Amarras

Inda que das grades fosse libertas,
Medusas que envolvem triste feição
Percorrem pelas entranhas incertas,
Amarras: quem dera for ilusão!

Ah, peito escravo, trançado de dor,
Que nós que me possa prender tanto?!
Das plumas brancas resta nem sabor,
Amarras resultam perdido pranto?

Que o vento me leve e não saibais mais,
Tragada em grades que somos findar,
Então, eu vooei, mas não sai do cais?

Por que seguir se o mundo vai(?) desabar?
Estou presa. Ah, estou presa em mim,
Navegar? Diga como, pois sou mar.

*Soneto decassílabo*

05/02/20

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