\\Capitulo 50

Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles que o que eu esperava seria
Impossível...

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Ava é a mulher mais quente que eu já pude ter o prazer de conhecer. Mas, o melhor de tudo, foi degustar, amar e viver um sentimento intenso com ela.
Sinto-me realizada e completa ao seu lado, quando estamos juntas, parece que nada ao nosso redor existe, eu me sinto completamente apaixonada por ela. E por essa paixão, eu resolvi falar a ela o que sinto, até achei que ela não iria retrubir esse amor, mas eu estava enganada, Ava soube bem demonstrar o que sente, me deixando muito feliz.

Ela me ama, nós nos amamos muito! E isso é uma das melhores coisas que já me aconteceu, por que a outra coisa foi encontrá-la.

Após toda aquela tempestade que foi o meu sequestro e o de Zoe, senti meu coração aliviado em ver a mulher que eu amo na minha frente, quando deu fim a todo aquele pesadelo. Então, eu não resisti, eu soltei de uma vez por todas que a amava e em troca, Ava me disse que também sentia o mesmo.

Isso encheu meu coração de alegria e de paixão, paixão essa que nós duas estamos vivendo com intensidade, e muita vontade agora nesse momento exato. Eu estou ainda dando prazer a ela, chupando sua intimidade como se fosse a fruta mais deliciosa que eu já pude saborear.

— Ah, Amélia! — Ava gemeu gostoso sofregamente, enquanto minha língua trabalhar com mestria em sua boceta encharcada. Ela acabou de gozar e eu suguei seu mel todinho.

Ela puxa meus cabelos com uma certa força quando eu enfio dois dedos em sua intimidade, socando com força. A safada começa a mexer seus quadris, rebolando, me deixando ainda mais excitada. Mas, de repente, Ava puxa meus cabelos com força de novo, me fazendo olha-la e parar o ato.

— Vem cá, vem ruivinha! — Ava diz sensualmente, me puxando para cima dela.

Assim que fico muito perto, ela toma os lábios com desejo e veemência, sua língua ágil entra na minha boca e em questão de segundos ela logo começa  brincar com a minha sensualmente, o meu corpo está inclinado sob o dela, e isso faz com que nossos seios fiquem roçando um no outro. O bico do meu seio está tão duro quanto o de Ava por conta do tesão e do fogo que está nos queimando a pele.

Com carícias íntimas, eu e Ava ainda nos beijamos muito, nossas mãos vão passando por todo nosso corpo, dando força ao desejo que nos abraça nesse momento. Até que Ava interrompe o nosso beijo e em seguida encosta sua testa na minha. Sorrio e mordo meu lábio inferior para ela, que logo sorrir de volta para mim, mostrando o quão ela está adorando esse momento igual a mim.

Mas, de repente ela se movimenta, me conduz para o chuveiro e volta a sua banheira, a enchendo e colocando os sais de banho. O cheirinho bom logo surge assim que a espuma começa a se formar. Enquanto ela está fazendo isso, eu ligo o chuveiro e tomo o meu banho, peguei um pouco do sabão em líquido dela que estava na prateleira de vidro dentro do Box e comecei a passar por todo o meu corpo. Até que Ava se encosta atrás de mim, ela passa suas mãos por meu corpo fazendo a espuma do sabão se espalhar por todo o meu corpo como se ela estivesse me dando banho. Mas, sua mão começa a massagear minha intimidade logo me mostrando que ela não quer só me da banho, ela quer me deixar louca outra vez de tesão.

Como se não bastasse a massagem em minha intimidade, que me faz jogar a minha cabeça em seu ombro com os olhos fechados, gemendo, Ava ainda leva a outra mão para um dos meus seios, ela aperta ele com delicadeza e eu só consigo gemer.

— Ah, eu te amo tanto, Ava! —  Eu me declarei gemendo, enquanto Ava está com o seu dedo brincando com o meu clitóris.

— Eu te amo mais, ruivinha! — Ava diz carinhosamente sussurrando no meu ouvido.

