One shoot

Jisung havia se juntado recentemente à Matilha Bang, um grupo unido e protetor composto por Changbin, Bang Chan, Minho, Felix, Seungmin, Hyunjin, e Jeongin. Embora ele estivesse animado por fazer parte de algo tão especial, uma insegurança persistente o atormentava: seu peso.

Desde que se lembrava, Jisung sempre teve uma relação complicada com seu corpo. Mesmo sabendo que sua matilha não o julgaria, a pressão que ele colocava em si mesmo era esmagadora. Ele tentava esconder suas inseguranças, mas os olhos atentos de seus companheiros percebiam a mudança no comportamento dele.

Uma noite, enquanto todos estavam reunidos na sala, Felix notou que Jisung estava mais quieto do que o habitual, mexendo na comida sem realmente comer. O lobo ruivo franziu a testa e trocou um olhar preocupado com Minho, que estava sentado ao lado de Jisung. Minho, como o instintivo protetor que era, percebeu rapidamente a razão do desconforto de Jisung.

“Hyung,” Minho disse suavemente, colocando a mão sobre a de Jisung, “Tem algo que você quer compartilhar com a gente?”

Jisung hesitou, seu coração acelerando. Ele nunca quis ser um fardo para seus companheiros, mas ao olhar para os rostos preocupados ao seu redor, percebeu que talvez não precisasse carregar isso sozinho.

“Eu… eu tenho me sentido inseguro,” ele confessou, sua voz trêmula. “Sobre meu peso. Eu sei que parece bobo, mas...”

“Não é bobo, Jisung,” disse Chan, sua voz firme mas gentil. “Todos nós temos nossas lutas, e você não precisa enfrentá-las sozinho.”

Changbin, que sempre fora o mais direto do grupo, se inclinou para a frente, seus olhos fixos em Jisung. “Você já olhou para si mesmo como nós olhamos para você? Nós vemos alguém forte, corajoso, e parte essencial da nossa matilha.”

“Você é lindo do jeito que é, Jisung,” Hyunjin acrescentou, a sinceridade em suas palavras aquecendo o coração do mais novo. “E se algo está te incomodando, estamos aqui para te apoiar, seja o que for.”

Jeongin, que era o mais jovem do grupo, sorriu timidamente, mas com uma determinação que surpreendeu Jisung. “Você me ensinou a ser confiante, hyung. Eu acho que é hora de retribuir o favor.”

O peso no peito de Jisung começou a diminuir enquanto seus companheiros continuavam a expressar seu apoio incondicional. Eles falaram sobre as pressões que todos enfrentavam em suas próprias jornadas e como, juntos, poderiam superar qualquer coisa.

Felix, sempre o mais afetuoso, puxou Jisung para um abraço apertado. “Vamos passar por isso juntos, ok? Se você quer mudar algo, faremos isso do jeito certo, sem pressões ou julgamentos. Mas saiba que, para nós, você já é perfeito.”

Com lágrimas nos olhos, Jisung assentiu, sentindo uma nova onda de confiança e alívio. Ele sabia que o caminho à frente não seria fácil, mas com sua matilha ao seu lado, ele estava pronto para enfrentá-lo.

Naquela noite, a Matilha Bang reafirmou o que significava ser uma família: estar lá um para o outro, nos bons e maus momentos, e nunca deixar nenhum de seus membros se sentir sozinho em suas lutas. E com isso, Jisung percebeu que não havia lugar melhor para estar.

Jisung estava sentado no telhado da casa da matilha, observando o céu estrelado. A noite estava tranquila, mas sua mente estava um turbilhão. Ele ainda estava processando a conversa que teve com seus companheiros mais cedo. As palavras de carinho e apoio ecoavam em sua cabeça, mas as inseguranças persistiam.

De repente, ele sentiu uma presença ao seu lado. Sem precisar olhar, ele sabia que era Minho. O lobo mais velho sentou-se em silêncio ao lado dele, deixando que o tempo passasse antes de falar.

"Eu sei como é difícil, Jisung," Minho disse suavemente. "Às vezes, as palavras dos outros não são suficientes para calar as vozes dentro de nós mesmos. Mas eu quero que você saiba... você não precisa enfrentar isso sozinho."

