GABIGOL E GERSON
🦜ྀི ┋TEMA : fofo/hot/trisal
🦜ྀི ┋AVISOS : cenas explícitas
🦜ྀི ┋SINOPSE : onde S/n é uma blogueira anônima que faz um convite aos dois jogadores que mais ama falar mal.
Boa leitura, pivetes 💚
CONVITE PARA DOIS
! ʾ s/n pov's ⩇ ˙ ៹
"O Poderoso Gabi"
Que piada. O ego desse cara não deve conhecer a palavra "limite", tenho certeza disso.
Sob o teto da noite carioca, adentro a mansão decorada com o tema "Poderoso Chefão" - não que eu esteja surpresa com a escolha, afinal, é a cara do Gabriel, o jogador com o ego inflamado que acha que é o centro do universo - Ótimo, só faltam os cavalos e as prostitutas na entrada. - sussurro para mim mesma, contendo um riso. Ele não economizou nos clichês.
O lugar está mergulhado em decorações vermelhas e pretas, como se Don Corleone fosse um ícone fashion. Ou eu até falaria que é por causa do Flamengo, mas devido às tensões do lado de fora dos muros eu duvido muito que ele esteja pensando nisso agora. - Não sei se isso é um aniversário ou uma competição de "quem é mais brega". - solto um suspiro irônico enquanto observo a quantidade absurda de chapéus fedora. Parece que todo mundo aqui quis fazer um teste para o próximo filme da saga.
As luzes fracas lançam sombras intrigantes sobre as paredes, onde recortes de jornais com manchetes antigas sobre crimes estão pendurados. - Pelo menos isso combina com o histórico de festas cafonas dele. - murmuro, revirando os olhos.
No canto, um enorme quadro de Marlon Brando como Vito Corleone, com uma legenda malfeita que diz "Feliz aniversário, Gabi. O poder está nas suas mãos". - Oh, por favor. Alguém chame um designer decente. Parece que isso foi feito por uma criança de doze anos, talvez até menos que isso.
Caminho pela sala, tentando não esbarrar nas estátuas de gangsteres que parecem vigiar cada canto. - Isso aqui está mais para museu do que para festa. - comento, chocada com a seriedade exagerada da decoração.
No bar, as bebidas são servidas em copos térmicos com o logotipo da loja do Gabigol. - A próxima coisa que vai aparecer é um convite para dormir com os peixes. - ironizo, servindo-me de uma bebida sem álcool. Me encosto no bar, meus olhos indo de um lado por outro em meios os rostos mais conhecidos da cena carioca.
E então vejo Gabriel, o centro das atenções, vestindo um terno que provavelmente custou mais do que meu aluguel. - Ah, o aniversariante, o próprio Don Corleone. Ou seria mais o Chacrinha? Hum... - questiono em voz baixa, levando a bebida aos lábios. Ele cumprimenta os convidados com um sorriso exagerado, como se estivesse atuando em um comercial de pasta de dentes. Por esse ângulo ele até parece menos idiota.
Minha atenção é desviada quando avisto algumas celebridades e subcelebridades cariocas no meio da multidão. - Parece que o convite chegou até nas subs das subs, né?. - sussurro com um sorriso irônico. Todos parecem se esforçar para parecer relevantes, mas tudo o que vejo são tentativas desesperadas de ganhar mais alguns minutos sob os holofotes.
À medida que circulo pela festa, não posso deixar de notar que essa mesmas peças parecem ter confundido o tema "Poderoso Chefão" com "Baile de Debutante". - Sério, quem avisou essas pessoas sobre o dress code? Eu provavelmente seria amiga dessa pessoa só pela brincadeira, porque isso só pode ser uma aposta. As próprias avós ricas da debutante, meu pai - resmungo, observando as longas saias e os brilhos excessivos que competem com as luzes da pista de dança. - Será os piores estilistas do Rio ou elas só são sem noção mesmo? Fica ai o questionamento.
Cada uma delas, de vestidos extravagantes e sorrisos forçados, parece estar ansiosa para tirar uma casquinha do aniversariante, o famoso galinha do pedaço. - Ah, claro, todas querem o primeiro pedaço do bolo, literalmente. - murmuro ironicamente enquanto balanço a cabeça. A lealdade dessas mulheres é tão efêmera quanto o brilho de seus vestidos.
Vejo-as se aproximando de Gabriel, com olhares que mais parecem de predadoras em busca de presas fáceis. - E a caçada começa... - sussurro para mim mesma, com um sorriso de canto. É quase como assistir a um documentário sobre a selva urbana, onde as leis da natureza social são implacáveis. Que coisa ridícula, por Deus.
Enquanto Gabriel se diverte com a atenção, fico imaginando quantos corações ele vai quebrar hoje à noite. - Será que alguém vai sobreviver a essa festa intacto? - questiono com um suspiro sarcástico. É como se estivéssemos em um reality show, e o prêmio fosse a fama temporária que ele oferece. - Deveria fazer uma aposta sobre quantas e quais ele vai levar pra cama hoje. Tenho certeza que todas ali iriam correndo se ele estralasse o dedos.
Caminho pelo salão, observando cada rosto famoso com um olhar crítico. - Vamos lá, me deem algo interessante para postar amanhã. - sussurro para mim mesma, sacando discretamente meu telefone. Se alguém aqui fizer qualquer coisa digna de nota - seja um flerte indiscreto, uma troca de farpas ou um tropeção épico - estarei pronta para capturar o momento.
Enquanto as subcelebridades competem pela atenção do aniversariante, mantenho meu papel de observadora crítica, pronta para capturar qualquer drama que se desenrole. Afinal, essa noite promete ser uma verdadeira novela, e eu sou a narradora ácida que está acompanhando cada detalhezinho.
