10. POV Jack (cap. 1 ao cap. 4)

Depois que cometi a burrada de me casar, perdi a confiança daquela que eu realmente me importava. Amy não dirigia a palavra à mim e mal falava com Jeni. Eu sabia que as duas sempre foram muito próximas e por mais que achasse Jeni uma vagabunda, a relação familiar delas está à parte de tudo o que sinto.

Nos dois primeiros meses eu quase não fiquei naquela casa, pois minha mãe estava muito doente e não me sentia bem em deixa-la sozinha com uma enfermeira qualquer. Jeni queria mudar para minha casa; uma propriedade afastada da cidade com cerca de 3 hectares, quadra de tênis e futebol, duas piscinas e um grande salão de festa, sendo a casa principal de três andares e mais de sete suítes. Um lugar realmente paradisíaco e que encanta a qualquer um, quem dirá, à Jeni.

Como minha intenção nunca foi continuar casado por muito tempo, achei melhor cada um na sua casa mas com a melhora da minha mãe, eu comecei a ficar mais tempo na casa de Jeni, o que causava um furor incontrolável na vadia (o que eu já previa) e não tinha o menor respeito com a presença da filha.

Um dia desses quando eu havia chamado Amy para ir à escola, voltei ao quarto para terminar de me arrumar. Estava no banheiro penteando os cabelos quando Jeni me empurrou para o chuveiro de roupa e tudo. Fiquei realmente puto.

- Porra Jeni! Tá maluca!

- Ai Jack, porque você está tão rabugento? Não entendo como você não gosta de tomar banho comigo...

- Não quero me atrasar e eu já estava arrumado, porra! Você parece que não tem nada na cabeça.

- Eu tenho sim... tenho umas ideias ótimas...

Por mais que eu odiasse Jeni, eu sempre fui fraco para o sexo, e ela sabia como me atiçar. Aquele cheiro de óleo corporal junto à suas habilidades com a boca... era impossível sair daquele chuveiro.

- Vou te dar uma gozada bem gostosa para você se lembrar de mim o dia todo, meu amor.

Quando descemos para preparar o café da manhã, ela começou a falar mais putaria e eu começava a querer socá-la. Como ela não se preocupava da filha ouvir essas coisas? Cheguei junto dela à pia e falei baixo no seu ouvido:

- Pelo amor de Deus Jeni! A Amy já está descendo e você falando disso?

- Não me pressione assim que eu te chupo aqui mesmo... - quando ouço um barulho de cadeira e a infeliz me solta uma risadinha insana, eu quase perco a cabeça.

- Cala a porra da boca! - falo muito puto no seu ouvido.

- Vão continuar com essa pouca vergonha mesmo? Sou menor de idade e virgem, putaria não faz parte do meu mundo ainda.

Me viro sem graça e Amy me fuzila com aqueles olhos amendoados cheios de ódio.

- O que é isso Amy? Que linguajar horroroso é esse?

Como a filha da puta é hipócrita!

Amy responde sua mãe, mas eu preciso me explicar. Não é nada disso que ela imagina!

- Amy...

- Eu não quero falar com você. Minha conversa é entre família.

Merda! Ela entendeu tudo errado. Minha relação com Amy já está um desastre, ela ainda ve uma cena deplorável dessas...

Quando Jeni sugere que eu seja o pai que a garota perdeu, ela se enfurece e mostra sua raiva por tudo que está vivendo nos últimos meses. Me sinto péssimo. Sem contar o showzinho ridículo de Jeni chorando no meu ombro. Fico ao lado dela que envolve meu braço em sua cintura. Sinto-me confuso com aquela encenação sem entender direito o porquê daquilo. Tento mais uma vez estabelecer um minuto de paz, mas Amy me corta me deixando mais uma vez sem graça. Ela é a única que tem esse dom; me sentir como a porra de um adolescente idiota.

- Perdi o apetite.

Observo seus movimentos rudes e me assusto com seu jeito decidido e maduro que aflorou nos últimos tempos.

- Te espero no carro. Tenho aula de história no primeiro horário e meu professor detesta atrasos.

Merda!

- O quê que foi isso, posso saber? Pra que esse teatro com a Amy? - digo impaciente antes de sair para trocar de blusa.