Jisung suspirou, sentindo um nó se formar em sua garganta. "É só... eu quero ser forte, como todos vocês. Quero ser alguém em quem vocês possam confiar, não alguém que precisa ser protegido o tempo todo."

Minho virou-se para ele, seus olhos brilhando sob a luz das estrelas. "Você já é forte, Jisung. Ser forte não significa não ter inseguranças ou medos. Significa enfrentá-los, mesmo quando parece impossível. E você fez isso hoje. Você se abriu para nós, e isso é a maior prova de força que eu poderia pedir."

Jisung olhou para Minho, seu coração se aquecendo com as palavras. "Você realmente acha isso?"

"Eu não acho, eu sei," Minho respondeu, puxando Jisung para um abraço apertado. "E nós estamos aqui para te lembrar disso, sempre que precisar."

Jisung fechou os olhos, permitindo-se relaxar nos braços de Minho. Pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu que, talvez, tudo ficaria bem. Com a matilha ao seu lado, ele poderia enfrentar suas inseguranças um dia de cada vez.

E naquela noite, sob o céu estrelado, Jisung prometeu a si mesmo que continuaria lutando — por ele, por sua matilha, e por todas as coisas que o faziam ser quem ele era.

Alguns meses após o cio de Jisung, as coisas começaram a se acalmar na matilha. Ele voltou à sua rotina normal, mas havia uma mudança sutil no ar que ninguém conseguia identificar completamente. Jisung, no entanto, sentia algo diferente em seu corpo, algo que ele inicialmente atribuiu ao estresse ou talvez às consequências do cio intenso que havia experimentado.

Foi em uma tarde tranquila, enquanto estava na cozinha preparando algo para comer, que Jisung sentiu uma leve tontura. Ele se apoiou no balcão, respirando fundo, mas a sensação não passava. Minho, que estava por perto, notou a palidez repentina no rosto de Jisung e se aproximou imediatamente.

“Você está bem, Jisung?” Minho perguntou, a preocupação evidente em sua voz.

“Eu… não sei,” Jisung respondeu, tentando sorrir, mas falhando miseravelmente. “Estou me sentindo estranho ultimamente, meio enjoado e cansado. Talvez eu só precise descansar mais.”

Minho franziu o cenho. "Você tem sentido isso há quanto tempo?"

“Algumas semanas, eu acho,” Jisung admitiu, um pouco envergonhado por não ter dito nada antes. “Achei que fosse só o estresse ou algo assim.”

Minho ficou em silêncio por um momento, processando a informação. Então, como se uma lâmpada se acendesse em sua mente, ele olhou para Jisung com uma expressão de surpresa misturada com esperança. “Jisung... você acha que pode estar grávido?”

A pergunta pairou no ar entre eles, e Jisung sentiu seu coração parar por um segundo. Grávido? A ideia nunca havia realmente passado por sua cabeça. Mas agora que Minho havia mencionado, tudo começou a fazer sentido — o cansaço, os enjôos, as mudanças sutis em seu corpo.

"Eu... não sei," ele respondeu, sua voz quase um sussurro. "Mas... faz sentido, não faz?"

Minho assentiu, seus olhos suavizando com a ideia. "Faz. Talvez devêssemos fazer um teste, só para termos certeza."

Jisung concordou, e juntos, eles foram até a farmácia mais próxima para comprar um teste de gravidez. De volta à casa da matilha, Jisung entrou no banheiro enquanto Minho esperava do lado de fora, o coração batendo acelerado.

Alguns minutos depois, Jisung saiu, segurando o teste nas mãos trêmulas. Ele olhou para Minho, seus olhos grandes e brilhantes com uma mistura de medo e alegria.

“Deu positivo,” ele disse, a voz quebrando. "Eu estou grávido."

Minho não conseguiu evitar o sorriso que se espalhou por seu rosto. Ele puxou Jisung para um abraço apertado, sentindo o alívio e a felicidade inundarem seu corpo. “Você vai ser um pai incrível, Jisung. Nós vamos passar por isso juntos, todos nós.”

