25 • Into The Woods

[oi gente, vocês já leram minha shortfic how to make a queen's guard laugh? ela é um amorzinho e já tá concluída.

comentem bastantes nesse capítulo por favor ^.^]

A luz do dia tinha um novo significado para mim, era como se eu tivesse virado outra pessoa depois de ter novas partes do meu corpo tocando novas partes do raio de sol que era o cara me abraçando.

Há certas coisas na vida que mudam o destino de um homem, a boca de Louis Tomlinson é, com certeza absoluta, uma delas e não está longe do top dez.

Eu não queria abrir meus olhos e encarar a vida, não queria sair daquela barraca e encarara a realidade, eu queria ficar aqui, com Louis me abraçando, sua perna jogada entre as minhas, meu polegar acariciando seu antebraço enquanto ele me matinha protegido de qualquer mal que o mundo lá fora estivesse a oferecer.

Os barulhos de panelas batendo e os passos pesados de nossos amigos foram o que contribuíram para que meu sono fosse acabando, que a consciência me atingisse, mas eu me recusava a abrir os olhos. Me nego.

Minha cabeça latejava um pouco, a enxaqueca da ressaca me atingindo como um soco no estômago.

Minutos se passam, a consciência me pega pelos tornozelos e abro os olhos por impulso, logo olhando para baixo e constatando que toda aquela situação era um fato. A noite de ontem não foi criação de minha mente entorpecida, a manhã de hoje pode ou não ser um universo paralelo.

Ouço uma inspiração intensa quando o corpo atrás do meu começa a se espreguiçar, me apertando mais contra o próprio tronco, ele espira e boceja e encaixa o rosto em minha nuca, cheirando aquele pedaço de pele.

Ele ri levemente.

- Bom dia. - Ele murmura entre meus cabelos e meu corpo arrepia, em estado de alerta.

- Bom dia. - Ele move a mão, a colocando sob meu suéter e faz leves caricias em meu estômago. Viro-me mais uma vez para encará-lo, mas desse vez estamos ainda mais perto um do outro.

Tão próximos um ao outro que com apenas um movimento de pescoço eu me aproximo, unindo nossos lábios mais uma vez, o beijando suavemente, mordiscando seu lábio inferior. Não tenho a menor ideia de onde tirei essas coisas, talvez muitas séries, mas eu sabia que estava fazendo algo certo para que ele quisesse continuar me beijando na manhã seguinte.

Me afasto novamente, ele abre os olhos novamente, os fixando nos meu enquanto analiso todos os movimentos de sue rosto, por menores que sejam e sorrio, ele reflete o movimento e o meu sorriso aumenta ainda mais.

- Bom dia. - Rio feliz.

- Bom dia. - As pequenas marcas de expressão ao lado de seus olhos ficam marcadas, a pele encarregada de demonstrar o que apenas seus lábios não conseguiram. Eu amo esses pequenos detalhes, tão meticulosamente esculpidos para me fazer amar ainda mais cada parte dele. - Eu amo seus olhos. - Ele acaricia minha bochecha, logo abaixo de meu olho esquerdo e meu sorriso apenas aumenta.

- E eu amo os seus. - Acaricio as marcas ao lado de seus olhos e ele ri, sorrindo ainda mais abertamente. Ele me beija mais uma vez e quando se afasta eu me assusto com a seriedade repentina em seu rosto.

- Você quer conversar sobre o que aconteceu ontem? - Ele parece constrangido. - Se quiser culpar o álcool eu vou enten..

- Não! - Me apresso em calar sua boca com meu dedo. - Não. Digo, quero conversar sobre o que aconteceu, mas a culpa não foi do álcool, a não ser que nossos nomes tenham mudado. - Ele ri com a piada e eu sorrio ao som. - Mas deixa pra gente ver isso depois, okay? Agora a gente vai comer e evitar que o Niall mate alguém com uma panela, certo? - Ele assente, meu dedo ainda pressionando seus lábios, o mantendo calado, e quando me dou conta disso o tiro de lá, constrangido.

