\\ Capitulo 8
Sua vida é como o sonho mais selvagem se tornando realidade!
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Ao ouvir a voz doce de Amélia aceitar sair comigo, senti um sentimento tão bom, que involuntariamente os meus lábios se abriram em um sorriso largo e satisfeito, além disso, o meu coração deu um sobressalto e um frio dentro da minha barriga surgiu. Entretanto, por nunca ter sentido essa sensação e por acha-la completamente estranha, reagi bem diferente do que meu corpo sentiu, fiquei muito tensa e ao invés de mostra a ruivinha esse sentimento bom e diferente, me fechei.
Não sei exatamente o que Amélia tá sentindo no momento, e muito menos no que está pensando, só sei que ela esta com as suas bochechas coradas em uma vermelhidão sútil, e os seus olhos tem um brilho que me fez ficar hipnotizada. Isso para mim é algo tão novo que me instiga, nunca vi alguém que tem olhos tão brilhantes como os de Amélia.
E agora, nesse momento, ela está aqui bem diante de mim, mal consegui ter ar nos meus pulmões quando ela disse que procurou saber mais sobre mim.
Então, com toda a certeza ela já sabe o peso do meu sobrenome e quem são a minha família. Todos sabem que são os Mancinis, a minha família é muito poderosa, mas Amélia parece não se importar, é como se fosse uma coisa normal para ela, que não a abala. Se fosse outras pessoas iria ficar eufórica ou assutada.
Quer um exemplo? A Mônica, minha ex, ela se vangloriava muito por ser a namorada de uma Mancini, mas isso para é uma coisa tão idiota, que eu só queria me afastar cada vez mais. Mas, eu acabo de perceber que Amélia não tá nem aí para isso, parece que ela só quer a minha companhia, e é bastante estranho eu advinha isso levando em conta que é apenas a segunda vez que nos vemos. Parece que eu a conheço!
Amélia fica me encarando, esperando que eu diga alguma coisa após a sua confirmação, com a minha proposta de sairmos mais tarde.
— Bom, então okay..até mais tarde! — digo a fitando, piscando várias vezes os meus olhos, na tentativa de me manter calma.
Aproveito para deixar de olhar na sua face, e deslizo os meus olhos pelo seu pescoço, vendo a sua pele alva. Após isso, meus olhos descem pelo decote do vestidinho dela azul claro. Os seios dela é grandes, bem redondos parece duas mudas cheias. Inevitavelmente eu me imagino com a casa enterrada ali, chupando, mordendo..
Porra Ava, se controla cacete! Penso já tentando afastar para bem longe esses pensamentos nada decentes.
— Até, Ava. Bom trabalho! — a voz de Amélia me desperta do transe, e me faz olhar para o rosto dela de novo.
— Obrigada, Amélia! — agradeço com um sorriso sincero nos lábios.
Amélia parece desconcertada ainda, então ela me dá as costas me dando a entender que vai embora, porém ela vira na minha direção novamente, me fazer mostrando que ia me falar mais alguma coisa.
—Já que eu cheguei até aqui, se não for pedir muito, gostaria que você me passasse o seu número, para que nós possamos nos falar, mas caso você queira, é claro! — ela diz sem graça e da um sorrisinho nervoso.
— Tudo bem! — Assinto.
Então, eu pego meu celular e peço que ela me diga seu número, Amélia diz o mesmo e eu salvo na minha agenda o seu contato com o nome ruivinha. Dou um sorriso largo informando que já tá salvo e guado o celular novamente no bolso da minha calça.
— Então eu falo com você mais tarde, até mais ! — Digo tentando parecer calma e me aproximo um pouco mais dela com passos vacilantes.
Reprimo essa vontade de chegar perto da ruivinha, mas me parece que meu corpo tem vida própria e me fez fazer o contrário.
— Certo, até! — Amélia diz sem jeito.
Iria dá um beijo em seu rosto ou bem no canto da sua boca, mas para minha surpresa ela quem toma a inciativa e fica na ponta dos pés para me dar um beijo na bochecha, pois sou alta e ela é alguns centímetros mais baixa.
Quando eu sinto os lábios dela tocar na minha bochecha, engulo em seco ao sentir o cheiro adocicado atraente me invadir as narinas. O beijo dela na minha bochecha durou mais de cinco segundos eu acho, por que ela deixou seus lábios em contato com a minha pele demoradamente, me mostrando que ela gentil e carinhosa.
