ao quê pertence.
- Não? - Sarah negou com a cabeça. - Já que pelo olfato não descobriu. Vamos partir para o paladar. - ela levou um pequeno pedaço do pêssego a boca da amada.
Após a breve degustação às cegas do fruto, que Sarah descreveu como algo saboroso, suave e adocicado, a loira não conseguiu identificar o que provou.
Diante do ainda desconhecimento da namorada, Juliette lhe ofereceu uma segunda chance de provar o fruto.
- E então, conseguiu identificar agora?
- Pior que não. Mas eu conheço este gosto. Só não consigo identificá-lo.
Curioso como perdemos o nosso paladar quando estamos com os olhos vendados. Até mesmo coisas que na teoria são fáceis de acertar, temos dificuldades de descobrir. E isso só reforça a tese de que começamos a comer com os olhos antes.
- Desisto, linda. O que é isso?
- Não quer nem arriscar um palpite?
Ela negou com a cabeça e sua namorada lhe revelou o que se tratava aquele primeiro item.
- Pêssego? - Sarah indagou quando ouviu o que era.
- Sim!
- Não acredito que não lembrei. - balançou a cabeça descontente. Agora lhe pareceu tão fácil. Como ela não lembrou que era aquilo?
- Você já começou mau, doutora Andrade. Assim eu vou acabar ficando com o doce prazer de escolher que sabor vai ter a parte dois da brincadeira.
- Não cante vitória antes da hora, linda. O jogo está apenas no começo. Ainda tenho mais seis itens. Vamos ao próximo, vai.
A maçã foi a escolha seguinte de Juliette. Como fez anteriormente, a morena fez Sarah primeiro cheirar uma tira da fruta que havia cortado.
- Não consegui sentir cheiro de nada, Juliette.
A cardiologista acabou rindo do comentário emburrado da outra.
- Você ri é? Mas isso é meio aterrorizante sabia? Parece que vendada desaprendemos gostos e cheiros.
- Não exagera, amor. Posso continuar com o jogo?
- Deve!
Antes de lhe que dar para provar o pedaço de maçã, a morena provocou a namorada ao passear vagarosamente o pedaço do fruto por algumas partes do corpo dela como o pescoço, ombros, a extensão do colo e braços, ao mesmo tempo em que beijava cada parte onde fruto ia passando.
- O que é isso que está fazendo? - questionou confusa.
- Uma pequena brincadeira. - afirmou antes de deslizar a língua pela extensão do clavícula de Sarah, por onde havia passado o fruto. - Está gostando?
A loira suspirou fundo.
- Você sabe que a resposta é sim. - Sarah apertou a cintura da amada.
Ela escutou uma breve risadinha da outra. Na sequência, Juliette depositou por fim a outra lasca da fruta na boca de Sarah. Diferente da fruta anterior esta a loira adivinhou em segundos de degustação.
- Ah! Isso é o fruto proibido: Maçã! - contou com um sorriso.
- Muito bem! Acertou. - como bonificação por seu acerto, Juliette lhe deu uma bitoca.
- Agora vamos para o próximo.
Mel!
Neste Juliette resolveu incluir ao jogo o sentido do tato, já que não havia qualquer restrição quanto a isso. Ela avisou primeiro a namorada dessa adição de sentido antes de puxar uma das mãos dela, que estavam em sua cintura e mergulhar dois dedos de Sarah no potinho com o doce. A cardiologista fez a namorada sentir a textura do que estava lhe oferecendo.
- Isto é líquido... viscoso. - comentou Sarah após esfregar os dedos sujos de mel um no outro.
- Muito bem. Está indo num bom caminho. Sinta o cheiro.
Enquanto ela levou os dedos próximo ao nariz para sentir o cheiro do mel, Juliette teve uma ideia bem traquina que na mesma hora pôs em prática. Mergulhou o dedo indicador junto com o dedo médio no ponte com mel e pegando Sarah desprevenida passou os dedos sujos pelo colo da namorada que usava apenas o sutiã e o short de seu pijama a pedido de Juliette.
- Ei! O que está aprontando, linda?
- Passando o item para que o sinta melhor. - justificou-se, rindo.
- Mas já... Ou! - ela gemeu, porque naquele instante Juliette estava chupando o mel que havia passado pelo colo de Sarah.
- Que cheiro tem esse item Sarah? - a cardiologista questionou a outra mulher agora sujando seu pescoço.
- Eu-eu não sei. - gaguejou.
- Sente mais uma vez.
A loira o fez e um segundo depois, sentiu em seu pescoço outra chupada da namorada.
- Hum... Assim fica complicado de eu me concentrar em algo, Juliette.