Jisung se aninhou nos braços de Minho, permitindo-se sentir a alegria e a antecipação que começavam a crescer dentro dele. Embora estivesse apavorado com o desconhecido, o fato de que ele teria Minho, Chan, Changbin e toda a matilha ao seu lado o confortava.

Quando os outros souberam da notícia, a casa foi preenchida com uma mistura de emoções — alegria, surpresa e um senso profundo de responsabilidade. Chan e Changbin, como alfas da matilha, se aproximaram de Jisung para garantir que ele tivesse todo o suporte necessário durante a gravidez. Felix, sempre atencioso, já estava planejando como poderia ajudar a cuidar do bebê quando ele chegasse, enquanto Hyunjin, Seungmin e Jeongin se revezavam para garantir que Jisung não se sobrecarregasse com as tarefas diárias.

Com o passar dos meses, a barriga de Jisung começou a crescer, e a excitação na matilha aumentou. Jisung, apesar de todas as preocupações iniciais, sentia-se mais conectado do que nunca com sua matilha e com o pequeno ser crescendo dentro dele.

Cada dia era um novo desafio, mas também uma nova oportunidade para fortalecer os laços que mantinham a matilha unida. E quando finalmente chegou o momento de dar à luz, Jisung sabia que, independentemente do que acontecesse, ele tinha uma família ao seu lado — uma família que o amava incondicionalmente e que estava pronta para acolher o novo membro com todo o carinho do mundo.

Felix foi um dos primeiros a perceber as mudanças em Jisung, mesmo antes de todos os outros se darem conta. Ele sempre teve uma intuição aguçada, especialmente quando se tratava de alguém que amava. Desde que Jisung entrou na matilha, Felix sentiu um instinto protetor crescer dentro dele. A notícia da gravidez de Jisung foi recebida com uma mistura de surpresa e felicidade por todos, mas para Felix, foi algo especial. Ele se sentiu imediatamente ligado àquele pequeno ser que crescia dentro de seu amigo.

Com o passar das semanas, Felix se tornou o apoio constante de Jisung. Ele se oferecia para cozinhar as refeições que Jisung ansiava — não importava a hora do dia ou da noite — e cuidava para que ele descansasse o suficiente. Jisung, em troca, se sentia mais seguro e confortável sabendo que Felix estava sempre por perto.

Uma noite, quando todos já estavam indo dormir, Felix encontrou Jisung acordado, sentado no sofá da sala. O olhar de Jisung estava perdido em algum ponto distante, e uma mão repousava gentilmente sobre sua barriga. Felix se aproximou silenciosamente, sentando-se ao lado dele.

"O que está te incomodando, Sungie?" Felix perguntou, sua voz suave como sempre.

Jisung suspirou, sem tirar os olhos de sua barriga. "Eu estava pensando... e se eu não for bom o suficiente? E se eu não conseguir cuidar dele direito? Tem tantas coisas que podem dar errado, Lix..."

Felix colocou um braço ao redor de Jisung, puxando-o para mais perto. "Você não está sozinho nisso, Jisung. Você tem todos nós para te ajudar. E eu sei que você vai ser um ótimo pai, porque você tem um coração enorme. Esse bebê vai ser o ser mais amado do mundo, porque tem você como pai."

Jisung sorriu, ainda que um pouco hesitante. "Você acha mesmo?"

"Eu tenho certeza," Felix respondeu, e então, com um brilho travesso nos olhos, acrescentou: "Além disso, eu estarei aqui para garantir que ele cresça com o melhor sotaque australiano possível."

Jisung riu, a tensão em seus ombros diminuindo um pouco. "Isso vai ser interessante de ver."

"Ah, você não faz ideia," Felix respondeu, rindo junto. "Eu mal posso esperar para ensinar tudo o que sei, desde assar brownies perfeitos até contar histórias de terror à meia-noite. E, claro, a importância de sempre ser gentil e cuidar das pessoas que amamos."

Jisung olhou para Felix, sentindo-se imensamente grato por ter alguém como ele ao seu lado. "Obrigado, Felix. Eu não sei o que faria sem você."

Felix sorriu, dando um leve aperto no ombro de Jisung. "Você nunca terá que descobrir, porque eu sempre estarei aqui. Nós todos estaremos."

