A despedida :')
É O ÚLTIMO CAPÍTULO 😭😭😭😭😭😭
Só falta o epílogo :')
Não to preparada pra isso, mds!
Espero que gostem!
O próximo livro da saga é The Kingdom of Time
Não se esqueçam de votar e comentar!
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- Não tem mesmo como eu ir com vocês, né?
Maturidade é o meu pau de óculos. Eu to em prantos.
Eu tinha aceitado bem - bem falsamente -, porque foi só eu ver as malas deles na frente de um portal de pedra esquisito que eu já comecei a me desesperar.
- Eu posso aprender magia também... - insisti.
- Nam, você sabe que não funciona assim, eu já te disse. - disse Tae com a última gota de paciência que ainda restava no seu corpo.
- Eu não gosto disso. - Fiz bico.
- Eu também não. - respirou fundo - Eu quase desisti ao longo da semana, mas você mesmo me disse para ir.
- É óbvio! Imagina se você desiste por mim, se arrepende e fica de mal comigo o resto da vida! Eu jamais me perdoaria.
- É, você tem razão... - concordou lentamente - Eu culparia você todinho e nunca mais olharia pra você.
- Como é que é?
Vocês estão vendo a audácia? Não pode dar intimidade que começa a te tratar que nem cocô de cobra.
- Pode ir também. Eu nem vou sentir falta mesmo. - dramatizei - Eu vou ficar muito bem apenas com a Jade e a solar.
- Aham, sei. Como se as suas plantas pudessem me substituir.
- Já substituíram. Eu nem lembro mais quem é você.
A provocação continuou por mais um tempo até a tia Mila chegar com a última mala encerrando a discussão.
- Tudo pronto, TaeTae. Já podemos ir.
- Ah, mas já? - fiz beicinho.
- Infelizmente nós temos horário para chegar lá, Nam. - Mila disse, enquanto segurava o meu ombro - Mas não se preocupe, sim? Nunca é um adeus.
- Ah, eu vou sentir tantas saudades, Nam. - Taehyung me abraçou forte, novamente com voz de choro.
- Eu vou batizar uma planta em seu nome, eu juro.
- E eu vou adotar um gato preto e chamá-lo de Namu. - sorri com a brincadeira, apesar de algo me dizer que ele realmente faria isso.
- Por falar em planta!
Me separei do abraço e corri até o degrau da porta para pegar um dos três vasinhos que estavam ali. Era um cacto bem fofinho , que já estava para abrir algumas flores amarelinhas, em um vaso decorado com abelhinhas.
- Essa aqui é a sua. - estendi o vasinho para ele. - É para você poder decorar o seu novo quarto.
- Oh, Nam. - abriu o famoso sorriso quadrado - Eu espero não matar ela por falta de água e luz solar.
- Eu peguei um cacto justamente por isso. Além de ser uma planta muito bonita e que dá uma boa decoração, é bem fácil de cuidar e só precisa regar uma vez na semana no calor e duas vezes ao mês no frio.
- Você me conhece bem mesmo. - sorriu agradecido.
- O que eu perdi?
Hoseok entrou em cena novamente, mas dessa vez acompanhado de Naomi e do meu sogro que estavam ajudando com alguns itens mágicos que iriam ser transportados.
- Olha o que eu ganhei, Hoseok! Um cacto.
- Olha só! - sorriu - Vamos ver em quanto tempo você mata ele.
- Você tem muita pouca fé em mim.
- Só falei a verdade.
- Vai brincando assim que eu enfio um canudo plástico na sua goela.
- Que horror, Taehyung! - briguei com ele ao ver a cara de espanto do Hoseok - O lixo nos mares é algo sério.
- É isso aí! - Hoseok fez bico - Meus parentes morrem com esses canudos.
- Vem aqui, Hoseok, tá tudo bem - abracei ele de lado, enquanto ele olhava com desprezo para o Kim.
- Como vocês são dramáticos, credo. - disse e virou de costas para levar o cacto dele para passear com as malas.
- Tsc, não liga pra ele, Hobi, - neguei com a cabeça - Olha o que eu trouxe para você.
