L7NNON

🦜ྀི ┋TEMA : triste/ex-namorados
🦜ྀི ┋AVISOS : nenhum
🦜ྀི ┋SINOPSE : onde por uma jogada de marketing Lennon decidi se casar com outra mulher ao invés de s/n, o amor da sua vida.

Boa leitura, pivetes 💚

COMO VOCÊ FEZ COMIGO
! ʾ s/n pov's ˙

Virei mais uma vez a pequena garrafa de metal em minha boca, antes de sair do carro. O líquido forte atingiu minha garganta, fazendo meu sangue ferver e finalmente meu corpo criou coragem para se mexer. Guardei a garrafa com vodka dentro da bolsa e montei meu melhor sorriso, tentando não parecer bêbada.

Assim que abri a porta do carro, vários flashes foram disparados contra o meu rosto. Segurei a barra do vestido e finalmente pude pisar no tapete. Em sinal de simpatia, distribui alguns autógrafos e falei com alguns repórteres.

─── Então, s/n, qual a previsão para o próximo álbum? ─── perguntou a moça a minha frente. Sorri abertamente, olhando para a câmera.

─── Tudo que posso dizer é que está vindo e que vocês não estão preparados, talvez nem eu esteja ─── pisquei e voltei a caminhar até finalmente estar na recepção e encontrar Gabriel sozinho, mexendo no celular.

Me aproximei do mesmo, que parecia sério, estou aqui apenas por ele. Gabriel Barbosa é meu melhor amigo e por ventura, amigo de Lennon também. Eu não deveria estar aqui e muito menos queria.

─── Belo vestido, senhorita s/n. ─── sorriu guardando o celular no bolso. ─── Pra quem não queria vir, até que você se esforçou bastante.

─── É, eu pensei bem. Se eu for realmente me prestar a esse papel, que seja com estilo, né não?

─── Tá certíssima. ─── estendeu o braço, para enlaça-lo ao meu.

─── Ele já chegou? ─── perguntei, antes de entrarmos no salão.

─── É a festa de noivado dele, ele tem quer chegar primeiro né? ─── ele tenta brincar, mas o comentário me fez suspirar. Gabi apertou minha mão em conforto. ─── Você está com cheiro de álcool.

─── Se quiser que eu ature e sobreviva a essa festa, me deixe ficar bêbada.

─── Não tô te julgando, só que tome cuidado. ─── beijou minha têmpora e logo as portas do salão foram abertas e a atenção de todos vieram para a nossa direção.

Inclusive, a do casal sensação da noite.

Assim que nossos olhares se encontram, ele recuou. Um covarde. Lennon dos Santos era definitivamente um covarde. O sorriso de Giulia era tão grande, que brilhava. Ela estava feliz e eu estava feliz por ela. Apesar de tudo, ela ainda era minha amiga e eu jamais brigaria com uma amiga por causa de homem. Mesmo que aquele homem fosse a porra do amor da minha vida.

Gabriel me guiou até a mesa, onde estavam Ret e Anna, sua esposa. Meus outros dois amigos, mas pra falar a verdade, eu sou amiga da cena trap/rap quase toda. Eu os conheci quando fui convidada para ajudar a produzir a poesia 11, 12 e então participar da 13 e da 14. Eu não sou do rap e minha carreira era voltada para o ramo internacional e por isso foi uma investida e tanto tanto pra eles, quanto pra mim.

Uma semana após o lançamento da poesia 14, onde eu enfiei uma parte em inglês e espanhol junto de Filipe e Xamã, vimos a poesia chegar no top 1 do mundo no spotify. Fui um sucesso e a primeira vez que uma música com mais de dez minutos chegou à esse alcance.

─── Eu sei que você me ama e que me acha linda, mas se continuar me encarando desse jeito eu vou chamar a polícia, sua psicopata. ─── ouço Estrela falar e acordo do meu transe.

─── Desculpa, só estou meio avoada. ─── falei forçando um sorriso.

─── Se com avoada você quer dizer bêbada. ─── Gabriel murmurou e eu dei uma cotovelada em suas costelas. ─── Ai, sua filha da mãe!

─── Você está bêbada? ─── Ret pergunta preocupado.

- Não, eu só bebi uma pouco antes de vim. - falei revirando os olhos. - Isso é Whisky? - peguei pegando o copo de Filipe, que concordou. Virei o copo bebendo o líquido escuro e os três me olharam espantados.

- Tá ficando doidona, porra?

- Não. Mas se eu não beber, certamente vou ficar. - disse ao encar os noivos no meio do salão, sorrindo como se estivessem em um filme da Disney.

- Você não deveria estar aqui. - Filipe falou.

- A culpa é do Gabriel, ele me intimou a estar aqui. - falei. - Se queria quebrar meu coração, parabéns! Você conseguiu.

- Você sabe que a intenção não foi essa. Você tem que se mostrar forte. - falou, pegando minha mão.

- Ele está certo. Precisa transparecer a sua confiança, mas tudo que eu vejo aí e um coração quebrado.

- Mas é isso que está aqui, Anna!