[...]
- Qual vai querer dessa vez? - o Barman pergunta, sorrindo pra mim. Sorrio de volta, não sou besta, ele é gato.
- Qual eu ainda não experimentei?
- O de laranja e o de limão...
- Então eu quero o de Limão - falo, me encostando no bar perfeitamente confortável. Vejo ele sair para preparar minha bebida e me distraio olhando a decoração de peixes atrás dele. Bom, isso até sentir uma mão se esgueirar por minhas costas descobertas até chegar na lateral da minha cintura.
- Espero que você não tenha vindo atrás de elogios exagerados à sua festa. Eu não sou fã de cinema e muito menos de festas temáticas.
Ele sorri, claramente não abalado pela minha atitude cortante. - Há coisas mais interessantes do que festas, não acha? - ele sugere com um olhar sugestivo.
- Claro, como a arte de ver tinta secar. - respondo, não me contendo. - Mas, admito, estava curiosa para ver de perto o circo que você montou aqui. - Ele solta uma risada forçada, claramente tentando manter o controle da situação. - Achei que não viria falar comigo... - murmuro fazendo biquinho, esbanjando uma falsa inocência.
- O que tá fazendo aqui, S/n? - a voz de Gabriel é dura em meus ouvidos. Olho ele por cima do ombro, em busca do Barman com minha bebida, um sorrisinho brotando em meus lábios. - Não acredito que veio de penetra.
Nesse momento me vejo na obrigação de virar-me. Seus olhos castanhos estão presos aos meus e sua mão ainda está em minha cintura. Abro um sorriso.
- Pra sua informação, eu recebi um convite. Com lindas letras douradas dizendo que minha presença era indispensável - dou de ombros e toco o blazer branco dele. Definitivamente posso dar várias opções sobre o quê ou quem ele se parece nesse momento. Elvis? Roberto Carlos? Didi dos trapalhões? Tantas opções...
- E quem te enviou esse convite? - ele parecia intrigado, o canto do lábios curvado pra cima e um olhar meio cerrado.
- Se você que é o aniversariante não sabe, como eu vou saber? - sorri mais abertamente. O barman entrega minha bebida e eu agradeço com um sorrisinho. - Juro que vim exclusivamente pela curiosidade, existem coisas mais legais a se fazer do que estar na sua festa, Gabriel.
- Estar no meu quarto, talvez?
Nesse momento eu gargalho. Vejo a expressão de seus olhos muda enquanto recupero o fôlego após o que pode ter sido a melhor risada que eu dei em 23 anos de vida.
- Nos seus sonhos? Com certeza. - balanço a cabeça e chupo a canudinho da minha bebida de limão. Delícia, provavelmente meu favorito até agora. - Faz esse pedido quando for assoprar a velinha, talvez se realize algum dia, quem sabe.
- Você é incrivelmente difícil, sabia? - ele murmura, claramente tentando não parecer irritado.
- E você acha que sou atraída por homens fáceis? - respondo, minha risada cortante o atingindo como uma farpa.
Ele faz uma pausa, e sua expressão muda para uma confiança mais calculada. Sua mão livre tira o cabelo do meu rosto e seus dedos alcançam a pele da minha bochecha. - Sabe, você sempre foi assim. Fria, afiada, irônica. Mas não posso deixar de notar que está sempre observando, sempre a par de tudo que acontece na mundo da realeza carioca.
- Se você quer me impressionar, você terá que tentar mais do que isso. - retruco, desviando o olhar para o salão, onde as subcelebridades continuam a sua dança de sedução. Deveria pensar num posto à respeito disso, talvez associar com uma matéria sobre cadelas no cio? É, é uma possibilidade...
Ele se inclina um pouco mais perto, seu sorriso se tornando um tanto desafiador. - Eu sei muito bem do que você é capaz, e sei que você não é tão indiferente a mim como demonstra ser.
- A você? - gargalho, meu riso carregado de ceticismo. - Se você acha que eu quero alguma coisa contigo, está mais iludido do que eu imaginava. Acho que é mais o contrário, sabe?
Ele fica momentaneamente surpreso, mas logo recupera sua pose confiante. - Quem disse que estou tentando te seduzir?
Gargalho, de modo ácido e debochado. - Ah, Gabriel, eu preferiria morrer antes de ir para a cama com você alguma vez na vida. - minha resposta é cortante, mas não me importo em ferir seu ego inflado. - Você pode escolher entre uma das suas subs e ter o que quiser, mas está aqui. E se você tiver alguma dúvida sobre a disponibilidade das suas convidadas, basta convocar uma delas, elas aceitarão na hora. Só não me deixei descobrir, caso contrário, todos os nomes estarão listados no meu Instagram amanhã, pontualmente. Além disso, você definitivamente não é o meu tipo.
Gabriel fica visivelmente irritado, seu rosto se contorce em uma mistura de raiva e desconcerto. - Você não me conhece tão bem quanto pensa, querida. - ele rosna.
Eu inclino a cabeça, sorrindo com superioridade. - Ah, mas, Gabriel, eu conheço bem o suficiente para saber que você é exatamente o que eu digo que é. - provoco-o, jogando lenha na fogueira.
Seu olhar se endurece, e percebo que feri seu ego. - Sabe, você pode falar o que quiser, mas eu sei que você sente a tensão entre nós.
- Tensão? - repito, gargalhando mais uma vez. - Desculpe, mas a única tensão que sinto é entre meu cérebro e a quantidade de bobagens que você continua a dizer.
Ele franze o cenho, mas em vez de se afastar, ele decide apelar para a minha natureza competitiva. - Lembre-se do nosso acordo, querida. Eu sou o único que sabe que você é a mente por trás do blog de fofocas do Rio. E, em troca, você só posta sobre mim o que eu permito. - ele lembra, um traço de confiança retornando ao seu semblante.
