[ 28 ] Defesa e ataque part I

Reescrito e revisado por: poisontequila

Eu sou maior que meu corpo
Eu sou mais fria que esta casa
Eu sou mais cruel que meus demônios
Eu sou maior que estes ossos
Halsey — Control 

A ilha de Jeju foi a escolha para as primeiras tentativas de treinamento, não havia visitantes, pois foi totalmente isolado devido a casos até então não esclarecidos — Jimin encarava a água cristalina através do enorme penhasco, a relva verde se esgueira por quilômetros, um bom ponto para treinar. 

— Senhor. — Anael o reverência e Laylah faz o mesmo. 

— Sem formalidades, por favor!

— Certo. Onde está Jungkook?

— Estou aqui. — avisa, vindo ao encontro dos três anjos. 

— Certo. Jimin, você conhece toda a arte da guerra, não deverá ser tão difícil. — o ruivo comentou mantendo respeito. — Apesar tem de deixar-se  guiar pelos comandos para sua mente compreender e seu corpo reagir.

 — Tudo bem. 

As roupas dos quatro eram apropriadas para se mover com eficiência sem desconforto — Laylah apertou o elástico nos cabelos longos preso num rabo de cavalo alto.  

— Bom, primeiro vamos testar seus reflexos. — sorriu gentil. — Você sabe o que fazer, apenas relaxe e fique atento. 

— Okay! — o vento forte em meio ao sol forte os deixou pouco confortável, Jimin por sua vez estava ansioso e temeroso. — Faça o que for preciso. 

— Tudo bem. Jungkook, fique com Anael e observe, não interfira. 

— Tá. 

Ambos caminharam para longe dos dois, Jimin respirou fundo, a anjo era bem maior que ele e mais habilidosa, era um pouco intimidador. 

— Não fique receoso. Ataque e se defenda. — avisou. 

O início havia sido tranquilo, Jimin aos poucos conseguia memorizar cada ataque, golpes fatais — por quase duas horas de permaneceram no básico, Anael deu segmento para que a loira descansasse, por último, Jungkook sorriu ao seguir ao  campo, Jimin estava suado, corado, a camisa regata grudava em seu peitoral — os fios platinados grudavam na testa, a respiração um pouco acelerada junto aos batimentos cardíacos.

— Minha vez, anjinho. 

— Pode vir, eu consigo. 

— Não tenha dó, sou resistente assim como você também é. — lembrou. 

Respirando fundo, Jimin se posicionou, chamando o demônio para que avançasse, o primeiro golpe foi bloqueado, por ser menor tinha vantagens para usar a seu favor, a flexibilidade tornou cada golpe ainda mais fácil. Park torceu o braço esquerdo do moreno, passando-lhe uma rasteira, derrubando-o com força no chão. 

— ISSO! — Laylah gritou. 

Sorrindo vitorioso, a guarda foi baixada, dando tempo do demônio levá-lo ao chão, um baque alto pode ser ouvido pelo impacto junto ao gemido de dor. 

De pé, Jeon avançou de novo, a velocidade instiga a do anjo, num instinto de sobrevivência e fúria, Jimin bloqueou a investida, esmurrando o peito com força, Jungkook foi lançado um metro à frente. 

De olhos arregalados, Jimin correu para ver se estava bem e foi bloqueado por Anael. 

— Não se preocupe, ele está bem. Parece que a energia demoníaca o ajuda a agir melhor. — apertou o ombro do menor em conforto. 

Jungkook tirou a camisa antes de voltar a posição. 

— Isso não é justo. — Jimin o repreende. 

— Te deixo desconcertado? 

— Não me provoque. — fechou a cara. 

A loira se aproximou antes de começarem um novo round. 

— Vamos tentar espadas. — entregou duas de lâmina longa e reta, cabo prateado com uma cobra enrolada. — Jungkook trouxe as suas? Essas não podem ser usadas por você. — avisou. 

