GUSTAVO GOMEZ
🦜ྀི ┋TEMA : fofo
🦜ྀི ┋AVISOS : nenhum
🦜ྀི ┋SINOPSE : onde um mal entendido faz a história de Gustavo e S/n se tornar mais longa do que deveria
Boa leitura, pivetes 💚
O GAROTO QUE EU AMO
! ʾ narrador pov's ⩇ ˙ ៹
A bicicleta vermelha de S/n deslizava pela rua tranquila, o vento brincando com seus cabelos enrolado preso apenas pelo laço verde. A empolgação da velocidade logo foi substituída por um grito abafado quando a roda dianteira atingiu uma pedra, fazendo a garota cair no chão.
Seu joelho esfolado latejava quando Gustavo, o amigo de seu irmão, apareceu ao lado dela. Com treze anos, ele parecia tão alto quanto um gigante para S/n, de nove anos.
- Você está bem? - perguntou ele, estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.
S/n assentiu, encarando o joelho machucado com olhos lacrimejantes.
- Acho que sim.
Gustavo pegou a bicicleta caída e caminhou ao lado dela até a casa de S/n. A cada passo, ele tentava distraí-la com histórias engraçadas e observações divertidas sobre o formato das nuvens no céu.
Assim que chegaram em frente a casa pequena, porém aconchegante , ele guiou S/n até a cozinha e pegou o kit de primeiros socorros em cima da geladeira. Sentada à mesa, ela observava com admiração enquanto Gus, com calma e habilidade, limpava e cuidava de seu ferimento.
- Você é muito corajosa, S/n. Nem chorou. - disse, sorrindo gentilmente para ela. - Isso vai sarar logo.
S/n sentiu um calor estranho no peito, um sentimento novo que ela não conseguia entender. Ela desviou o olhar, corando de leve.
- Obrigada por me ajudar - murmurou ela, surpreendida com a timidez em sua própria voz. Estranhando já que até aquele momento singular ela nunca havia agido assim perto dele. S/n não era uma garota tímida, muito pelo contrário. A pequena já havia sido repreendida diversas vezes pela mãe e avó por seu jeito "moleca" de ser.
Gomez piscou para ela.
- É para isso que servem os amigos.
Os minutos voaram enquanto conversavam sobre suas coisas favoritas e as aventuras que gostariam de viver na vida. Guetavo contou como ele e o irmão de S/n, David, costumavam explorar o parque mais próximo, sempre fingindo ser uma floresta perigosa e cheia de coisas perigosas, despertando o fascínio dela por aquela dupla de garotos que arrumava qualquer desculpa para ficar longe de casa.
Quando Gustavo se prepararou para sair, S/n sentiu um aperto no coração. Ela não queria que aquele momento acabasse.
- Gus, você vai voltar amanhã para ver se estou bem? -perguntou ela, sua voz trêmula de incerteza.
Ele sorriu e bagunçou os cabelos dela com a mão.
- Claro, pirralha. Vou voltar. Eu sempre estou aqui mesmo.
Ao vê-lo se afastar, S/n sentiu um misto de tristeza e alegria. Seu joelho ainda doía, mas agora era algo secundário. Ela descobrira um sentimento novo, uma mistura de gratidão e algo mais profundo, algo que não sabia explicar.
*
O salão da festa de aniversário de S/n estava agitado. Luzes coloridas dançavam pelas paredes enquanto os convidados riam e conversavam animadamente. Ela circulava entre os amigos e familiares, ansiosa, procurando por alguém especial.
Os olhos de S/n se fixaram na entrada quando ela viu Gustavo, elegantemente vestido com um terno escuro, atravessando o salão. Seu coração deu um salto, uma mistura de surpresa e alegria inundou seu peito.
Ele estava tão mais lindo, tão mais músculo e... ele estava realmente muito mais lindo.
- Gustavo! - ela exclamou, uma felicidade genuína iluminando seu rosto.
Ele sorriu ao vê-la, segurando um presente elegantemente embrulhado.
- Feliz aniversário, gatinha!
A garota correu até ele e o abraçou apertado, sentindo uma onda de emoção quando ele a agarrou e a girou no ar. Era como se ela estivesse nas nuvens.
- Eu não esperava que você viesse, pensei que estivesse em Asunción, muito ocupado sendo o zagueiro do Libertad.
Gomez riu, entregando o presente.
- Tive que dar um jeito de vir. Não perderia sua festa por nada, princesa.
Eles se afastaram para conversar, relembrando histórias antigas e compartilhando momentos engraçados que haviam vivido nos tempos que eram crianças. Gustavo contou sobre seus treinos intensos, os desafios e as vitórias nos jogos de futebol na Capital .
