Capitulo 58
Antes de iniciarem leitura, lembre-se, isso é apenas uma fanfic onde NADA condiz com a realidade :)
Boa leitura!
SABINA HIDALGO
Duas semanas depois...
Hoje completa duas semanas que Any entrou em estado de coma, muita coisa aconteceu e sua família ainda estava em desespero com tudo.
Primeiro, além da bala ter ficado alojada nela, Any perdeu muito sangue, tanto que o médico disse que realmente é um milagre ela ter suportado tanto tempo.
Ela ainda está respirando com ajuda de aparelhos, os médicos disseram que na primeira semana seu coração parou uma vez, mas fizeram massagem e graças a Deus ela ficou bem.
Seus batimentos ainda estão fracos, o médico disse que o estado dela ainda é de risco pois Any não apresentou melhoras e seu coração corre risco de parar novamente.
Nesse momento estou com ela no quarto, muitas perguntas foram feitas e eu tive que fingir demência dizendo que não sabia de nada. Mas eu chorei, chorei por quatro dias seguidos com medo de perder ela.
Pepe teve que me deixar, primeiro que eu não ficaria tranquila se não tivesse ao lado de Any, segundo que eles já devem estar em outro país.
Josh e os meninos tiveram que sair às pressas da cidade, pelo o que fiquei do noticiário, nenhuma digital deles foi encontrada, mas em compensação havia vários corpos lá já sem vida.
Mantinha contato com Pepe, Josh me pedia a todo momento para mantê-lo informado sobre Any. Expliquei toda a situação, inclusive que Any corre o risco de perder a memória. Josh me disse que se isso acontecesse, não era pra de jeito nenhum tentar lembrar Any do que aconteceu, segundo ele, é melhor viverem separados.
Se Any se lembrar de tudo, fico pensando o que vai acontecer, porque a polícia quer falar com ela de qualquer jeito. Any pode até ser boa em mentir, mas eu duvido que consiga bolar algo convincente assim, Japão, sequestro, dizer quem foi… Se bem que ela pode colocar a culpa no Brian, já que o mesmo foi dado como morto. É, darei essa ideia a ela.
Me assustei quando a porta do quarto foi aberta de uma vez. Olhei para a pessoa encapuzada e fiquei desesperada.
Ia apertar o botão para chamar o médico, mas a pessoa se livrou do capuz.
— Sabina, sou eu. — Josh disse me olhando e eu levei a mão no peito.
— Ficou maluco? Você não deveria estar aqui. — digo indo até a porta e tranco ela.
— Precisava ver ela. — disse se aproximando da cama. — Eles não disseram mais nada?
— Não. — alisou o rosto dela. — Achei que já tinham saído do país.
— Saímos, fomos para o Canadá e esperamos a poeira baixar. — assenti. — Voltamos para pegar algumas coisas e agora estamos indo para a Rússia. — arregalei os olhos e ele levou a mão no bolso de sua blusa. — Entrega pra ela. — me deu um celular.
— Mesmo que ela não lembre? — assentiu.
— Não tem nada aí que a faça lembrar, então pode dar, inventa que ela comprou e não se lembra. — disse olhando ela.
— Me prometam que mesmo longe vão me dar notícias? — ele deu um leve riso.
— Pepe não para de dizer que tem saudades, então não se preocupe. — sorri. — E você, trate de melhorar e fazer todos sorrirem novamente. — Josh sussurrou próximo a ela. — O mundo precisa do seu brilho. — deu um selinho demorado nela e eu levei a mão no peito com vontade de chorar.
— Obrigada por tudo, inclusive. — me olhou. — Ficaremos bem. — assentiu.
— Caso ela lembre, apenas passe o meu recado. — assenti.
Josh recebeu um toque no celular e teve que sair correndo, mas antes disso deu outro selinho em Any e disse que a amava muito.
Sorri com a cena e suspirei vendo ele sair.
Josh fez questão de nos deixar uma conta conjunta com um bom dinheiro guardado para nós usarmos como quisermos. Segundo ele, a polícia não vai desconfiar então não tem problema.
O aparelho de Any começou a apitar mais rápido e no desespero apertei o botão chamando o médico.
Segundos depois ele apareceu e andou até os aparelhos.
— Ela está bem? — pergunto nervosa.
— Sim. — disse sorrindo. — Seu coração está com os batimentos normais. — sorri aliviada sentindo vontade de chorar.
