20 - 5, 4, 3, 2, 1!


DESCULPEM A DEMORA, AMORES, MAS SÓ AGORA TIVE TEMPO DE REVISAR O CAPÍTULO.

ESPERO QUE GOSTEM :) VOTEM E COMENTEM O QUE ESTÃO ACHANDO :)

BJOSSSSS❤❤😘

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If I gotta be a bitch, I'm be a bad one

Se eu tiver que ser uma puta, eu serei a melhor

KEHLANI
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- Você não pode entrar aqui.

Antes de ouvir aquela voz, já havia percebido sua presença. Estava sentada com os braços em volta dos joelhos dobrados e a cabeça erguida encostada na parede. Permaneci com os olhos fechados, ignorando-o e rezando para que tudo saísse como planejei.

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15 minutos atrás...

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- Mas que merda! Todas as salas tem câmeras!

- Como todos os lugares desse prédio - conclui Kevin.

Saio da décima oitava e última sala, frustrada e irritada por não ter tempo de pensar direito. As coisas se encaixaram na minha cabeça tão perfeitamente que eu não consegui ignorar o turbilhão de pensamentos que me invadiu. Mudei todos os meus planos em questão de segundos de decepção.

Mas agora com a cabeça mais fria, vejo que isso tem tudo pra dar errado. O grande problema é: não tenho mais opções.

Continuo no corredor analisando cada canto, cada saleta e quando já estou quase surtando de ódio por não achar um lugar "adequado" para efetivar a loucura que estou pensando, eis que vejo uma luz no fim do túnel.

- Aqui, Kevin! - chamo-o.

O garoto, que estava digitando algo no celular, vem em minha direção e retribui o sorriso que lhe lanço.

No fim do imenso corredor, virando para a esquerda, haviam duas salas em reforma. Escadas, tábuas, latas de tintas, uma grande sujeira. Os fios de onde ficariam as câmeras estavam pra fora da parede e não havia nenhum vestígio de vigilância por ali.

- Aqui tá bem sujo - observa Kevin.

- Para o que eu preciso está ótimo. Agora fique escondido nessa sala ao lado e faça o que combinamos.

Ele virá a qualquer momento. Eu sei que virá.

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- Sempre descumprindo regras, não é garota?

Desapoiei a cabeça da parede abrindo meus olhos. Yuri estava com o corpo apoiado a uma mesa a minha frente e seus braços cruzados. Seu olhar estava impassível, o que já era um ponto positivo. Sem raiva, nem sua característica falta de paciência. Pensei nisso como 1 a 0 pra mim.

- Eu só quero ficar quieta um pouco.

- Porque não vai para o seu quarto?

- Tem gente demais lá.

Passei minhas mãos pelos cabelos e voltei a apoiar a cabeça na parede. Yuri pareceu muito, mas muito incomodado com aquela situação tão branda e eu... continuei rezando.

- Pelo visto a conversa com seu PAI-DRASTO não foi agradável.

Permaneci calada a fim de causar um desconforto ainda maior a Yuri, forçando-o a querer sair da sala. E é aí que eu começaria de verdade.

O silêncio durou poucos segundos para que ele se sentisse deslocado.

- Vou te deixar sozinha, mas não fique tanto tempo aqui. Você sabe que é proibido.

Fiz um Yes mental e comecei a levantar enquanto intercedia para que não saísse.

- Fica.

O homem a minha frente voltou seu corpo imediatamente a posição anterior e suas mãos ficaram na mesa, ao lado do corpo. Me segurei para não rir do esforço quase zero para impedi-lo de ir, e me animei com a perspectiva de conseguir o que queria.

Fiquei em pé a sua frente, mas nem tão perto, respirei fundo e comecei a falar:

- As coisas não andam bem em casa e eu não consigo desvencilhar isso da minha própria vida e isso explica um pouco a merda de dançarina que eu ando sendo.

- Nenhum problema pode ser maior que a nossa vontade de vencer.