- Não teve teatro nenhum. É bom ela saber que você agora é pai dela e não tem espaço para outra coisa.

- Eu não sou pai de ninguém! Não tenho filhos, enlouqueceu?

- Jack não me faça explicar o óbvio pois eu...

- Depois a gente conversa Jeni. Mas já vou adiantando que você está ficando louca.

- Você é meu Jack! Ninguém vai tirá-lo de mim! - ela grita enquanto eu subo correndo as escadas.

Durante o trajeto para a escola fico pensando no que dizer para que Amy não me odeie tanto. Penso em deixar as coisas assim por enquanto, mas quando ela desce do carro e bate a porta com força, percebo que me importo mais do que imagimava e corro atrás dela.

Não posso dizer-lhe o que realmente me motivou a casar com sua mãe e que também não a amo.
Muito menos o quanto gosto de estar ao seu lado e vê-la fazer qualquer coisa. Tudo que Amy faz é sempre agradável e encantador. Não. Não posso ser honesto. Em vez disso, entro no personagem de padrasto que se preocupa com a nova filha. Pensei que assim poderia afastar uma possivel atraçao de ambas as partes mas isso a deixa mais puta e posso ver que Amy tem um sentimento sincero por mim. Me xingo mentalmente pelo papel de babaca do ano. Ser o causador do sofrimento dessa menina é muito pra mim, mas preciso afastar isso de nós. Não daria certo e não quero fazê-la sofrer. Fazemos um acordo de paz, o que me deixa satisfeito pelo fato de conviver com seu sorriso doce.

Durante a aula, percebo quando lança olhares para mim e em uma dessas vezes eu olho de volta e nos encaramos por alguns segundos até que ela sorri. Meu Deus! Se ela soubesse como sinto vontade de tocar naqueles lábios rosados, naqueles cabelos ondulados ... preciso me manter longe, mas há momentos que é mais forte que eu.

Como quando Amy dança.

É simplesmente irresistível. É quase um vício. Eu ficaria me deliciando de sua visão por horas se fosse possível. Ela causa uma eletricidade no meu corpo me fazendo ficar duro em segundos. Sua inocência junto a luxuria que exala seus movimentos é a verdadeira perdição para mim.

No dia em que estava me trocando e ouvi ela subindo as escadas, percebi que seus passos pararam rápido demais. Senti sua presença e seus olhos me devorando. Aquela sensação era quase uma droga e a pressão descendo pela minha barriga começou na mesma hora. Fechei a porta do guarda roupa e nossos olhos se encontraram, então pude ver que ela me desejava tanto quanto eu a ela.

Foco Jack. Ela é só uma menina.

Repetia para mim todas as vezes que a flagrava me flertando com o olhar. Depois que Amy fraturou o tornozelo, estava ficando realmente difícil manter o foco. Ela não me repudiava mais, pelo contrário. Expandia uma malicia quando eu a levava no colo à algum lugar que me deixava bem desesperado. Ela costumava se pendurar no meu pescoço e me encarar, "arrumando" minha gola da camisa, ou tirando alguma sujeirinha da roupa, sempre encostando sua mão macia no meu pescoço ou no ombro. Quando eu a olhava, ela sorria e mordia o lábio. Eu, mais uma vez, ficava sem graça e ela ria mais ainda.

Um dia desses, quando eu a levei à cozinha com seus materiais para ela fazer um trabalho, Amy brincou que como eu a carregava para todos os lugares eu estava ficando mais forte. Brinquei de volta dizendo que ela era muito leve e ela responde com aquela malicia que eu - já - tão bem conheço:

- Eu sou leve mas sou forte. Tenho uma ótima resistência física. Se eu não estivesse impossibilitada te derrubaria agora mesmo.

Dou risada para não voar em sua boca e devorar sua língua. Suas pernas cruzadas em cima da mesa e seu jeito relaxado são altamente receptivos e perigosos, uma vez que estávamos sozinhos. Respondo como brincadeira que isso é impossível e penso no quão arriscada essa conversa está se tornando. Ela passa a mão no pescoço e segura seu pingente. Já percebi que é uma mania - muito sensual por sinal. Seu colo livre com um decote que sua blusa branca oferece começam a me desconcertar e antes que eu faça uma loucura pego as chaves do carro e vou saindo quando ela diz alguma coisas:

- Como? - pergunto.