- É incrível tudo o que você conquistou, lindo - disse S/n, admirando a determinação dele. - Fico sempre feliz quando vejo você jogar.
Ele sorriu, agradecido.
- Não teria chegado até aqui sem o apoio de pessoas como você, linda. Você sempre foi minha pequena inspiração, literalmente. - ele gastou puxando para um abraço.
A noite continuou com risos, danças e brindes. S/n sentia-se radiante, grata pela presença de seu melhor amigo de infância em um momento tão especial. Enquanto a festa fluía, eles encontraram um canto mais tranquilo para conversar.
- Você está gostando de ser um jogador profissional? - perguntou S/n, curiosa enquanto o vi brincar com os dedos de sua mão, ele sempre teve essa mania que, particularmente, você achava fofa.
Gustavo assentiu, entusiasmado.
- É incrível, mas sinto falta de casa às vezes, das aventuras que tínhamos quando éramos menores. As vezes sinto falta até de ir pra escola, mas lembro do quanto lutei por isso então fico grato novamente.
S/n concordou, olhando ao redor para absorver o ambiente animado da festa.
- A vida mudou bastante desde aquela queda de bicicleta, não é?
- Com certeza - concordou ele. - Mas algumas coisas nunca mudam. Eu e você, por exemplo. - sorri e beija o dorso da mão dela.
O sorriso de S/n se alargou, os olhos brilhando de gratidão. Ela se sentia completa, sabendo que Gus estava ali, compartilhando aquele momento especial com ela.
Sua mãe a chamou para que tirasse uma ou duas fotos e então ela viu Gus sumir na multidão, até receber uma mensagem que dizia para encontrá-lo no terraço em quinze minutos.
*
O convite de Gustavo para o terraço despertou sua curiosidade. Ela subiu os degraus, sentindo a brisa suave da noite.
Gomez estava lá, encostado na balaustrada, olhando as estrelas. Ele virou-se quando percebeu a chegada de S/n, um brilho peculiar em seus olhos.
- S/n - começou ele, a voz suave e serena. - Quero te dizer algo importante antes de ir.
Ela o encarou, intrigada com a seriedade em seu tom.
- O que é?
Gustavo respirou fundo, reunindo coragem para expressar o que estava guardado por tanto tempo.
- Quando estive longe, percebi o quanto senti sua falta. Não apenas como amiga, mas de um jeito diferente. - ele passa as mãos no cabelo. - Percebi meus sentimentos por você. Sentimentos fortes.
O coração de S/n começou a bater mais rápido, uma mistura de surpresa e excitação tomando conta dela.
- Gust...
- Eu sei que sou mais velho e que as coisas mudaram desde aquele dia em que fui embora - continuou ele, interrompendo-a, olhando nos olhos dela. - Mas não consigo negar o que sinto. Prometo esperar o tempo que for necessário para ficar ao seu lado, se você me der uma chance.
S/n sentiu um turbilhão de emoções, as palavras do garoto, que não era mais uma garoto, ecoando em sua mente. Ela o encarou, vendo a sinceridade em seu olhar, e um sorriso tímido surgiu em seus lábios.
- Gustavo, eu também senti sua falta, sinto, na verdade - admitiu ela, com voz tranquila. - E não posso negar que você é especial para mim. Vamos ver o que o futuro nos reserva, ok? Não precisamos ter pressa.
Um brilho de esperança surgiu nos olhos do paraguaio, um sorriso se formando em seu rosto. Ele estendeu a mão para ela, um gesto de apoio e carinho.
- Vamos descobrir juntos - disse ele suavemente.
S/n segurou a mão dele, sentindo um conforto genuíno naquela conexão. O vento sussurrava uma melodia suave, envolvendo os dois em um momento especial.
Eles ficaram ali, lado a lado, observando as estrelas cintilantes no céu noturno, compartilhando um momento de intimidade e expectativa. O tempo parecia ter parado naquele instante, e eles sabiam que algo especial estava nascendo entre eles.
Semanas depois de seu aniversário de dezoito anos, S/n descobriu que havia sido aceita no programa da faculdade para jovens prodígios e iria começar a faculdade de medicina.
Ela estava doida para contar a Gustavo pois mal sabia ele que a faculdade era em Asunción e assim eles poderão se ver com mais frequência e ficar ainda mais próximos do que apenas vídeo-chamadas bobas todas as noites.