— Trouxe. — em suas mãos, pelas sombras surgindo em suas palmas, surgiram duas semelhante às do platinado, a diferença era a lâmina pouco curvada, a base em couro, dois dragões negros incrustados ali. 

— Tentem não levar isso tão a sério. 

— Vou tentar. O anjinho precisa se lembrar de tudo o mais rápido possível. — comentou. 

Jimin girou ambas espadas para testar o equilíbrio e peso, dando três passos para trás, observando o demônio o olhar como se o desafiasse, pelo sol forte, admirou indiscretamente o suor escorrer, o peito largo e abdômen já úmidos — por último os olhos, vermelhos, intensos e assassinos. 

— Vem com tudo fadinha. — sorriu ladino. 

Jimin encheu os pulmões de ar, as mãos formigando assim como todo o corpo, suas orbes mudaram de violeta para branco. 

O primeiro estrondo veio ao impacto de ambas espadas, Jeon de segundo a segundo bloqueia Jimin, a força o fazia recuar, driblar o anjo branco, desviar de um possível corte — o sorriso foi genuíno, sem controle algum as lâminas esfriaram, tornando gelo puro, a terra tremeu e o vento tornou-se mais forte. 

Jungkook grunhiu ao perder uma espada, sua camada demoníaca surgiu, as sombras dispersaram o anjo por segundos para facilitar o ataque; Laylah e Anael estavam mais perto, preocupados. 

— Eles vão se machucar. 

— Relaxe, estão indo bem. — o ruivo a conforta. 

O demônio segurou o punho direito do menor, torcendo para que soltasse a lâmina, Jimin fez um giro perfeito o imobilizado, trançando as pernas envolta do pescoço alheio, jogando o peso para trás, e mais uma vez o demônio foi ao chão, invertendo a posição, o rosto próximo ao do platinado. 

— Ganhei. — diz, ofegante. 

O albino sorriu, usando o pouco espaço entre ambos corpos para levar o joelho até o peito nu e empurrá-lo com força. 

— Cacete! 

— Chega! — o ruivo encerra a luta. 

— Jimin? — os três olharam, recuando lentamente.

— Senhor? Tá tudo bem?   — Laylah aproxima, tocando o rosto com cuidado. 

— Sim. Esta, desculpe. 

— Venha tomar um pouco d'água. 

Quase na beira do penhasco, Jeon encarava o mar distante, o vento forte refrescando o suor — desconectado do mundo, sua mente estava no inferno, no exército sendo preparados por Lúcifer para vir à Terra, a fúria do rei e o que era guardado por ele deixava o demônio preocupado, seja o que for, poderá ferir Jimin e até si mesmo. 

— Jungkook? — a suavidade da voz o trouxe de volta. 

Jimin estava ao seu lado, entregando-lhe água, ainda que não precisasse aceitou.  

— O que foi? 

— Nada. 

— Sente dor? 

— Não. Preciso de uma bebida e cigarro. 

— Vamos embora, preciso de um banho. 

Jeon retorna ao lado do parceiro em silêncio, não prestando atenção no que era dito por ele e nem pelos guardiões — tinha que conversar com Hoseok, reunir os pecados, para aumentar seu poder, sentia algo errado. 

Suas tatuagens queimavam para avisá-lo. 

Não dava tempo. 

Tinha de matar Lúcifer, não dava para esperar. 

[...] 

O copo transparente foi preenchido com líquido âmbar, o cigarro aceso antes mesmo de tomar o primeiro gole da bebida — Jungkook estava sentado no sofá de forma desleixada, sem camisa, os cabelos presos num coque baixo, a calça de moletom larga no quadril, deixando visível o elástico da cueca à mostra e olhar distante, tragou da nicotina, soltando o restante da fumaça, a decisão não havia sido fácil de tomar. 

