Final Alternativo
BEM, EU SEI QUE, NO PONTO DE VISTA PROFISSIONAL, O FINAL ALTERNATIVO NÃO É MUITO BEM QUISTO. NO ENTANTO, EU PRECISAVA DAR UM FINAL FELIZ PARA JACK. CONSEQUENTEMENTE, PARA MIM!
PARA O TIME DO JACK.... ESPERO QUE GOSTEM :) EU AMEI!
Aquela banca examinadora me deixava apavorada. Meu treinamento fora tão exaustivo que sentia toda a parte superior das costas queimar de dor. Toquei o mais tecnicamente possível, mesmo porque, era o quesito de maior pontuação. Terminada a última parte de Silence, com um total de 30 páginas, levantei-me e fiz reverência aos examinadores, como sinal de respeito e agradecimento. Dos cinco músicos avaliadores, quatro faziam parte das maiores orqueStras do mundo. E todos eram Maestros. No segundo seguinte que levantei minha cabeça, senti alguns quilos sendo tirados das minhas costas. Focando meu olhar para o fim do auditório, reconheci meu marido através das sombras. Havíamos combinado de nos encontrarmos a noite, mas lá estava ele, de pé, com o maior de seus sorrisos e um grande buquê de flores nos braços. O protocolo era bem claro: assim que terminassem suas apresentações, os alunos deveriam se retirar pela cochia. No entanto, eu adorava quebrar regras. Desci do palco segurando o vestido florido para não pisar na barra. Corri pelo corredor buscando o abraço que ansiava por quase uma semana. Me joguei em seus braços fortes e afundei minha cabeça em seu pescoço. Seu cheiro era a coisa mais reconfortante e excitante que existia. Não conseguia controlar minha alegria.
- Porque demorou tanto? Quando vão acabar essas viagens? - disse, ainda com o rosto mergulhado em seu perfume.
- Senti tanto a sua falta! Você estava maravilhosa no palco! Foi impecável.
Levanto a cabeça e olho nos olhos negros do dono do meu coração. Como pude cogitar a possibilidade de viver sem ele? Sorrio com tal heresia e lhe beijo os lábios. Nunca achei que fosse possível amar uma pessoa a cada dia mais.
- Eu espero que o Sr. Vice Reitor não seja prejudicado pela vergonhosa quebra de protocolo de sua esposa.
Jack me olha sorrindo ainda mais.
- Fala de novo? Eu amo ouvir isso de sua boca.
- Sua esposa. A melhor escolha que fiz na vida.
Pego sua mão e beijo a aliança que selou nosso amor há apenas seis meses.
Jack me desce de seus braços e me estende o buquê. É maravilhosa a mistura de cores! Levo-as ao nariz aspirando uma agradável fragrância.
- Feliz aniversário, meu amor - diz comedido.
O som do piano se espalha por todo o teatro e então, para abruptamente. Recomeça com suavidade e mais cuidado.
- São maravilhosas. Eu amei!
Jack pega minha mão e me leva para fora do teatro.
- Olha só, o Reitor me pediu que comandasse a reunião de hoje sobre as bolsas de pesquisas e começará daqui a - olha em seu relógio de pulso - 30 minutos. Não há muito tempo para comemorar do jeito que merecemos - sua mão está no meu rosto - Mas a noite, podemos ir aonde você quiser.
- Nem precisamos sair. Acho até que prefiro ficar em casa com você.
- Quem diria, hein? A dona das noitadas agora uma verdadeira dona de casa!
- Alto lar! Sou formanda em música e futura estudante de mestrado. A tia Taylor é a verdadeira dona da casa.
Rimos com a verdade constatada e me despeço com um beijo suave.
Voltei para o camarim a fim de pegar minha bolsa no armário. A menção no nome da minha tia me fez lembrar de que precisava avisá-la para não se preocupar com o jantar de hoje.
