Capitulo 30
ANY GABRIELLY
Após Josh sair do quarto passei mais um tempo ali e fiquei vendo filme. Minha preguiça bateu forte e eu não levantei nem para almoçar.
Agora eu estava aqui, encarando o teto e imaginando como Sabina está agora. Sei que deve estar sofrendo, mas queria que ela soubesse que a sua situação poderia ser bem pior se não fosse Pepe. Queria muito encontrar ela, mas sua situação só vai durar um mês, a minha, se duvidar é o resto da vida, o que eu acho errado.
Resolvi me levantar da cama e saí do quarto fazendo um coque no cabelo.
Desci as escadas dando pequenos pulos e fui em direção a cozinha.
Abri a geladeira e me agachei pegando uma maçã, porém nesse processo minha atenção foi desviada no momento em que vi chocolate ali. Quem guarda chocolate na geladeira? Vai ficar muito duro.
— Se for a Gabrielly com essa geladeira aberta. — fechei os olhos ao escutar a voz de Josh.
Não é possível.
Me levantei com a maçã na mão e fechei a porta tendo a visão de Josh com os braços cruzados.
— O que eu te falei? — engoli seco e dei um passo para trás.
— Que adorava comer bolo de limão? — ele começou a se aproximar e eu fui recuando. — Josh é mania, desculpa.
— Acontece que essa mania custa dinheiro. — minhas costas encostaram no armário me obrigando a parar.
— Você ganhou quase 10 milhões naquela roda ontem. — cruzei os braços.
— Não interessa. — sua mão parou na minha cintura. — É uma simples regra e você não consegue cumprir. — encarei seus olhos.
— Um dia acostumo. — debochei dando uma mordida na maçã. — Quer um pedaço? — digo de boca cheia e novamente vejo aquele sorriso querendo ser solto.
— Você é impossível. — me roubou um selinho e saiu da cozinha.
Soltei uma risada e fui para a sala com minha bela maçã.
...
Passei o resto da tarde ali, Krys e Bay ficaram comigo vendo filme. Noah avisou que só ia retornar de madrugada e Josh ficou trancado naquele escritório.
A noite logo caiu e os meninos pediram hambúrguer hoje. Comi com eles enquanto víamos uma série e pela primeira vez eles não tocaram no celular enquanto comiam. — porque eu gentilmente pedi.
...
— Josh não vai comer? — pergunto ao chegar na cozinha e ver a sacola dele ainda ali.
— Aquele ali morre lá dentro. — disse Krys. — Agora se me der licença, preciso do meu celular novamente. — soltei uma risada e ele deixou a cozinha junto com Bay.
Terminei de colocar as coisas no lixo e encarei aquela sacola do Josh. Será que ele briga comigo?
Resolvi pegar ela e subi em direção ao seu escritório.
Bati três vezes e segundos depois ela foi aberta me dando a linda visão do Josh "trabalhando".
— Oi loirinho. — digo me aproximando.
— Joe fique lá fora e não deixe ninguém entrar. — disse ao segurança que saiu logo depois.
Sinto como se esse cara quisesse me comer toda vez que fala isso para o segurança...
— Você não desceu pra comer, trouxe seu lanche. — digo após a porta se fechar.
— Trouxe dois lanches? — franzi o cenho confusa e ele pegou o lanche.
— Que? — pergunto realmente sem entender. — Não pediu só um? — Josh me olhou e eu fiquei totalmente sem reação quando ele deu risada.
Meu Deus, ele realmente riu?
Fiquei presa naquele sorriso de segundos e estava certa esse tempo todo. Seu sorriso é lindo!
— Você é tão lerda. — eu devia estar sorrindo igual uma boba por ter conseguido tal feito. Meu Deus ele sorriu! — Que bom que sua pureza continua intacta. — ele levou uma batata na boca e eu balancei a cabeça me recompondo.
— Boa apetite. — digo indo sorridente até sua prateleira de livros.
Olhei alguns e peguei um com o título "Sombras e Ossos". Li a sinopse e me interessei.
Me sentei no sofá e resolvi ler ali mesmo.
JOSH BEAUCHAMP
Any se sentou ali tão quietinha que eu resolvi ignorar, às vezes ela deixava soltar algumas reações devido a leitura, mas não chegou a me incomodar.
Tinha que terminar de ver um carregamento de equipamentos que vinha da Itália, tudo ali era muito importante e queria ter o controle de tudo a cada segundo.