Era necessário,  a morte de Lúcifer precisava acontecer para que o pior não acontecesse; o cheiro de flores silvestre chamou-lhe a atenção, Jimin vinha descanso, com o roupão de seda preto cobrindo a seminudez, quietinho se sentou no colo do moreno, sem se preocupar com o cheiro do cigarro ou da bebida. 

— O que te preocupa? 

— Nada. 

— Não minta para mim. — as orbes violetas encontrando os negros. — O que vai fazer?

— Matar Lúcifer, e assumir o trono. — foi direto, tomando outro gole da bebida. 

— Não é o momento, Jeon. Não faça isso agora. 

— Porque? — a íris escura clareou, o tom escarlate era opaco. 

— Não faz parte do propósito. Deixe tudo como está, por favor. — as mãos pequenas seguraram seu rosto. 

— Ele vai tentar matá-lo. 

— Não irá conseguir. Apenas deixe que tudo caminhe. 

Jungkook assente ainda que não aceite, terminou a bebida, tragando o cigarro para apagá-lo no cinzeiro. 

— Tá com fome? — sussurrou em seu ouvido. 

— Sim, um pouco. O que seu sangue fez comigo? 

— Sangue celestial é quase como um droga aos demônios, foi o único jeito de te curar, estava muito fraco. — lamentou. — me desculpe. 

— Isso pode me deixar vulnerável?

— Se estiver faminto, sim. 

— E quanto a você?

— Estou bem. Sem fraqueza alguma, só sinto-me desperto. — beijou-o. 

— Posso?

— Uhum. 

De olhos fechados, Jimin sentiu o roupão ser afastado do seu ombro direito, o beijo casto em sua pele, o nariz arrastando devagar ali, automaticamente sua mão adentrou os cabelos escuros, acariciando o couro, podia sentir entrar num transe suave e sereno. 

— Adoro o seu cheiro. — o ouviu dizer. — o seu corpo. — suspirou pelo aperto em sua cintura. — você por inteiro. 

— Sou seu, hoje e sempre. — respondeu. — Meu demônio. — sussurrou baixinho. 

A língua partida ao meio deslizou por seu pescoço, percorrendo um caminho até o ombro e voltando, chupando a área sensível, mordiscando ali, sorrindo pelos suspiros pesados, deixando seu tronco ser exposto; a luz diurna iluminava a sala de tons escuros, fazendo irradiar a pele pálida. 

— Jungkook! — sussurrou, puxando seu cabelo. 

O demônio sorriu, mordendo-o em seguida, as presas cravando na carne, o gemido longo e manhoso arrepiando seu corpo. A aura densa  rodeava pelos dois, a criatura se alimentando de forma devassa um celestial de alta patente, totalmente apaixonado. 

— Tão bom. — diz baixinho. 

Jungkook centrado, rosnou abafado, arrancando o roupão de seu corpo, a textura de sua pele, a curva de seu corpo era uma loucura para o príncipe das trevas. 

O filho de Satanás rendido sem reservas a um anjo que por séculos a fio tinha-o nas mãos. 

— Jeon! — gemeu de dor. — para. 

— Não! — lambeu o sangue escorrendo do ferimento, tirando a mão de sua cintura, levando até a ereção deste. — Vai gozar para mim. — avisou firme, a voz gutural, demoníaca. — Eu sou seu dono, então vai me obedecer. 

— Vou. — chorou. 

— Então vem assim para mim.  

Jimin gemia e suspirava, chamando o demônio, louvando seu nome com devoção absurda e desesperada — gozou em meio às lágrimas, ao prazer que nublou sua mente, no poder crescendo dentro dele, esperando para explodir, como uma bomba relógio; o moreno recolheu com o indicador o líquido branco, espesso e quente, levando aos lábios sujos de sangue. 

— Delicioso. 

— Você também. — sorriu fraco, cansado. 

— Descanse um pouco, ao anoitecer, iremos treinar de novo, e do meu jeito com meus demônios juntos a mim. — frisou. 

— O que irá me ensinar? 

— A controlar seus poderes, todos de uma só vez. 

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