22. Vem quente que eu tô fervendo!

MINHAS QUERIDAS LINDEZAS!!!

QUERIA MUITO TER POSTADO ESSE CAP. AS 10 DA MANHÃ, MAS INFELIZMENTE MEU DIA FOI MEGA CORRIDO.

ESPERO QUE CURTAM ESSE IMBRÓGLIO! :) :) :)

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"Do amor amuleto que eu fiz
Deixei por aí
Descuidei dele, quase larguei
Quis deixar cair

Mas não deixei
Peguei no ar
E hoje eu sei
Sem você sou pá furada"

LOS HERMANOS
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As vozes que não paravam de gritar em minha cabeça finalmente cessaram. O alívio veio com uma escuridão e silêncio tão reconfortantes que desejei ficar em paz, assim, para sempre.

Sem ninguém. Sem problemas. Sem dor.

Abrir os olhos me custavam muito. Eu não queria me causar esse desconforto. Nem precisava.

Não! Perai! Eu não estou sozinha! E meu bebê? Eu tenho um bebê crescendo dentro de mim! Eu ouvi seu coração! Ele existe! Não posso ter o perdido! Meu Deus, não posso! Eu perdi meu bebê?

- EU PERDI MEU BEBÊ?

Ergo meu corpo da cama num impulso voraz. Sinto um calor absurdo e o suor escorrendo pela minha testa. Meus olhos varrem o quarto pouco iluminado parando numa Sanne muito assustada. Coloco a mão na barriga ao sentir uma pontada forte demais para um cólica. Um grito de dor escapa da minha garganta fazendo-me revirar na cama e antes de apagar novamente, vejo dois homens entrando no quarto com certa rapidez. O segundo me parece familiar. Não consegui olhar direito, estava fechando os olhos e tudo estava embaçado... mas acho que o conheço. Na verdade, eu o conheço bem. Ele... ele é alto e... aquele terno... aquele perfume... Jack? Jack? É você? Porque você demorou tanto, meu amor! Eu posso perder nosso filho! Você não poderia ter me trocado por aquela vagabunda. Agora... Jack? Você voltou pra mim?

- Jack!

Meus olhos procuravam freneticamente por ele. Eu sabia que Jack estava ali. Mas e se ele tivesse me abandonado novamente? Meu Deus! O quê estou dizendo? Quem disse que eu preciso dele? Porque pensei nele como uma salvação? Justo Jack, que me abandonou quando eu mais precisava dele. Eu me lembro de ter batido a cabeça em alguns degraus, mas não preciso ficar retardada por causa disso.

- Calma! Você vai ficar bem. Fique tranquila.

Sigo meu olhar para aquela voz conhecida que tenta me tranquilizar e que está com uma toalha secando meu suor do rosto. Mal posso acreditar no que vejo.

- O que... você está fazendo aqui? - pergunto confusa com tal compaixão.

- Sua amiga foi pegar algumas roupas para passar a noite com você. Ela já está voltando.

Yuri estava constrangido com aquela situação. E eu estava espantada demais. Incomodada demais. Imaginaria o Sr. Luiten me acompanhando, mas não imaginaria aquela criatura antipática. Não quis dar muito valor àquilo e mexi a cabeça para o lado oposto, demonstrando claramente que não o queria enxugando meu suor. De canto de olho, o vi engolindo seco e colocando o pano na mesinha ao lado, não sabendo o que fazer com as mãos.

Mas tinha algo muito importante de que eu precisava saber, e isso estava me matando.

- Eu preciso falar com um médico. É urgente! - digo tentando não olhá-lo, pois ao imaginar que poderia ter perdido meu filho, meu coração dilacerava ferozmente.

- Porquê? Você está sentindo alguma coisa? Está sentindo dor? - aproxima-se com ar de preocupação.

- Não, mas eu preciso falar com um médico! Por favor, chame um médico!

Encaro seus olhos deixando minhas lágrimas correrem livremente. Yuri se desespera e sai correndo porta afora. O choro é constante e incontrolável. Seco meu nariz com o pijama hospitalar que estou vestindo e a ansiedade toma conta de mim. Rezo para todos os santos de que conseguia me lembrar pedindo, implorando que não tenha acontecido o pior. Ao ver a médica entrar, não penso em mais nada além da dúvida que está me corroendo.

- Calma, minha jovem - diz a médica docemente, vindo de encontro a mim e dando-me um abraço acolhedor.

- Por favor, doutora! Eu perdi meu bebê? Eu perdi ele?