Suspiro, lembrando do trato que fizemos anos atrás. Ele sabia do meu blog de fofocas e eu sabia de informações privilegiadas sobre ele. - Sim, eu me lembro. Mas isso não muda o fato de que você não passa de um mulherengo que provavelmente deixaria uma trilha de corações partidos até a porta do seu quarto.
Seus olhos cintilam com determinação. - Desafio aceito. Vou provar a você que estou muito além disso.
Enquanto o desafio é lançado, algo em mim é tentado a aceitar. Gabriel é como um quebra-cabeça complexo que eu ainda não consegui montar por completo, e a curiosidade me consome. Eu me pergunto se ele é realmente o galinha que retrato em meu blog, ou se há mais profundidade em sua persona pública do que eu admito. A noite está longe de terminar, e, enquanto observo Gabriel, sinto que algo está prestes a mudar em nossa dinâmica peculiar. Afinal, mesmo com toda a minha língua afiada, não sou imune à atração do jogo.
- Ah, e mais uma coisa, Poderoso Gabi, - chamo sua atenção, minhas mãos percorrendo o colarinho de seu blazer. Abro um sorriso cético, olhando em seus olhos. - avise aos seus amigos que eu estarei de olho em tudo essa noite. Se qualquer um deles estiver interessado em dar uma de MC Cabelinho pra cima das esposas e namoradas, não tenha dúvidas que estarão na primeira publicação do dia amanhã de manhã. Que sejam discretos, caso contrário o Brasil vai saber de primeira mão o que aconteceu na festa do maior chuta fofo do Brasil, combinado? - pergunto, sorrindo. Ele me olha meio irritado, mas assente.
- Só isso?
- Você aceita dá alguma declaração à respeito da situação do Flamengo ou dos torcedores lá fora? -
pergunto.
- Você sabe que eu não posso - diz, entredentes e eu sorrio por ter o feito atingir seu pico de ódio. É tão bom saber que tenho esse efeito sobre ele. Dou de ombros.
- Então é só isso mesmo - finalizo. - Ah, perdão, tem mais uma coisinha - comento. Fico na ponta dos pés, pois mesmo de salto ele ainda é mais alto que eu. Beijo sua bochecha sorrindo. - Seu presente de aniversário, chuta fofo.
[...]
- Eu disse que nesse angu tinha caroço - falo, antes de puxa o líquido incolor de maçã verde pelo canudo ao ver Mel Maia passar pela entrada da festa. - Terminou hoje e veio buscar consolo na festa, acho até justo...
Ando pelos cantos à procura de algo mínimo interessante e me pego próximo à janela panorâmica que tem uma ampla visão do jardim. Observo a movimentação lá embaixo, não há ninguém a não ser pelo casal na penumbra provavelmente se pegando.
Aperto os olhos tentando reconhecer as roupas ou características físicas, mas nada. Tiro algumas poucas fatos com meu celular visando não ter nada mais interessante que o casal misterioso trepando no jardim pra postar amanhã.
- Tá praticando Voyeurismo agora? - uma voz profunda diz em meus ouvidos me fazendo sorri.
- Depende, nesse momento exatamente, não - o olho por cima do ombro. Vejo seu sorriso branco se ampliar. - Mas essa é a coisa mais interessante no momento. O Poderoso Gabi deveria investir em mais entretenimento aos seus convidados, a festa tá super caída.
- Você e essa implicância com ele - falou, se aproximando mais de mim. Sinto seu peito colidir levemente com minhas costas. - Quer apostar pra ver quem tá transando no jardim? - pergunta em meu ouvido e fez toda minha pele se arrepiar.
- Ah, Gerson, você me conhece tão bem - comento, deixando minhas costas se acomodarem em seu peito. Minha bunda rente as suas partes frontais e agora tenho sua mão ao redor da minha cintura. - O que você quer?
- Você.
- Hum, não sei isso é exatamente justo - retruco. - E se você já souber quem são eles? - indago.
- Eu juro que eu não sei - falou, mordendo a ponta da minha orelha. - Mas eu chuto que pelo menos o homem é um jogador de futebol.
- Do time?
- Não, esse é rival - fala, sua respiração batendo em minha bochecha. - Eu sei como todos eles são de costas, não é ninguém do time.
- Se até aqui tem jogadores rivais porque só vocês são cobrados? - pergunto.
- Isso a torcida deve te responder - disse, sério. - Mas a garota, é morena...
- Viu a Dhiô em algum lugar? - indago, realmente por não ter a visto nos últimos trinta minutos. Gerson nega. - Hum...
- Se ela tiver com um rival Gabi vai ficar louco.
- Amo ver ele louco - confesso. Aperto os olhos e percebo que conheço aquela silhueta masculina de algum lugar. Aqueles braços, aquele ritmo é tão familiar... - Raphael Veiga - murmuro.
- Raphael e Dhiô? - pergunta, surpresa.
- É uma possibilidade. Adoraria postar sobre isso, mas Gabi me mataria e eu amo muito ela pra expor assim.
- Pelo menos você tem empatia.
- Por algumas pessoas eu tenho, sim - viro pra ele. Mordo os lábios analisando o homem gostoso em minha frente. Envolvo seu pescoço com meus braços e suas mãos apertam minha cintura.
- Como sabe que aquele é o Veiga?
- Quer mesmo saber? - assente. - Ele me fodeu exatamente daquele jeito. A maioria dos homens é assim.
- Tem razão, a maioria - segura meu rosto. - Faço parte de uma minoria bem pequena.
- Duvido muito - sorrio.
- Posso te mostrar - disse.