Depois do suicídio de Jeni, titia ficou muito abalada. E sozinha. Assim que mudei para Londres, a trouxe comigo. Havia uma ligação fraterna entre nós duas. Eu a amava como mãe. Ela aceitou morar comigo, mas não para quieta um segundo. Parece uma formiguinha atômica preocupada com tudo e todos. Ela cuida de mim, de Jack e de nosso lar. Não suporto pensar no dia que voltará para Amsterdã.
- Minha filha, eu tenho uma casa lá. Uma vida. Tenho minhas amigas, meu grupo de hidroginástica. Preciso voltar. Minha casa, é sua casa. Quero que vocês venham sempre. Somos uma família agora!
Suas palavras me fizeram chorar a noite toda. Acostumara com sua presença de uma tal forma que era insuportável pensar em sua partida. Três anos valiam uma vida inteira perto do tamanho da nossa ligação.
- Não tia! Não precisa sair! Podemos ficar os três em casa e comemorar o meu aniversário!
- Não, Amy! Onde já se viu, uma velha atrapalhar uma noite de amor!
Bem, se eu estivesse na sua frente, ela me diria que não era preciso ficar vermelha. Eu ainda não me acostumara com sua liberdade verbal. Não havia jeito de convencê-la a ficar em casa hoje. Ela já tinha decidido dormir na casa de uma amiga e ponto final.
- Tia...
- Por favor, quero que vocês aproveitem cada segundo de suas companhias. Essa é melhor fase do amor! Fique tranquila, minha filha. Desfrute de seu amor.
Estava no corredor da Reitoria quando desliguei o telefone com lágrimas nos olhos. Sentiria falta dessa mulher. Muita falta.
- Que foi, amiga!
Enquanto secava os olhos, Megan saiu de uma sala.
- Oi Megan... Nada... eu só estava pensando como será difícil quando a titia voltar para Amsterdã.
Nos abraçamos e seguimos para o estacionamento.
- E aí... quando você for visitá-la pode aproveitar e...
- Nem vem, Megan! Não começa!
Fico furiosa com suas insinuações. Ela não compreende nada a respeito de amor, fidelidade, confiança. Acha que a vida é uma grande suruba.
- Nossa, só estou dizendo que você pode VI-SI-TAR o Yuri. Só isso.
- Ah tá! Foi isso mesmo que você quis dizer.
- Mas se rolar um flashback...
- Pára, Megan! Eu estou casada! Isso aqui não é mais uma brincadeira de "ninguém é de ninguém"! Eu fiz minha escolha e estou muito feliz com ela!
- Mas aquele Yuri é gostoso, hein? Puta que pariu!
- Ai Meu Deus do céu... - coloco os óculos escuros e pego a chave do carro. Megan me segue.
- Não, sério. Como que você dá um pé na bunda dele em vez de ficar com os dois? Não estava bom?
- Megan, vou falar de novo como se nunca tivéssemos conversado sobre isso. Não dava pra ficar com os dois porque a vida exige decisões. Não podemos ficar vivendo sem compromisso, sem destino, ao Deus dará. Uma hora precisamos amadurecer. Viu? Amadurecer!
- E não dava pra ficar com os dois? - pergunta arregalando seus olhos verdes.
- Eu desisto.
- Não! Sério! Peraí! Porque escolheu o Jack?
Sua pergunta martelou minha cabeça e senti um forte enjoo. O sol estava forte para um dia de primavera. A imagem de Yuri veio à minha mente. Ele pediu que eu decidisse entre ele e Jack e eu não sabia a quem escolher. Amava os dois. De verdade. Acabei escolhendo Yuri por estar mais perto dele. Mas depois de três meses que estávamos oficialmente namorando, recebi a noticia que me desestabilizou o suficiente para abandonar minha carreira. Jack ficara noivo de uma professora da Universidade. Professora, Doutora e o caralho a quatro em engenharia nuclear. Nessa época, ele estava pleiteando a vaga na reitoria mas ainda dava aulas de história. Peguei o primeiro voo para Londres e fui direto para a Universidade. Entrei no meio de sua aula e lhe dei o beijo mais ardente de nossas vidas. Havia mais de duzentos estudantes. Uma explosão de aplausos e assovios inundou todo o prédio. Esse dia é comentado até hoje.