Essa atitude dela me deixou arrepiada e com o tesão triplicado. Então, eu me viro em sua direção fazendo ela parar com as carícias e tomo seus lábios em um beijo voraz e cheio de paixão. Ava me pressiona contra parede fria desse Box e desce o beijo pelo meu pescoço. Em seguida, ela desce um pouco mais deslizando sua boca deliciosa pela a minha pele até chegar no meu seio, a boca suga meu bico com força, e logo deixa vermelho a região.

Em sequência, Ava volta a me beijar ao se reerguer, então eu logo trato de tocar seu corpo também. Eu começo massagear seus seios, e com a outra mão, eu começo a masturba-la com suavidade. Meus dedos esfregam sua boceta molhadinha com delicadeza, mas em questão de segundos aumento a velocidade da masturbação e a Ava goza chamando o meu nome.

— Porra, Amélia! — Ela gemeu com desejo.

Como estamos uma de frente para a outra, pude ver Ava fechar os olhos com força e morder seu lábio inferior tentando conter os gemidos. Mas, de repente sua boca procura a minha.

Ava enfia sua língua na minha boca e eu começo a suga-la com vontade, as mãos de Ava não param de me dar o prazer que eu tanto ansiava por anos antes de encontrá-la. Tive que esperar 22 anos pra encontrar esse furacão de mulher, mas sei que valeu a pena.

Ava enfia de novo um dedo em minha boceta, e começa a fazer movimentos circulares encontrando o meu ponto G. Caramba! Isso me fez revirar até os olhos agora.

— Ava! — Gemi, sentindo um prazer inigualável, e o meu orgasmo surgir como um furacão.

— Eu adoro quando você geme o meu nome, ruivinha! — Ava sussurra no meu ouvido, e eu gemi de novo.

— E eu adoro quando você me chama assim, de ruivinha! — Digo cheia de tesão, sentindo meu corpo tremer de tanto prazer.

Estou êxtase, o orgasmo veio tão forte, que eu acabei me apoiando em Ava e a apertando contra meu corpo inteiro. Ava sorri satisfeita com o que acabou de fazer comigo, e em seguida volta a me beijar. E assim, foi o nosso banho, demoramos mais do que o normal, a Ava estava muito insaciável. A safada me fez gozar mais de cinco vezes, não sei como tenho forças nas pernas até agora, por que eu tremi de tanto tesão que essa tenente quente me fez sentir.

Agora, estamos deitadas na cama dela, Ava está deitada com a cabeça em seu travesseiro macio enquanto eu estou com a cabeça em seu ombro. Como tá de noite ainda, o quarto está escuro, e a única luz que ilumina o quarto é a luz da lua que reflete através do vidro da sua janela, ao lado da sua cama.

Fico ouvindo o coração do amor da minha vida batendo calmamente, as batidas me faz sentir uma calma tão importante, que meus pensamentos acabam indo para longe.

— Ruivinha? — Ava diz me tirando dos devaneios.

— Oi, amor! — Respondo com carinho e eu ergo minha cabeça para olhar na sua direção.

Nossos olhos se prendem, eu logo não sei por que, mas quando eu olho bem no fundo dos olhos cristalinos da Ava, eu sinto uma paz muito forte, mesmo que ela seja uma pessoa dura que está em uma guerra muito constante com o mundo. De alguma forma Ava me passa paz, é como se ela fosse o meu anjo da guarda, não sei explicar! Isso é meio louco por que ela é uma pessoa extremamente dura, rígida e forte. É óbvio que não vou atoa que o cão do meu tio apanhou dela e ainda morreu nas mãos dela. Ela havia prometido a morte dele, e eu sabia que de alguma forma isso iria acontecer. Antes eu até senti pena por ele, mas depois o que o mesmo me contou sobre a morte dos meus pais, e das suas más intensões comigo, eu senti um grande aliviu.

— No que tanto você pensa? — Ava me perguntou curiosamente.

Deito novamente em ombro, e sinto as mãos dela me alisar e seus braços me abraçarem um pouco mais.

— No que aconteceu lá o cativeiro, no que meu tio falou..— digo ainda bem pensativa com um olhar perdido.

— E o que ele disse?

A pergunta dela me fez sentir uma angústia horrível, por que eu logo imaginei o quão meus pais sofreram por causa daquele maldito.