E naquela noite, Jisung adormeceu com o coração mais leve, sabendo que tinha um apoio inabalável em Felix e na matilha inteira. O amor e a dedicação que Felix demonstrava todos os dias eram um lembrete constante de que, não importa o que acontecesse, ele e seu futuro filho estariam cercados por uma família que os amava profundamente.

Bang Chan sempre foi o líder natural da matilha, não apenas por ser o alfa, mas por causa de sua capacidade inata de cuidar de todos ao seu redor. Desde que Jisung entrou na matilha, Chan assumiu o papel de protetor, certificando-se de que ele se sentisse acolhido e seguro. Quando a notícia da gravidez de Jisung se espalhou pela matilha, Chan imediatamente sentiu o peso da responsabilidade aumentar. Ele sabia que, como alfa, seria crucial estar presente para garantir que tudo corresse bem durante a gestação e, eventualmente, após o nascimento.

Nos primeiros dias, Chan se dedicou a criar um ambiente calmo e estável na casa. Ele sabia que Jisung precisava de paz, então ajustou as rotinas para que todos na matilha contribuíssem com essa atmosfera tranquila. Chan passava mais tempo com Jisung, certificando-se de que ele se alimentasse corretamente e descansasse o suficiente.

Em uma tarde tranquila, Chan e Jisung estavam no estúdio de Chan, onde ele normalmente compunha suas músicas. Jisung gostava de passar tempo ali, ouvindo as criações de Chan enquanto relaxava. Mas naquele dia, Chan notou que Jisung estava especialmente quieto, seus olhos fixos em um ponto distante.

"Ei, Sungie, em que você está pensando?" Chan perguntou, aproximando-se de Jisung.

Jisung suspirou profundamente, as preocupações transparecendo em seu rosto. "Eu estava só... pensando no futuro. Tudo parece tão incerto agora. Eu quero ser um bom pai, mas não sei se estou pronto para isso. E se eu não conseguir lidar com tudo?"

Chan sentou-se ao lado de Jisung, colocando uma mão reconfortante em seu ombro. "Eu entendo suas preocupações, Jisung. Ser pai é um grande desafio, mas você não está sozinho. Nós todos estamos aqui para você, e vamos passar por isso juntos. Você não precisa carregar esse peso sozinho."

Jisung olhou para Chan, seus olhos brilhando com uma mistura de medo e esperança. "Mas, e se eu falhar? E se eu não for bom o suficiente?"

Chan apertou o ombro de Jisung suavemente, seus olhos transbordando de confiança. "Você não vai falhar, Jisung. Você é uma pessoa incrível, com um coração enorme. Esse bebê vai ter muita sorte em ter você como pai. E sempre que as coisas ficarem difíceis, lembra que eu estou aqui, junto com a matilha, para te apoiar. Nós vamos criar essa criança juntos, como uma família."

As palavras de Chan trouxeram uma onda de conforto a Jisung. Ele sabia que Chan sempre tinha as respostas certas, ou pelo menos, as palavras certas para acalmá-lo. Jisung sorriu, sentindo um pouco mais de confiança crescer dentro dele. "Obrigado, Chan. Eu realmente aprecio isso."

Chan sorriu de volta, sentindo-se aliviado ao ver Jisung mais tranquilo. "Nós vamos passar por isso juntos, passo a passo. E enquanto isso, vamos garantir que você tenha tudo o que precisa para se sentir bem. Eu já conversei com Changbin, e vamos fazer um plano para que você tenha todo o suporte necessário durante a gravidez."

Jisung assentiu, sentindo-se grato por ter alguém tão dedicado e cuidadoso como Chan ao seu lado. Ele sabia que, com Chan liderando a matilha, ele e seu futuro filho estariam sempre protegidos e amados.

Enquanto a gravidez de Jisung progredia, Chan continuou a ser um pilar de força e apoio. Ele estava sempre lá para acalmar as preocupações de Jisung, garantir que ele tivesse tudo o que precisava, e lembrar-lhe de que ele era amado e que a matilha estava com ele em cada passo do caminho. Para Chan, cuidar de sua matilha era mais do que uma responsabilidade — era uma expressão do profundo amor e devoção que ele sentia por todos, especialmente por Jisung, que agora carregava um novo e precioso membro da família.

