☕Coffee☕
Entramos na pequena padaria que ficava do outro lado da rua, era simplesmente linda. Suas paredes creme e mesas de madeira escura deixavam tudo mais aconchegante, mais ao fundo seu enorme balcão brilhava com suas variedades de bolos, doces e pães. O cheiro de café daquele lugar aumentou minha fome que já não era pouca.
-Elisabeth? Terra chamando Elisabeth!- Eu estava tão hipnotizada pelo ambiente que não reparei que estavam me chamando
-Prefere café ou chá?- ele me perguntou
-Hm... café- Eu adoro café, é minha bebida favorita sem dúvidas
-Então 2 cafés. Vai comer alguma coisa?- Eu queria. Estou morrendo de fome, mas não tenho dinheiro agora e não queria abusar da boa vontade.
-Não precisa, não quero incomodar...- respondi cabisbaixa pela vontade de dizer sim
-Não vai incomodar em nada, escolha o que quiser.
-Já disse que não precisa, não tenho tanta fome assim, o café basta- Menti, o café não ia bastar.
-Acho um pouco difícil depois de ter desmaiado na calçada.- disse o mais alto sorrindo -Gosta de torta de morango?- Perguntou em seguida.
-Sim! É a minha favorita de todas- respondi entusiasmada
Ainda não achava certo abusar da boa vontade e pedir uma fatia de torta só pra mim, então acabei o convencendo a dividirmos um só pedaço.
Encontramos uma mesa vaga ao lado da janela e nos sentamos, afinal precisava entender o que tinha acontecido comigo.
-Voltando ao assunto inicial eu te explico o que aconteceu- disse ele retomando o assunto- Eu estava vindo para cá quando te vi do outro lado caída, fui até lá tentar ajudas, mas você ficou um tempo desmaiada. Você passou muito tempo sem comer?- me perguntou
E agora? Como eu explico que vim do futuro? Hora de inventar história.
-Sim, umas 4 horas talvez. -Menti pela segunda vez hoje -Meus pais me expulsaram de casa por brihas com meu irmão, tive que sair de lá sem dinheiro, sem roupas... enfim sem absolutamente nada- Não foi tão difícil assim.
-Eu sinto muito... Você já sabe pra onde ir?
E agora? Não tenho pra onde ir e nem conheço esse lugar! Se jenny tivesse me deixado terminar antes de mexer aqueles benditos dedos seria muito mais simples.
-Eu não faço idéia...- respondi deixando as lágrimas rolarem
-Não precisa chorar... eu te ajudo- falou enquanto me envolvia em um abraço -Pode ficar na minha casa por enquanto, meus avós não vão importar e minha mãe menos ainda...
Essas palavras soaram como música naquele momento, como alguém conseguia ser tão gentil com alguém que acabou de conhecer? Ainda mais dessa forma...
E óbvio que eu voltei a chorar, dessa vez não de desespero ou medo, mas de alívio, saber que tinha um teto já me tranquilizou...
-Tem um oceano em você? Precisa parar de chorar e se acalmar agora, um problema foi resolvido, os outros resolvemos depois. Vamos logo antes que seja tarde...- disse enquanto tentava conter minhas lágrimas.
-Talvez tenha um oceano em mim...- falei desfazendo o abraço.
Até que Ripley foi um erro bem positivo...
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