O telefone tocou no quarto de S/n, interrompendo seus pensamentos enquanto arrumava suas coisas em cima da mesa. Ela atendeu, reconhecendo imediatamente a voz animada dele do outro lado da linha.
- Princesa, tenho novidades! - exclamou Gomez com entusiasmo.
- Você não vai acreditar, eu também tenho - respondeu ela, sorrindo ao ouvir a empolgação em sua voz. - Mais quero ouvir você primeiro.
Gustavo explicou que tinha uma oferta do Milan para jogar na Italia, uma oportunidade incrível em sua carreira como jogador de futebol profissional.
O sorriso de S/n morreu ali, apesar da sua felicidade por ele. Ela começou a se perguntar se era egoísta por se sentir assim.
- Isso é maravilhoso, lindo! Tô tão feliz por você.
Ela estava. Estava feliz, por ele. Mas por eles, seu peito chorava.
Ela desligou o telefone após inventar um mentira boba e não contar verdadeiramente a sua novidade e, em um misto de euforia e excitação, pulou na cama, soltando gritos de alegria. A ideia de Gustavo realizando seu sonho era contagiante. Ela só queria ver seu Golden Boy feliz, de verdade fazendo o que ele amava.
Entretanto, assim que a empolgação inicial diminuiu, um turbilhão de pensamentos invadiu a mente de S/n. Ela se perguntava se eles teriam alguma chance real de ficarem juntos em meio a tantos compromissos e distância.
Sem hesitar, ela foi até o quarto de seu irmão mais velho, David, em busca de conforto e conselho. Ela o encontrou lendo um livro, e ele logo percebeu a inquietação no rosto dela.
- O que aconteceu, pirralha? - perguntou David, preocupado.
Ela desabafou sobre a conversa com Gustavo, suas respectivas mudanças para Asunción e Milão e a incerteza sobre o futuro deles.
- Será que algum dia teremos uma chance de ficar juntos de verdade? - questionou ela, com uma ponta de tristeza em sua voz, deitada na coxa de seu irmão enquanto esse brincava com a pontas do cabelo dela.
David colocou o cabelo dela de lado e olhou para sua irmã mais nova com carinho.
- S/n, o tempo certo para as coisas acontecerem nem sempre é o que esperamos. Às vezes, é preciso paciência. Confia no destino. Se for pra ser, vai ser.
Ele a abraçou, os olhos cheios de lágrimas, transmitindo conforto e apoio.
- Gustavo é uma pessoa especial, e se vocês estão destinados a ficar juntos, isso vai acontecer no momento certo, mesmo que eu ache meio nojento minha irmãzinha ficando com meu melhor amigo.
As palavras de David trouxeram um pouco de calma ao coração de S/n. Ela sabia que o caminho à frente seria desafiador, mas aquelas palavras acalmaram suas preocupações.
*
As semanas se passaram e S/n se viu imersa na nova vida em Asunción ao lado de seu irmão. A cidade oferecia novas experiências e aventuras para a mulher em formação vinda do interior, mas mesmo com toda a animação, a imagem de Gustavo não saía de sua mente.
Um dia, enquanto organizava suas coisas no novo apartamento, ela decidiu checar as redes sociais. Ao navegar, deparou-se com fotos do seu garoto em Milão ao lado de uma garota, um sorriso largo estampado em seu rosto.
Um nó se formou em sua garganta ao ver as imagens. Ela sentiu-se confusa e magoada. Onde estava aquele garoto doce e gentil que prometeu que iria esperá-la? De qualquer forma, não estava mais lá e nada disso importava mais.
Com um suspiro, decidiu que era hora de se afastar, para o bem dela, entendendo que aquela conexão havia sido morta pela distância que ele não conseguiram enfrentar. Decidiu que ignoraria as mensagens e ligações de Gustavo a partir daquele momento.
Nos dias que se seguiram, S/n manteve-se ocupada com os estudos e novas amizades na faculdade, evitando qualquer contato com Gomez. As mensagens não respondidas se acumulavam, e as ligações não atendidas permaneciam sem retorno.
Apesar da decisão de se afastar, o coração de S/n ainda doía com a ausência do jogador em sua vida. Sentia falta das longas ligações na madrugada, das fotos engraçadas que ambos compartilhavam e dos "eu te amo's" que saiam sem que eles percebessem. Ela se questionava se havia tomado a decisão certa, mas a imagem dele ao lado daquela garota loira a perturbava.
As noites eram as mais difíceis. Entre os livros e cadernos, ela se pegava pensando no garotos que uma vez cuidou do seu joelho machucado, agora distante e fora de seu alcance. Ela gostaria de voltar no tempo e poder sentir apenas a dor do joelho ralado, uma vez que a do coração partido era mil vezes pior.