O começo da jornada de Jisung na matilha Bang foi marcado por uma mistura de excitação e insegurança. Ele era o membro mais novo a se juntar ao grupo, e embora soubesse que estava entrando em uma família acolhedora, não pôde evitar se sentir um pouco deslocado. Jisung admirava cada um dos membros da matilha — Bang Chan, o líder dedicado; Changbin, sempre forte e protetor; Minho, o enigma encantador; Felix, a luz radiante; Seungmin, a calma serena; Hyunjin, o espírito livre; e Jeongin, o mais novo e determinado. Eles eram uma unidade tão coesa que Jisung temia não conseguir encontrar seu lugar.

Desde o início, Chan fez questão de garantir que Jisung se sentisse bem-vindo. Ele sabia que a transição poderia ser difícil e que Jisung precisava de tempo para se adaptar. "Você não precisa se apressar," Chan disse a ele em uma de suas primeiras conversas. "A matilha é sua casa agora, e estamos todos aqui para você. Qualquer coisa que você precisar, é só falar."

Nos primeiros dias, Jisung observava mais do que participava. Ele via como cada membro da matilha desempenhava seu papel, apoiando uns aos outros de maneiras pequenas, mas significativas. Ele queria ser parte disso, mas a incerteza sobre seu lugar e suas próprias inseguranças o impediam de se soltar completamente.

Felix, sempre sensível aos sentimentos dos outros, foi o primeiro a perceber que Jisung estava se isolando. Numa manhã ensolarada, ele encontrou Jisung sentado sozinho no jardim, perdido em pensamentos. Sem hesitar, Felix se aproximou e se sentou ao lado dele. "Você está bem, Sungie?" Felix perguntou, sua voz cheia de preocupação.

Jisung hesitou antes de responder. "Eu... só estou tentando me acostumar com tudo. Todos vocês parecem tão próximos, e eu não quero atrapalhar."

Felix deu um sorriso reconfortante, colocando a mão sobre a de Jisung. "Você não está atrapalhando. Fazemos questão de que cada membro da matilha se sinta parte da família, e isso inclui você. Leva tempo para se sentir completamente à vontade, mas eu prometo que estamos todos aqui para te ajudar."

Essas palavras deram a Jisung um pouco mais de confiança, mas ele ainda se via lutando contra suas inseguranças. Uma noite, durante um jantar em grupo, Minho notou que Jisung estava mais quieto do que o normal. Ele esperou até que todos tivessem terminado de comer e, quando Jisung se preparava para se retirar, Minho o chamou de volta.

"Jisung, espera," Minho disse, com sua voz suave mas firme. "Vem comigo por um segundo."

Intrigado e um pouco nervoso, Jisung seguiu Minho até o estúdio, onde Chan e Changbin já estavam. Os três alfas o esperavam, e Jisung sentiu seu coração acelerar. "Eu fiz algo errado?" ele perguntou, a ansiedade evidente em sua voz.

Chan foi o primeiro a falar, sorrindo gentilmente para Jisung. "Não, Jisung, você não fez nada errado. Na verdade, queríamos conversar com você porque percebemos que você está tendo dificuldades para se ajustar."

Changbin assentiu. "A gente sabe que é difícil no começo, especialmente quando você entra em uma matilha já formada. Mas queremos que você saiba que todos nós acreditamos que você é uma parte importante desse grupo. Não precisa ter medo de se abrir."

Minho então se aproximou, colocando uma mão no ombro de Jisung. "Nós somos uma família, Jisung. E famílias cuidam uns dos outros, independente de quanto tempo estejam juntos. Você é um de nós agora."

As palavras deles tocaram profundamente o coração de Jisung. Pela primeira vez desde que se juntou à matilha, ele sentiu que talvez pudesse encontrar seu lugar ali. "Obrigado," ele disse, a voz embargada pela emoção. "Eu realmente quero fazer parte disso... Eu só preciso de um pouco mais de tempo."

Chan assentiu, com um sorriso compreensivo. "O tempo que você precisar, Sungie. Estamos todos aqui para você."

