— Se quer me pegar, vai ter que se esforçar mais. - Provoquei o Zamalion enquanto voava com velocidade.

Voava por cima das coisas junto a um pulo. Ainda estava cansada. E voando mais, não ajudava. Mas estava sendo perseguida, teria que continuar. Cada máquina uma barreira, que as vezes muito perto era difícil desviar. Parei. Coloquei as mãos no joelho recuperando fôlego. Olhei para trás e não vi ninguém. U é!

— Te alcancei!

Olhei para trás e encontrei Zamalion. Seus braços esticados prestes a me agarrar.

— TIRA AS MÃOS DELA!

Um barulho alto de um tiro. Vi somente uma bola vermelha saindo da arma vindo as costas de Zamalion. Que no caso, o atingiu e ele foi arremessado junto a mim contra a parede. Acabei batendo a cabeça forte o suficiente para desmaiar, mas não sabendo o porquê, fiquei apenas uma tontura e dor na nuca. Com tudo meio girando, vi Zamalion no chão também tonto e dolorido.

— ONLY! - Ruan? Sim! Ruan veio até mim correndo e preocupado, com a arma em mãos. — Desculpa, não queria te arremessar junto.

— Tudo bem... Eu acho! - Peguei não mão estendida de Ruan para me levantar. — Só estou um pouco tonta.

A poucos centímetros longe de Zamalion, o encaramos. Ruan apontava a arma na direção dele. Zamalion estava com um olhar estranho, parecendo já ter se recuperado da tontura.

— Sabia que você é uma filha muito má?

— Talvez eu tenha puxado o pai. Um maldito no qual tenta se sentir melhor machucando os outros.

Ele riu. Mas aquela risada satisfatória, risada de que algo menos a vitória aconteceria. Foi se levantando devagar, com as mãos esticadas insinuando que se rendeu. Ou ao menos, era o que parecia.

— Fique parado. - Num tom suave Ruan mandou.

— Gente! - Garry corria até nós.

Nossos olhares focaram no Garry vindo. Mas logo sentimos um vento de levantar os cabelos na nossa frente.

— Gente, cadê o Zamalion?

— Ele... - Olhamos ao redor. — Ele fugiu!

Teletransporte, voar, telecinética, atira um tipo de poder e agora velocidade? Que ótimo! Tenho super hiper mega chance de vence-lo, não? Mas que droga!

— Vamos voltar para a área 51. Já lutamos o suficiente e a Only deve estar cansada.

Olhei para meu corpo e passei a mão na testa. Minha mão saiu encharcada.

— Cansada? Você acha que estou cansada? - Estendi a mão com suor a frente deles.

*Risos*

Antes de partimos, fomos até o local da explosão ver se havia sobreviventes. Alguns muito machucados, outros, poucos estavam bem.

— Onde está seu comunicador, Only? - Perguntou Ruan.

— Zamalion tirou do meu ouvido e não sei onde colocou.

Ajudei os homens a se levantarem. Ouvi o barulho de helicópteros perto, parecendo ser mais de um. Fiquei olhando para o céu pra ver onde estavam. Até que pouco tempo depois, aquele helicóptero de longe chegou mais perto. Não queriam descer. O jeito era...

— Você consegue?

— Eu acredito que sim.

Garry fez um sinal para que os dois helicópteros abrissem as portas. Segurei em um dos homens machucados e perguntei:

— Você está pronto?

Com os olhos fechados ele segurou firme a minha cintura. Já! Me teletransportei até um dos helicópteros e coloquei o homem no banco. Segurei em outro homem machucado e fiz o mesmo. Fiz isso com todos, mas os que precisavam de socorros primeiro. E eu, dessa vez não fui voando. Fui no helicóptero junto aos outros. O cansaço chegou a um nível alto. E ainda consegui fazer mais do que pensei.