E como uma cadelinha adestrada eu simplesmente aceitei. Me permite esquecer os outros e simplesmente deixei que ele me guiasse entre a multidão até o segundo andar, onde o uma modelo envolvida num escândalo de traição na semana passada passou por nós arrumando o cabelo bagunçado. Assim que chegamos ao segundo andar, vejo Yuri Alberto sair do primeiro quarto do corredor e seguir escada a baixo.
- Mas... - junto um mais um e franzo o cenho enquanto Gerson me puxa para o último quarto do corredor. - ele não tem namorada?
- Esquece ele, S/n - me enfia dentro de um quarto e liga a luz em seguida. É uma luz amarela, que ilumina muito pouco mais é suficiente pra me fazer enxergar ao redor.
Tem fotos do Gabriel pequeno, uma cama enorme, quadros dele e fotos em família.
- A gente tá no quarto do Gabriel?
- Ele não vai se importar - vem na minha direção e eu abro um sorriso.
- Amei isso - murmura.
Gerson me coloca no colo e contra a parede com força, o que de imediato me arranca um gemido.
- Tava com saudade de te ter assim - fala, apertando minha cintura.
- Bom saber disso.
Gerson se abaixa, ajoelhando-se em minha frente. Ele não perde tempo em tirar minha calcinha e levantar uma das minhas pernas para se colocar no meio delas. Sua língua, era disso que eu estava com saudade. A forma que sua língua vai e vem entre meus lábios, da minha vulva até a entrada que ele ama brincar.
Seguro sua cabeça, apoiando a outra mão numa cômoda que estava ao meu lado, controlando-me para não gemer alto demais. Mas quando ele envolve meu clítoris com os lábios e começa a sugar como se estivesse faminto é um o ápice para me fazer revirar os olhos de prazer. Preciso ainda mais sua cabeça contra minha buceta, ansiando por mais, muito mais.
Gerson se afasta, abre meus lábios com uma das mãos e com a ponta da língua faz movimentos torturantes de um lado para o outro.
- Porra - grito, sentindo o meu ventre se contrair.
- Você adora, né? Minha boca em ti desse jeito? - beija minha coxa e levanta do chão, já abrindo o zíper da sua calça e desfazendo-se do cinto. - Fala pra mim, minha gostosa, fala que quer que eu te foda - o volante diz, me pegando no colo novamente e me botando contra parede.
- Me fode, Gê, por favor - imploro, fazendo ele rir. O coringa segura meu rosto com uma mão e beija minha boca no instante em que seu pau entra em minha com brutalidade. Eu grito de prazer e surpresa. Envolvo meu braços ao redor dele e permito que meta em mim do jeitinho que só ele sabe.
Não é a primeira e provavelmente não será a última que transamos e não será a última. Minha conexão com ele é de outro mundo. Não serve para relacionamento, mas serve perfeitamente para momentos como esse.
- Isso, preto, continua... - arranho suas costas por cima das roupas sentindo ele deslizando pra dentro de mim enquanto geme rouco.
- Você me deixa louco - diz no meu ouvido. - Gostosa.
Mesmos com os olhos nublados de prazer e as pálpebras tremendo pelo mesmo motivo, consigo ver a porta do closet em minha frente se abrir. Será que eu tô enlouquecendo? É o que me pergunto ao ver Gabriel descalço e escorado no portal branco com um copo de whisk na mão, me olhando.
Seus olhos são afiados em mim e Gerson, enquanto o volante me leva ao ápice de todos os prazeres imagináveis, o atacante nos observa curioso.
- Gabi está atrás de mim? - Gerson pergunta, com um sorrisinho. Afirmo, em choque.
- Não quero atrapalhar - ele diz se aproximando, Gerson não para um só segundo de se mover. Pelo contrário, sua mão agora está estimulando meu clítoris enquanto ele soca em mim. - Até que enfim encontrou alguém pra te fazer calar a boca né? - ele chega mais perto e passa a mão em meu rosto, quase que como um carinho. Mas a desejo em meu olhar.
- Tá com ciúmes, Poderoso Gabi? - pergunto, entre gemidos, sorrindo. - Tem s/n suficiente pra todo mundo.
- Sério? - sorri, com sarcasmo. - Então prova.
Afasto Gerson, mesmo não querendo ele longe de mim. Retiro o vestido prata que usava, ficando apenas com a parte de cima da lingerie que usava a cinta-liga ainda em minha perna com os saltos pretos que eu amava.
Gabriel me olha antes de virar o resto da bebida em seu copo e deixa o mesmo em cima da cômoda. Ele e Gerson retiram suas roupas em um piscar de olhos, logo vindo até mim com lábios ansiosos para estarem em minha pele. Julguei mais cedo aquelas moças por quererem atenção, mas no fim talvez a desesperada fosse eu.
Fecho os olhos e permito que explorem meu corpo como bem entenderem. A mão de um deles está em minha buceta, o toque desconhecido me faz deduzir ser Gabriel. O perfume de Gerson deixa claro sua presença atrás de mim, desabotoado meu sutiã enquanto beija minhas costas.
- Quem diria que por trás da sua linguinha afiada cheia de veneno existia tudo isso - o comentário de Gabi me faz rir.
- Expelir veneno não é a única coisa que eu sei fazer com a boca sabia, chuta fofo?
- Só trabalho com provas - disse, com um sorriso ladino. Umedeço os lábios e auxilio Gerson ao me livrar do sutiã. Logo estou de joelhos com o par de pênis virados pra mim, me dando água na boca. Começo com as mãos, usando todos as dicas da Catia Damasceno.
- Caralho - a expressão do Gabriel é deliciosa. E nesse momento eu recordo que acabei de pagar com a língua minha declaração de horas mais cedo. Mas, já que estou na chuva, deixa eu me molhar. Nem que seja chuva de prata.