Com esse apoio inabalável, Jisung começou a se abrir mais para a matilha. Ele ainda tinha seus momentos de dúvida, mas sempre que essas inseguranças surgiam, havia sempre alguém ali — seja Minho, Felix, ou qualquer outro membro — para lembrá-lo de que ele nunca estava sozinho. Aos poucos, Jisung começou a ver que, não importa o quanto ele duvidasse de si mesmo, ele sempre teria sua matilha ao seu lado. E foi assim que ele, gradualmente, encontrou seu lugar no coração da família Bang.

O dia do parto de Jisung chegou mais rápido do que ele imaginava. Apesar de todo o apoio e preparação da matilha, nada poderia tê-lo preparado completamente para a intensidade do momento. Era uma manhã tranquila, e Jisung estava na sala, descansando no sofá, enquanto Chan e Changbin discutiam os últimos detalhes para garantir que tudo estivesse em ordem para o bebê. Felix estava na cozinha, preparando o chá favorito de Jisung, enquanto Minho lia calmamente um livro ao seu lado.

De repente, Jisung sentiu uma forte contração que o fez arfar, interrompendo o silêncio da casa. Minho largou o livro imediatamente, seus olhos se arregalando de preocupação e prontidão. "Sungie, você está bem?" ele perguntou, a voz tingida de tensão.

Jisung tentou respirar fundo, mas outra contração rapidamente seguiu, mais intensa do que a primeira. "Eu... acho que está acontecendo," ele disse, sua voz tremendo levemente.

Minho rapidamente chamou por Chan, que apareceu em questão de segundos, com Changbin logo atrás. A expressão de Chan, normalmente calma e controlada, estava levemente preocupada, mas ele se esforçou para manter a compostura. "Tudo bem, Jisung," ele disse, ajoelhando-se ao lado dele. "Nós estamos aqui. Vamos te levar para o quarto."

Felix chegou correndo com o chá, mas ao ver o estado de Jisung, largou a xícara e correu para ajudar a apoiar Jisung enquanto ele se levantava, com a ajuda de Chan e Minho. Changbin foi à frente,

Após o nascimento do bebê, a vida na matilha começou a se ajustar ao novo ritmo. No entanto, com a nova dinâmica, vieram também novas tensões e desafios. Jisung, apesar de estar cercado por uma matilha amorosa e solidária, começou a ser assombrado por sentimentos de insegurança e desconfiança.

Tudo começou de forma sutil. Jisung estava exausto, lidando com as demandas de um recém-nascido e tentando equilibrar isso com suas próprias necessidades emocionais e físicas. Ele percebia que todos na matilha estavam se esforçando ao máximo para ajudá-lo, mas, em momentos de solidão, sua mente o traía. Ele se perguntava se realmente estava à altura das expectativas, se era capaz de ser o pai que seu filho merecia e, acima de tudo, se seus companheiros ainda o viam da mesma maneira.

Os sentimentos de inadequação começaram a se manifestar em formas de desconfiança. Ele notava Minho e Felix sussurrando em um canto da sala e imediatamente pensava que estavam falando sobre ele, talvez discutindo suas falhas como pai ou parceiro. Quando Chan e Changbin passavam mais tempo juntos discutindo assuntos da matilha, Jisung se perguntava se eles estavam planejando assumir mais responsabilidades, duvidando de sua capacidade de contribuir.

Essas dúvidas começaram a corroer a confiança de Jisung, fazendo com que ele se distanciasse gradualmente. Ele se tornava cada vez mais reservado, e o sorriso que costumava iluminar seu rosto começou a desaparecer. Em vez de compartilhar seus medos, ele os guardava para si mesmo, temendo que, ao expor suas inseguranças, ele apenas confirmaria as suspeitas que imaginava que os outros tinham.

Felix foi o primeiro a perceber a mudança. Sempre atento aos sentimentos dos outros, ele notou como Jisung estava mais calado e como seu comportamento havia mudado. Felix tentou abordar o assunto casualmente, perguntando a Jisung como ele estava se sentindo, mas Jisung sempre desviava, dando respostas curtas e evitando o confronto direto.

