27 - Senta aqui, gostosa
ANTECIPANDO O CAPÍTULO HOT DE AMANHÃ :)
SÓ FALTAM DOIS CAPÍTULOS PARA O FIM DE INSANE. DEU UMA TRISTEZINHA AQUI...
BEM, ESPERO QUE GOSTEM :)
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I din't know that I was starving till I tasted you
Eu não sabia que estava faminto até provar você
HAILEE
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- Aceita uma bebida? Cerveja? Ice?
- Não, obrigada. Não costumo beber antes das 18 - digo, dando-lhe um sorriso fraco.
- Prefere um café, então? Chá?
Percebo que Yuri está meio perdido. Desde que chegamos em seu apartamento, ele demonstra uma certa aflição - ou seria ansiedade? Enfim, o rapaz está claramente constrangido e sem saber o que fazer exatamente.
Assim que entramos no apartamento, Yuri tentou disfarçar, mas notei que ele se encaminhou rapidamente até uma mesinha ao lado da TV e guardou algo na gaveta. Quando ele se virou, fingi que mexia no celular. Olhei de relance em sua direção e o vi colocar as mãos no bolso analisando todo o ambiente. Como se estivesse procurando alguma coisa.
- Algum problema?
- Não! É que... estou só conferindo se não tem nenhuma roupa jogada pelos móveis. Eu não sou muito organizado.
- Não é o que parece.
O apartamento não é grande. Uma decoração seca e fria torna o lugar muito impessoal. Parece mais um stande de uma loja de móveis, expondo o que há de moderno e prático na mobília atual. Um sofá grande está a frente de uma TV de... acho que umas 60 polegadas. Há também um grande tapete com uma mesinha bem moderna entre o sofá e a televisão e um aparador ao lado na televisão. Sobre o móvel, um abajur com formato modernista demais pro meu gosto e um cinzeiro com algumas moedas dentro. As cortinas pretas dão um caimento intimista ao ambientes. Há furos nas paredes, dando a impressão de de que haviam quadros pendurados ali. Muitos quadros. Sobre a poltrona, vejo um chinelo e uma toalha de banho. Essa era a bagunça de que Yuri se referia?
- Isso não deveria estar aqui - diz exasperado, pegando os objetos e levando corredor à dentro.
Olho para a gaveta que a pouco fora mexida e fico desesperada por abri-la.
- Tem certeza que não quer nada? - pergunta novamente assim que retorna à sala.
- Ahn... acho que um copo com água. Gelada, por favor.
Ele sorri e volta para o corredor. Rapidamente vou até a gaveta e a abro. Um porta retrato virado para baixo. Meu coração acelera porque sei o que vou encontrar. Sei que foto está ali embaixo. Começo a fechar a gaveta novamente querendo desistir de tal intromissão, mas quando dou por mim já estou pegando o porta retrato. Então, eu o viro.
É ela. Beth. Ela está sentada na cama sorrindo. Meu Deus! Como nos parecemos A mesma cara amassada de quando acordo. O mesmo sorriso amarelo de quando não quero ser fotografada. A mesma cara de apaixonada quando está com o homem que ama.
- Sua água.
Sua voz sai trêmula. Sinto a tensão nas minhas costas e não sei ao certo como reagir. Uma vontade louca de ir embora me domina. Essa situação é ridícula! Num ímpeto de coragem, me viro mostrando-lhe o objeto em minhas mãos. Não digo nada, apenas sustento seu olhar, que alterna entre mim, a foto e o chão. Yuri está constrangido. Muito envergonhado. Ele senta no braço da poltrona e passa as mãos na cabeça. Eu continuo em silêncio esperando desesperadamente ouvir algo suasivo.
- É só uma foto - fala descrente.
- Eu vi quando guardou. Por quê fez isso?
Depois de algum tempo ele responde baixo.
- Não queria que te constrangesse. Eu... é a única coisa que tenho de Beth.
Suas palavras tocam no fundo da minha alma. É como se ele tivesse esfregado sua triste no mais profundo do meu ser. Tanta dor tinham suas palavras! Tanto pesar! Me senti estúpida. Uma verdadeira adolescente ignorante e cretina. Ora! Se eu não me sentia bem em ficar com um cara porque sua ex e falecida era parecida comigo, eu não precisava coagir ele daquela forma. Isso era cruel! Eu não precisava fazê-lo se sentir ainda pior.
Coloquei o porta retrato ao lado do cinzeiro e fechei a gaveta. Decidida a acabar logo com algo que nem começara, senti as lágrimas brotarem em meus olhos. Virei-me e segurei firme a alça da minha bolsa no ombro.
- Você não deveria ter tirado do lugar.
- Eu já deveria ter guardado há muito tempo - diz, sem tirar os olhos de mim.
Atravesso a pequena sala e vou em direção a porta. Ao passar por ele, sua mão segura a minha e nos olhamos.
- Por favor, não vá.
- Eu preciso ir. Não consigo. Desculpe, mas... não consigo.
É difícil encarar seus olhos marejados. Ambos, com os corações partidos, necessitando desesperadamente de conforto nos braços um do outro.
