Capítulo 49

Gabriela Pv'

Acordei, olhei pro lado e ele não tava. Na verdade eu nem sei como vim parar na cama.

Só me lembro que a transa foi boa, isso eu não posso negar.

Levantei à procura da minha roupa. Me enrolei no lençol e fui pra sala, estava tudo jogado no chão.

Fui pro banheiro, abri os armários a procura de uma toalha limpa.

- Ta procurando o que?- Ele apareceu do nada me dando um baita susto.- Calma morena.- Deu risada.

- Não tem toalha aqui não?- Ele foi até o quarto e voltou com uma toalha branca na mão.

- Não vai me convidar?- Deu um sorriso sacana.

Dei um sorrisinho.

- Sonha.- Peguei a toalha e fechei a porta na cara dele.

Até pensei que ele fosse abrir e vir mesmo sem eu chamar, mas ele não fez isso. Aproveitei pra tomar um banho relaxante.

Sai ja vestida, e fui pra sala procurar ele. Vagabundo some na velocidade da luz.

- Andris?- Segui pra cozinha e ele ta la devorando um pão com mortadela.

- Aceita?- Eu ri da cena.- Ooh parou.

- Desculpa.- Ele continuou de cara fechada.- Eu preciso ir pra casa.

- Nem pensar, agora tu é minha!- Olhei pra ele assustada, o mesmo começou a dar risada, confesso que tava estranhando ele.- To brincando.- Se levantou e veio na minha direção.- Eu deixo tu ir, mas com uma condição.

- Qual seria?- Cruzei os braços e encarei ele nos olhos.

- Bailão comigo hoje.- Segurou meu queixo.

- Ah não Andris, não to no clima.- Realmente eu tava cansadona, rolou tanta coisa em um dia só, que eu só queria que ele acabasse.

- Então tu vai passar a noite aqui comigo.- Sorriu sacana.

- Nem pensar!- Me afastei dele.

- Tranquilo.- Se sentou novamente.- Mas e ai, como é que a gente fica?

Eu até perguntaria se ele estar com febre ou algo do tipo, mas tava gostando dele bonzinho assim.

- Fica como? Não tem a gente... Foi só um deslize.- Me fiz de besta.

- E bem que você gostou de deslizar.- Falou baixo, mas eu ouvi claramente.- Teu celular ta na mesa, vou terminar aqui e te levo.- Dessa vez ele foi frio.

Deixei ele sozinho e fui procurar meu celular na sala.

O mesmo tinha várias  mensagens, e ligações. A maior parte vindo da minha mãe. Por um breve momento esqueci de tudo que aconteceu com ela.

- Vamos?- Ele parou do meu lado me dando um leve susto.- Ta devendo é?

- Não.- Me recompus.- Vamos.

Ele abriu a porta me dando passagem, saimos da casa. Dessa vez era o carro dele que tava na porta.

Entrei no passageiro,  e esperei ele dar a volta e entra no lugar do motorista.

Ele deu partida e seguiu pra casa. Fomos em total silêncio, e vou ter que confessar que tava me irritando já.

Parou em frente a minha casa, mas não destravou a porta.

- Deixa eu ir?- Olhei nos olhos dele.

- Não mereço nem um beijinho?- Fez cara de cachorro sem dono, incrível  como ele conseguia mudar de humor assim.

Neguei com a cabeça. Ele riu e segurou minha nuca me beijando com calma.

- Por que você  é assim?- Perguntei ao nos separarmos.

- Assim como?- Disse dando vários beijos no meu pescoço.

- Para com isso Andris.- Segurei seu braço. - Por que você muda de humor assim? Por que faz isso comigo?

Me olhou por uns instantes e logo fechou os olhos.

- E que... Sou amarradão na tua.- Voltou a olhar nos olhos. Eu dei foi risada.

- Não era você o bandido perigoso?- Ele fechou a cara.- Ai ta vendo! Não posso fazer um comentário que ja muda.- Me afastei dele.