Coloco o pau dele na boca, engolindo a extensão devagarinho pra provocar, enquanto estimulo o de Gerson com a boca. Consigo muito bem agradar os dois igualmente. Após babar completamente o pênis do predestinado, faço o mesmo com o pretinho que eu conheço bem e faço do jeitinho que ele gosta, dando atenção as bolas enquanto punheto sua extensão grossa e comprida.
Depois que faço ambos quase chegar em seus ápices, levanto sorrindo e limpando o canto da boca.
Viro de costas e vou na direção da cama. Tudo o que ouço é o som da música abafada, suas respirações ofegantes e o bater dos meus saltos no piso de mármore. Me apoio na cama para remover os saltos e olho para os dois homens que me encaram.
- E, então, quem vai ser o primeiro a me fazer gozar? - indago. - Pode ser ao mesmo tempo também, não tem problema.
E então tenho os dois, um de cada lado, beijando, mordendo e explorando meu corpo mais uma vez. Gerson é o mais gentil, ele faz com carinho e me deixa mais excitada; Gabriel não, ele é desesperado, bruto, como se eu fosse uma miragem que ele precisa aproveitar antes que suma. Sou jogada contra a cama, de bruços. Deixo meu rosto afundar contra o travesseiro, com a bunda pra cima sentindo os dois paredes de mão tocando minha pele.
- Sabe o que deixa ela molhada, Barbosa? - Gerson fala, fazendo carinho na minha nádega. Ele bate da minha bunda com força, eu grito e ambos soltam palavrões baixinhos. - Olha como a buceta fica encharcada - Gabriel bate do outro lado e dessa vez eu gemo manhosa, doida por qualquer contando.
Sinto o líquido escorrer pela minha coxa e logo alguém colocar os dedos em minha buceta, estimulando a região. Sinto um beijo molhado na lateral da minha bunda, onde tenho uma tatuagem pequena e sei que é Gerson. Ele ama essa tatuagem.
- Cacete - sinto um dedo me invadir.
- Será que você aguenta nós dois, linda? - é a voz de Gabriel. Assinto.
Era exatamente o que eu queria. Os dois, dentro de mim.
- Tão gulosa - Gerson me dá outro tapa. - Vamos te preparar pra isso primeiro.
Eu não consigo mais suportar. Ele só me torturam com seus dedos.
Cada um coloca um dedo aos mesmo tempo, simulado seis paus e se movem freneticamente. Movo o quadril buscando mais, porém logo eles saem de mim novamente.
Gerson me vira, mas logo me deixa ficar por cima dele.
O preto tira o cabelo do meu rosto beija minha bochecha.
- Se não aguentar, pode falar e e a gente para, beleza? - assinto.
Sinto ele entrar primeiro, gememos juntos com a sensação. Mordo o lábio inferior quando ele de move para que eu me acostume com ele e então para.
- Shiu, se doer avisa - Gabriel alerta. Ele força a cabecinha e eu gemo pela dor ardida inicialmente,
mas assim que ele se encaixa eu chego a revirar os olhos com a sensação. É como estar nas nuvens, só que mil vezes melhor. - Tudo bem?
- Vai ficar ainda melhor quando vocês se mexerem - digo baixo.
Assim que eles o fazem, eu grito de prazer um sorriso se abrindo em meu rosto. Aperto a colcha da cama de Gabriel e os dedos dos meus pés se enrolam.
- E isso por que iria morrer se viesse pra cama comigo...
- Calado você é um poeta, Gabriel Barbosa - murmuro de olhos fechados. Eles se movem juntos, e meu corpo se move também, fazendo os bicos dos meus seios rígidos friccionarem no peito de Gerson, duplicando minha onda de prazer.
- Já vai gozar, linda? - Gerson pergunta, fazendo carinho na minha cabeça. Assinto, me sentindo superestimulada. Eles saem de mim e Gabi me coloca virada pra ele.
Gabriel se enfiam em novamente, as mãos apertando minha cintura e logo a mão de Gerson está em meu clítoris fazer movimentos altos e frenéticos me fazendo gritar. Não demoro muito a sentir meu orgasmo vindo e junto dele um squirt diretamente no peito tatuado de Gabriel, que tira de pau de mim e bate punheta até gozar em meu abdômen. Mesmo completamente extasiada de prazer ainda tenho a ação de passar o dedo em sua porra e levar até os lábios querendo descobrir o sabor dele.
Chupo meu dedo enquanto seu olhos estão em mim, ele sorri antes de bater em minha coxa.
- Safada - eu rio quando ele me tira de cima de Gerson. - Advinha quem vai brincar de cavalinho agora? - Barbosa pergunta em meu ouvido enquanto observamos Gerson sentar na poltrona do canto do quarto com seus olhos presos em mim.
- Nem sei se tenho força pra isso - digo, com as pernas bandas.
- Ah, tem sim. Você prometeu, assegurou que aguentava os dois - me provoca e eu reviro os olhos. - Agora vai sentar pra ele, vai.
Faço o que ele diz. Monto em Gerson com uma perna de cada lado, os braços ao fedor do seu pescoço e os seios na altura do seu rosto. Esfrego meus peitos em sua cara antes que ele se irrite e me force a sentar em seu pau. Gemo, por ainda estar sensível.
- Faz o que você faz de melhor, linda - Gerson diz.
Quico devagar nele, ficando as unhas em seus ombros e enquanto isso vejo Gabriel batendo punheta na cama enquanto nos observa. Pego a mão de Gerson e enfio seu indicador na boca, chupando para provocar Gabi olhando direitamente em seus olhos.
Já sinto meu segundo orgasmo vindo e gemo alto me esfregando pra frente e pra trás em Gerson, que aperta os dois lados da minha bunda agora falando um monte de putaria em meu ouvido, me levando a loucura.