— Um monte de coisa horrível! Disse que foi o responsável pela morte dos meus pais..— eu revelo ainda muito triste.

— Já imaginava isso..

As palavras de Ava me surpreendeu, ela sabia que ele teria capacidade de cometer um crime desses nível e não me contou nada.

— Já? E por que não me contou? — Eu pergunto cabisbaixa.

— Ah, ruivinha, eu queria ter certeza do que realmente tinha acontecido, eu não queria te contar nada sem saber o real motivo dos acontecimentos e do que realmente houve — Ava explica calmamente.

Por um lado fiquei um tanto quanto chateada por ela não ter me contado nada, mas por outro lado entendo o lado dela. Ela não queria me deixar aflita sem ter certeza de tudo, mas o sequestro antecipou essa descoberta.

— Entendi.. não tem problema...— eu dou de ombros.

— Ele te disse mais alguma coisa além de ter confessado essa atrocidade?

—Ele disse uma coisa horrível, eu não queria falar mais sobre isso, porém eu sei que vai ser pior manter isso só pra mim.

— O que aquele monstro disse amor?

— Disse que sempre teve vontade de me tocar, que ficava me vigiando ao me ver entrando no banho. Foi muito horrível ouvir isso da boca do meu tio por que eu vivi com ele quase minha vida toda. Foi nojento, isso me deixou muito mal.

Digo tudo sentindo o meu peito doer fortemente e a tristeza me abraçar, e os meus olhos começam a se encher de lágrimas. Até que eu sinto uma das mãos de Ava afagar minhas costas me amparando. 

— Eu te entendo amor, mas agora o que importa é que esse monstro e seu primo não estão mais aqui para ficar infernizando sua vida — Disse Ava com carinho e firmeza, e ela beija o topo da minha cabeça.

— Obrigada por sempre me proteger amor! — Agradeço ao dar um suspiro profundo.

Ergo minha cabeça em sua direção e ela me rouba um beijo carinhoso. Eu nunca imaginei que ela seria tão doce e carinhosa comigo. Achei que ela iria ser uma mulher estúpida, grosseira a todo momento comigo assim que fui morar na sua casa justamente por ela ser rígida e dura com as pessoas, por que sei que ela é brava. Mas comigo a Ava é um amor de pessoa. Amo tanto o jeito que ela cuida de mim.

— Não tem que agradecer, eu te amo muito ruivinha!

— Também te amo muito, tenente!

Nos abraçamos um pouco mais, e logo senti que o sono já queria me pegar.

***

Dia seguinte....

Eu acordei sentindo falta do calor do corpo de Ava, abri os olhos e não a vi mais na cama. Então, eu levantei, fui até o banheiro, fiz as minhas higienes pessoais e tomei um banho. Assim que sai do banheiro enrolada na toalha, vi uma roupa dobrada em uma poltrona perto da cama. Com isso, deduzi que aquela muda de roupa era para mim, então a vesti. É um vestido preto, ele é folhadinho e tem alcinhas, ela tem até um cordão para que eu possa dar um lacinho. Procuro uma sandália e logo encontro uma rasteirinha embaixo da mesma poltrona onde o vestido estava sobre.

Mesmo agradecida por ter tudo isso disponível para mim, fiquei confusa, por que não sei de quem é essa roupa, já que eu não tenho roupas aqui nessa mansão dos pais de Ava. Ava nem usa essas roupas, certamente ela mandou providenciar para mim. Ainda estou me acostumando com o poder dessa família. Enfim!

Saio dos meus devaneios ao sair do quarto, sigo pelo corredor enorme e logo avisto a ponta da escada. Desço a mesma ao me aproximar e quando eu chego no final dos degraus já pude ver Ava e os pais tomando café da manhã juntos na sala de jantar. Assim que a mesma me vê, sorrir lindamente para mim, me fazendo corar de timidez. O olhar de Ava tem a capacidade de me deixar assim, toda tímida e até mesmo desconcertada.