S/n sabia que a mudança para Asunción era uma nova etapa em sua vida, mas não conseguia evitar sentir uma pontada de tristeza ao se afastar de alguém que significava tanto para ela. Apesar disso, S/n mergulhou de cabeça cem por cento em seus estudos na faculdade de medicina da capital. Sua dedicação e entusiasmo pela área da saúde eram evidentes a cada aula e estágio.
Cada vez mais imersa nos estudos, S/n descobria uma paixão renovada pelo conhecimento, sentindo-se motivada pela ideia de que, em alguns anos, estaria capacitada para ajudar e cuidar de muitas pessoas. Essa perspectiva enchia seu coração de alegria e propósito.
Nada mais importava para ela.
Os dias se transformaram em semanas, as semanas em meses, e logo dois anos haviam se passado desde que S/n se afastara de Jude. Durante esse tempo, ela se dedicou com afinco aos estudos, participando ativamente de estágios, pesquisas e projetos da faculdade.
O tempo voou, preenchido por horas intermináveis de estudo, experiências práticas e a construção de novas amizades. S/n se viu imersa em um mundo onde cada dia trazia novos problemas, mas ela estava determinada a superá-los.
Seu sorriso era sincero quando se via diante dos livros e cadernos, absorvendo cada conhecimento que o ensino superior oferecia. A satisfação de saber que estava trilhando um caminho para ajudar pessoas em um futuro próximo era uma força constante em sua jornada.
A ausência de Gustavo ainda pairava em sua mente, mas o compromisso com seu crescimento profissional e pessoal era sua prioridade principal. Ela sentia-se realizada e confiante na escolha que havia feito.
*
S/n voltava para casa depois de um longo dia no ciclo clínico, com um brilho nos olhos que refletia a animação de ter atendido sua primeira criança. Seu coração estava repleto de emoção e realização por ter sido parte de algo tão especial. Apesar de todo o cansaço, sua alegria se sobressaia.
Ao chegar em casa, seu irmão David a aguardava com um sorriso. Ele entregou a S/n um envelope azul, com uma fita prateada, e um olhar curioso.
- Recebi isso para você hoje - disse David, apontando para o envelope. - Parece ser um convite.
S/n ergueu uma sobrancelha, estranhando. Quem manda convite assim hoje em dia? A garota abriu o envelope e lá estava, o convite para a festa de aniversário de 25 anos do Gustavo. Ela encarou o papel por um momento, uma enxurrada de emoções emergindo de repente. O primeiro pensamento foi em rasgar e fingir que nada havia acontecido. O segundo? Agir com racionalidade e ler o maldito papel.
Seu coração, que ela pensava ter colocado em segundo plano, começou a bater mais rápido. A notícia da festa do cara que ainda bagunçava sua mente trouxe à tona sentimentos que ela acreditava terem sido enterrados no fundo do peito. Sentimentos que ela pensou ter controlado ao focar em seus estudos e na construção de sua carreira, agora ressurgiam como se nunca tivessem sido esquecidos.
A ideia de reencontrar o jogador após tanto tempo fez com que uma mistura de emoções preenchesse seu peito: alegria, incerteza e um certo anseio por reacender algo que ela havia tentado esquecer.
S/n fechou os olhos por um momento, respirando fundo para acalmar as emoções conflitantes. Ela sabia que a festa poderia trazer à tona lembranças e sentimentos que ela tentara enterrar, mas agora estavam mais vivos do que nunca.
*
S/n chegou à festa de aniversário de Gustavo, no Brasil, é aqui que ele está morando agora, após ter vindo para o Palmeiras por causa de um empréstimo, sentindo uma mistura de nervosismo e expectativa. Ela cumprimentou algumas pessoas conhecidas, mas logo avistou ele do outro lado do salão.
Ele estava tão diferente, não parecia mais um garoto. Ele era um homem agora. Um homem de vinte e cinco que, mal sabia ela, ainda era perdidamente apaixonado por ela.
Ao se aproximarem, o clima era estranho e carregado de tensão. Gomez parecia distante e, ao mesmo tempo, provocativo. Ele a encarava com um olhar desafiador, o que deixou S/n desconfortável.
- É realmente um surpresa ver você - disse Gus com um tom de deboche.
Ela manteve a compostura, mas sua expressão indicava uma certa irritação.
- Por que a surpresa se você que enviou o convite?
- Achei que estivesse ocupada de mais com sua faculdade e pacientes para vir.