O som lá de baixo sequer se compara as melodias eróticas que estamos criando juntos. O som da punheta nem batida do camisa dez do flamengo, juntamente com seus gemidos roucos; a batida da minha pele com a pele de Gerson, os nosso gemidos, e o barulhinho molhados vindo das estocadas fortes que ele dá em mim. Tudo é uma música perfeita em meus ouvidos e, aparentemente, aos deles também visto que gozamos os três juntos.
Gabriel mancha a colcha de sua cama; Gerson as paredes do meu canal e eu o melo mais uma vez o pau dele.
Deixo meu corpo cansado recair sobre ele. O preto me abraça e faz carinho em minhas costas.
Não sei quando exatamente, mas sinto ele levantar minutos depois e me colocar na cama. Dessa vez o lençol é mais macio e escuro, diferente do tecido espesso e branco de minutos atrás. Me viro de lado, buscando aconchego em meios aos lençóis e encontro o corpo quente de confortável de quem eu penso ser Gabriel devido ao perfume e, logo depois, tenho um braço ao redor da minha cintura e sei que é Gerson, pois automaticamente sua mão vem em direção ao meu peito, o qual ele segura afetuosamente enquanto dorme.
[...]
- Humm... - murmuro sentindo um peso sobre mim. Meu corpo tá meio dolorido e é difícil abrir os olhos de tanto cansaço. Bocejo finalmente abrindo os olhos mais retorno a fechar quando um feixe de luz atinge minha visão.
Viro para o lado e acabo colidindo meu rosto com algo duro. Abro um olho e vejo vestígio da pele bronzeada e uma tatuagem escrito "King" em atrás da orelha e o "10" um pouco mais embaixo.
Eu conheço essas tatuagens, mas eu nunca... Ah, meu Deus.
- Puta que pariu - murmuro levantando de uma vez, a tontura me atingindo. Tontura pela anemia, já que eu não tenho ressaca porquê eu não bebo.
As memórias da noite anterior retornam a minha mente e eu me sinto a mais suja das pessoas possível. Eu dei, dei pra caralho. Mas o lado negativo foi que eu dei pro Gabriel Barbosa, a quem eu jurei nunca ir pra cama na minha vida. E, pra piorar, ainda dei por Gerson, que é tipo meu amor platônico e foda fixa no Rio.
Ainda dá tempo de colocar tudo culpa na bebida?
Passo a mão pelo rosto e observo o quarto revirando os olhos por ver tantas fotos e quadros de Gabriel. Como alguém consegue ser tão narcisista assim, cara?
- Bom dia, flor do dia - não faço nem o favor de responder, já que sua voz rouca de sono fez todo meu corpo se arrepiar. Cubro meu corpo com o lençol branco, puxando as pernas até o peito. - Primeira vez que você sabe uma fofoca minha de primeira mão e não vai poder postar...
- Cala boca, Barbosa - retruco, fechando os olhos e pressionando a testa contra meu joelho. - Ninguém fala antes das nove da manhã.
- Mas já são onze, gatinha.
Solto uma suspiro, isso só piora.
Levanto da cama, indo catar o que sobrou da minha lingerie pelo quarto. Visto o vestido e fico sem calcinha, já que ela foi reduzida a condição de trapos depois que Gerson partiu a pobre coitada no meio.
- Ei, vai aonde? - pergunta vindo atrás de mim. Ignoro o fato dele estar apenas de boxe.
- Pra casa, de onde eu nunca deveria ter saído - resmungo tentando abrir a porta.
- Calma, cara - bota a mão na porta e fica em minha frente. - Vai dizer que não gostou da noite?
Não respondo.
- Qual é, dá um desconto nessa sua marra toda. Ontem foi tão gostoso, poxa.
Ele tá certo. Foi mesmo. Gostoso é eufemismo até.
- Tá, mas isso não significa que eu goste de você agora.
- Para com isso - tira o cabelo do meu rosto. Tenho certeza que estou toda descabelada, mas ele me olha como se eu fosse a pessoa mais bonita do mundo. Porra, Gabriel, assim não dá. - Falei que eu ia te provar que eu sou uma pessoa diferente do que você acha. E eu nem comecei ainda.
- E pretende fazer isso quando?
Ele sorri e revira os olhos beijando minha boca. É um beijo lento, gostosinho mesmo sem estamos com a boca escovada. Ele ainda tem gosto de whisk e isso é bom.
- Vai na sombra, lady fofoca - sorri provocante ao abrir a porta.
- vai se ferrar, chuta fofo.
*
Gabriel Barbosa é de fato um grande filho da...
Ele simplesmente postou. Postou uma foto nossa no meu próprio Instagram de fofoca e geral ficou sem entender nada. Obviamente, meu rosto é desconhecido por muitos ainda. Jornalismo não é uma profissão tão valorizada se você não trabalhar na Globo, então ninguém entendeu o que eu - apenas uma jornalista com pouco menos de oitenta mil seguidores - estava fazendo num site de fofocas ao lado de dois jogadores mais cobiçados no flamengo e do futebol brasileiro.
E a legenda não dizia nada além de "👀👀"
No primeiro momento eu fiquei com um ódio descomunal. Primeiro que ele quebrou completamente a estética da minha página e depois ainda teve a audácia de comentar pela conta dele "foi uma noite pra lá de mágica ☔️" e o puto do Gerson ainda foi lá e curtiu. Conclusão da ombra? Em menos de 24 horas eu tô quase batendo cento e cinquenta mil seguidores na minha conta pessoal.
Agora eu sou uma subcelebre, misericórdia.