Sigo até eles adentrando na sala, e ao chegar perto deles, eu logo dou bom dia aos pais de Ava ainda um pouco tímida e eles respondem com carinho e simpatia. A mãe de Ava, Dona Gabi é a mulher mais gentil que eu já vi, seu gael também, me presenteou com um sorriso largo e simpático. Eles como sempre já estão elegantes, se tem uma coisa que eu aprendi com esse povo rico é que eles ficam arrumados desde a hora que acordam. Dona Gabi usa o seu vestido azul claro decotado e seu Gael usa sua camisa social branca. Os dois estão tão cheirosos que o cheiro da fragrância exala na sala.

E também, ela está impecável, usa a sua blusa preta de manga curta e sua calca jeans azul marinho. Os cabelos dela estão molhados e não usa make, ela não gosta muito. Já eu amo, assim como as irmãs gêmeas dela e a mãe.

— Amélia, não fica tímida, pode ficar a vontade, se senti em casa..— meu sogro diz gentilmente vendo que eu estou extremamente desconfortável em começar a tomar o café da manhã.

— É querida, fica a vontade, nada de ficar acanhada..— minha sogra diz sorrindo.

— Obrigada seu Gael, dona Gabi! — Eu agradeço gentilmente.

— Viu ruivinha, não precisa ficar tão tímida, os meus pais são uns doces! — Ava disse sorrindo e a mãe dela solta um beijinho para a filha.

Seu Gael sorriu do comentário da sua filha todo bobo, com isso eu acabei de perceber o quão os dois amam demais as filhas com a mesma intensidade. A Zoe até chegou a comentar que Ava é a preferida do seu Gael, mas isso não é verdade, ele ama a Ava assim como a ama. Eu vi ontem o desespero dele por ela ter sido rapitada. Mas, enfim! Voltando ao que eu estava falando, no caso, sobre o café da manhã, noto que a mesa está farta, há muitas coisas, há suco, café, bolo, torradas, e panquecas cheirosas.

A empregada deles logo chegou perto da mesa afim de me servir, porém eu não quis, preferi eu mesma me servi, não acho necessário isso. Então, logo me servi com uma xícara de café bem quentinho e para acompanhar, peguei umas torradas com geleias.

Por conseguinte, o café da manhã foi farto e muito legal, a companhia dos meus sogros é muito agradável, deu para ver como os dois se amam ainda justamente pelo jeito carinhoso que o pai de Ava trata a mãe. É zelo grande e eu percebo que Ava ama apreciar isso.

Durante esse período agradável, eu vi o seu Gael e a filha conversar sobre o batalhão, e em como eles iriam agora agir perante ao comandante Renan, o cara corrupto que estava por trás do sequestro com o governador. Porém, pelo que percebi, os dois não tem as provas suficientes para incriminar os dois, mas Ava falou que precisava ir até o batalhão para conversar com os colegas de farda sobre o comandante.

Ela tem as provas contra ele em um pendrive que havia conseguido do jornalista Leonidas, alguém que Ava odeia muito por gostar de expor sua vida, mas que agora ela reconhece que foi essencial para conseguir as tais provas, que me parece ser umas fotos comprometedoras. Entretanto, o meu sogro deixou muito claro que a filha tem que tomar muito cuidado, pois ele está solto, e foragido.

— Acha que o comandante Renan está ainda no batalhão?

— Acho que não, ele não iria arriscar a pele dele, e pelo o que aconteceu eu acho que ele vai querer renunciar o cargo e fugir.

— Espero que ele não esteja lá, se não eu vou acabar com a raça dele hoje mesmo — Ava murmura.

— Filha, você precisa agora triplicar a segurança, enquanto esse marginal estiver foragido, você e a Amélia não estão seguras.

— Eu sei pai, fica tranquilo, eu vou dá um jeito com o Pereira para encontrar ele o quanto antes.

— Ótimo, e eu vou ajudar. Diga-me filha, quando vai começar as buscas?

— Calma pai, vou primeiro conversa com o pessoal do batalhão, contar as coisas que aconteceram e ver o quer eles vão dizer. Depois, vamos pensar em uma estratégia de atuação contra o traidor do Renan e do governador.