Meu choro é compulsivo. Como odeio chorar na frente das pessoas! Que humilhação! Yuri estava um pouco atrás da médica e não me importei com sua presença. A doce médica, uma senhora de seus 55 anos e muito elegante, segura meus ombros e me olha nos olhos:

- Não. Você não perdeu. Seu bebê está bem, mas você precisa de repouso absoluto. Você teve um grande sangramento que ocasionou um descolamento de placenta. Por isso, todo pequeno esforço deve ser evitado.

-Descolamento? Isso é grave? - pergunto angustiada.

- Se houver abusos, sim. As recomendações médicas devem ser seguidas a risca. Caso contrário, a placenta perde aderência ao útero ocasionando mais sangramentos e um possível aborto.

- Então... - coloco minhas mãos na barriga e digo aliviada, já sem chorar - ele está bem?

- Sim. Seu bebê está bem. Agora trate de descansar e se acalmar. Essa agitação não faz bem para nenhum dos dois - diz dando-me um beijo na cabeça e ao passar por Yuri deixa um comentário lastimável com um belo sorriso no rosto:

- Cuide bem da sua namorada, rapaz!

Foi tão inesperada aquelas palavras que nós apenas estreitamos os olhos; primeiro para a médica, que saiu sem perceber, depois um para o outro. Nenhuma palavra foi dita. Era como se apenas com aquele olhar, disséssemos: "Não! Nada a ver!"

Sim. Morri de vontade de dizer para a médica que ela só podia ser louca, pois eu JAMAIS namoraria um ser tão ogramente estúpido como ele, no entanto, não possuía energia para qualquer discussão.

Yuri permaneceu com as mãos no bolso encostado na parede à minha diagonal. Engoli seco e me senti nua diante daquele olhar tão íntimo que me lançava. A sensação não poderia ser mais constrangedora. Ora! Mas eu preciso mesmo dar satisfação da minha gravidez pra esse aí? Desde quando esse babaca vai continuar me reprimindo dessa maneira? Era só o que me...

- Desculpa.

Oi? Como é que é? O ser perfeito, que não erra, infalível está me pedindo o quê?

- Amy, me desculpa. Estou me sentindo o pior dos piores - ele caminhou devagar até chegar aos pés da cama. Seus olhos iam de mim ao chão inúmeras vezes.

- Você É um dos piores. Sem dúvida nenhuma. Acredite.

Minha voz era calma, embora quisesse colocar meu ID pra fazer a festa, não me sentia nada disposta. O cara à minha frente estava mesmo sendo humilde, e pelo pouco que o conhecia, dava pra imaginar o quanto aquilo era desesperador para ele.

Eu não estava em condições de brigar, nem de provar o quanto ele era um imbecil e sádico.

- Por isso você queria a licença?

- Essa pergunta é retórica.

- Você poderia ter me falado.

- Isso é serio? - ele só pode tá de brincadeira!

Ele abaixa a cabeça e respira fundo. Abre e boca e a fecha. Olha para mim tão profundamente que sinto-me extremamente invadida, mas continuo sustentando seu olhar.

- Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida. Embora eu tenha conseguido seguir em frente, vou carregar essa culpa pelo resto da vida. Depois de quatro anos eu começava a não lembrar tanto de Beth - ele agora estava ao meu lado, em pé e por algum motivo, aquele nome me pareceu extremamente íntimo - até que você apareceu. Tanto potencial e talento num corpo sem vida. Exatamente como Beth era. Não sei como isso é possível, meu Deus! Talvez vocês fossem parentes e não sabiam, mas Amy, você é muito, mas muito parecida com ela - ele engole seco e seu olhar me invade novamente - digo fisicamente também!

Eu sabia de toda aquela história e não era capaz de admitir isso à ele.

- Porque diz que Beth e eu temos... ou tínhamos um corpo sem vida? - reviro os olhos ao dizer o final da frase.

- Ela tinha uma depressão profunda. Sofria também de bipolaridade.

Só ela? penso inevitavelmente.

- Não que você tenha depressão ou esse transtorno, mas o comportamento de tristeza aguda eram bem parecidos.

Me incomodo ligeiramente quando ele diz tão abertamente sobre meus momentos melancólicos.

- Eu tive meus motivos.

- Eu acredito. E me sinto envergonhado por tanta insensibilidade.

- Bota insensibilidade ai...

- Confesso que surtei quando te vi no palco a primeira vez. Você já estava grávida, se esforçou o quanto pôde e eu... Eu fui um...

- Um ogro - completo sem perceber.

- Sim, um... Ogro?

Nesse momento eu sinto uma vontade INCONTROLÁVEL de rir. Ouvir o próprio ogro se chamar assim era no mínimo hilário! Ele sorri divertido, o que me faz lembrar daquela madrugada no refeitório.