S/n riu com escárnio encarando o preto em sua frente.
- Acho que estivesse ocupado demais com o Milan e sua namorada para se importar com minha presença, Gomez.
As palavras afiadas de S/n refletiam a frustração que ela guardava dentro de si pelo comportamento de dele. Ela sentia uma mistura de raiva por sua atitude e mágoa pela maneira como as coisas haviam se desenrolado entre eles.
Gomez, por sua vez, não pareceu gostar da resposta dela e retrucou, elevando ainda mais a tensão entre eles.
- Você não acha um pouco hipócrita aparecer aqui depois de ter ignorado todas as minhas tentativas de contato?
S/n sentiu um misto de emoções, desde a raiva até um certo desapontamento.
- O que queria que eu fizesse? Continuasse falando como você e ignorando sua nova vida perfeita aqui? Com o seu novo time, seus novos amigos e sua nova namorada? Nossa, Gustavo, não tem colocar apenas culpa em mim.
- Nova namorada? De onde tirou isso? - ele a olha confusa, mas ela rir.
- Não importa, o que importa é que eu precisava olhar em seus olhos uma última vez antes de nunca mais me dirigir a palavra a você.
O clima entre eles estava cada vez mais carregado, com palavras trocadas e sentimentos à flor da pele. Ambos estavam magoados e expressavam isso de maneiras diferentes.
A festa que deveria ser uma celebração transformou-se em um campo minado de emoções mal resolvidas. As trocas de farpas entre S/n e Gustavo refletiam a dificuldade que tinham para lidar com o passado e os sentimentos presentes.
Em meio à festa agitada, os ânimos alterados e um pouco de bebida no sistema, a discussão entre S/n e Gustavo atingiu um novo patamar. Em um momento de impulso, Gomez a puxou para um canto mais reservado, longe dos olhares curiosos dos convidados.
- S/n, por que você se afastou? - perguntou ele, sua expressão carregada de emoção. - Você não atendia minha ligação, ignorava minha mensagens, sabe que eu não podia simplesmente pegar um avião e ir até você, certo? Por que se pudesse eu teria feito, teria feito qualquer coisa para que você voltasse a falar comigo, princesa.
Ela o encarou, sentindo o coração acelerar diante da intensidade do momento.
- Eu não suportava a ideia de te ver com outra pessoa, Gustavo. Isso doía demais.
A revelação de S/n pareceu surpreender o homem, que arregalou os olhos antes de responder.
- Mas nunca houve outra garota, S/n. Nunca.
A confusão se instalou na mente de S/n diante da afirmação de Gomez. Ela tentou processar a informação, lutando para entender as emoções que brotavam dentro dela.
- Mas e a garota loira? A das fotos em sua primeira semana em Milan?
- A senhorita Giorgina? - franziu o cenho. - Ela era minha professora de italiano, trabalhava para o Milan.
Oh. Então tudo isso foi por nada?
- Por que se afastar? Por que ignorar minhas mensagens e ligações? Sabe o quanto isso doeu? - perguntou Gustavo, com um olhar cheio de intensidade.
- Porque achei que você tinha seguido em frente - disse s/n, sua voz carregada de emoção. - Porque não suportava a ideia de perder a nossa amizade se você estivesse com outra pessoa.
As palavras ecoaram entre os dois, criando um momento de silêncio carregado de emoção. Foi então que Gomez tomou a iniciativa de expressar algo que estava guardado dentro dele por muito tempo.
- S/n, você é e sempre será a garota pela qual sou apaixonado - afirmou ele, seu olhar fixo no dela. - Nunca houve outra pessoa, nunca deixei de sentir por você o que sinto. Passe o tempo que passar, vai ser sempre você, princesa.
S/n sentiu seu coração bater descompassado diante das palavras sinceras de Gustavo. As emoções que ela tentara reprimir durante tanto tempo emergiram à superfície, enchendo-a de confusão, surpresa e, acima de tudo, esperança.
- Sinto muito.
- Não sinta - diz tirando o cabelo do rosto dela. - Talvez tenha sido necessário.
- Talvez - responde, sorrindo. - Tenho 21 anos agora, não precisa mais esperar.
Gustavo sorriu.
- Esperei longos doze anos para beijar você, ainda não posso acreditar.
- Esperei doze anos para beijar qualquer pessoa, fico feliz que seja você - segurou o rosto do rapaz. - o garoto que eu amo.
hoje teve Palmeiras e Flamengo eu não sabia qual jogador tava babando mais, esse campeonato brasileiro parece mais uma agência de modelo, só jogador gato e bom de bola 🥵
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