...
Bocejei passando a mão no rosto e olhei a hora. Eram quase duas da manhã e eu suspirei encarando o sofá.
Fui para trás com a cadeira quando vi que Any dormia e o livro ficou aberto em seu peito.
Achei tão engraçado o fato dela não ter entendido minha piada que foi impossível não rir. Foi tão inocente da sua parte quando perguntei dos dois lanches e ela não se tocou que o segundo era ela...
Desliguei as coisas e peguei meu celular colocando no bolso. Peguei um marcador de página na gaveta e me aproximei dela.
Retirei o livro cuidadosamente e marquei a página onde estava aberta, deixei ao lado e abri a porta do escritório.
Me aproximei pegando ela com cuidado no colo e sai seguindo até seu quarto.
Abri a porta de seu quarto e me aproximei de sua cama.
— Hm. — Any resmungou enquanto eu puxava as cobertas. — Bom dia? — disse confusa.
— Na verdade, boa noite. — digo cobrindo ela.
— Boa noite loirinho. — sorriu fechando os olhos e eu soltei um riso fraco.
Dei um beijo em sua cabeça e deixei o quarto apagando as luzes.
Ainda preciso dar um jeito de ficar sem o Pepe durante um mês. Fui pego de surpresa quando soube da amiga de Any, mas não tinha muito como eu gritar na hora, a merda já estava feita.
Tomei um banho rápido e depois me joguei na cama.
Segunda-feira
Terminei de me arrumar e saí do quarto discando o número de Pepe.
Fechei a porta e no mesmo instante vi Any saindo. Ela me olhou e esperou eu chegar ao seu encontro.
— Bom dia. — disse sorridente.
— Bom dia. — digo e Pepe me atende.
— Bom dia JB. — desci lentamente as escadas.
— Você sabe do carregamento? — pergunto virando para a mesa do café.
Os meninos já estavam tomando café e Any se sentou.
— Sim, mas não poderei ir. — me sentei ao lado dela.
— Os meninos vão, só quero que auxilie eles. — digo colocando o café em minha xícara.
— Ok. A Any está aí?
— Ela meio que está presa, então sim. — debochei e ele deu risada.
— Esqueci de perguntar ontem qual a numeração de Sabina, e já que a garota não quer falar comigo... — ele suspirou.
— Any. — entreguei o celular e ela pegou.
— Oi. — peguei um pedaço de bolo. — Ah, então, nossa numeração é igual, posso arrumar umas roupas minhas e dar, tem muita roupa íntima que nem toquei ainda. Tudo bem. Tenha um bom dia. — finalizou sorridente e deixou o celular bloqueado ao lado. — Vai vir uma pessoa buscar as coisas. — assenti.
— Então nós vamos no porto buscar as coisas? — perguntou Krys e eu assenti.
— Tenho que ficar só pela ligação, por mim ia junto. — levei minha xícara até a boca.
— Vocês bem que poderiam me levar né? Adoro uma aventura. — todos olharam Any. — O quê? — revirei os olhos.
— Tem risco de ter troca de tiro Any, mas seria legal te levar. — disse Bailey me fazendo encarar ele.
— Não, deixa quieto. Não quero ser presa e muito menos levar um tiro. — os meninos deram risada.
Terminamos nosso café e depois eu subi para ver a rota do navio. Any foi para o quarto e disse que ia arrumar as coisas para Sabina.
...
Meio dia em ponto e os meninos estavam a caminho do porto. Não vi mais a Any, o que me fez deduzir que ela estava dormindo ou assistindo algo no quarto.
...
Uma hora e meia haviam se passado, estava apenas esperando a ligação de Pepe e não demorou até seu nome aparecer na tela do meu celular.
— Oi. — digo assim que atendo.
— Está sentado? — escuto seu tom nervoso e ando pela sala.
— Não, e nem vou. O que aconteceu? — digo seco.
— O carregamento. — fez uma pausa. — Foi roubado. — fechei meus olhos lentamente respirando fundo.
— Como? — perguntei calmo. — Está me dizendo que um carregamento com mais de 1 milhão, foi roubado?
— Sinto muito, mas isso aconteceu antes mesmo de chegar ao porto. — taquei o celular irritado na parede fazendo ele se despedaçar.
Não posso acreditar nisso!
Peguei o vaso que estava na mesinha e joguei na parede fazendo ele se quebrar também.
Quando eu descobrir quem fez isso...
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