Ao afastar-se de mim, a ruivinha vira de costa me deixa aqui parada, com a vontade enorme de vê-la de novo.
***
Assim que voltei para minha sala eu recebi uma ocorrência, meu rádio fez um ruído e eu logo pude ouvir a voz de um policial da civil:
— Capitã, aqui é o sargento Garcia, da civil — o sargento diz com a voz trêmula.
No fundo eu pude ouvir vários disparos de tiros.
— Fala Sargento.
— Eu vim com a minha equipe para o complexo do alemão afim de fazer uma ronda no bairro por conta de uma suspeita de uma carga que entrou aqui com várias drogas para reabastecerem o estoque dos traficantes, mas um grupo fortemente armados cercaram toda a minha equipe, agora estamos presos na favela.
O sargento explica preocupado, e o tiroteio ainda ecoa como som de fundo.
— Okay, estamos indo para aí.
— Vem logo capitã, nossa equipe tá cercada, quase todos estão mortos, de sete policiais, ao sobrou eu e mais três.
— Okay.
Não me levem a mal, mas um policial tem saber onde pisa, por mais que um civil não seja um policial de operações especiais, ele tem obrigação de entrar em uma favela preparado para o que dê e vier. Mas, como sempre as coisas não são assim, e com isso ele sempre acabam ligando para o bope.
Confesso que eu não queria participar de operação alguma hoje, queria ficar em paz, afinal eu havia marcado de ir a um encontro com Amélia, mas como sou uma polícial responsável, não vou deixar isso pra lá e vou ajudar quem precisa, tendo em vista que além disso vou acabar com a palhaçada que esses vagabundos estão causando.
Com isso, eu vou até a uma sala que tem aqui no meu escritório de capitã e pego meu colete, e equipamentos do qual vou precisar, coisa do tipo: arma, coldre, faca rádio e etc. Em sequência, eu sigo para a parte principal e chamo toda a equipe.
— Atenção senhores.
Dito seriamente com a voz em tom alto, para que todos passam me ouvir perfeitamente, e todos da equipe bate continência para mim.
— O sargento Garcia da unidade civil entrou em contato comigo a poucos instante me passando a informação de que uma possível carga de entorpecentes entrou no complexo do alemão. Eles estavam lá em operação afim de certamente pegá-los em flagrante, mas os traficantes reagiram e agora eles precisam de nós.
— O que eu quero de vocês, é o que sempre falo todos as vezes que vamos entrar em operação. Atenção, cuidado redobrado, e paciência. Lembrem-se que nós nunca invadimos de qualquer jeito, bandido não tem nada a perder, mas nós temos.
— Sim, senhora capitã! — todos dizem em único som.
— É isso, vamos lá!
— CORAGEM SOBRE FOGO! — todos e eu dizemos nosso grito de guerra e eu faço sinal para que eles saiam em padrão do batalhão.
Todos da equipe saem enfileirados já com suas armas nas mãos e com um único objetivo, combater mais uma vez o trafico de drogas.
***
Minutos depois...
Assim que chamamos no local onde tá tendo a porra da guerra, eu solto meu cão, Scott, e faço sinal para os meus soldados avançarem na direção de um dos becos. Todos me obedecem, somos uma equipe de seis policiais escolhi a dedo, porém infelizmente tive que ter o disprazer de trazer sargento Morais conosco.
O cara ainda ainda não entendeu que eu que sou a capitã dessa porra, ele a todo momento tentou mudar minhas estratégias de como iríamos invadir a favela. Não sei o que me deixa mais puta, se essa raiva que ele tem de eu der uma capitã, ou se é o machismo dele.
Mas, como ainda são 15:00 da tarde, eu quero encerra essa operação o mais rápido possível por causa do meu encontro. Então dei todas as cordenadas, por que entramos com estratégias e lógicas e não com tiros logo de cara. Meu pai uma vez disse que a graça da operação e pegar os vagabundos na surdina, sem deixar que eles tenham reação ou brechas para fugir.
E por isso, três da equipe segue bem na minha frente, e um deles é o merda do sargento Morais, escolhi ficar atrás dele afinal eu não confio o nele atrás de mim, então coloquei outro polícial atrás para me dá cobertura, o nome dele é sargente Fraga, ele é um dos poucos polícias que não me julga por eu ser mulher, além de lidar com uma grande naturalidade a equipe caveira ser chefeada por uma mulher.
