| II |
Já havia se passado uma semana desde que o anuncio havia sido feito. As cúpulas de todos os países estavam trabalhando para descobrir a identidade da Irmandade e como fizeram para que o presidente do Brasil se suicidasse em rede nacional. Nas redes sociais havia um misto de apoio e retaliação, mas nada de fato ainda havia começado.
Os poderes que governavam os países do mundo estavam preocupados, eles não poderiam perder o poder de maneira alguma. Trump não havia perdido tempo e já movimentou a CIA e o FBI para investigar a Irmandade.
- Então o que vocês têm para mim?
- Nada senhor.
Trump olhou estupefato para todos na mesa, seus olhos se estreitaram enquanto seus dedos tamborilavam na mesa.
- Uma quadrilha mata o presidente do Brasil declara que irá mudar o nome do nosso pais e eliminar qualquer um que esteja em nosso caminho e vocês não tem nenhuma informação sore isso?
- Infelizmente não senhor. Eles não são como a maioria dos bandidos que estamos acostumados a trabalhar.
- E o que diabos eles são? Uma seita? Por acaso. Fanáticos pagãos? - ele gargalha com a própria piada.
- Exatamente isso senhor.
- Serio? Parece mais uma piada do que um perigo eminente ao mundo.
As luzes da sala piscam por uma fração de segundo e quando elas retornam havia um homem atrás de Trump, todos estavam espantados com a figura. Ela vestia uma enorme capa negra e em seu rosto havia uma máscara de prata.
- Não somos uma piada.
Trump se vira bruscamente e olha para o homem que está atrás dele.
- Mas que porra é essa? - diz ele exaltado.
- Sou Gran mestre Kauana Laguz, novo governante desse território.
- Eu! - Trump se levanta e aponta o dedo para o homem - Eu, sou o presidente e só saio desse cargo morto.
O desconhecido dá uma risada.
- Tentador. Mas você foi escolhido para servir de exemplo para todos os outros que possuem o seu perfil.
Em uma fração de segundo ouve-se tiros, as balas vão em direção ao homem encapuzado, mas ele levanta as mãos e as balas param, ele dobra a palma levemente empurrando as balas no ar de volta que acertam os seguranças. Assim que eles caem no chão, Laguz segura o dedo do presidente e o quebra, fazendo o presidente cair de joelhos com dor. Ele se abaixa para ficar no mesmo nível de Trump e diz.
- Venha atrás de mim, me encontre e você destruirá a Irmandade. Mas se eu pegar você antes, quem morre é você.
As luzes piscaram novamente e quando a luz voltou ao normal, Trump estava fitando o além. Todos olhavam para ele assustados pela reação nada esperada durante a reunião. Trump olhou para o dedo que estava intacto, procurou pelos seguranças baleados, mas não havia nenhum sinal de que eles estiveram ali.
- Senhor?
Ele olha abismado para todos na sala, dar uma leve tossida e fica sério e os olha recobrando a pose.
- Quero qualquer informação sobre o que pode está acontecendo. O que a área cinquenta e um tem a nos dizer sobre?
- Na verdade senhor, não pode ser nada. Mas...
- Mas o que? - ele usa um tom arrogante.
- Meu filho assiste desenho japonês e ele estava comentando que se parece muito com uma cena de um mangá.
- Manga? O que diabos isso tem a ver com uma fruta?
- Desculpe senhor, mas mangá é uma história em quadrinhos japonesa.
- E o que tem a ver com o que estamos enfrentando?
O agente passa uma pasta com as informações coletadas. Presa em um adesivo branco que entrava em contraste com a cor bege, Trump abre e começa a ler os arquivos. Seus olhos passam calmamente sobre todos os dados. Ele fecha a pasta de forma brusca sobre a mesa e ordena.
- Tragam esses dois aqui imediatamente!
- Sim senhor.
- E batizem essa missão de ceifador de almas.
- Porque senhor?
- Quando tivermos o controle desse caderno, nós poderemos matar qualquer um que se atreva a enfrentar os Estados Unidos da América. Imaginem o poder militar que podemos empregar com esse poder. Nos controlaremos o mundo. Eu os quero aqui e mais ainda o poder que eles possuem.
☬
O jovem Augusto estava sentado na porta de sua casa, ele observava algumas crianças que brincavam da "carne". Sua educação era rígida, ele não podia sair de casa, deveria estudar para ser um médico, advogado. Sua amada avó desejava que ele fosse alguém na vida. Que ele obtivesse o sucesso e para isso o único caminho era o estudo.
Mas Augusto tinha mais do que apenas inteligência e notas impecáveis em seu boletim cuja nota mais baixa era um nove. O jovem garoto podia controlar o vento, mesmo que parecesse algo inacreditável para ele ou apenas coincidência quando fazia uma forte ventania. Seus poderes psíquicos de classe C poderia levar qualquer ser humano comum a loucura em menos de dois anos de existência.
Até aquele momento Augusto era só um garoto que pensava ter imaginação fértil, mas havia planos maiores para ele. Alguém já o observava a algum tempo, a Irmandade, sempre cuidava de seus pupilos mesmo que estes não soubessem de quem e quando eram protegidos. Mas era chegada a hora de Augusto trilhar o caminho que havia sido preparado a ele desde o começo de sua vida.
- Augusto. - a voz grave de Elajah assustou o jovem garoto que fico acuado e não o respondeu. - Me desculpe, esqueço que você foi muito bem-educado. Este é um presente para você.
O pequeno garoto o olha com receio, mas pega a pequena caixa que está nas mãos de Elajah e a abre, dentro dela havia um pequeno cordão prateado com a insígnia da Irmandade dentro de um círculo de invocação. Na fração de segundo que Augusto volta a olhar na direção de Elajah ele já não estava mais ali. Elajah sorriu e com dois movimentos de mãos e de olhos fechados escondido entre os galhos de uma arvore que havia em frente à casa de Augusto ele contata a Irmandade.
- O cordão foi entregue Gran Mestre.
- Otimo. Sua lealdade pertence ao garoto. Recrute nossos usuários para a Irmandade. Ele irá lidera-los.
- Sim, meu senhor. E quanto a...
- Não se esqueça. Ele é o futuro da Irmandade, o futuro do mundo. Sua educação, o amor que sente pela sua família e amor pela natureza e a magia faram dele um grande líder. Cuide dele e o proteja. Mate qualquer um que tente tirar sua pureza e inocência. E jamais deixe que ele sofra com as regras de uma sociedade que deseja controlar os mais fracos para cria-los sem mente e a sua imagem e semelhança.
- Claro mestre.
- E não se esqueça, do que lhe foi revelado sobre a sua importância na vida dele.
- Não esquecerei.
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