A última notícia que tive de Yuri é que ele continuava treinando as turmas profissionais e sairia em uma nova turnê. Senti Sanne interessada no meu ex-ogro, mas não me importava. Meu amor por Jack transcendia todo o sentimento que pudesse ter por Yuri.
A professora nerd, Bella Maloc, não suporta me ver nos corredores da Universidade. Me cumprimenta com superioridade e seus olhos denunciam seu ódio. Eu não a julgo. Também gostaria de morrer no deserto se perdesse Jack. Mas hoje, ele é meu. Somente meu.
- Porque eu o amo mais que qualquer outro gostoso que possa aparecer no meu caminho. Não preciso de dois pintos. Jack é mais que o suficiente pra mim.
- Uuu lah lah!!! Realmente, me perdoe a sinceridade, mas o Jack é...
- Pára! Não perdoo sua sinceridade não! Eu sei exatamente das qualidades do meu marido!
Megan ri e aperta minha bochecha. Dou risada também.
- Sorry!
- Deixa eu ir embora. Tenho hora marcada no salão a tarde toda. Quero comemorar meus vinte e dois anos o mais linda possível!
Dou um beijo e um abraço forte na maluca da minha amiga.
- Ah! E a bolsa de pesquisa? Como está o processo?
Pergunto já entrando no carro. Megan deita os braços na janela.
- Nossa, nem te conto. Agora a responsável pelas bolsas é a vadia da Bella Maloc. Ela está rejeitando todas as inscrições. Não consegui falar com ela mais uma vez porque está em reunião. Ai que ódio!
- Reunião? Com quem? - juro que ouvi um alarme soar bem alto.
- Parece que é com o reitor. Ele que é o responsável direto pelo projeto.
O alarme ficou ainda mais alto. Eu não me considerava uma pessoa ciumenta, dada as circunstâncias de Jack, cheio de compromissos, cercado de todo o tipo de mulher; algumas, dadas demais, outras, oferecidas demais. No entanto quando se tratava de Bella Maloc eu sabia que havia um risco eminente. Ela não desistiria dele. Já presenciei muitas indiretas de sua parte. Sem contar com o dia que nos esbarramos no banheiro.
- Jack precisa de uma mulher ao lado dele. Não de uma menina que mal sabe o que quer - falou com arrogância.
- Megan! Ela está com ele!
Pego a bolsa e abro a porta do carro com força, empurrando minha amiga ao chão. Bato a porta e a ajudo a levantar.
- Desculpa, amiga. Nossa, eu preciso entrar naquela sala!
- Do que você está falando? Ela? Ele?
- Vem comigo. Eu te explico no caminho!
Corro com Megan na minha cola. Lhe conto sobre minha conversa com Jack há menos de uma hora. Minha amiga fica enlouquecida. Ela já odiava a diaba por não aceitar sua inscrição e agora tinha mais essa.
- Ah... filha da puta!
Eu temia não ser capaz de encarar o que pudesse estar acontecendo. Eu sabia que a vadia faria qualquer coisa. Contudo, eu confiava em Jack. Mas e se...?
- Megan, eu estou tremendo. Acho que vou desmaiar.
- Cala a boca, Amy! Vai desmaiar porra nenhuma. A gente vai é acabar com a vadia!
Olho para Megan e percebo uma fúria imensa. Me sinto tonta.
- Peraí! Não vamos entrar com tudo. Vamos olhar pela janela aqui por fora e ver se está acontecendo alguma coisa.
Subimos numa muretinha para alcançar a janela que é um pouco alta.
- Amy, eu sei que o Jack te ama e o quanto ele é honesto, mas amiga, homem é homem, e infelizmente aquela vadia é bonita pra cacete.