Meu cachorro de guarda Scott sobi na frente farejando drogas e armas, ele também foi treinado para detectar cadáveres, além de me salvar muitas vezes da morte. Ele é meu fiel amigo!
Em suma, subimos o morro calados, sem atirar, entramos de becos em becos, contra partida, há tiros ainda ecoando pela favela, mas eu faço sinal para que eles fiquem calmos pra agir sem afobação. Nada pode dá errado e eu não quero que ninguém da equipe morra.
— Avança, avança! — Ordeno com o meu fuzil em mira.
Fazemos caminho até uma ladeira que tem várias escadas e casas entre elas, faço sinal para minha equipe ir, mas de repente, tiros são lançados em nossa direção, e com isso, eu e alguns equipe nos escondemos em um dos becos enquanto outro ficaram atrás de muros e carros na ladeira ao lado da escada.
— Scott, vem aqui garoto! — chamo ao assoviar para meu fiel amigo, que vem para o meu lado, mas olha para uma tampa de esgoto e começa a latir sem parar.
Em sequência, ele vai até a tampa, volta a latir novamente e olha para mim, me dando a entender que ele achou alguma coisa. Com isso, eu vou até ele para ver o que é, sendo seguida pelo 06.
— Companheiro, abre esse esgoto aquí — digo extremamente curiosa.
Então, 06 abre para mim a tampa me revelando mais de cinco pacotes de cocaína e maconha.
— Boa meu garoto! Bingo! — digo com um sorriso largo nos lábios e me agacha na direção de Scott.
— Você achou, meu garoto! — digo agora fazendo carinho nele, e em resposta Scott me dá várias lambidas no rosto em sinal de carinho.
Mas, esse momento nostálgico acabou quando mais tiros são lançados bem na nossa direção, me fazendo puxar o meu cão para o beco, para nos protege das balas.
— Capitã, tem mais homens descendo daqui eu posso ver — 06 diz nervoso, ao meu lado esticando seu pescoço na direção de onde estão atirando.
— Calma 06, vamos fazer isso com a mais calma possível, nossa força é a nossa estratégia, lembra?
— Tem razão!
Eu olho para frente e vejo os outros policiais no beco da frente, o que nos separa é uma escada quase em pé. O sargento Morais faz sinal de que vai subir, mas eu digo que não, que não é para isso acontecer, pois esses caras ainda estão atirando, então não sei que milagre ele finalmente resolveu me obedecer.
Encostada na parede do beco, fecho os meus por alguns segundos, tentando me preparar para avançar. Conto até dez e viro na direção da saída do beco e começo a atirar na direção dos caras da boca da favela. Tiro com precisão na cabeça de um, 06 atira no peito do outro que estava ao lado desse que eu atirei e eu finalizo o terceiro com um tiro no ombro juntamente com outro na perna. Fiz isso por que eu tenho planos para esse filho da mãe.
Assim que ele cai no chão gritando de dor, eu avanço com a equipe, e mando 06 pegar ele. O mesmo obedece e pega o carinha franzino de cabelos longos pelo braço.
— Aí, ai, calma aí chefia! — Ele grita se debatendo enquanto 06 o arrasta até uma casa em construção.
Quando 06 o joga no chão, todos meus homens da equipe já estão em volta o encarando com as armas na direção dele.
— Por que vocês me trouxeram aqui? Vão me matar?
— Ainda não, primeiro quero que me dê algumas informações.
— Eu não sei de nada, não tenho nada para dizer a vocês, eu não sou o chefe de nada dessa favela.
— Mais conhece o mesmo que eu sei.
— Não conheço não dona..
— Nem com cinco fuzis na sua cara você não entrega o teu chefe, não é?
— Eu já disse que não sei de nada.
— Você sabe sim, mas quero saber de uma outra coisa além de quem é o seu chefe. Quero saber onde está a carga..
— Carga? Que carga? — o vagabundo diz fingindo está surpreso.
— Entrega logo essa porra seu merda, se não tu vai morrer hein! — 05 diz com ironia ao vagabundo.
— Eu não tenho como entregar nada, se eu não sei do que vocês estão falando porra!
— Onde está essa merda de carga?
— Eu já disse, eu não sei do que vocês estão falando cacete! — o cara rosna com ódio e eu desfiro um tapa forte em seu rosto.
Mais é muita cara de pau mesmo, olho sem paciência para 09, o mesmo logo se aproxima e eu indago:
— Bota no saco...
Imediatamente, o cara franzino faz uma cara assustada com seus olhos esbugalhados.