Ela deixou escapar uma risadinha malandra, porque esse era o intuito de suas ações: confundi-la. Sarah erraria e consequentemente, daria mais ainda chance a cardiologista de ficar com o poder de escolher uma daquelas guloseimas para dar o sabor da transa delas.
- Ok! Já entendi seu jogo, Juliette Freire. - Sarah se recordou que ela lhe disse antes daquela brincadeira começar que ia usar de seus truque para lhe confundir. Ah, sua espertinha! Mas ela não ia se dar bem nessa não. - Não adianta tentar me confundir, que você não vai ganhar esse jogo, doutora.
A cardiologista gargalhou e viu sua namorada apertar os lábios em uma inútil tentativa de não sucumbir ao riso junto com ela.
- Olha que estou achando que vou!... Hora de provar o item 3.
Sarah já ia levar seus próprios dedos para provar aquilo, mas Juliette a impediu.
- Não será assim que provará.
- E como será? - ela indagou confusa.
- Espera aí.
Juliette passou seus próprios dedos sujos de mel em seus lábios como se estivesse passando um batom. Batom com sabor de mel!
Pegando Sarah desprevenida, a cardiologista a beijou, transferindo para os lábios da namorada o mel. Porém, antes que a loira ousasse aprofundar o beijo e com isso deixar as coisas mais quentes ali, Juliette se afastou de maneira inesperada, pondo fim a degustação de sua namorada.
- Juliette! - reclamou Sarah pela abrupta interrupção.
- O quê? - a cardiologista riu. - Já chega de beijo. Era só para você provar o gosto do item 4. E aí, descobriu?
A loira passou a língua pelos lábios buscando vestígios do doce. Não foi difícil sacar qual era. Mas... Sarah resolveu não dizer ainda a sua descoberta.
- Não!
- Como não, Sarah? É tão fácil.
- Não consegui sentir direito o gosto. Talvez, você devesse me dar outro beijo para eu tentar descobrir.
Ela jogou apenas para ganhar outro beijo de Juliette. E sua jogada logo foi entendida por sua bela namorada, que não era nem boba.
- Sarah Carolline, você está mentindo para ganhar um beijo.
- Não, linda. - mentiu se segurando para não rir.
- Por que será que não acredito nessa sua resposta, hein?
- Não faço ideia. - ela acabou, rindo. Estava quase para se trair e cair em uma completa gargalhada que denunciaria suas intenções.
Juliette a observou bem e podia jurar que sua namorada estava lhe enrolando. Mas resolveu entrar no jogo dela por ser divertido.
- OK! Vou te conceder uma segunda chance.
- Opa! Vamos lá. - Sarah esticou os lábios de uma maneira engraçada, esperando pelo beijo de sua amada.
Juliette riu da amada. Sarah parecia claramente mais leve, descontraída e principalmente, mais desinibida a cada novo jogo, o que era ótimo!
A cardiologista retocou seu batom de mel e beijou a namorada. E só para garantir que Juliette não terminaria aquele beijo abruptamente de novo, Sarah segurou em sua nuca e aprofundou o beijo. Foi quase meio minuto delas se beijando até que a própria Sarah foi a responsável por pôr fim naquilo.
- Você... Sabe... Agora? - indagou uma Juliette ofegante depois do beijaço recebido.
- Doce... como você... Isso é mel! - revelou a médica loira tão ofegante quanto sua amada.
- Acertou de novo!
- Pode esperar que não erro mais nenhum, linda.
- Veremos.
Levaram alguns segundos se recuperando antes de partirem para o próximo item: abacaxi. Este Sarah adivinhou em questão de segundos. Bastou apenas sentir o aroma da fruta para matar na hora do que se tratava
- Você está acertando tudo agora, não vale. - reclamou Juliette em uma falsa insatisfação.
- Foi você quem escolheu coisa fácil. Vamos ao próximo.
- Serão dois! - ela avisou.
- De uma vez?
- Exatamente.
- Ok.
Morango e chantilly! Juntos são uma combinação perfeita, assim como Sarah e Juliette são, ao menos é assim que a cardiologista as considerava.
Mergulhando a ponta do morango no chantilly, Juliette resolveu não fazer muita firula dessa vez. Depois do beijão que ela e sua namorada trocaram, a mulher queria o quantos antes acabar com aquele jogo e pular para o sexo. Então ela serviu direto Sarah com sua escolha de agora.
Ao degustar, a loira sentiu dentro da boca uma mistura de algo doce com azedo, bem azedo diga-se de passagem.
- Oxe! O que foi Sarah? - Juliette estranhou a careta que a loira fez.