- Eu sei, meu bem. - me abraçou e afagou minhas costas. - Mas se continuar assim, apenas irá dar a ele a satisfação de ter conseguido quebrar seu coraçãozinho.

- Eu sei. Você está certa. - sorriu para ela que beija minha testa em seguida.

[...]

O lugar estava escuro e havia uma holofote em minha direção e na direção dos noivos. Eu já tinha bebido cinco taças de champagne, o whisky do Filipe e toda a droga da vodka que eu havia trago e agora eu teria que cantar para homenagear os pombinhos, graças a minha acessória enchendo meu saco.

Nesse momento, eu ri. Enquanto segurava o microfone olhando para os meus saltos vermelhos, os que ele me deu. A porra dos sapatos que ele adorava tirar dos meus pés. A porra do sapato que ele disse que dava tesão nele. A porra do sapato...

Sorrindo, eu olhei para frente e segurei o microfone perto da boca.

- O quê eu tenho à dizer? - sorri bêbada, mais uma vez. Pelo canto do olho vi Gabi e Ret negando com a cabeça. - Eu estou feliz por vocês. Muito feliz, de verdade. - encarei o casal. Dantas sorria e Lennon estava sério.

- Eu espero que ela te faça sorrir. - olhei para ele, séria. - Eu espero que você ouça uma música, cante e lembre-se dela. Eu espero que você sinta as faíscas que nunca foi capaz de sentir. Eu espero que você saiba que ela será a única no final da noite. - olhei para os meus amigos, que sinalizavam para eu parar. Mas eu estava sendo guiada pelo ódio que guardei durante todo esse tempo em silêncio. - Eu espero que você esteja finalmente se sentindo livre. Vamos lá, diga a todos os seus amigos como você está feliz! - minha voz carregada de ódio, meus olhos lacrimejando. - Eu espero que ela destrua todos os seus planos. Eu espero que você gaste até seu último centavo para colocar uma pedra na mão dela. Eu espero que ela seja a mais selvagem na cama. Ela não é tudo que você precisa? - perguntei. Lennon baixou a cabeça, Giulia me encarava sem entender. - E eu espero, do fundo meu coração, Lennon. - ele me olhou, olhos vermelhos e atormentados. - Eu espero que ela te traía. Como você fez comigo. - disse, quase terminando. - Espero que você abra seu Instagram qualquer dia às 02h00 da manhã, com a cama vazia ao seu lado, e a veja agarrada com um cara que simplesmente não é você. Espero que fique acordado em agonia, esperando e chorando ao lado do telefone, implorando para que seja um mal entendido. Mas então, descubra que não é. E espero que ela te faça sentir da mesma maneira que estou me sentindo agora.

Eu sorri abertamente, colocando o microfone em seu devido lugar. Limpei a lágrima que escorreu e meio grogue, deci do palco com a ajuda de Gabriel.

Saí do salão sendo acompanhada pelo olhar de todos. Minha cabeça permaneceu erguida e eu me sentia mais confiante que nunca. Mas a voz que dizia que Giulia não merecia aquilo ecoava em minha cabeça, mas eu me forcei a ignorá-la.

- Você foi forte lá dentro, baixinha. - falou Gabi, abrindo a porta do carro pra mim. - Deveria ir pra casa e escrever uma música.

- Talvez eu faça isso. - sorri.

Antes que eu entrasse no carro e fosse direto para casa, ouço a voz de Lennon. Ele corre até onde estamos. O cabelo grande com os cachinhos que eu tanto amava não está mais lá e o terno não tem mais o mesmo alinhamento perfeito de antes. Ele tinha mudado tanto em tão pouco tempo.

- Eu preciso falar com você. - disse ofegante. Gabriel me olha, como se pedisse autorização para dar um soco nele.

- Tudo bem, Gabi. Vejo você em casa. - beijo sua bochecha e ele saí voltando para o salão de festas.

As pessoas ao nosso redor prestação atenção na nossa interação, mas eu realmente não me importo. Não há barulho ou gritos de fãs histéricos, eles só querem saber o que ele vai dizer e o que eu vou responder.

- Não podia fazer isso. - disse.

- Eu não me importo, essa era a verdade. - falei.

- Não poderia falar da gente daquela forma. - falou.

- O que?

- Eu ainda amo você. E eu precisava disso pra entender. - ele disse. Eu sorri mostrando os dentes e levei a mão até o seu rosto, alisando a bochecha com o polegar.

- Não diga isso a mim. Diga pra ela. - aponto para Giulia, a poucos passos de nós. Seu rosto molhado com lágrimas. - Diga à ela que me ama.

- s/n, pare com isso.

Meu sorri aberto se transforma em uma cara séria e fatal. Aperto a queixo de Lennon entre meus dedos.

- Eu espero que ela te destrua. - comecei. - da mesma maneira que você me destruiu.

Solto seu rosto com força e entro no carro, fechando a porta em seguida. Peço que o motorista dê partida e inclino a cabeça para trás.

Eu espero que ele sinta tudo que eu estou sentindo agora.

maratoninha de 10 capítulos, bora?

love, succs.🍃

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top