— NÃO, POR FAVOR!
E sem remorso 09 coloca o saco na cabeça dele, o sufocando. Ele tenta gritar mas o saco abafa o som, ele se debate sendo impedido de respirar.
Então, quando vejo ele ficar mole faço sinal para que seja retirado o saco.
— E aí? Refrescou a memória?
— Eu não sei Dra, eu não sei de nada! Me deixa ir embora ou me mate — ele diz com dificuldade, chorando.
— Eu vou perguntar mais uma vez, onde está porra da carga?
— Eu já disse que não sei!
Me aproximo dele e dou mais um tapa bem forte em seu rosto.
— Onde está o caralho da carga de entorpecentes?
— Já disse que não sei.
— Ah é? Okay então! — eu dou de ombros — 09, saco de novo! — ordeno e o mesmo enfia o saco na cabeça do vagabundo.
O mesmo se debate, e após alguns segundos, 09 tira novamente. Ao conseguir voltar a respirar, com muita dificuldade o filho da mãe finalmente abre o bico.
— O que a gente faz com esse porra capitã?
— Passa que é teu!
Dito isso, um dos meus homens da dois tiros no vagabundo, um na sua cabeça e um no coração. Não tenho um pingo de piedade, não converso e nem faço trato com vagabundo, por que vagabundo eu mato. Caso eu não o mate logo de cara como foi o que aconteceu a poucos segundos atrás, é para encontrar alguma informação que vai me beneficiar, e ponto!
Sei que invadir favelas e ser capitã não é fácil, tenho plena ciência que esse trabalho um dia vai me matar, toda via enquanto isso não acontece, eu continuo fazendo meu trabalho.
Quando largamos os bandidos mortos no caminho, batemos de frente com vários jornalistas, e um deles logo me chama a atenção, Leônidas, um dos jornalistas mais carrapatos da revista Carioca. Assim que ele me vê, vira a porra da sua câmera bem na minha direção.
Leônidas é baixo, e é um pouco calvo, suas linhas de expressão já são nítidas assim como as rugas. Sei que ele deve ter cerca de uns 50 anos.
— Olha aí pessoal, como vocês estão vendo, mais uma vez o Bope chegou e deixou rastros de corpos pela favela.
Ignoro esse merdinha, seguindo na direção da minha viatura. Mas ele se aproxima de mim em um surto de coragem.
— Capitã Ava Mancini, o que tem a dizer sobre mais uma operação que tira completamente todos os direitos humanos da população? — Leônidas diz com ironia.
— Desliga essa porra dessa câmera! — Sargento Morais esbraveja com ele e o mesmo rir ironicamente.
— Estou fazendo meu trabalho, que é mostrar ao mundo, o que vocês do Bope fazem. Eu vou filmar mesmo!
E então, Leônidas volta a nos filmar com sua câmera, porém eu perco a paciência e vou para cima dele com violência derrubando a mesma.
— Olha aqui seu filho da puta, se você não desligar a porra dessa câmera eu vou acabar com sua raça, ouviu bem?
— Você tá me ameaçando capitã Mancini? — Leônidas diz engolindo em seco, mas se mantém firme.
— Tô mesmo, e daí? É melhor que você não coloque minha cara no seu site se quiser ver o dia de amanhã! — O ameaço brava, e esse carrapato estreita os olhos para mim.
***
Horas mais tarde....
Após ter matado o vagabundo que entregou seus comparsas, eu e meu pessoal trocamos tiros até chegar na maldita carga, assim que chegando lá, resgatarmos os policiais civis e fomos embora com a viatura cheia de drogas apreendidas e com o sentimento de mais uma missão cumprida. Porém, algo me diz que isso está muito longe de acabar.
Quando toda a operação foi encerrada no relógio já marcava 18:00 da tarde e eu logo lembrei-me que eu tinha que perguntar a ruivinha para onde ela quer ir, se ela quer ir a um bar ou um restaurante. Então, assim que havia chegado em casa, peguei meu celular e mandei uma mensagem para ela.
Oi, boa noite! É a Ava..
Oi Ava, tudo bem?
Tudo bem, o convite ainda tá de pé?
Por que não estaria?
Ótimo, para onde gostaria de ir ?
Não sei, vou deixar você surpreender.
Se eu fizer o que tô imaginando, não vou te surpreender, vou te assustar, por isso prefiro que me diga.
Se for me levar para sua casa, não iria me assutar.
Humm!
Barzinho, pode ser?