Sarah gesticulou com a mão que Juliette esperasse e prosseguiu com sua degustação. A coisa azeda, ela conseguiu identificar já o doce foi por associação mesmo.
- Morango e chantilly. - respondeu após engolir.
- Muito bem, doutora. Acertou os dois. - ela bateu palmas para o acerto da outra. - Mas que careta foi aquela?
- O morango estava azedo demais.
- Jura? Me desculpa. Ele estava bem vermelho, que achei que estivesse doce.
- Propaganda enganosa. - brincou a loira fazendo ambas sorrirem.
- Com este acerto nem precisamos tentar o último item, né? Já ganhei o jogo mesmo.
Cinco acertos e um erro, realmente não era necessário o sétimo item. Mas Juliette fazia questão do último.
- Mas não custa nada a gente completar a brincadeira fazendo uso desse último, vai Sarah.
- Pra quê, Juliette? Eu já ganhei.
- Por favor, por favor... - ela implorou.
- É impossível dizer "não" a você. Vamos lá. - rendeu-se a loira para alegria de sua namorada.
- Tenho quase certeza de que vai errar isso. - ela comentou, apanhando o tubo do lubrificante.
- É por isso que está fazendo questão dele, não é? Só para me ver errar.
- Também.
Seria divertido vê-la errar aquilo.
- Antes que eu me esqueça, preciso te avisar que este item não faz parte da cozinha. Ele estava aqui no quarto. - ela revelou.
- Como assim, Juliette?
- Não posso dizer mais nada. Vou de te dar primeiro para sentir o cheiro.
- Tá.
Com cuidado ela aproximou do nariz de Sarah o frasco de plástico do lubrificante. Um aroma de menta logo foi identificado pelo loira.
- Eu já imagino o que seja.
Sem que Sarah pudesse ver, Juliette arqueou as sobrancelhas duvidando de que sua namorada realmente tivesse noção exata do que se tratava.
- Sem provar você já quer arriscar?
- Vou provar só para ter certeza.
Juliette estava duvidando completamente que Sarah de fato soubesse. Algo lhe dizia que sua namorada estava confundindo aquilo com outra coisa. Havia tantas possibilidades envolvendo algo que tenha aroma de menta, que ficava até difícil acertar de primeira.
Sob a instrução da namorada, Sarah pôs a língua para fora e Juliette pingou nela uma pequenina quantia do gel.
O lubrificante tinha dois efeitos, quando em contato com a pele e assoprado, esquenta. Em contato com a boca esfria. Se deixando levar pelo efeito frio, Sarah logo após provar aquilo que sua namorada lhe ofereceu, arriscou com tanta certeza que tal coisa fosse creme dental em gel, que quando Juliette negou que fosse isso a loira ficou confusa.
- Como não é?
- Não sendo, ora. - rebateu Juliette rindo, porque a cara de sua namorada estava hilária depois da negativa dela quanto ao seu palpite cheio de certeza.
- Quero provar de novo.
Ela concordou em lhe dar essa colher de chá, ciente de que Sarah não acertaria mesmo do que se tratava aquilo.
- Não é creme dental em gel, né? - para se certificar e convencer a si mesmo, Sarah questionou Juliette outra vez, após a segunda prova daquilo que ela lhe ofereceu.
- Não, amor. - confirmou sem conseguir parar de rir.
A loira se pôs a pensar um breve instante nas possibilidades do que poderia ser aquilo. Só que por mais que se esforçasse a isso, não conseguia.
Menta... Menta... Menta...
O que mais poderia ser tal coisa com àquele gosto?
- Você pode pensar e provar quantas vezes quiser, que não vai acertar. Tenho certeza.
A loira escutou sua namorada cantarolar. E tinha que lhe dá razão, porque realmente não conseguia descobrir do que se tratava aquilo. Nada vinha. Nenhuma sugestão.
- Desisto. Não sei. O que é isso, Juliette?
Os lábios dela se esticaram em um sorriso gigantesco, que não foi visto por Sarah.
- Tira a venda. - instruiu dois segundos depois.
Sarah puxou o lenço usado como venda sobre seus olhos e se deparou com sua namorada segurando um tubo plástico que lhe cobria a boca.
- Gel lubrificante. - ela leu no tubo que ela segurava na horizontal.
- E você não acertou este item.
- Mas ainda assim ganhei o jogo. - retrucou a loira em tom óbvio e com uma das sobrancelhas arqueadas.
- Uma pena, porque eu queria ganhar.
- Então devia ter escolhido coisas mais difíceis.
Sarah tinha razão. Mas fazer o quê, se Juliette quis ser desta vez boazinha com a namorada?