— Esse governador você deixa comigo por que vou dar o que ele merece, ele vai sair daquele cargo dele rapidinho quando eu enviar tudo para o pessoal da federal.

— Verdade pai, quero só ver a cara do filho da puta quando ver que não vai ter mais a boa vida dele.

— Ele vai surtar, mas vai ser pouco, quero ver o império dele cair, o que ele faz com o pessoal das favelas é tão horrível, é abominável! — Disse dona Gabi.

— Só de pensar que o meu tio, o meu primo e esses dois estavam juntos em tudo isso, me dá repúdio! — Eu digo com uma careta e todos concordam.

— É repudiante mesmo Amel, ainda bem Ava tirou você de perto de tudo isso — Dona Gabi disse aliviada.

— Ainda bem mesmo, agora o que as duas tem que se preocupar é com a segurança.

— Sim, senhor comandante! — Ava diz brincando e todos nós rimos.

***

Assim que terminamos o nosso café da manhã, recebi a ligação da Zoe me informando que eu vai me dar folga por causa do que aconteceu ontem, e mandou eu descansar. Porém, eu logo me lembrei que eu tinha que ir para a faculdade, já que eu ainda estou perto de acabar o curso de administração.

Eu Confesso que estou louca para que ele chegue ao fim, quero me formar logo e abrir algum negócio no ramo de bebidas, por que se tem uma coisa que eu sei fazer é um bom coquetel e vários tipos de bebidas. Agora a Ava e eu vamos embora da mansão dos pais dela, por que ela precisa ir para o seu batalhão e eu vou para casa, eu quero ver a Nola , a empregada dela, ficamos muito amigas e por ligação eu percebi que a mesma ficou muito preocupada comigo e quer me ver logo. Ah, outra pessoa que esta lá na casa da Ava me aguardando é o meu melhor amigo, o Marcos, ele me ligou e disse que iria me ver, então comuniquei a Ava no momento em que estavamos no café da manhã e ela passou o endereço a ele morrendo de ciúmes. Oh céus, a Ava é amor comigo, mas ela é muito ciumenta.

— Bom, eu vou para o batalhão para resolver toda a questão do corrupto..— Ava diz séria olhando para mim e eu reviro os olhos. Ela ainda tá com ciúmes do meu amigo Marcos, ele é só um amigo, é bissexual, gosta mais de homen do que de mulher. Ela ainda não entendeu que eu só tenho olhos para ela, sou 100% lésbica. Não gosto de homem. 

Será que ela mesmo me amando não confia em mim?! Seu Gael e dona Gabi até perceberam o clima de ciúmes de Ava comigo, mas eles não opinaram em nada.

— Eu vou com você filha, eu não vou deixar você resolver tudo sozinha — Seu Gael diz seriamente para Ava que revira os olhos — ei mocinha, eu vou e ponto final! — Ele resmunga sério e ela sorrir finalmente.

— Tá bom pai, o senhor venceu!

— Tá vendo Amélia, esses dois são terríveis! — Dona Gabi disse sorrindo dos dois e eu sorrir discretamente.

— Então, já que vocês vão sair eu vou aproveitar para dar uma passada na clínica da Íris e ver como tudo está indo.

— Está certo amor, nos vamos mais tarde minha morena! — Seu Gael diz todo carinhoso com a esposa e da um beijo nela.

— Ah não, pelo amor de Deus! — Ava resmunga fazendo careta — Pai, mãe! Parem com isso! — Ela diz revirando os olhos.

— Até parece que nós fazemos algo diferente de você e da minha nora!

— Eu também acho! — Eu respondi sorrindo e Ava me lança um olhar de molhar a calcinha. Que mulher!

Com isso, após essa despedida com a senhora Gabriela, eu e Ava fomos até a garagem para irmos no carro do pai dela, seu Gael fez questão que a gente vá no carro dele pelo fato do carro de Ava está na casa dela. Sendo assim, a Ava foi no banco da frente ao lado do pai e eu fui no banco de trás. Os dois conversavam muito sobre como vão conversar com a polícia federal, afinal eles vão enviar toda a denuncia para tirar o governador Ferreira do cargo.