- Eu PRECISO que fique! - diz com ênfase, com súplica.
- Eu não sou ela, Yuri! Você acha que vai amenizar seu sofrimento ficando comigo, mas será pior. Somos diferentes! A semelhança é só uma casca. É visual. Não sou ela! Não posso ser ela!
As lágrimas derramam pelo meu rosto e coloco as mãos em cima a fim de cobrir a vergonha que cai junto. Yuri me puxa pela cintura e perco toda resiliência que tinha. Ele afaga minha cabeça, que pende para seu peito. Sinto seus beijos cheios de carinho e um abraço forte e reconfortante. Ouço um soluço baixo e me assusto ao pensar que ele esteja chorando, mas continuo enterrada em seu corpo.
- Você não está entendendo. Eu sei que não é ela. Nunca quis que fosse. Olha pra mim - sua voz embargada.
Ele segura meu rosto com as mãos e seca meus olhos com o dedão. Então, beija minha testa e me olha emocionado. Quando começa a falar, sua voz falha, então, ele para e respira fundo.
- Eu me apaixonei por você! Você, Amy! Me apaixonei todos os dias... todos os dias que te via dançar. Todos os dias que te observava descansando, ouvindo música, rindo, conversando. Todos os dias que se superava, que... tudo que você faz me encanta, me entorpece! Eu enlouqueci com a forma que me apaixonava por uma versão totalmente diferente da Beth. Achei que não fosse possível, mas me apaixonei por você e eu fui tão filho da puta! Como pude ser tão covarde?
São as palavras mais lindas que já ouvi. Não imaginava o tamanho de seu sentimento e isso fez algo crescer no meu peito.
- Me perdoa, meu amor. Por favor, diz que me perdoa.
Meu amor. Meu Deus! Ontem eu era humilhada, desprezada e hoje sou seu amor. Sinto pena de Yuri. Muita pena.
E depois de muito resistir, suas lágrimas caem. Um choro contido, reprimido e muito sofrido. Me arrepiei com tanta dor que emanava de cada poro de seu corpo. Respiro fundo e me recomponho.
- Shiiiii... Não há nada que perdoar. Você estava em sofrimento e...
- Não! Não tem desculpa! Eu fui um canalha! Eu não podia ter te tratado daquela forma. Por favor, Amy, diz que me perdoa...
- É claro que sim. Se isso é importante pra você... claro que perdoo.
Agora é minha vez de secar seus olhos tristes e beijar sua bochecha. Ele vira o rosto e beija minha mão. Não posso deixá-lo. Não posso fechar os olhos para o oceano de sentimentos que permeiam nossos corações. Não sei dizer se é amor, tão pouco paixão, mas sei que é algo intenso e genuíno.
Solto minha bolsa, que cai no chão fazendo um barulho seco. Depois olho em seus olhos e tiro meu casaco. O jogo no chão e tiro as botas e meias. Yuri não pisca. Está hipnotizado com cada movimento que eu faça. Depois de tirar o cachecol, pego o copo com água que ele colocou na mesa de centro. Bebemos da água fresca, restabelecendo um pouco nossa energia.
Ele busca minha cintura novamente e me puxa para muito próximo de si. Mergulha seus dedos nos meus cabelos e enfia a cabeça no meu pescoço, aspirando meu cheiro. Um arrepio percorre meu corpo e ao passar a mão por cima de sua jaqueta, penso em como seria bom passar minhas mãos por suas costas, então me afasto e a tiro. Depois, tiro sua blusa e encaro seu peitoral trabalhado. Ele possui algumas tatuagens no ombro e na costela do lado direito. Belas obras de arte.
- Que lindas... - passo a mão sobre elas.
Não há muito tempo para preliminares. O tesão chegou armado e está impossível suportar. Tiro minha calça e blusa ficando apenas de sutiã e calcinha. Ele passa as mãos pela lateral do meu corpo e quando volta para minha bunda, suas mãos contornam os glúteos passando os dedos próximos da minha entrada. Eu deságuo e ele percebe, sorrindo lindamente.
- Gosta disso? - pergunta.
- Muito...
Seguro sua mão e nos encaminhamos para o sofá. Tiro sua calça e vejo pela cueca box um volume apetitoso. Sinto muita vontade de prová-lo, sentir sua rigidez e grossura na minha boca, mas estou desesperada pela penetração.
Completamente nus, sinto meus mamilos enrijecerem com o olhar devasso que Yuri tem sobre mim. Ele segura firme na minha cintura assim que abro minhas pernas envolta das suas. Guio seu pau até minha umidade, que escorre de tanto tesão. Uma dorzinha é inevitável devido ao tempo que estou sem sexo, mas logo dá lugar ao prazer que eu jamais esquecera. Cavalgo loucamente, enquanto sua boca alcança meus seios. O único barulho do ambiente vinha dos gemidos e respirações aceleradas. Em menos de dez minutos atinjo um orgasmo intenso, fazendo-me sentir os músculos da vagina pulsarem com força por muito tempo. Ainda estava com espasmos quando Yuri atingiu seu ápice no prazer. O tempo estava gelado, mas nossos corpos estavam suados e exaustos.