- Não me arrependo. Agora você precisa escolher o sabor que iremos usar.
Se ela tivesse vencido, escolheria o gel. Se bem que usar o chantilly também seria uma ótima ideia.
Sarah olhou a bandeja com as guloseimas e depois, lançou um olhar de soslaio para à bisnaga de gel na mão de Juliette. Se ela bem conhecia sua namorada, podia aposta que Juliette só colocou aquele item entre os que fariam parte da brincadeira com o propósito de usar naquele jogo caso vencesse.
Seria bem interessante!, pensou a loira.
Mas também havia uma guloseima a qual ela adoraria usar: o mel.
Talvez pudesse usar os dois. Assim agradaria a si mesma e a sua namorada.
- Que tal ao invés de um sabor, termos dois? - ela encarou sua namorada.
- Dois?
- Isso. O primeiro seria o mel... - Sarah anunciou, pegando da bandeja o pote com o doce.
- E o segundo?
- Este gel aí na sua mão.
Juliette sorriu como quem recebe a melhor notícia da sua vida. Pelo menos não teria que esperar outro jogo para fazerem uso daquele gel.
- Por que está fazendo isso?
- Bem... Eu imagino que... - enquanto se pronunciava Sarah lambuzou dois dedos no mel e sob o olhar curioso de Juliette, os passou em seu colo.
- Sarah!
- Shiiiuuuu... Agora é a minha vez no jogo. Você me sujou e depois limpou. Então retribuirei a gentileza, não se preocupe.
- Está bem. - a cardiologista concordou, sorrindo e logo em seguida, já era agraciada pelo toque aveludado da língua de sua namorada na agradável tarefa de limpar o mel de sua pele. - Hum...
- Como eu estava dizendo antes... - pronunciou-se Sarah após limpar a sujeira agora do pescoço de sua namorada. -... Eu imagino que colocou este gel entre os itens com o intuito de usá-lo hoje, estou certa?
- Sim.
- Então eu vou satisfazer sua vontade do gel e a minha pelo mel. - piscou para a namorada antes de tomar sua boca onde havia deslizado os dedos sujos de mel.
A bandeja com os demais potes foi parar no chão momentos depois. E com Sarah de joelhos na cama e posicionada entre as pernas de uma Juliette agora nua, a loira iniciou sua tarefa de sujar de pouquinho em pouquinho a namorada de mel com os dedos para depois limpá-la com língua. Debruçando-se sobre ela, Sarah começou por seus ombros, passou pelos seios, desceu até a barriga, virilha, parte interna das coxas e foi até seus macios e finos dedos dos pés.
Foi a sensação mais arrepiante e deliciosamente excitante, que Juliette já sentiu quando a língua de Sarah serpenteou por entre seus dedos, com o intuito de limpá-los.
- Isso é muito bom, amor. - fechando os olhos por míseros segundos, ela mordeu os lábios. Era a primeira vez que recebia nos pés carinhos tão perfeitos como aqueles. Nunca lhe passou pela cabeça que aquilo pudesse ser tão bom e excitante assim.
- Mesmo?
Abrindo os olhos, a cardiologista apenas assentiu positivamente para a namorada.
A boca de Sarah subiu pelas pernas de Juliette até alcançar sua lisa barriga.
- Vamos usar isto aqui agora... - mostrou o gel.
- A intenção era usar em você.
- Quem sabe depois.
Sarah pôs apenas uma pequena quantia do gel nos dedos.
- "Assopre para esquentar e use a boca para esfriar." - ela leu e sorriu. - Você vai me dizer se é isso mesmo que acontece.
Juliette assentiu enquanto via a namorada se posicionar de bruços na cama, bem entre suas pernas.
O efeito foi exatamente o descrito na bisnaga. Esquentou quando Sarah assoprou após usar seus dedos mágicos em uma massagem íntima. E esfriou quando ela substituiu os dedos pela boca, sugando, provando e provocando Juliette até ela se desmanchar em sua boca, chamando por seu nome sucessivas vezes.
- Menta e mel passaram a ser meus sabores preferidos depois do jogo de hoje, juntamente com o seu gosto.
Juliette sorriu e tocou o rosto da namorada, quando esta após erguer o rosto do meio de suas pernas, veio engatinhando sobre a morena até parar com o rosto a milímetros do da cardiologista.
- Acho que preciso experimentar para concordar com você.
- Se quiser experimentar agora será um prazer. - piscou para a namorada antes de roubar um beijo.
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E ficamos por aqui.
Ficarei ausente daqui algumas semanas pra estudar para uma prova de concurso público que acontece dia 19, mas dia 22 estou de volta com atualização.
Um xero e até lá 😘
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