— Ela vai acordar? — pergunto vendo ele verificar os aparelhos.
— Se eu puder chutar, entre hoje a amanhã. — fechei os olhos agradecendo a Deus. — A família dela está aí.
— Eu já vou sair. — ele afirmou e saiu do quarto. — Hey, minha preta cacheada mais linda desse mundo. — sussurro próxima a ela. — Quando você acordar, vamos fazer uma viagem para as Maldivas e esquecer um pouco da vida. — digo rindo e dou um beijo em sua testa. — Eu te amo. — digo por fim deixando o quarto.
Avisei Pepe de que Any está prestes a acordar, ele me disse que Josh ficou feliz com a notícia e que espera que fiquemos bem.
Tudo com o Pepe correu muito bem, a gente ficou, fomos além disso inclusive, mas me senti amada… Era estranho lembrar de tudo, mas quando eu estava com ele me sentia bem.
Quando nos despedimos não dissemos "eu te amo", a gente se poupou porque talvez não iríamos nos ver mais e isso me dói, mas espero suportar melhor essa dor com Any ao meu lado.
Um dia depois…
Já era de noite, Any deu sinal de que queria acordar e o médico nos avisou.
Nesse momento estamos no quarto eu, seu pai e sua mãe. Os dois estão ao lado dela mexendo em sua mão.
— Ela está acordando. — escuto a voz do seu pai e me levanto de onde estava sentada.
Any mexia os olhos parecendo incomodada e eu comecei a chorar de alívio.
A garota tentou se levantar, mas sua mãe tocou em seu ombro.
— Any calma. — ela olhou todos ali.
— O que aconteceu? Onde estou? — parou seu olhar em mim.
Escutamos a porta abrir e vimos o médico se aproximar.
Voltei a olhar Any e ela realmente parecia perdida.
— Como se sente? — perguntou ele indo ao lado dela.
— Confusa. O que é isso? Por que estou no hospital? Quem são vocês? — levei a mão na boca ao me dar conta de que ela não lembrava de nada.
— Escuta, seu nome é Any, Any Gabrielly. — iniciou o médico. — Você foi sequestrada e ficou desaparecida por quase dois meses. — Any arregalou os olhos. — Teve uma troca de tiros e você acabou sendo atingida, seu estado se agravou e você ficou desacordada por suas semanas.
Tudo ficou em silêncio e esperamos ela dizer algo, mas tudo o que aconteceu foi ela começar a rir.
— Que brincadeira idiota é essa? — voltou a ficar séria.
— Somos os seus pais. — disse o pai de Any fazendo a garota olhar ele. — Não lembra da gente? — sua voz saiu falha.
— E-eu não sei. — seus olhos encheram de lágrimas. — Minha cabeça dói. — fechei os olhos sentindo algumas lágrimas caírem. — Por que eu não lembro de nada? — respirei fundo olhando para ela.
— Como eu disse, você ficou em coma por duas semanas. — disse o médico. — Seu coração chegou a parar uma vez, mas por sorte a massagem deu certo. — Any levou uma mão no rosto chorando. — Talvez sua memória volte aos poucos, mas não faça tanto esforço.
— E se não voltar? — disse em meio ao choro ainda com a mão no rosto. — Fui sequestrada e não lembro quem foi, não lembro de nada. — mordi o lábio inferior passando a mão no rosto.
— Tudo no seu tempo. — sorriu solidário. — Preciso falar com vocês dois, passar algumas informações para ajudar ela. — disse aos pais dela e os dois assentiram.
— Podemos te dar um abraço? — a mãe dela perguntou receosa e Any apenas assentiu.
Os dois abraçaram ela que retribuiu o ato.
Perguntei ao médico se poderia ficar com ela e conversar um pouco e ele deixou, me pediu apenas para não encher ela com muita informação.
Eles saíram do quarto e ela me olhou.
— E você quem é? — me olhou de cima a baixo.
— Sou sua melhor amiga. — digo me aproximando. — Temos até uma tatuagem juntas. — mostrei meu braço e ela logo olhou o seu vendo a mesma. — Você me deu um susto tão grande. — envolvi ela em um abraço.
— Pode me dizer pelo menos se eles conseguiram fugir? — arregalei meus olhos e me separei de uma vez.
↝ Calma gente, calma, nossa pequena está bem 😅
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