- Eu adoraria provar que você está errado.

Ela não pode dizer essas coisas! Será que não entende que está sendo complicado controlar toda ânsia por ela!

- Menina... você não sabe o que está dizendo. - respondo já sentindo meu pau endurecer novamente, pois quando ela toca em seus lábios, o sangue sobe rapidamente e a melhor alternativa é ir buscar Jeni logo e descontar nela minhas frustrações mais uma vez.

¬¬¬¬¬

Fomos num motel rapidamente pois precisava liberar todas as provocações de Amy. Pensava nela quando metia fundo em Jeni, mas a puta gritava tanto que me desconcentrava. Metia uns tapas naquela bunda e apertava sua boca para não ouvir mais aquela voz insuportável. Quanto mais transava com Jeni mais distante me sentia de Amy. Mas o sexo para mim sempre foi mais uma necessidade do que uma vontade.

Nesse mesmo dia quando chegamos em casa, já estava bem tarde - umas onze da noite - encontro Amy com as pernas no colo de Kevin, um moleque pervertido que adora comer virgens e largá-las mal faladas. Percebi imediatamente o que estava acontecendo ao notar grandes manchas vermelhas abaixo do pescoço de Amy. Sua cara de sacana me olhando era um enfrentamento que eu não esperava. Me segurei para não voar no meu aluno e me prontifiquei a leva-lo embora o mais rápido possível.

Quando ajudei Amy a subir para o seu quarto naquela noite, envolvi meu braço envolta de sua cintura e ela apoio o seu envolta do meu pescoço. Sorrindo e cheia de malicia aspirou meu perfume com seu nariz no meu pescoço me fazendo arrepiar o corpo todo. Falou baixinho com a voz próxima ao meu ouvido:

- Cheiroso...

Não me segurei. Ela estava de brincadeira comigo? Tava se pegando com o merdinha lá embaixo e agora tá jogando charme pra mim?

- Você é muito cara de pau.

- O que foi que eu fiz agora professor?

Puta que pariu. Quando ela me chama de professor quase perco a cabeça de tão sexual que soa. Incontrolavelmente, aperto seu corpo e a onda de tesão toma conta dos dois. Mal presto atenção no resto da conversa quando a pego no colo e penso em esclarecer logo que não podemos fazer nada do que desejamos. A levo no colo até sua cama com determinação, mas quando vejo aquelas manchas vermelhas, detenho minha mão no seu pescoço louco de ciúmes por aquele filho da puta ter encostado nela daquela forma.

- Você permitiu isso?

- Isso e muito mais...

- Esse cara é um pervertido. Você não pode...

- E quem disse que eu não quero perversão?

Eu ouvi direito? Minha doce Amy está dizendo que quer perversão? Por favor, não repita isso outra vez!

Ela levanta e agarra minha nuca. Por muito pouco tínhamos colado nossos lábios e Deus sabe que eu não conseguiria parar. Não tenho muito controle quando estou tão perto dessa garota. Mal consigo pronunciar as palavras direito...

- Menina... para com isso... - seguro suas mãos mas não tenho forças para deixa-la.

- Eu não quero parar! Você não vê o quanto eu quero isso. Quero você Jack! - me diz suplicante, seus olhos carregados de desejo. Ficaria impossível resistir se eu continuasse ali.

Seguro suas mãos e uso toda a força emocional que ainda me resta e me afasto. Vou para perto da porta completamente indeciso, precisando de ar; precisando me livrar daquela armadilha que eu mesmo armei pra mim.

- Professor... - Amy me chama manhosa, quase suplicando... Essa foi a gota d'água! O sangue subiu de imediato e quando me virei, estava cego de tesão ao vê-la morder o lábio provocante.

Segurei-lhe seu rosto com as mãos e explodi num desabafo sem pensar:

- Pelo amor de Deus Amy. Não me chame assim, não me olhe assim, não me toque, não me provoque, não morda o lábio dessa maneira. Eu estou a ponto de enlouquecer!

- Então enlouqueça professor...

Nesse momento percebi que minha desgraça já estava traçada. Era só uma questão de tempo.

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