- Então é assim que você me chama?

- Mais uma pergunta retórica - respondo sorrindo.

Uma mão sai do bolso e pousa sobre as minhas, que estão uma sobre a outra, em cima da minha barriga. Ele acaricia de leve me deixando sem reação.

- Desculpa mesmo. Eu falei muita merda pra você e... não era verdade. Nada daquilo era o que eu sentia.

Sua sinceridade mexe um pouco comigo. Senti vontade de abraçá-lo, toda raiva passou, como num passe de mágica, mas mantive a compostura.

Quando ele começou a entrelaçar seus dedos nos meus, duas batidas na porta o fez recuar alguns passos - e eu agradecer mil vezes.

A porta se abre e o que vejo primeiro é um buquê de rosas coloridas. Logo após, a figura dos meus delírios aparece de terno e barba cerrada. Somente alguns passos é o suficiente para entorpecer todo ambiente com seu perfume. Jack estava a minha frente e eu sabia que minha gravidez não era mais um segredo.

- O que você faz aqui? - pergunto receosa.

- Eu trouxe suas flores preferidas - diz mansamente.

- O que você faz aqui? - pergunto novamente, me fudendo para aquelas rosas.

Ele caminha sem graça até o outro lado do quarto e coloca as flores sobre uma mesa redonda que está vazia. Ao virar-se, olha para Yuri pela primeira vez, notando sua presença. Seu semblante muda imediatamente, fazendo Yuri fechar a cara, cruzar os braços e encará-lo da mesma forma.

- O que que você está fazendo aqui? - pergunta Jack sem gritar, contendo claramente sua ira.

- Cara, eu não vou arrumar confusão porque a Amy precisa descansar.

- Jack, fala logo o que você veio fazer aqui e vai embora - digo tentando desesperadamente ser forte.

- Eu não vou conversar com você enquanto esse cara estiver aqui!

- Se for pra isso que você veio, pode ir embora!

Ele umedece os lábios, mexe o corpo, passa as mãos nos cabelos e apoia as mãos na ponta da cama, inclinando-se para frete.

- Eu sei que esse filho é meu. Porquê você não me disse antes?

Dou uma gargalhada debochada fazendo-o recuar e estreitar os olhos para mim.

- Não adianta negar, eu sei - diz cauteloso.

- ISSO-É-RIDÍCULO! Você me disse com todas as letras, DUAS vezes, que não se importava com NADA, ouviu bem, NADA sobre mim! Agora aparece aqui com essas flores ridículas requerendo o MEU filho! Me poupe, Jack! Vai embora, por favor!

- Não me venha com essa!- ele olha para Yuri que permanece na mesmíssima posição o encarando - Ah não! Eu não quero discutir isso na frente desse cara!

- Também acho desnecessária essa discussão.

- Pede pra ele sair, Amy! Nós precisamos conversar sozinhos! Pelo amor, de Deus!

Eu poderia aproveitar o remorso de Jack e refazer minha vida ao seu lado? Sim, poderia. Mas a questão é que não confio mais nele. Ele desistiu de nós, desistiu do nosso amor, aceitou todas as mentiras de Jeni, e isso para mim é inaceitável. Quero me sentir amada por completo, sentir que tenho um homem que faria qualquer coisa por mim, que faria tudo o que eu sempre estive disposta a fazer e infelizmente Jack não demonstrou ser esse cara.

Eu só quero cuidar do meu bebê em paz. Não preciso de homem nenhum pra isso, mas Jack precisa se afastar.

- Eu não tenho mais nada pra falar com você. Yuri é o pai do meu filho e é com ele que eu vou ficar.

Olho para Yuri implorando para que entenda meu jogo. Ele vem em minha direção e passa a mão na minha cabeça. Depois fala baixo para mim, sacando perfeitamente a situação à sua frente.

- Fica tranquila.

Olho para Jack e temo o pior. Seu rosto está vermelho e a respiração cortada. Yuri enche o peito quando diz:

- Vaza daqui, coroa. A garota é minha, o filho é meu e quem tá sobrando aqui é você.

Jack me surpreende quando não responde a provocação, vai até a porta e aponta o dedo para mim.

- Eu vou lutar por você, Amy! Eu te amo demais pra te perder pra esse otário.

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AI MEU DEUS!!! E AGORA??? COM QUEM AMY DEVE FICAR?

JACK OU YURI????

VOCES DECIDEM AMORES! JÁ TENHO OS DOIS FINAIS!!! COMENTA AI!

BJOS 😘😘

AMO VO6 ❤❤❤❤

PIPER 💕

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