🦜ྀི ┋TEMA : gravidez/fofo
🦜ྀི ┋AVISOS : menções à aborto, não leia se for sensível!
🦜ྀི ┋SINOPSE : onde Henrique e S/n conseguem engravidar depois de perder um filho.

Boa leitura, pivetes 💚

NOSSA MÚSICA
! ʾ s/n pov's  ⩇ ˙ ៹

Meu corpo tremeu. Minha alma pareceu sair do corpo por alguns segundos e despencar lá de cima me fazendo cair em si. Suspirei. As lágrimas já desciam.

O que seria de nós?

Iríamos superar isso?

Eu iria conseguir?

Essas perguntas rodearam minha cabeça durante toda a manhã. Já faz um ano desde que tudo aconteceu, foi um momento horrível pra nós e por um momento achei que não fossemos superar e que iríamos desabar. Aquele momento foi a prova que o nosso casamento poderia superar tudo se ficassemos juntos e se tivéssemos amor.

Perder um bebê não é fácil. Henrique ficou desolado. Ficamos sem nos falar por uma semana, não por raiva, mas sim por não saber o que falar. No sétimo dia em simplesmente não aguentei e desabei em seus braços, foi uma das piores crises no nosso relacionamento.

E, um ano depois, eu descubro que estou grávida. Não era pra acontecer, não agora. Henrique está no final de uma turnê pelo Brasil, quase não para em casa e vai começar a produzir seu novo álbum junto com Juliabo, ou seja, mais trabalho e noites em claro. Eu não queria parar de trabalhar, amo meus alunos e seria um pena deixá-los.

Henrique chegou em casa por volta das dez. Se trancou no estúdio desde então, ele deveria está descansando, mas é teimoso demais para assumir que precisa de uma pausa mesmo quando não tem shows.

Descidi ir falar com ele, meu marido iria querer saber. Coloquei um hobby por cima da camisola de ceda e fui em direção a porta do estúdio. Respirei fundo três vezes antes de bater.

- Henrique, podemos conversar? - Perguntei aparecendo na porta.

- Estou meio ocupado agora, mozão. - Falou e eu sorri com o apelido.

- É meio importante. - Falei e ele olhou para mim.

Ele estava sem camisa com o violão no colo enquanto parecia escrever. Me olhou com um cara de "Tem que ser agora mesmo?"

- Aí, você sabe que odeio atrapalhar quando você está trabalhando. - Passei as mãos pelo rosto. - Mas eu estou nervosa e preciso conversar. - Falei.

Meu marido colocou o violão de lado e me chamou para sentar em seu colo. Ele passa os braços em minha cintura e me olha fixamente.

- O que aconteceu, fala pra mim. - Pediu me abraçando.

- Eu nem sei como começar. - Suspirei.

- Talvez... pelo início? - Disse e eu dei um tapa em seu peito.

- Palhaço. - Falei e olhei pra ele. - A gente vai ter um bebê. - Disse direta.

- Como? - Franziu a testa.

- Eu tô grávida, Rique. - Sorri minimamente.

- Eu vou ser pai? - Seus olhos lacrimejaram e eu assenti. - Puta que pariu, eu vou ser pai! - Gritou me fazendo rir.

- Mas eu tô com medo. - Disse. - Eu não quero que aconteça de novo, eu não sei o que seria de mim se perdesse mais um. - Suspirei sentindo as lágrimas.

- Ei, não chora, vamos ter ainda mais cuidado dessa vez. Vamos conseguir, Okay? - Passou o polegar pela minha bochecha. - Vamos ter um bebê, um gurizinho nosso. Sabe como eu tô feliz? - Sorriu.

- Eu ainda não estou acreditando, achei que você não fosse gostar tanto da notícia. Não quero deixar meus alunos e você vai começar a trabalhar no novo álbum e... - ele me cala com um beijo.

- só assim pra você calar sua boca né, mulher? - ri e me beija novamente.

Suas mãos na minha cintura e meus braços em volta do seu pescoço. Nossas línguas se envolvendo uma com a outra de forma cautelosa e carinhosa. Puxo seu lábio inferior entre os dentes e mordo de leve.

Rique se separa de mim e liga seu celular a JBL. O acordes de Mudando de Assunto ecoam pela sala. O moreno me convida para dançar pegando a minha mão logo envolvendo a sua cintura.

- É sacanagem coloca a sua música né? - Falei rindo.

- Mas é a nossa música. - Disse.

- Nossa música. - Sussurrei e encostei minha cabeça em seu peito.

Quer saber qual seria o meu pesadelo?
Sem nenhuma dúvida, seria o medo
Seria acordar, não estar com você
Chega a dar tremedeira, um nó na barriga
Quem ama demais, não suporta uma briga
Ciúme demais faz a gente sofrer

Com a cabeça encostada em seu peito percebi que tudo era possível. Dessa vez iríamos conseguir, juntos. Iríamos forma nossa família, como havíamos planejado.

Lembro do dia em que eu o conheci, no meio da chuva, toda molhada me refugiando em um bar próximo da minha faculdade em Goiânia. Tava tocando justamente essa música e naquela época eu odiava sertanejo. Todo mundo em Goiânia ouvia sertanejo, eu não queria ser só mais uma. Mas paguei com a língua e hoje tô cansada com um cantor de sertanejo.

Eu reclamei da música pro gerente e ele tava lá pra se defender. Eu discuti com ele e então nós nos apaixonamos. Foi coisa de gente doida.

Mudando de assunto, cê tá tão bonita
Que cheiro gostoso que vem de você
E se eu te contar, você nem acredita
Se eu tava brigando, eu nem lembro o porquê

Pra que brigar se o amor é isso?
É uma espécie de um vício
Mil maneiras de querer
Pra que brigar, chorar, ir embora?
Eu bem sei que nessa hora
Vai me dar vontade de você

Henrique é, definitivamente, o cara mais romântico que existe e eu tenho a sorte de dizer que ele é o meu marido e o pai do meu filho. Sorri pra ele e colei nossas testas.

- Eu amo você. - Sussurrei.

- E eu, amo vocês. - Sussurrou me beijando.

Agora seríamos eu, Henrique e o nosso bebê. Para sempre.

eu não tô chorando, vcs que tão

love, succs.🍃