- Eu queria me desculpar pelos ensaios. Aquela não sou eu. Não estou me reconhecendo ultimamente.

Com os braços cruzados, coloquei uma mão nos olhos forçando algumas lágrimas.

- Me desculpe. Isso é ridículo! - disse enquanto passava a blusa de moletom nos olhos e lhe dei um leve sorriso, que me foi retribuído de forma singela.

Continuei o encarando e confesso que estava meio letárgica com a calmaria daquele momento. Ele estava num estado, que até então, eu nunca achei que fosse possível ver nessa vida; falava baixo, me olhava com atenção, nenhum traço de grosseria ou ironia. Isso me desarmou por alguns segundos.

Então, aproximei-me o bastante para apoiar minhas mãos em seus ombros, dando-lhe um beijo no rosto.

- Obrigada. Só de ouvir, você foi... muito gentil.

Nossos olhos se sustentaram por segundos que pareceram a eternidade. Imaginei que ele pudesse me puxar e me encurralar como já fizera antes, mas não. Yuri apenas abaixou a cabeça, o que me fez sentir uma verdadeira vontade de chorar por não ter conseguido seduzi-lo.

Kevin estava à postos. Pronto para filmar qualquer cena "imprópria" para um professor e aluna e isso era realmente frustrante.

Contudo, mal terminara aquele pensamento pesaroso quando Yuri segurou com delicadeza e me trouxe à frente de seu corpo.

Ele não dizia nada, apenas me estudava passando a mão nos meus olhos úmidos e afagando minha cabeça. Tinha tanto carinho naquele gesto que me assustei com a forma que aquilo mexia comigo.

Envolvi meus braços envolta de seu pescoço e colei nossos lábios suavemente. Mal acreditava no que tinha conseguido. E por incrível que parecesse, não era nenhum sacrifício como imaginara.

Ele rodeou seus braços envolta da minha cintura e naquela posição pude sentir que uma ereção começava a evoluir. E então senti tesão. Muito tesão. Me senti úmida e latejante na mesma hora. E quando o beijo ficou mais voraz e estava ficando difícil parar, ele me separou de si e levantou-se, passando as mãos nos cabelos desgrenhados. Estávamos ofegantes e constrangidos. Eu acabara de ser rejeitada, mas tudo bem. Para o que eu queria já tinha valido muito aquele beijo. Me apressei em demonstrar arrependimento o quanto antes.

- Me desculpe. Eu não sei por que... - comecei, mas o rapaz me cortou.

- Eu que peço descul...

- Não! Eu... Desculpa Yuri. Nos vemos amanhã.

Saio correndo com as mãos no rosto, tampando das câmeras do corredor a imensidão do meu sorriso.

_______***_______

- Menina de Deus! Onde você estava?

- Nem te conto a merda que foi meu dia hoje, Sanne.

- Depois você me conta tudo, mas primeiro preciso te mostrar uma coisa.

Sanne que estava sentada em sua cama, levanta e vai até sua bolsa pegando uma impressão de fotografia. Eu continuo tirando a roupa com o pensamento fixo no meu banho.

- Olha isso!

- Mas que porra é essa? Que montagem ridícula! Porque você fez isso?

- Amiga! Isso não é uma montagem! Essa foto eu peguei da internet!

- Como assim?

- As meninas lá do curso estavam falando sobre o Yuri e a namorada dele que morreu. Fiquei super curiosa e pesquisei no google.

- Hã... e você vai me dizer que essa imagem estava lá? - pergunto perplexa.

- Sim! Sim! Não haviam muitas imagens nítidas, mas essa está perfeita! Amy, a namorada morta do Yuri é igualzinha a você!

Isso não pode ser possível. Olho novamente para a impressão em minhas mãos e fico paralisada. Yuri está muito diferente. Sem barba e com um enorme sorriso sedutor. Já a garota, está sentada em seu colo com o braço em volta de seu pescoço.

A semelhança entre nós duas era assustadora.

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