Ele me dá mais um leve beijo aos lábios e levanta rapidamente, eu fico para trás para trocar de roupa.

Tiro meu suéter que já me fazia suar, puxo uma bermuda qualquer e a visto, saindo da barraca sem nada para cobrir o tronco. Me alongo, estralando as costas e esticando os braços ao máximo, aliviando as tenções.

Louis estava fazendo basicamente o mesmo ao meu lado, em frente a nossa barraca.

Todos faziam coisa diferentes, mas pararam tudo e olhavam para nós dois, nos observando como animais em exposições. Niall passou por nossa frente, segurando um prato e olhando fixamente para mim enquanto caminhava para uma direção completamente diferente de para onde estava olhando. Respondi seu olhar com um semblante de desentendimento e ele apenas deu de ombros, seguindo até onde Nick e Stan estavam juntos, já comendo.

Olho para Louis, que me olha ao mesmo tempo. Ele coça a garganta, percebendo a chuva de olhares, e vai para um lado e eu para o outro.

Certo. Estranho.

Aquela manhã foi parada, todos morrendo de ressaca e tomando remédios para melhorar logo para a segunda rodada.

Depois do almoço todos tinham resolvido fazer algo diferente, uns quiseram ir explorar os pedaços de floresta que tinham pelo parque, outros foram ao rio tomar banho e alguns ficaram dormindo em suas barracas, com os ventiladores portáteis ligados ao máximo para diminuir o calor e o mormaço formado dentro das barracas. Eu estava encostado em uma pedra enorme, observando algumas folhas secas voarem quando Louis se aproximou, sentando ao meu lado e se encostando na pedra, ficando com o ombro colado ao meu.

- Olá. - Murmurei.

- Olá. - Ele respondeu, eu conseguia ouvir o sorriso em sua voz. - Quer ir caminhar?

- Pode ser. Por onde? - Arranquei algumas folhas do gramado, brincando de despedaça-las.

- Eu queria ir pro meio das árvores. - Ele aponta com a cabeça para a floresta a metros de nós. - Ver uns esquilos, sei lá.

- E aqui tem?

- Não sei, por isso quero ir descobrir. - Ele dá de ombros e ri.

- Certo, deixa só eu pegar umas coisas na barraca e a gente vai.

- Okay, não esquece de pegar comida.

- Okay.

- E água.

- Tá bom.

Vou caminhando até chegar na barraca em que nossas coisas estavam, pegando uma mochila e jogando várias coisas que poderíamos precisar. Coisas tipo protetor solar, repelente, algumas toalhas e bonés. Vesti uma camiseta, óculos de sol e joguei a mochila sobre os ombros. Fui caminhando até ele, que me esperava encostado na mesma pedra, mas já estava de pé.

- Tudo certo?

- Tudo certo.

- Então vamos.

- Vamos lá.

Ele liderou o caminho, caminhando na minha frente e afastando os galhos das passagens. As árvores tinham seus troncos finos, várias folhas caídas no chão, formando um belo tapete ocre. Os raios de sol atingiam o chão através das folhas finas, formando várias sombras, mas sem deixar escuro. Os pássaros tinham voltado com a primavera e agora, no verão, eles formavam seus ninhos, prontos para dar continuidade à espécie.

Vários insetos passavam voando por nós, libélulas passando apressadas por cimas das poças do chão. Pedras verdes por conta dos enormes e densos tapetes de musgo que as forrava.

Caminhávamos calados, apenas observando a natureza que nos cercava, apreciando o fato de que os carros estavam longe demais para serem ouvidos, as confusões estavam distantes o suficiente para nos afetar e a energia estava perto o suficiente para nos envolver.

Os minutos iam passando que que nós nos déssemos conta. Várias vezes nós nos pegamos parados em meio às árvores, olhando para o céu quando os bandos de pássaros passavam naquele formato maravilhoso e sincronia perfeita.