Eu já havia pensado nisso. A tontura estava mais forte.
- Porra, a janela é mais alta do que lembrava. Você consegue ouvir a voz dele? - pergunta.
- Não. Só ela. Está falando das inscrições.
- Vamos dar a volta e entrar naquela sala.
Descemos do degrau e passamos pelo jardim. Subimos a escadaria da entrada e o calor parecia ter aumentado violentamente.
- Você também está sentindo esse calor, Megan?
- É ódio amiga!
- Não... não é só isso. Não estou bem.
- Calma. Respira fundo. Está melhor?
Paramos próximas ao bebedouro e tomo um copo com água. Megan me olha querendo desesperadamente que eu diga Sim, e é o que digo. Ainda estou péssima.
Ao chegar na porta, coloco a orelha na porta e tento ouvir alguma coisa. Nada. Silêncio total.
- Amy?
Tomo um susto absurdo quando ouço a voz de Jack atrás de mim. Coloco a mão no peito e sinto a força que bate meu coração. Viro-me tentando sorrir naturalmente. É claro que não dá certo.
- Ooooi... é... eu... bem... só queria saber se está tudo bem!
Megan se despede e escapa da surra que a esperava. Eu fico com cara de panaca olhando aquele homem lindo e confuso à minha frente.
- Eu estou. Você está?
- Sim! Muito bem! Muito! Muito mesmo! E sua reunião? Já acabou ou ainda nem começou?
- Foi cancelada. Achei melhor o Reitor tratar do assunto pessoalmente.
Olhei para a porta e me dei conta de que estávamos na janela errada.
Acho que suspirei alto demais. Meu alívio era evidente. Sorri largo e o mal estar passava assim que tirava os pensamentos obscuros da minha cabeça. Jack não estava comendo a vadia por trás como eu imaginava. Nem chupando seus peitos enquanto ela montava no seu pau. Ele estava à minha frente dizendo que não quis fazer a reunião sozinho com a diaba! A alegria transbordava meu coração. Eu amava ainda mais aquele homem.
- Então você já está indo pra casa?
- Na verdade, não. Estou organizando a pauta da reunião de amanhã. Como pretendo acordar mais tarde, queria deixar tudo ajeitado.
Sua mão se apoia na parede atrás de mim. Não tenho resistência alguma contra aquele perfume. Sua camisa aberta dois botões me fazem lembrar de um peitoral liso e muito musculoso. Também me lembro que faz quase cinco dias que não tenho Jack dentro de mim. Isso me faz pulsar. Quando ele olha para os lados se certificando de que estamos sozinhos no pequeno corredor, um arrepio percorre minha espinha. Seu rosto pega fogo de desejo e sei o quanto ele é criterioso quanto ao sexo em seu escritório. " Só algumas brincadeiras", ele dizia. Decido arriscar.
Viro-me de costas e abro a porta. Vou direto para a janela e a fecho. Fecho também as cortinas. Jack permanece na porta com as duas mãos no batente.
- Entra, professor.
Sua resposta vem através de um sorriso libertino. Ele fecha a porta e a tranca. Encosta na mesa com as pernas abertas e começa, bem devagar, a tirar o sinto.
Estou enfeitiçada. Louca para realizar minha maior fantasia.
Quando estou a sua frente, Jack segura minha cintura e aperta, subindo para meios seios que estão livres do sutiã.
- Você vai me comer aqui? Isso é prudente, professor?
- Vou comer a minha esposa aqui. Minha. Somente minha.
Agora sim, INSANE chegou ao fim!
OBRIGADA À TODOS POR ACOMPANHAREM ESSA HISTÓRIA! ESPERO DO FUNDO DO CORAÇÃO QUE TENHAM SE APAIXONADO TANTO QUANDO EU.
GRANDE BEIJO!
Acompanhe meus contos no Projeto Literário Coletâneas ❤
Com amor,
PIPER
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