Depois disso fiquei menos brava com ele. Mas ainda sim um pouquinho. Tirei o dia de hoje para: primeiramente dormir, a noite foi longa; e logo depois trabalhar nas postagens do dia. Cada babado da festa de ontem que só Jesus na causa mesmo.
Galerinha não deixou barato. Teve jogador traindo namorada com namorada de outro jogador; cantor tendo ataque de ciúmes; confusão entre subcelebridades dentro do banheiro com direito a aplique no chão e tudo.
Enfim, mas isso tudo aconteceu enquanto eu tava em um lugar muito além daquela festa.
Enquanto organizo as almofadas do sofá, meus olhos percorrem meu apartamento, um reflexo da minha personalidade minimalista e pragmática. Não é um espaço luxuoso, mas cada pedaço dele é um tributo ao meu gosto pelo minimalismo funcional. A luz do sol invade a sala, criando contrastes de sombra nos tons sóbrios da decoração em preto, cinza e verde, que predominam em cada canto.
Adoro especialmente as vistas para o mar que esse lugar me proporciona. Na sala de estar, a varanda se abre para um cenário incrível: as ondas suaves beijando a areia dourada da praia. Já na suíte, uma visão panorâmica do oceano se estende do teto ao chão, como se a natureza tivesse se tornado uma obra de arte viva. A diferença entre as duas perspectivas é apenas a amplitude; ambas me lembram constantemente a vastidão do mundo lá fora.
Após arrumar as almofadas pela terceira vez - sim, sou um pouco obsessiva com isso - meu foco muda para o laptop na mesa de centro. O Instagram que administro ganhou um público fiel de ontem pra hoje que anseia por escândalos e segredos dos famosos. Enquanto me preparo para mergulhar nas postagens do dia, minha mente começa a destilar detalhes picantes sobre a festa da noite anterior, que envolveu alguns jogadores de futebol bem conhecidos e algumas situações intrigantes.
A sinfonia das teclas do teclado se mistura ao som suave das ondas quebrando lá fora, criando o ambiente perfeito para minha criatividade maliciosa. À medida que escrevo, minha imaginação dá vida às histórias escandalosas que logo estarão disponíveis para meus leitores ávidos.
Ah, como eles vão adorar isso! Meus mini seres do mal.
No entanto, minha concentração é interrompida pelo som insistente da campainha. Suspiro, com a impressão de que já sei quem está lá fora. Maldito timing.
Estranhei. Ninguém me visita, poucos sabem onde moro, com exceção dos meus pais, mas estes estão fora do país então... só sobra alguns nomes, incluindo as poucas pessoas com quem já fiquei.
Se o Veiga tá em Sampa, Larissa no Mexico, Vini tá em Madrid, só sobra o...
- Não acredito que deu meu endereço pra ele - digo à Gerson assim que o vejo ao lado de Gabriel. Ambos com sorrisos no rosto que me fazem revirar os olhos. - Você é inacreditável, Gerson - viro de costas e volto a andar para o meu sofá. Me jogo nele e fico de braços cruzados.
Ótimo, agora o Gabigol sabe onde eu moro e vai vir aqui o tempo inteiro encher meu saco. Que lindo.
Gabriel, com sua atitude provocadora permanente, arqueia uma sobrancelha enquanto comenta: - Então é aqui o covil onde você usa sua mente diabólica para destruir lares, amizades, carreiras e tudo mais? - pergunta com um sorrisinho sínico. Uma risada sarcástica escapa dos meus lábios
- Eu não destruo nada. Quem faz isso são as próprias pessoas, eu só faço o Brasil saber, gatinho - respondo, sorrindo forçado em seguida.
O humor sarcástico flui naturalmente entre nós, uma dança de palavras que se tornou nossa forma peculiar de interação.
- Será que vocês nunca vão ter uma conversa que nem gente normal? - Gerson se joga na poltrona ao meu lado com cara de tédio.
- Cê viu que foi ele que começou - resmungo, puxando minhas pernas para meu peito. Gabriel senta-se ao meu lado e tenta me puxar para ele, mas eu resisto.
- Vem cá, querida. - Ele estende os braços em um gesto de abraço. Torço o nariz, mantendo a pose de menina birrenta que não quer cair no papinho dele. Mesmo já tendo caído.
- Já te falei que eu não sou mais uma das suas conquistas baratas, saí - falei, irritada. Mesmo assim, ele me puxou e eu passei a resistir cada vez menos. Até ele começar a encher meu rosto de beijos e eu não resistir mais de jeito nenhum.
- Vou fazer você morde essa língua ainda - falou, beijando minha cabeça e envolvendo meu corpo com um dos braços. Encostei minha costas em seu peito para ficar confortável.
- Vem - estendo os braços pra Gerson vir até mim e logo o preto faz isso. Ele pousa sua cabeça em meu abdômen e eu fico ali fazendo carinho nele.
- Por que é tudo preto e verde? - Gabriel pergunta.
- Sou da Sonserina - respondo, brincando com a barba de Gerson, que pegou o controle da minha TV e estava navegando pelos canais.
- Inacreditável que o Inter tá na semi, véi - Gerson comenta e eu puxo o cabelo da barba dele. - Ai, maluca.
- O tópico libertadores está proibido nessa casa até o dia trinta e um de dezembro de dois mil e vinte e três - falo, séria. - Me dá gatilho - faço biquinho.
- Não tá mais aqui quem falou - diz, todo acanhando.
- Foi mal, queria ter ganhado por ti - Gabi fala em
meu ouvido.
- Primeiro que isso é mentira. E, segundo, ganha o brasileiro e cdb que a gente fica quite - digo, sorrindo pra ele, que apenas muda a direção do olhar e encara a televisão. - Cês vieram fazer o que aqui mesmo?
- Passar um tempo contigo - o volante diz.
- Dúvido.
