Oi pessoal, tudo bem com vocês? Mil desculpas pelo atraso. A escola está bem puxada e eu estava um pouco ocupada com 'Unbreakable Heart'. Espero que vocês me desculpem e que aproveitem o último capítulo. Vou postar o epílogo o mais rápido possível. Boa leitura!

***

Quando percebo que meu pai vai matar Tyler, uso supervelocidade e o ataco. Ele segura fortemente meu pescoço, mas eu consigo morder o seu. Lentamente, sugo seu sangue e vejo que seus olhos estão perdendo o brilho, mas antes de morrer, ele diz aos sussurros.

-Veja... o que... os mortais... fizeram com... vo-você. -meu pai fecha os olhos e seu corpo amolece.

Morto. Meu pai está morto. O homem que foi um carrasco comigo, mas que me criou... está morto.

Fico a respiração ofegante e encaro seu cadáver. Olho para o lado e encontro um Tyler ofegante em um canto da cabana. Me aproximo lentamente. Nos encaramos durante longos segundos e vejo que seu rosto está com algumas contusões.

-Se eu não estivesse com gosto de sangue, eu te beija...

Ele me surpreende com um suave beijo. Sua saliva se mistura com o gosto do sangue do meu pai. Estamos aproveitando o beijo, entretanto escutamos alguém batendo palmas lentamente. Nos viramos e olhamos para Kurt, que está com um olhar de fúria e o cabelo bagunçado.

-Nossos convidados estão esperando, querida. -ele dá um sorriso maníaco, que me assusta.

-Kurt. -eu e Tyler falamos em uníssono.

-Você é uma traidora mesmo. Matou o próprio pai e ainda tem a coragem de beijar esse mortal que te abandonou quando você mais precisava.

-Tyler é o amor da minha vida, Kurt, e ele está arrependido. -dou lentos passos em sua direção. -A sua chantagem acabou! O nosso casamento acabou, meu querido!

-Desgraçada...

Kurt levanta a mão para me dar um tapa, mas Tyler segura seu braço e fala.

-Você não vai mais encostar um fio de cabelo nela. A Kate me ama, entenda isso de uma vez por todas!

Kurt se desvencilha e responde.

-O amor de vocês não vai durar muito tempo. Sua família te detesta, Katherine, se seus parentes já queriam matá-la por ter engravidado de um mortal, agora vão querer trucidá-la por ter matado seu pai por causa desse mortal.

-Eu não podia permitir que meu pai matasse o amor da minha vida.

-Amor da sua vida?

-Sim, Kurt, Tyler Smith é o amor da minha vida e vou recomeçar minha vida com ele.

-Isso não vai ficar assim, não vai ficar mes... -Kurt olha para mim e pergunta surpreso. -O que aconteceu com a sua barriga, Katherine?

Tyler também me olha e passo a mão na minha barriga lisa. Eu dei à luz no quartinho que Tyler me colocou. Estou novamente com a respiração ofegante enquanto Tyler aperta fortemente minha mão e Kurt dá voltas pela sala e aponta para uma das três portas que a cabana tem.

-O híbrido está aqui, não é?!

-Você não vai fazer nenhum mal à minha filha! -ando rapidamente em sua direção.

-É uma menina? -ele sorri diabolicamente. -Eu vou encontrá-la e matá-la, querida... pra falar a verdade, eu iria fazer isso do mesmo jeito, você se casando comigo ou não.

Eu e Tyler estreitamos nossos olhares com essa revelação. Kurt iria matar a minha filha.

-Não me olhem assim. -ele põe as mãos no bolso da calça. -Ao contrário de você, eu respeito os costumes da nossa espécie, você acha mesmo que eu aceitaria um bastardo híbrido, Katherine? Já estava tudo planejado; na hora do parto, eu te daria um líquido que te faria dormir, eu pegaria a híbrida, levaria para uma floresta e a mataria sem dó nem piedade. -sinto um embrulho no estômago ao imaginar isso. -Depois eu falaria para você, seu pai e toda a família que o bebê... infelizmente morreu no parto. Assim todos nós ficaríamos de luto, mas no futuro você teria vários filhos comigo, filhos verdadeiramente vampiros.