- Relaxa morena.- Deu uma risada.

- Você gosta mesmo de mim?- Olhei nos olhos dele.

- Porra Gabriela!- Falou bravo.

- Abre a porta do carro Andris!- Gritei mesmo, não mereço ta aqui não.

- Eu te amo!- Falou baixo.- Eu te amo Gabriela, não é isso que você quer ouvir?

- Você ta falando isso da boca pra fora, só  pra me fazer ficar aqui.- Cruzei os braços.

- Queria muito ta brincando contigo, pelo menos não levava tanto esculacho.- Continuava bravo.- Acredita se quiser, o meu papo já ta dado.- Ele destravou a porta.

Olhei pra ele e sai do carro.

Minha cabeça ainda estava dando um nó. Não sabia se podia confiar nele ou não.

Ele arrancou com o carro assim que entrei em casa.

- Posso saber onde a senhorita estava?- Minha mãe  apareceu na minha frente.

- Com a Mayra, ela ta com um problemão.- Mentira não  era.

- To de olho em você Gabriela!- Até  que essa foi fácil.- Vou ficar de plantão essa noite.

- Tem certeza mãe? Não acha melhor ficar em casa hoje?

- Não, não filha.- Ela pegou a bolsa.- Foi só  um susto.- Me deu um beijo na bochecha e saiu.

Fui pro quarto me jogando na minha cama. Acabei dormindo.

...

Meu celular tocou e me tirando do meu momento de sossego.

-Alo?

- Pudim, sua mãe  ta ai?- Era Mayra.

- Ta de plantão.- Fui breve.

- Ótimo, to indo ai pra gente se arrumar pro baile.- Falou toda empolgada e desligou.

...

Não demorou pra ela chegar, e quase que quebrou minha porta.

- Calma piranha.- Abri a porta.

- Quer me deixar plantada aqui é?- Ela entrou com tudo.- Preparada pra uma noitada?

Até  pensei em arrumar uma desculpa pra não  ir, mas eu precisavame distrair mesmo sabendo que ele vai ta la.

- Prontissima!

Fui tomar um banho relaxante, enquanto Mayra se arrumava no quarto.

Vesti minha lengerie me enrolei na toalha e foi procurar uma roupa.

- Como que eu to?- Mayra fez pose, ela tava com um vestido preto brilhante colado no corpo, valorizava suas curvas.

- Se eu fosse o Vitinho eu tomava cuidado, porque você ta um perigo!

- Gosto assim!- Começou a se maquiar.

Parei em frente ao meu guarda-roupas. Escolhi um short jeans desfiado, um crooped vinho. Me vesti indo atrás  de um sapato. Optei por um tênis preto, hoje eu tavs no pique de me acabar na pista.

Passei uma maquiagem basica mesmo, só pra não ir de cara lavada.

- Pronta?- Mayra entrou no quarto, nem percebi a hora em que ela saiu.

- Sempre!- Peguei minha bolsinha.- Vamos?

- Vitinho ja ta la fora.- Disse olhando no celular e ja foi saindo.

Saímos e eu tranquei a porta.

  ...

Hoje o baile era na quadra fechada, a mesma tava lotada.

- Vamos de camarote.- Mayra me puxou na mão.

Eu não  queria subir, mas também não  queria ficar sozinha aqui na pista.

Assimque pisei no camarote eu avistei ele, sentado no sofá  perto do vidro. Não  vou mentir que ele tava um gato, todo de preto.

Não demorou pros olhos dele parar nos meus, parecia não acreditar na minha presença.

Por um segundo, todos nossos momentos bons passaram pela minha cabeça, até  mesmo o que ele me disse hoje. Eu não sei se devia confiar nele.

Mas a vontade de ta perto era maior que meu medo de dar errado.

Fui em direção a ele parando na sua frente. Ele me olhou dos pés a cabeça.

- Assim você  mata o pai.- Me puxou pro seu colo.






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