Um dia, após uma reunião da matilha onde discutiram questões de liderança e as novas responsabilidades que todos teriam, Jisung não conseguiu mais esconder seus sentimentos. Ele estava no quarto, segurando seu bebê, quando Chan entrou, percebendo imediatamente a tensão no ar.

"Jisung, o que está acontecendo?" Chan perguntou, sua voz calma, mas cheia de preocupação. "Você está distante ultimamente, e todos estão preocupados com você."

Jisung hesitou, olhando para o bebê em seus braços antes de encontrar os olhos de Chan. "Eu... só estou cansado, Chan. Muitas coisas estão acontecendo, e eu estou tentando acompanhar."

Chan se aproximou, sentando-se ao lado de Jisung na cama. "Eu sei que é muita coisa, mas você não está sozinho nisso. Nós todos estamos aqui para te ajudar, como sempre estivemos."

As palavras de Chan, em vez de confortar Jisung, apenas intensificaram suas dúvidas. Ele olhou para Chan, seus olhos cheios de incerteza. "Mas e se eu não estiver fazendo o suficiente? E se vocês acharem que eu não sou capaz? Eu vejo como todos estão se esforçando, e eu me sinto... inadequado. Como se eu estivesse falhando."

Chan ficou em silêncio por um momento, absorvendo as palavras de Jisung. Ele então segurou a mão de Jisung com firmeza, olhando diretamente em seus olhos. "Sungie, você nunca esteve sozinho em nada disso. E ninguém aqui pensa que você está falhando. Todos nós temos nossas lutas, mas isso não muda o fato de que você é uma parte vital da nossa matilha. Eu te escolhi para estar aqui porque acredito em você, em sua força, e no amor que você tem por todos nós."

Jisung sentiu as lágrimas começarem a se formar, mas ele as segurou, não querendo parecer ainda mais fraco. "Eu sei que vocês estão aqui, mas... às vezes parece que estou perdendo vocês. Como se eu não fosse mais parte disso como antes."

Chan franziu a testa, surpreso com a profundidade das inseguranças de Jisung. "Nada mudou em relação a como nos sentimos sobre você. Se algo mudou, é o quanto nós te admiramos e te respeitamos mais agora. Você trouxe uma nova vida para essa matilha, e isso é algo incrível. Você precisa acreditar em si mesmo como nós acreditamos."

Minho, que estava do lado de fora do quarto, ouvindo a conversa, entrou lentamente, se juntando a eles. Ele sentou-se do outro lado de Jisung, colocando um braço em volta dele. "Você é o coração desta matilha, Jisung. Nós todos vemos o quanto você se esforça, e ninguém aqui duvida de você."

Com Minho de um lado e Chan do outro, Jisung finalmente deixou as lágrimas caírem. Ele se permitiu sentir o peso de suas emoções, deixando que as palavras reconfortantes de seus companheiros penetrassem em seu coração. "Eu só... eu só não quero perder vocês. Não quero que vocês pensem que eu não sou bom o suficiente."

Minho beijou a testa de Jisung, enquanto Chan apertava sua mão. "Você nunca vai nos perder, Jisung. Nós somos uma família, e estamos nisso juntos. Sempre."

A partir daquele momento, Jisung prometeu a si mesmo que, sempre que as dúvidas surgissem, ele se lembraria das palavras de Chan e Minho. E, mais importante, ele começaria a confiar mais em seus companheiros, compartilhando suas inseguranças em vez de deixá-las corroer seu coração. Ele sabia que a confiança era a base da matilha, e com isso em mente, ele deu o primeiro passo para reconstruir a confiança em si mesmo e em seus companheiros.

Jisung estava passando por um momento difícil. Sua antiga matilha havia se fragmentado devido a conflitos internos e disputas de território, o que levou à desintegração de uma vez coesa e segura. Sem um lar e sem saber exatamente para onde ir, Jisung decidiu buscar um novo começo em uma região conhecida por ser dominada por uma matilha respeitada e estável — a matilha Bang.

Em um dia nublado e chuvoso, Jisung estava vagando pela floresta. A chuva fria tinha o deixado encharcado e desconfortável, e a sensação de estar perdido e sozinho era palpável. Ele estava tentando se abrigar debaixo de uma grande árvore quando Chan, o alfa da matilha Bang, estava fazendo sua patrulha regular. Chan tinha uma habilidade especial para sentir mudanças no território e detectar a presença de estranhos.