-Monstro! -grito de raiva e me aproximo lentamente dele. -Você é um monstro, Kurt!

-Seu filho da mãe! -Tyler o xinga.

Tyler pula em cima de Kurt, os dois começam a brigar, trocando socos e chutes e eu observo isso. A raiva está me dominando. O Kurt assassinaria a minha bebê, minha doce bebê para que... eu gerasse filhos vampiros, para perpetuar a nossa espécie. Ele me enganou, da pior maneira possível, Kurt Garden me enganou e agora ele vai me pagar.

Vejo que Tyler está imobilizando Kurt com um golpe chamado 'mata-leão', ele tenta de todas as maneiras procurar ar, mas não consegue.

-Ele não vai morrer assim. -comento e me abaixo. -Pode soltá-lo.

Tyler, hesitante, o solta e Kurt fica com a respiração ofegante. Ele vai me pagar. Fico por cima dele, que diz sarcasticamente.

-Eu sempre quis que a gente ficasse nessa posição.

-Ah é? -me movimento lentamente e sinto minhas presas crescerem. -Pois vai ficar querendo.

Mordo fortemente seu pescoço, sugo lentamente seu sangue e Kurt urra de dor. Segundos depois, seus olhos se fecham lentamente e seu corpo fica ainda mais gelado. Kurt Garden está morto.

Aos poucos, recupero o ar que estava faltando, lambo meus lábios e saio de cima do cadáver de Kurt. Me encolho, abaixo minha cabeça e começo a chorar. Sinto as mãos de Tyler ao redor do meu corpo e apóio minha cabeça no seu ombro.

-Calma, Kate, calma... o pesadelo acabou.

-Finalmente acabou, meu amor. -acaricio seu rosto e ele enxuga minhas lágrimas. -Eu nunca me senti assim... eu me sinto livre, parece que eu me libertei das algemas que me prendiam desde que eu nasci.

-Mesmo você ter matado o seu pai?

-Eu fiz isso pra te proteger... mas ele era meu pai, não é? Ele era um viúvo amargurado, mas foi ele que me criou, que me ensinou a caçar...

-Por outro lado, ele foi um carrasco, te privou de tudo, te impediu de viver em sociedade.

-É, isso é verdade... Mas é tão difícil de acreditar, Tyler, eu matei meu próprio pai.

-Calma, querida, calma... -ele acaricia meus ombros e beija minha cabeça.

Ficamos alguns minutos em silêncio e observo tanto o cadáver do meu pai quanto o de Kurt. Apenas a minha respiração e a de Tyler faziam barulho, mas, ao longe, escutamos um pequeno choro de bebê.

Eu e Tyler nos levantamos, o levo até o quartinho que ele me deixou, abro a porta e nos aproximamos lentamente do grande tecido que fazia parte do meu vestido. Olhamos para a pequena bebê de olhinhos claros e que está mexendo seus delicados braços nesse exato momento.

-Oh meu amor, me desculpe por ter te deixado. -me sento no chão e a pego delicadamente. -Shiu... você é muito linda.

Olho para Tyler que está com lágrimas nos olhos, sorrio brevemente e ele pergunta.

-Posso pegá-la? -ele pergunta e também se senta.

-Claro, Tyler, ela é a sua filha.

Ele está muito nervoso, isso dá para reparar de longe. Mesmo assim, entrego a bebê para Tyler, ele a pega delicadamente e acaricia sua cabeça. Seu olhar demonstra puro encantamento.

-Meu deus, nossa filha é linda... tão delicada, pequenina... -a bebê segura o dedo indicador de Tyler e ele sorri tão bobo. -Ela estava tão quietinha...

-Ela chorou quando eu dei à luz, mas era baixo comparado à briga que estava acontecendo.

-Mas como isso é possível? Há dez minutos atrás, você estava quase morrendo nos meus braços e agora está sadia, sem aquela enorme mordida e ainda teve forças para dar à luz.

Passo a mão no meu pescoço e na minha clavícula, sinto uma cicatriz nesses locais e suspiro.