Ainda com seu membro dentro de mim, estávamos abraçados e nossos batimentos se confundiam.
Jack surge na minha cabeça. Nossa imagem no escritório deixando o prazer guiar nossas ações. Seus olhos desejosos, me ensinando a maneira e intensidade de cada movimento. Será que um dia eu conseguiria esquecê-lo? Me vi deitada em uma cama com os dois sorrindo perversamente para mim.
A voz de Yuri me faz retornar a realidade. Uma voz quente, assim como o seu corpo e seu coração. Eu poderia amá-lo. Ou não? Será que conseguiria relevar tantas coisas, inclusive sentimentos e inseguranças? Não. Não quero nada disso. Não agora. Ainda não estou pronta.
- Toma um banho comigo? - pergunta malicioso.
- Não... Acho melhor eu ir embora.
Dou-lhe um selinho, levanto de seu corpo e pego minha calcinha. Ele logo se levanta e me puxa para perto.
- Por favor... Fica mais um pouco. Está tão cedo! Podemos comer alguma coisa, e... não sei, conversar um pouco, beber um vinho...
- Yuri... eu...
Meu celular toca e eu corro para atendê-lo. Yuri passa por mim, ainda nu e vai para o corredor.
- Alô?
- Amy...
- Jack! Tudo bem? Como você está?
Meu coração parece que vai saltar do peito. Não falei com Jack desde o dia que foi baleado. Depois de dez dias em coma na UTI, ele voltou para a Inglaterra, onde sua mãe pôde acompanhar sua recuperação. Kate me ligou dizendo que foi visitá-lo com sua mãe e que ele estava melhor.
- Estou bem. É que amanhã preciso ir aí prestar depoimento.
Yuri volta do corredor com um roupão. Ele coloca sobre minhas costas e me abraça por trás. Fico nervosa com aquela situação.
- Mas você não pode viajar! Precisa se recuperar direito! Não poderia prestar o depoimento no consulado?
- Não foi autorizado. A polícia Holandesa não aceitou a intervenção da NSY. Não se preocupe, eu estou bem.
Yuri se separa e sai novamente da sala. Logo volta com uma toalha enrolada na cintura e bebendo algo amarelo, não sei perceber se é suco ou batida. Procuro identificar em seus olhos se percebeu com quem estou falando e se o incomoda. Não. Não faço a menor ideia. Jack fala que quer me ver. Se amanhã podemos nos encontrar.
- Claro. Tenho alguns compromissos pela manhã. Podemos nos ver a tarde. Eu te ligo combinando o lugar, tudo bem?
- Tudo ótimo! Estou com alguns planos e acho que talvez... você goste - diz receoso. Me viro de costas e sorrio com a mão no peito abaixando a cabeça, tentando não ser ouvida.
- Que bom! Quero muito saber os seus planos... - falo baixo com os olhos fechados.
- Então... até amanhã... Amy?
- O que foi? - meu coração se aperta.
- Eu não te esqueci. Sinto muito a sua falta.
Suspiro e sorrio. Esqueço de onde estou, que estou nua no meio da sala do meu instrutor ainda melada de porra. Apenas me concentro em cada palavra que Jack diz. Se ele pedisse para termos um relacionamento sério eu aceitaria? Poderia viver tranquilamente com ele enquanto Jeni não foi punida? Poderia viver com Jack e ignorar os sentimentos profundos que tenho por Yuri?
- Amanhã conversamos, tá? Faça uma boa viagem. Me liga assim que chegar.
Seguro o telefone e olho para o roupão que está sobre o meu corpo. Sinto o cheiro do Yuri quando levo o tecido ao nariz. Um cheiro bom, muito bom. Sorrio sem saber ao certo o porquê. Ao virar-me para pegar minhas roupas jogadas no chão, me surpreendo. Yuri está encostado na parede sorrindo. Ele beberica em seu copo e não tira os olhos de mim. Pergunto intrigada:
- O que foi?
- Não quero forçar nenhuma relação, mas te vendo aqui na minha casa, desse jeito - ele vem em minha direção e passa a mão nos meus cabelos - toda descabelada - sorrimos - tem algo que você precisa saber.
- E o que é? - pergunto contendo o sorriso e morrendo de medo.
Ele empurra o roupão que cai graciosamente do meu corpo para o chão. Junta nossos corpos e me beija passeando a língua gelada com vigor pela minha. Seu gosto é delicioso, viciante. Suas mãos contornam e apertam meu corpo e já me sinto incendiada novamente. A pressão no meu ventre é intensa e desce ferozmente. Yuri para e me olha com aquele sorriso sacana nos lábios. Ele está me provocando!
- Você tá me enrolando, seu canalha! - digo rindo.
Seus braços fortes me levam até a parede onde me pressiona forte. O sorrisinho continua no mesmo lugar. Seu pau já está duro novamente e começo a pensar em ficar um pouco mais.
- Amy Clark, eu amo você. Não pense que é uma chantagem para...
- O banho ainda tá de pé?
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