... *Firkus*
Pulando para a ida do McCook pro AS2 (porque faz muito tempo que não escrevo).
*
Ele se aproximou.
-Não sei o que dizer.
Eu olhei para baixo. Mais uma vez separados.
-Apenas me abrace.
Ele levantou minha cabeça e me abraçou. Senti suas lágrimas descerem pelo meu moletom, eu me esforcei para disfarçar a tristeza.
-Você vai ganhar.
Ele deu um sorriso fraco, o que partiu meu coração.
-Eu vou ganhar.
Segurei sua mão.
-Você não parece convencido.
-Não queria me afastar de você, logo agora que estamos bem...
-Ei.
Ele encarou o chão segurando as lágrimas.
-Isso está muito dramático. Lembre-se que eu sempre estarei com você.
Eu selei nossos lábios com um demorado beijo. Logo o levei pro aeroporto.
-Eu te amo.
Ele sorriu.
-Eu te amo.
Nos beijamos de novo. Escutei alguns comentários; bons e ruins. Simplesmente os ignorei, só quero que meu namorado vá pro all star 2 e ganhe.
-Se cuida, não quero que algo de ruim te aconteça. Eu não me perdoaria.
E com esse comentário ele se encaminhou pro desembarque. Sai do aeroporto com o coração apertado, sim, eu sentirei falta dele. Mas seria egoísmo não deixá-lo ir, ele negou muito, mas tenho certeza que ele amará a experiência.
Meu carro estava na rua do aeroporto, eu o avistei assim que desci as escadas. Vários homens me cercaram quando me aproximei do veículo.
-O que foi aquilo? -Disse o loiro musculoso (no sentido ruim).
Suas veias pulavam de seus músculos. E seu rosto, meu RuPaul, que rosto horrível. Sua cicatriz na testa e no seu lábio o deixava parecido com o... Não tem comparação para isso.
-Aquilo? -Perguntei com a voz trêmula.
-Duas aberrações se beijando. Já não bastasse serem travecos, ainda tem que ser viado.
Eu infelizmente sabia o que vinha a seguir. A rua estava bem movimentada, mas ninguém pareceu notar. Nunca notam.
Os três me cercaram e o loiro começou a me espancar. Me chutou em todas as partes possíveis (até as que eu achava impossíveis), em seguida ele bateu meu rosto na calçada áspera. O ruivo segurou meu rosto e me beijou, depois me jogou novamente no chão. O resto é um borrão em minha memória.
Apenas acordei na minha cama com Sang tratando dos meus ferimentos.
-Você acordou.
Ele tentou me abraçar, não sinto dor, não sinto meu corpo. Isso me preocupou. Minha vista estava embaçada.
-Ninguém merece apanhar por causa de um beijo, a menos que seja traição.
Eu poderia rir, mas não encontrei forças.
-Como você sabe?
-Da razão da covardia?
Assenti, meu pescoço parecia de gelatina; mole e frio.
-Você balbuciou algumas coisas enquanto continuava desmaiado.
É, isso faz sentido.
-Por que não denúncia? -Perguntou ele guardando uma toalha na minha mochila.
-Eles já devem ter fugido.
Minha cabeça latejava, coloquei o travesseiro em meu rosto.
-An. Brian, eles abusaram de você?
Tirei a minha mini barreira sonora do meu rosto. Sang estava olhando para minha coxa coberta de marca de dedos.
-Um cara me beijou.
-E?
-Eu apaguei.
Ele suspirou, suas mãos tremeram de nervosismo. Por que ele está assim?
-Eu não te achei perto do aeroporto.
-Onde me encontrou?
Ele respirou fundo e encarou o teto, provavelmente contendo as lágrimas.
-Em um terreno abandonado, à 5 km daqui.
Esqueci a dor e entendi o raciocínio.
-Eu fui estuprado.
Ele assentiu. Me encolhi na cama, não é a primeira vez que isso me acontece, meu padastro já fez milhões de vezes, mas essa é diferente.
-Eu posso ficar sozinho?
-Claro.
Ouvi o barrulho da mola da cama e a porta se fechando. O que aconteceu comigo?
Até quando isso vai acontecer? Alguém pode estar sendo estuprado nesse momento; o gênero não importa, o que conta é o ato de covardia.
Me permiti chorar em silêncio, voltei a sentir meu corpo, ele doía por inteiro. Lembrei de alguém arrancando minha bermuda, eu encarei minha coxa, ela estava coberta de hematomas.
Estou grato por não me lembrar de muita coisa.
Desculpa a demora. Obrigada por lerem, ele vai lembrar de alguns detalhes, fiquem tranquilos.
Denunciem qualquer tipo de abuso!
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