Capitulo 43
ANY GABRIELLY
Eu não queria ficar no quarto, porém também não queria ficar dentro de casa. Minha única opção foi ficar rodando pelo lado de fora da casa, pra ter noção cheguei até no ponto de ônibus, depois disso dei meia volta e segui para casa.
Eu realmente não sei o que passa na cabeça daquele cara. Fica duas semanas me ignorando e depois inventa de mandar todos trabalhar ficando só ele em casa? Pra cima de mim não Joshua.
Entrei em casa e segui em direção a cozinha.
Fiz um almoço e depois comi ali mesmo sozinha.
…
Segui em direção a sala e fiquei vendo um pouco de tv. Analisando o silêncio da casa acho que ele ficou no escritório… é, talvez eu tenha ficado paranóica com isso.
Desliguei a tv e sai da sala.
Comecei a subir as escadas correndo, mas uma voz me fez parar na metade.
— O que eu disse sobre correr? — me virei lentamente encarando Josh que estava no final das escadas.
De onde esse infeliz saiu?
— Desculpa senhor. — digo debochada e faço menção de me virar para voltar a subir.
— Você não vai almoçar? — encarei ele novamente.
— Já almocei. — digo seca. — Inclusive deixei para os meninos e você, isso se quiser comer. — finalizo na grosseria e me viro subindo para o quarto.
Fechei a porta e soltei meu ar de uma vez fechando os olhos. Ok, isso foi pior do que pensei.
Ótimo, agora vou ficar aqui o resto do dia… Meu Deus meninos, cheguem logo!
…
E não é que passei a tarde aqui? Estou jogada na cama de barriga pra baixo enquanto leio um livro e toca música na tv.
Queria sair daqui, queria criar coragem para ir falar com aquele ser, nem que fosse para xingar ele até dizer chega... Mas algo me diz que eu não consigo, meu sentimento por ele ainda é forte!
Não bastou uma mulher gemendo no seu ouvido Gabrielly?
Fechei os olhos e afundei a cabeça no colchão. Ah Joshua, por que tão gostoso?
Soltei um suspiro e no mesmo instante me assustei ao sentir um peso em cima de mim.
Lábios quentes invadiram meu pescoço e eu tentei raciocinar enquanto meu corpo arrepiava.
Josh!
Me virei na cama e encarei aqueles olhos azuis próximos de mim. Sua respiração parecia pesada e ele me olhava profundamente.
Gabrielly não!
— O que pensa que está fazendo? — gritei tentando tirar ele de cima de mim.
— Me escuta. — disse próximo e eu gelei ao sentir seu hálito.
— Está bêbado? — pergunto reconhecendo o cheiro de whisky.
— Não. — aproximou seu rosto do meu. — Te juro que não.
— O que deu em você? — gritei irritada. — Está mesmo achando que pode me ignorar como se eu não tivesse sentimentos e voltar me beijando?
— Gabrielly...
— Não! — gritei tentando sair, mas ele me prensou na cama. — Joshua! — gritei encarando seus olhos.
— Me desculpa. — prendi minha respiração.
JOSH BEAUCHAMP
Foi tudo em vão, tudo o que tentei fazer para me afastar dela, não funcionou!
Eu queria fazer ela me odiar, queria que qualquer sentimento que ela tivesse por mim sumisse, porque eu simplesmente não iria suportar viver e saber que ela estaria sofrendo por gostar de mim.
Queria colocar na minha cabeça que ela realmente merece coisa melhor, que mesmo que eu quisesse muito, não teria condições de imaginar em um futuro ela me apresentando a sua família.
Me mantive longe, quis me afastar porque na minha cabeça quanto antes o sofrimento viesse, mais rápido ele passava, mas não foi isso que aconteceu.
Todos os dias antes de sair eu passava em seu quarto, olhava ela dormindo e dizia sempre a mesma coisa. "Apenas me esqueça, será melhor". Dava um beijo em sua testa e deixava o quarto me xingando internamente.
Fui tão longe nisso tudo que trouxe duas mulheres pra casa. Fui tão idiota em querer mostrar para ela que estava bem sem a mesma, mas nem a mim mesmo eu conseguia enganar.
Ver ela sendo carregada por Noah me fez sentir raiva, não deles, mas de mim! Porque eu deveria estar naquela festa, por alguma razão eu me sentia no dever de estar ali porque sabia que ela ia beber demais... Mas eu não estava.
Minha maior pontada foi ver ela saindo do mesmo quarto que o Noah, o que eu nunca senti antes, apareceu. Ciúmes!
Ciúmes de algo que eu já tive, que já senti, que já me fez rir...
Eu já não ouvia mais sua voz, já não escutava mais sua risada, não sabia mais como era o gosto do seu beijo ou como era escutar uma das suas palhaçadas.
Ela realmente estava me fazendo falta!
Queria ir até o fim, queria trazer quantas mulheres fossem preciso para fazer ela enxergar que eu não presto... Mas ninguém se compara a ela.
Arranjei um trabalho em cima da hora para os meninos pois queria criar coragem para falar com ela sozinho. Passei horas no escritório analisando as câmeras de segurança e a vi se afastando de casa.
Segui seus passos de longe e vi ela pela rua andando distraída. Aquilo já foi um pouco para eu notar que ela não queria estar sozinha comigo. Só que eu não sabia que mais uma coisa vindo dela me atingiria ainda mais…
Pela primeira vez ela foi seca e grossa comigo. A menina que não importava o meu humor, me respondia sempre sorridente, fazia piadas e que adorava me provocar, simplesmente se foi.
Não queria que o brilho dela se apagasse, não queria que aquela menina sorridente deixasse de sorrir, ainda mais por minha causa sendo que era exatamente isso que queria evitar.
Passei o resto da tarde no meu escritório. Com a garrafa de whisky ao meu lado eu imaginei se não seria mais fácil fazer isso bêbado... Mas no meu primeiro gole vi que de nada ia adiantar.
Sem pensar muito, segui até seu quarto.
Eu a vi deitada de barriga pra baixo e seu vestido quase mostrando mais do que devia... Aquilo foi um gatilho.
Foi como se ela fosse uma gasolina e eu um isqueiro aceso, quando me dei conta já estava em cima dela beijando seu pescoço...
Ela pode não me perdoar por isso, mas eu não aguento mais ter ela tão distante sendo que a tenho tão perto.
— Me desculpa? — disse séria me olhando. — O que você está achando que eu sou? — senti meu peito apertar.
— Any, eu não queria...
— Não queria o quê?! — gritou me batendo. — Não queria me machucar? Não queria me ver sofrer?
— Sim. — digo em um suspiro.
— Pois saiba que o que mais fez foi exatamente isso. — sua voz saiu embargada e um nó se formou em minha garganta. — Você só me machucou Joshua! — Any me empurrou novamente e dessa vez eu deixei que saísse.
— Any, só me escuta. — digo me levantando e vejo ela do outro lado do quarto.
— Eu não quero te escutar, Joshua! — gritou me olhando. — Não quero escutar as suas merdas de desculpa porque isso aqui. — apontou para o seu coração. — Se quebrou há uma semana!
↝ Agora aqui entre nós, Any perdoa ou não?
Cuidado com a resposta... KKKKKKK
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