-Eu também não sei explicar, mas quando vi que a nossa filha tinha nascido, senti algo muito diferente no meu corpo... uma força descomunal, eu não podia desistir.

-Você foi muito corajosa, querida. Muito obrigado por me salvar. -sorrio abertamente. Tyler beija a cabecinha da bebê e diz. -Ela é uma bonequinha de porcelana... seu nome será Deborah Jacks-Smith.

Estreito meu olhar completamente surpresa e pergunto.

-Como sabe que o nome dela seria Deborah?

-Por causa disso...

Ele tira cuidadosamente um objeto do bolso de sua jaqueta e me surpreendo ao pegá-lo.

-É o meu diário!

-Sim... depois que você se foi, eu fiquei desesperado e convidei a Renna para irmos na sua casa. Por sorte, a porta não estava trancada, fui para o seu quarto e encontrei isso. -ele acaricia a cabeça da Deborah. -Eu li tudo, Kate... e percebi que você nunca deixou de me amar. -sorrio timidamente.

-Isso é verdade... eu não seria capaz de fazer isso, você é importante para mim, Tyler, além de ser pai da minha filha, você é o amor da minha vida.

Tyler sorri, se aproxima ainda mais de mim e acaricia meu rosto. Fecho os olhos e suspiro quando ele passa o polegar sob os meus lábios.

-Você não tem noção do quanto eu te amo, Kate. Sei que fui um estúpido com você, mas agora eu sei que o nosso amor vale muito a pena. Quero passar todos os dias da minha vida com você, quero sentir o gosto dos seus lábios sempre que necessário, quero constituir uma família com você, ter filhos... híbridos que tenham a sua beleza e a sua personalidade... esse não é o melhor lugar para te pedir isso, mas coisas comuns não fazem nosso estilo. -nós dois rimos levemente, mas o nervosismo está no ar. -Katherine Jacks, você aceita se casar comigo?

Estou completamente surpresa. Tyler Smith me pediu em casamento. O mortal que eu mais amo quer se casar comigo. Abro um grande sorriso e digo alegre.

-É claro que eu aceito.

Nos beijamos calmamente, mas ao mesmo tempo apaixonadamente. Eu vou casar com Tyler Smith, o grande amor da minha vida. Agora nada vai me impedir.

Sei que o corpo do meu pai está na sala, mas todos os anos da minha vida com ele foram na mais completa escuridão e dúvida. Ele me privava de tudo, boa parte disso era por causa da minha mãe, mas com certeza ela reprovaria tanta proteção. Por outro lado, uma pequena parte de mim... não queria ter feito isso.

Kurt Garden... não me arrependo de ter matado ele. Kurt foi a pessoa mais falsa e manipuladora que eu já conheci em toda minha vida. Aquele desgraçado queria matar a minha filha, só que falhou miseravelmente... não me casei com ele e pagou as suas maldades com a própria vida.

-Querida... querida, está tudo bem?

Desperto dos meus pensamentos e olho para Tyler.

-Sim?

-Perguntei se está tudo bem... no que você está pensando?

Suspiro profundamente e beijo o canto da boca de Tyler. Vou seguir minha vida com ele e com Deborah.

-Em nada, querido, em absolutamente nada... Agora venha... temos que fugir dos meus parentes que estão à minha procura.

Sorrio para ele que concorda com a cabeça, nos levantamos, saímos do quartinho e passamos pela sala. Sinto um pouco de enjôo ao ver o corpo do meu pai, mas me recupero. Saímos da cabana, vemos se não há ninguém na floresta e vamos em direção ao carro de Tyler.

Ao chegarmos lá, ele me entrega Deborah, abre a porta do carro para mim, entro e, em seguida, ele faz o mesmo. Tyler segura firme no volante e me pergunta.

-Ansiosa para viver uma nova vida?

-Eu sempre estive, Tyler Smith, eu sempre estive.

***

Então meus caros leitores, esse foi o último capítulo de "Histórias de Katherine Jacks"! O que vocês acharam? Gostaram do final do Kurt? Gostaram que o casal Kayler finalmente ficou junto? Foi cliché ou surpreendente? Dêem suas opiniões e obrigada por lerem esse capítulo tão especial.