- Ué, por quê?
- Não sei. Gerson nunca fez isso.
- A ideia foi do Gabriel - resmunga. Olho pro atacante, que não estava olhando pra mim. Sorrio e beijo sua bochecha.
- Que fofo, Predestinado, quis passar o resto do teu dia comigo...
- Não fica se achando também.
Apenas sorrio e me aconchego nele curtindo a brisa que vem de fora ao lado dos dois. É bom, singular, mas é bom. Nunca pensei que algo assim aconteceria comigo, mas aconteceu. Uma prova de que o destino realmente ama nos surpreender.
[...]
- Prometem não surtar? - indago os dois homens em minha frente. - E nem da soco em ninguém? - olho exclusivamente para Gerson, que revira os olhos mais concorda.
- Anda, minha vida, o aquecimento é daqui a pouco - fala Gabriel, me apressando.
Coloco o cabelo pra trás das orelhas nervosa e respiro fundo.
- Acho que eu tô grávida - falo rapidamente, esperando que tenham entendido para que eu não precise repetir.
- Oi?
- É sério?
Ambos ficaram pálidos. Olhei pros lados pra vê se tinha alguém, mas não. Felizmente sozinhos.
Os dois pretos tavam da cor da parede, sem exagero. Segurei o ombro de Gerson e ele me olhou.
- Sério mesmo? Tipo, de verdade?
- É, acho que sim - dou de ombros. - Mas o que vocês queriam, só sabem gozar dentro.
- Você nunca se opôs.
- É, achei que a porra do DIU funcionava, mas pelo visto dupla penetração tira ele do lugar... - me sento entre eles dois. - O que a gente faz agora?
- Cria?
- Com certeza - Gabriel fala sorrindo e se ajoelha em minha frente. - Sério, tô feliz pra cacete com a notícia, porra, sempre foi meu sonho ser pai.
- Eu ainda tô meio impactado, mas sinceramente gostei da notícia, de verdade - Gê segura minha mão e Gabi pega a outra.
- Te prometo que vai se a criança mais amada e bem cuidada dessa galáxia. Me ouviu? - Gabriel falou, beijando minha destra e eu assenti. - Agora vamo se preparar pro jogo que hoje tem gol e é pra nossa cria.
- Mas eu nem tenho certeza ainda, garoto,
- Mas a gente tem - Gerson fala, levantando ao lado dele. - Te amo, nega. - beija minha cabeça.
- Amo você, preto.
- Te amo, vida.
- Amo você, meu predestinado.
E assim vejo eles saindo na direção dos vestiários. Limpo o rosto e sigo pro camarote, onde vou assistir o jogo e pensar sobre o quanto minha vida mudou desde que eu recebi aquele convite idiota pra festa do Gabriel.
•
- Oi, linda - abro os olhos com dificuldade, vendo os dois homens que eu amo na minha frente.
- Linda onde, Gabriel? - rio fraco. - Acabei de parir os filhos de vocês, eu tô acabada.
- Mas continua linda - Gerson diz. - Você desmaiou assim que o neném nasceu.
- Como ele é? - indago, pois não o vi ainda. Gabriel se afasta e logo volta com o pequeno serzinho todo enrolado com lençol branco. Ele é pretinho, meu pálido, mas claramente um pretinho lindo. O narizinho é pequeno, assim como tudo nele. - Acho que é a coisa mais linda do mundo.
- Eu tenho certeza - Gê fala. - A gente vai mesmo fazer o teste?
Gabriel me olha. Eu nego. Não quero saber qual código genético meu filho carrega.
- Ele é nosso. Independente do DNA dele, literalmente fizemos juntos então é nosso - falo, após um bocejo. Tava me sentindo cansada pra cacete. - É o irmão da Gê, o sobrinho da Dhiô... um pouquinho de cada um de nós.
- A gente fica feliz com isso, preta - sorrio fraco. Agora descansar, é tudo que você precisa fazer.
*
- Olha lá, meu amor - aponto pro campo onde Gerson e Gabriel treinam com o resto da equipe. - Os seus papais.
João bate palmas como se entendesse tudo. O neném de poucos mais de um ano é o xodó dos pais dele e por isso eu tô quase sempre aqui durante os treinos.
- Papain - fala me fazendo rir quando o Gerson vem na nossa direção, já com um gigantesco sorriso.
- É amor, o papai - cheiro o pescoço dele, que ri.
- Ainda não me aguento quando ele fala pai, na moral - Gê diz enquanto bebê água. Gabriel vem correndo com um sorriso de orelha à orelha e Gerson joga uma garrafa pra ele.
- Esse muleque é muito lindo, sem condições.
- Eu que pari, é a minha cópia - beijo a bochecha do pequeno, que está brincando com a tampa da mamadeira.
- Pior, cada dia ficando mais a sua cara - Gerson fala.
- Gozei dentro pra nada, nem pra parecer um pouquinho com a gente - Gabriel fala cabisbaixo.
- E eu carreguei nove messes, eu hein - rio. - Vai ver ele desenvolve gosto por futebol e vira um mini coringa ou um mini predestinado, vai saber, né.
- Ai vai e ele vira uma mini Matheus Cunha - Gabi diz rindo. Franzo o cenho. Mas eu nem transei com o Matheus...
- Se virar goleiro já sabe, né? - Gê fala apontando o dedo pro neném. - Enfim, bora voltar antes que o professor brigue.
Ambos me dão beijos no rosto e beijos no neném. João balança a mão, sinal de que estava dando tchau, coisa que aprendeu nesses últimos dias além de jogar beijos.
E no final, Gabriel não só me levou pra cama como me levou pra cama com Gerson, me fez vira uma sub, mãe do filho deles e meu marido.
esse renderia uma fic do caralho hein
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