Assim que o carro saiu da garagem, o seu Gael esperou os carros da escolta ir atrás dele, já que ele não sai sem os seus seguranças assim como todos da família. No caminho, fiquei no celular falando com Marcos e expliquei que a Ava tava morrendo de ciúmes dele. O mesmo até achou graça e logo disse a mim que quer ver ela pessoalmente.

Estávamos nos preparando para ir pra casa, quando de repente, o celular de Ava começa a tocar. Ela vai atender e fala com alguém me parece ser do seu trabalho. Enquanto ela fala com essa pessoa e os seus pais conversam sobre alguma coisa, eu observo a sala deles com apreciação, vendo o quão ela é muito bem decotada.

Dona Gabriela realmente não entendi só de modo, mas também de designer. Até que eu saio dos meus devaneios ao ver Ava já desligando a ligação e se aproximando de nós três de novo.

— Amor, você se importa do meu pai e eu passarmos no batalhão primeiro antes de te deixar em casa? Por que o Pereira quer me encontrar no prédio do Bope.

— Não amor, não tem problema!

— É amor! — Seu Gael diz sorrindo e nós duas sorrimos de volta.

Entretanto, eu senti alguma coisa bem estranha na Ava, ela parece insegura, muito preocupada, parece que ela não tá confiante em ir até o local, mas está tentando a todo custo não demonstrar isso. Sua mãe antes de sai sentiu algo estranho, uma pontada no peito, mas Ava meio que não acreditou muito no mal pressentimento da mãe e disse a gente que precisava ir.

***

Assim que o meu sogro parou o carro na porta do batalhão, os homens que estão na escala armados fazendo a segurança do local cumprimentou ele e abriu o portão principal. Ava desceu do carro e abriu a porta para que eu desça, e assim eu fiz. Entretanto, para o susto de todos que estão presentes, um tiro e disparado. Ava e eu olhamos para trás imediatamente e a minha namorada tomou uma atitude muito inesperada.

— Pai, cuidado! — Ava grita receosa e se joga na frente do pai.

PA!

Nesse momento, meu coração quase para, me fazendo sentir uma aflição e um medo avassalador. Ava Acabou de ser atingida nas costas, eu estou atrás do meu sogro, já chorando com muito desespero.

— NÃO! — gritei desesperada vendo o amor da minha vida nos braços do pai praticamente sem vida me olhando.

Esse olhar dela me passou medo, não sei exatamente explicar mas, eu notei que ela temia nesse momento pelo seu pai e por mim, mas também, esse seu olhar me transmitiu dor. Muita dor.

— AVA! — Seu Gael grita com sua filha desfalecendo em seus braços — Não, não, não! Filha! Acorda! — Ele disse nervoso, se ajoelhando com sua filha no chão.

Nesse momento, todos os policiais do batalhão já estão ao redor da gente, eu corro até ela e fico ao lado do seu Gael chorando descontroladamente. Agora eu entendi por que dona Gabi estava se sentindo mal. Eu choro tocando nos cabelos negros de Ava, sentindo ainda a dor angustiante me engolir. Alguém diz que acabou de ligar para a SAMU e alguns policiais correm pelo local pra tentar ver da onde veio o disparo. Ao que me parece, foi uma  armadilha, a Ava falou com o amigo Pereira e ele a chamou até aqui, e agora, essa merda de tragédia aconteceu.

— O que fizeram com você meu amo..— ele diz apertando Ava contra o seu  corpo, ainda chorando.

Eu sinto uma dor dilacerante no meu coração, vendo o amor da minha vida nos braços do pai toda ensanguentada sem nenhuma reação. Mesmo nervoso  o meu sogro manda eu pegar o celular dele e avisar a esposa e ao primo dele que é médico. Temendo muito e com as lágrimas caindo dos meus olhos, eu ligo com muita dificuldade para dona Gabriela e depois para o seu Miguel, o médico da família.

— Pai! — Ava diz com dificuldade.

— Shss! Não fala filha, não faz esforço por favor! — Seu Gael diz soluçando.

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Oi pessoal, voltei! Desculpem a demora! E aí? O que acharam desse capítulo? Até chorei um pouco..😞😢

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