| III |
CÂMARA DOS DEPUTADO - 02:34 P.M
- Hoje, assumo a presidência da República...
A voz de Rodrigo Maia estava distante nos pensamentos de Augusto que olhava para o pequeno colar que brilhava ao seu toque. Elijah o observava a distância, ele havia recebido a missão de protege-lo desde que entrou para a Irmandade.
☬
Uma enorme sala abobada, com várias pessoas com capuzes negros e mascaras de prata, bronze, ouro, níquel que indicava um grau dentro da comunidade, entre eles jovens estudantes da doutrina, doutrinados e sábios e os Gran Mestres. Ao contrário do que Elajah pensava não era um local escuro e com tochas acessas, havia janelas gigantescas nas paredes que deixavam a luz natural passar. Podia-se ouvir o som dos pássaros e a água corrente de um pequeno riacho próximo a propriedade.
- Hoje é um dia memorável a Irmandade, nosso querido Elijah terminou seus estudos em nossas doutrinas e hoje começa a edificar a missão que foi deixada a nos pela Mãe. E como parte do seu ritual de passagem, você falara pessoalmente com ela.
No centro da sala havia um tatame com uma almofada pequena e vermelha. Abaixo dela havia o círculo de magia da Irmandade, a base de toda as artes que Elijah aprendeu durante três anos, seu pai era quem o dava as boas vindas por trás da máscara de ouro que usava. Ele caminhou até o tatame e se deitou, foi lhe entregue uma pequena cabaça com um liquido amarelo esverdeado, no qual ele bebeu e fez uma pequena careta. Ele se deitou e fechou os olhos.
Quando seus olhos se abriram ele estava em um campo aberto, várias flores estavam dançando com a leve brisa, sentada em um tronco de arvore estava uma mulher idosa, de pele lisa e negra. Cabelos soltos e desgrenhados, usava uma túnica africana e amassava algo em um pilão enorme. Ela olha para trás e dá um sorriso.
- Pode se aproximar meu filho.
Elijah levanta-se e sente a grama macia abaixo de seus pés e se aproxima da senhora, ele se senta de frente a ela que continua pilando algo. Ele apenas a observa por algum tempo quando finalmente decide perguntar.
- Você é...
- Isso. Sou.
- Mas eu pensei que...
- Só porque o homem coloca um gênero em uma palavra não quer dizer que eu seja.
- É que tudo é tão...
- Desconexo com o que é pregado por várias pessoas por aí? Eu sei como se sente. Ter minhas próprias palavras distorcidas ou usadas contra um de meus filhos quando eu as deixei para que um amasse o outro.
- Eu tenho tantas perguntas...
- Eu sei que tem. Mas você está aqui por uma razão.
- Estou? - Elijah diz sem entender.
- Você não é só mais filho que caminha para a luz, mas se dever será proteger aquele que trará paz ao mundo que criei a muito tempo atrás.
- Apocalipse?
Ela dá um pequeno sorriso.
- O ser humano superestima algo que pensa que vai acontecer quando já está acontecendo. É tudo uma questão de interpretação. Neste caso, você em especial irá encontrar um jovem garoto.
- E o que isso quer dizer?
☬
- Fiant pluvia. - Augusto pronuncia tirando a atenção de Elijah em suas memorias e fazendo que o céu escurecesse e que uma chuva fraca se forme caindo na cidade.
Augusto olha sem entender o que estava acontecendo, mas seu protetor sabia que seus poderes estavam se desenvolvendo bem e que no momento certo ele iria aprender com a sua ajuda todos os segredos da Irmandade e guiaria toda a terra em uma nova hera de paz e harmonia.
Elijah estava ensopado, mas deu um largo sorriso quando viu Augusto brincando com as gotas da chuva, modelando a agua em pequenos animais translúcidos que corriam no chão entre as folhas que se esgueiravam na terra no quintal da sua casa.
Ele iria esperar por Augusto o tempo que fosse necessário e garantiria que ele estivesse seguro até que fosse chegada a hora, seus olhos se fecharam e as gotas de chuva se paralisaram no ar. Elijah olhou para o sorriso de felicidade do garoto que estava feliz por apenas brincar com a água. Ele sentia a presença de um irmão se aproximando e suas ordens eram claras. Qualquer um que tentasse machucar aquele garoto deveria ser morto, mesmo que este fosse um próprio irmão.
- Elijah. - disse o homem negro e alto, que abaixava o capuz de sua cabeça.
- Obama. - disse Elijah sorrindo e dando-lhe um abraço apertado. - Como vai a família?
- Muito bem. Só fiquei curioso quando fui informado que você não fazia mais parte da Irmandade.
Elijah dá um pequeno sorriso, mas oculta a imagem de Augusto que estava logo atrás de si.
- E o que faz tão longe de casa. - disse ele curioso.
- Realmente não é algo que lhe diga o respeito irmão. Estou em uma busca que a Mãe disse que eu deveria fazer. Neste momento eu não faço parte da Irmandade, eu sigo o meu próprio caminho.
- Mas um dia você voltara?
- Talvez. Um dia.
- Mas o que faz aqui?
- Aprendendo um pouco sobre a simplicidade da vida.
- Porque não vem comigo, aposto que Michele adoraria velo novamente.
- Infelizmente vou ter que recusar irmão. E me desculpe por isso.
- Pelo que?
Com um toque na testa de Obama, seu corpo desmorona e despenca no ar indo em direção ao chão, mas Elijah o pega nos braços antes que ele toque a areia molhada que está abaixo de seus pés.
- Você não irá lembrar de nada irmão, até que o momento esperado seja finalmente comtemplado, até lá... - ele olha para Augusto - Não se mecha jovem mostre - ele dá um pequeno sorriso - Eu volto antes que possa fechar esse sorriso.
☬
- Que o futuro depende das decisões que você irá tomar.
Elijah olha para a velha senhora ainda buscando entender tudo o que se passava diante de seus olhos.
- Pensei que isso não coubesse a mim.
Ela dá um belo sorriso e acaricia meu queixo, se volta ao pilão. Havia uma pequena vasilha ao seu lado, onde ela despeja o conteúdo do pilão em seu interior.
- O destino é um tecido que se conecta a várias pessoas de muitasformas. Suas decisões influenciam na vida das outras, assim como as delas.Todos nós somos conectados. Vocês só se esqueceram disso.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top