Chan avistou Jisung em um estado visivelmente abatido e, como sempre, decidiu investigar com cautela. Ao se aproximar, Chan se apresentou de forma amigável, tentando não assustar Jisung. “Olá,” Chan disse com uma voz calma e encorajadora. “Você parece estar em apuros. Posso te ajudar?”

Jisung, inicialmente cauteloso, levantou a cabeça, surpreso com a abordagem gentil. “Eu… deixei minha antiga matilha e estou procurando um lugar para ficar. Não sei para onde ir.”

Chan viu a sinceridade nos olhos de Jisung e decidiu que era importante ajudá-lo. “Você está em território da matilha Bang. Podemos te oferecer abrigo e apoio. Vou levar você para encontrar os outros membros da matilha para que possamos ver como podemos ajudar.”

Chan guiou Jisung através da floresta até a base da matilha. A base era uma clareira ampla e bem organizada, com áreas para descanso, treinamento e socialização. Quando Jisung chegou, ele foi recebido com uma mistura de curiosidade e cautela.

Os membros da matilha estavam reunidos em um círculo, discutindo as atividades do dia. Quando Chan entrou com Jisung, todos os olhares se voltaram para ele. A matilha Bang era composta por Chan, Changbin, Minho, Felix, Seungmin, Hyunjin e Jeongin.

Minho foi o primeiro a se aproximar. Ele viu o estado de Jisung e, com um sorriso acolhedor, ofereceu-lhe uma bebida quente. “Você deve estar com frio. Beba isso, vai ajudar a esquentar.”

Felix, com sua natureza gentil e empática, começou a fazer perguntas sobre a situação de Jisung. “Como você está se sentindo? Precisa de algo mais para se sentir mais confortável?”

Changbin, sempre protetor e prático, olhou para Chan com um olhar que dizia que era preciso avaliar melhor a situação. Ele fez questão de garantir que a base estivesse limpa e segura para Jisung.

Seungmin, Hyunjin e Jeongin observaram com interesse, todos sentindo que uma nova presença na matilha poderia trazer mudanças. Embora estivessem inicialmente reservados, estavam dispostos a apoiar a decisão de Chan.

Após uma breve reunião, Chan explicou a situação à matilha. Ele destacou a necessidade de ajudar alguém em dificuldades e a importância de avaliar a situação de maneira justa. A decisão de aceitar Jisung foi unânime, baseada na empatia e na crença de que uma nova adição à matilha poderia ser benéfica para todos.

Jisung foi integrado com cuidado, recebendo abrigo e alimentação. A matilha fez questão de lhe mostrar as rotinas e normas do grupo, e Chan assegurou que ele tivesse o tempo necessário para se adaptar.

Nos primeiros dias, Jisung estava cauteloso e um pouco reservado. Ele se esforçou para entender a dinâmica da matilha e a melhor forma de se integrar. Chan e Minho estavam sempre disponíveis para responder perguntas e oferecer apoio, enquanto Felix fazia questão de incluir Jisung nas atividades sociais e tarefas do dia-a-dia.

Changbin, com sua atitude protetora, ajudava Jisung a aprender sobre as regras não escritas da matilha, como a importância da hierarquia e do respeito mútuo. Seungmin, Hyunjin e Jeongin contribuíam com pequenos gestos de amizade, desde compartilhar histórias até participar de treinos e jogos juntos.

Com o tempo, Jisung começou a se sentir mais confortável e a abrir-se para os outros membros da matilha. Ele encontrou seu lugar nas atividades diárias e gradualmente construiu laços fortes com cada um dos membros. O apoio contínuo e a paciência da matilha ajudaram Jisung a superar suas inseguranças e a se estabelecer como um membro valioso do grupo.

A história de como Jisung conheceu a matilha Bang é um exemplo de como uma recepção calorosa e a disposição para ajudar podem transformar a vida de alguém. A jornada de Jisung com a matilha não apenas trouxe um novo membro para o grupo, mas também fortaleceu os laços entre todos, mostrando o verdadeiro significado de família e pertencimento.
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Fim

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