Capítulo 70
— Então quer dizer que o míssil pode acabar com muitas vidas que vivem em Chicago?
— Bem, foi o que eu disse. Temos que se preparar. Talvez pedir para as pessoas saírem da cidade...
Garry colocou as mãos na mesa de controle e balançou a cabeça insinuando “não”. Levei a mão a testa até o cabelo, andando em círculos. Todos ficaram tensos. Qualquer ideia ali, não seria o bastante para convencer que vai funcionar.
O general chegou, com um homem de cada lado. Fiquei de coluna reta e mãos cruzadas, porque naquele momento não sabia como ficar por estar tensa.
— Recebi um chamado de urgência. O que está acontecendo?
— Agora você resolve aparecer! - Fiquei de costas e observei as câmeras que mostravam a fábrica.
— Desculpe, general. Estamos todos nervosos, sem saber uma solução. Zamalion tem um míssil que pode acabar com vidas de Chicago.
— E por que não me disseram antes? Seus incompetentes!
Garry levantou o dedo indicador e levou a frente de seu rosto, prestes a discutir com o general. Coloquei minha mão em seu ombro e o olhei nos olhos, como se entendesse que mais problemas não seria a solução.
— General, não nos chame de incompetentes. Todos os funcionários e agentes dão seu melhor. O problema, é que para deter Zamalion precisaríamos lutar com ele para saber o golpe de cada poder.
— É ISSO! - Ruan gritou. — Vamos colocar agentes para lutar contigo, com cada poder que descobrimos que Zamalion tem!
Alguns levaram a mão a boca, outros concordaram e no final todos aplaudiram. E sem dizer nada, como se tinha que ir para outra reunião como sempre, o general desaparece do meio da multidão. Cada um foi para seus lugares. Mas eu, fui para o refeitório ver se já serviam o almoço.
***
Após um almoço balanceado, retiro o uniforme e coloco uma nova roupa. O uniforme estava fedendo, com suor de vários treinos. Vou até meu guarda-roupa.
— Curta? Acho melhor não.
Passei a mão em várias roupas até ver a ideal. A possibilidade de eu usar um short ou uma regata e sair marcada, era grande. Não vou me machucar, certeza. Sem pensar duas vezes, peguei uma bermuda roxa e branca e uma camisa azul. Calcei um tênis cinza e fiz um coque. Agora vou!
Saí do quarto e fui até a cozinha. Lá, peguei uma garrafa d'água na geladeira.
— Você vai treinar?
— Vou. - Respondi um funcionário que entrou na cozinha. Ele se encostou na parede e me observou.
— Meio que você vai ficar marcada, não?
Andei de ré até a porta e fiz um sinal de “arma” com as mãos dizendo:
— Com roupa curta ou não, sempre haverá marcas. - Pisquei antes de sair da cozinha.
Com a respiração controlada e leves pulos juntos a uma corrida, vou ao campo aberto. Me deparo com pessoas se preparando, com abdominais, agachamentos e flexões.
— Olha quem chegou! Preparada, moça? - Perguntou, Garry.
— Eu acho que es...
— Como não? No chão agora! Vinte flexões.
— Mas...
— Vamos lá! - Deu um tapinha nas minhas costas.
O encarei e bebi um pouco d'água. Entreguei minha garrafa pra quem estivesse do meu lado esquerdo ainda olhando para Garry. Estalei o pescoço e me joguei no chão, começando as flexões enquanto todos ajudavam a contar. Pulem do oito para o vinte, pelo amor de Deus!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top