Pode, vou te buscar! Beijos!
Okay! Beijos, até já!
Jogo meu celular na cama e dou um sorriso malicioso imaginando o que eu faria com essa ruivinha, se caso ela viesse para minha cobertura. Dormir seria algo que estaria bem longe de acontecer da minha parte.
Após ter passado dois dias pensando se teria coragem de procurar Ava, eu finalmente tomei uma inciativa. Acho que se eu não fizesse isso, com certeza iria cozinha o meu juízo, e ela não iria me procurar, pelo menos foi o que ela transpareceu, após não ter se quer ido onde moro novamente.
Mas, como não sou boba, coloquei o nome dela na rede social e levei um baita susto ao ver que Ava pertence a das famílias mais poderosas da cidade e do país. Meu Deus, eu quase tive um treco, imagina..ela é herdeira de um monte de impérios, e mesmo assim ela preferiu ser uma tenente do Bope.
Além disso, ela é parente das modelos famosas internacionalmente falando, sua mãe Gabriela Ferraz Mancini e Laura Mancini Torres são modelos mais bem pagas do país. Porra, ela sendo filha de Gabriela, me sinto até nervosa, pois ela é uma das modelos mais lindas do mundo.
Sendo assim, Ava Mancini não é uma pessoa qualquer.
A mulher é rica desde quando nasceu, mas arrisca sua vida em prol do país e da sociedade. Acho isso legal e muito bonito, pois a policia está aqui para proteger os cidadãos de tudo que os ameace. Toda via, mesmo impactada com o fato de eu ser pobre e ter me encantado por uma mulher rica, eu não dei muita bola para isso, pois eu já havia dito que queria um amor que me consumisse, que me tirasse do chão, sabe? E não por dinheiro, não quero ver Ava dessa maneira, tendo em vista que sinto uma atração bem forte por ela. O dinheiro dela jamais iria comprar esse sentimentos, e é isso que importa.
Existe o fato de descobrir que ela é uma das trigêmeas da Sra Gabriela, as duas irmãs da Ava tem a mesma cara que ela, nossa, a cara de uma focinho de outra.
Agora, já toda arrumada, usando um vestido justinho azul de alcinhas bem finas e um sapato de saltinho básico, eu desço a ladeira da minha rua com uma bolsinha preta no ombro, faço o caminho até um ponto de ônibus, pois foi o lugar que havia marcado com a Ava. Ela vai passar aqui de carro, e eu acho até melhor ela não subir, pois os traficantes podem ver que ela é uma polícial e com isso, pode tentar fazer alguma coisa.
Ao chegar no ponto, fico parada com os olhos curiosos na direção que eu já sei que o carro dela vem, pois o centro da cidade no sentido contrário. Assim que um carro preto grande e bonito se aproxima junto com outro atrás olho curiosa e um pouco apreensiva, mas relaxo quando os vidros se abaixam me mostrando Ava no volante.
— E aí? Vamos? — Ela diz sorrindo e destrava a porta do carro para mim.
— Vamos! — respondo retribuindo o sorriso e entro no carro.
Enquanto a morena mais linda que eu já vi liga o carro de novo o colocando em movimento, eu fico um pouco sem jeito perto dela, talvez seja por conta da sua beleza, ou sua vida diferente da minha. Mas, noto que o outro carro preto continua atrás do dela, então eu olho disfarçadamente para trás um pouco apreensiva.
— Relaxa, são os meus seguranças! — Ava diz calmamente, ao notar minha preocupação.
— Ah entendi! É que eu não sabia...
— Eles fazem minha escolta.
— Entendi, pelo trabalho que você tem, certamente precisa disso mesmo.
— Poisé, porém não é só pelo meu trabalho, mais sim pelo peso da meu sobrenome, todos da minha família tem dois seguranças pessoais.
— Caramba, vocês são importantes!
— É, por aí!
O silêncio reina no carro, até que Ava diminuir a velocidade do carro e pega o cinto de segurança, para colocar em mim, por que eu acabei esquecendo.
— Segurança em primeiro lugar, ruivinha! — Ava diz ao roçar seu braço nos meus seios, prendendo o cinto.
Assim que senti o braço dela fazendo contato com minha pele no colo dos meus seios, senti imediatamente uma eletricidade pelo meu corpo. Engulo em seco tentando disfarçar, porém ao olhar na direção de Ava, nossos olhos se predem e eu o seu olhar me passou uma intensidade forte, entretanto, eu pude ver uma singularidade sutil e o brilho na sua íris clara, me fez corar, pois sinto neste momento as minhas bochechas queimarem.