Mais um tempo se passou enquanto caminhávamos quando fui puxado de repente e pressionado contra uma arvore qualquer, o corpo de Louis me mantendo lá, seu rosto próximo ao meu, nossos narizes se tocando suavemente quando ele encostou nossos lábios mais uma vez. Suas mãos apertando as laterais de minha cintura. Seus dedos apertando minha carne e me fazendo ter ainda mais certeza de que aquilo não era uma alucinação, deixando claro que através daquele beijo eu era, mesmo que momentaneamente, dele.

Coloquei minhas mãos em seu peitoral e o afastei o suficiente para olhar em seus olhos.

- Eu quero muito mais, você não tem ideia, mas antes a gente tem que resolver maduramente sobre o que a gente quer disso e onde queremos chegar.

- Uh, certo... - Ele se afastou, uma mão na nuca, coçando aquele lugar, enquanto a outra estava em sua cintura. - O que você quer? - Ele me olha, um pouco de preocupação em seu rosto.

- O que você quer? - Devolvo a pergunta, prefiro saber antes de criar expectativas.

- Curtir?

- Isso foi outra pergunta?

- Eu acho...?

- Louis.

- Harry!

- É sério.

- Eu tô falando sério.

- O que você quer que saia disso?

- Eu quero aproveitar. Com você. Juntos. O momento. Entende? - Ele parecia não entender.

- Então a gente vai ficar, mas sem compromisso?

- Sim?

- Louis.

- O quê?

- Eu tenho meus termos se vamos mesmo continuar com isso.

- Nada mais justo, suponho.

- Eu quero "exclusividade". Sou filho mais novo, sou acostumado a ter tudo para mim e o que não for meu eu tomo, entende?

- Exclusividade? Tipo, eu só fico com você e você só fica comigo? Essa exclusividade?

- Sim.

- Certo, não me oponho.

- Você também tem algum?

- Sentimentos são permitidos?

- Como assim?

- Digo, a amizade colorida é uma coisa meio "desapega", sem compromissos tipo um namoro, mas se um dos dois começar a se envolver, vai dar problema?

- Eu acho que não?

- Agora você quem tá sendo vago.

- Desculpe.

- Relaxa. Então, de boa? Pois, sabe, eu sei que você não vai resistir à se apaixonar por tudo isso aqui. - Ele pisca para mim e eu reviro os olhos, mas não contendo o sorriso divertido quando empurro pelo ombro. - Eu não tenho problemas com isso, sabe? De você se apaixonar por mim, digo, se apaixonar ainda mais.

- Você é impossível. - Cruzo os braços. Ele se aproxima lentamente, colocando as mãos em meus cotovelos dobrados e descruzando meus braços, os colocando ao redor de sua cintura e dá um beijo me minha bochecha.

- Você. - Outro beijo. - Que é impossível de resistir. - Mais um beijo, dessa vez no canto dos lábios. - Com esses olhos. Essas bochechas furadas. E esse lábio vermelho, tão vermelho quanto suas bochechas estão agora. - Ele olha em meus olhos, sorrindo ao ver o efeito de suas palavras claramente em meu rosto. - Já falei que amo suas bochechas?

- Não.

- Eu amo suas bochechas.

- Idiota. - Rio envergonhado e o empurro pelo ombro, ele ri e volta a se aproximar, me roubando outro beijo contra aquela arvore.

- Então estamos acertados?

- Sobre nossos termos?

- Sim.

- Acho que sim, qualquer coisa eu anoto e mando meu secretário te entregar.

- Niall?

- Ou Nick, não faz muita diferença.

- Fechado. - Ele sorri e pega minha mão, me puxando da árvore. - Agora a gente vai caminhar mais e marcar cada uma dessas árvores com memórias.

- Memórias?

- Memórias. - Ele pisca para mim e me puxa mata à dentro.


{to be continued...}

[falem comigo sempre que quiserem no meu twitter (theredinmars), estou 80% do meu tempo on lá, os outros 20% eu tô escrevendo ou dormindo.]

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