Conforme Ava provoca tudo isso em mim em tão poucos segundos, acabo percebendo que ela também está um pouco estranha, será que eu fiz algo de errado?
— E então? Já sabe qual barzinho nós vamos? — Pergunto para quebrar o clima diferente que se instalou no ar.
— Tem um no Leblon, é legal, você vai gostar! — Ava diz sem desviar o olhar da rodovia.
Há poucos carros no local, tem apenas
alguns carros e ônibus um pouco mais lá na frente da lá atrás.
— Se você está dizendo, com certeza vou ! — digo sorrindo simpática.
Ava continua dirigindo calmamente, porém sinto dentro de mim uma certa inquietude, então começo a observar ela dirigir, o jeito que as mãos dela segura e conduz o volante é sensual e interessante. Aproveito para olhar um pouco mais e reparo em seu corpo, ela está sensual, usando um vestido preto não muito decotado, mas pude notar que ele é curto e ela usa um salto. Até que saio dos meus devaneios quando Ava estaciona o carro enfrente a um bar luxuoso.
Eu poderia imediatamente abrir a porta do carro, e descer do mesmo, e
ela também, mas não fazemos isso, eu apenas fico esperando o próximo passo da Ava. Me surpreendi quando senti a sua mão tocar na minha coxa esquerda, o contato me fez vibrar por dentro e um desejo involuntário de sentir mais que isso, me invadiu. Olho para a morena com de olhos claros e engulo em seco mais uma vez. Nossos olhos ficam presos, nem a música de Gucci, Eshay, nos tira do transe. Ela se inclina em minha direção.
Ava me olha intimidadoramente, me causando um frio na espinha, e uma sensação de adrenalina, pelo corpo
até que eu não aguento mais ficar só a olhando e acabo me inclinando para beija-la, mas Ava logo se afasta, me fazendo olha-la irritada por alguns instantes. A mão dela aperta a minha coxa esquerda e um gemido escapa dos meus lábios.
Ava aproxima seus lábios do meu, e quando penso que finalmente ela vai me beijar, ela encosta os mesmos em meu ouvido sussurrando-lhe:
— Nem te toquei direito, e você já tá gemendo, Amélia? — A voz rouca no meu ouvido só fez acender ainda mais o fogo que está me consumindo.
— Si..sim! — foi só o que consegui dizer, quando sinto os dentes dela no meu lóbulo da orelha.
— Porra Amélia, ver você gemendo é fodidamente gostoso! — Ava sussura de novo no meu ouvido, e mais uma vez me arrepio da cabeça aos pés.
Ava desfere uma mordida leve, mas a mesma foi o suficiente para me fazer gemer novamente. Sinto os lábios dela descer para o meu pescoço e um leve suspiro sai do meu nariz, junto com uma mordida no meu próprio lábio inferior, afim de conter o desejo forte que essa mulher está me causando.
Ava encosta novamente seus lábios no meu pescoço, chupando o mesmo com muita vontade, sabe aqueles chupões que tem direito a língua e tudo? Pois é, é esse que ela esta me desferindo, me arrancando gemidos, enquanto a mão dela aperta cada vez mais minha coxa esquerda.
— Ava...— digo em súplica, com a voz baixa, suspirando pesadamente.
De repente, Ava se afasta de mim por um breve momento, e toma os meus lábios em um beijo intenso, firme e arrebatador. A sua língua entra em contato com a minha, fazendo uma dança lenta, uma das mãos dela vai para dentro das mechas dos meus cabelos, os puxando com firmeza e uma pegada que nenhuma outra foi capaz de fazer.
A intensidade que Ava reivindica os meus lábios me faz ir a locura, minha mão direita involuntariamente vai até sua nuca subindo para dentro dos seus cabelos e os puxando do mesmo jeito que ela fez comigo. Ava geme, e abandona meus lábios me fazendo sentir falta de sua boca carnuda e macia.
— Quero mais...— digo ofegante e mordo o lábio inferior dela.
— Eu sei! — ela sorrir sensualmente e encosta os lábios de novo no meu ouvido — e eu vou te dá muito mais, mas não agora e não aqui...
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Oi amores, desculpem a demora, mas fiquei sem tempo para terminar o capítulo, mas e aí? O que acharam desse capítulo?
Beijos no coração, e até a próxima!
♥️😘✨
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