Era outro vasinho com cactos de flor azul, só que ao invés de abelhinhas, tinha desenhos de tartaruguinhas.
- Oh céus! Que lindinho! - sorriu encantado pelo presente - Obrigado, Nam. Assim, sempre que eu olhar para ele vou me lembrar de você.
- É a ideia.
- E essa outra na sua mão?
- Ah, é a nova planta de casa.
- Você sempre coleciona uma nova, né?
- Fazer o que. Se eu fosse um mago eu certamente teria o dom das plantas.
- Disso eu não tenho dúvidas. - rimos um pouco, até ele precisar ir ajudar o meu sogro com uma mala mais pesada.
Nisso o Tae voltou a ficar ao meu lado e nós apenas curtimos a presença um do outro, até eu me lembrar de uma questão que ainda não tinha sido resolvida.
- Tae, o que você fez que deixou todo mundo tão preocupado caso a sua tia descobrisse o plano mirabolante de vocês?
- Ah, nada demais, sabe? Eu só tentei fazer uma magia um pouquinhozinho acima do meu nível...
- Um pouco acima?
- Sabe como é, né? Lancei um feitiçozinho de nada, que transformou uma pessoa em um lagarto gigante... com asas... e que cospe fogo. Nada de mais.
- VOCÊ TRANSFORMOU ALGUÉM EM DRAGÃO?!
- Olha, falando assim, parece algo muito ruim, mas deu tudo certo no final. Um esquadrão mágico chegou, arrumou a bagunça, eu fiquei de castigo por vinte e cinco anos e fui perdoado, amém.
- Vinte e cinco anos? Quantos anos você tem?
- Detalhes, meu amigo, meros detalhes. - virou de costas indo falar com o pai da Naomi sobre algo sobre a escola.
Enquanto eu estava perplexo com as novas informações sobre o meu amigo, Tia Mila chegou ao meu lado, o que acabou me tirando a cara de idiota que eu estava fazendo.
- Nam, vou sentir saudades.
- A-ah eu também vou sentir, Tia.
- Sabe, - eu podia notar que ela estava nervosa, já que lutava contra a vontade de roer as unhas. O que era um pouco estranho já que ela não tinha essa mania antes. - eu vivia preocupada com o Tae quando vocês eram crianças.
- Uh, porque?
- Ele era diferente das outras crianças. Quase ninguém queria falar com ele, achavam estranho um garoto que jurava de pés juntos que a fada do dente era sua amiga.
- Ah é, eu lembro disso...
A escola foi uma época muito difícil, principalmente para o Tae. Ele chorava muito, porque sempre implicavam com ele. Eu me lembro de encontrar ele matando aula atrás de umas pedras que ficavam em volta de um laguinho artificial na escola.
O Tae nunca falava com ninguém, já que morria de medo de sofrer bullying novamente. Ele só falava com uma tartaruguinha que carregava para todos os lados. Os professores sempre brigavam por ele levar, mas como não conseguiam fazer ele falar com mais ninguém, acabaram deixando que ele trouxesse o animalzinho por dó.
Agora eu sei que a tortuguita é o Hoseok, mas na época eu achei tão legal ele ter uma tartaruga que eu quis falar com ele.
- Oi - disse timidamente.
- Quem é você? - levantou em posição defensiva.
- Meu nome é Namjoon e seu?
- Porque quer saber? - perguntou desconfiado.
- Porque se você não me dizer, como eu vou poder chamar você?
- Você não precisa me chamar. - sua voz saiu embolada por conta do bico emburrado e manhoso - Não vai falar comigo de todo jeito.
- E porque não?
- Porque eu sou estranho.- se virou e voltou a brincar com a tartaruguinha no lago, me ignorando completamente.
Era estranho uma criança se chamar de estranha. Sim, parece repetitivo, mas é a melhor palavra que eu posso encontrar para expressar o sentimento. Depois daquilo eu me senti atraído a falar com aquele menino, eu quis ser amigo dele.
O Tae é tão especial e tem tanto a mostrar. Ele é engraçado, atencioso, carinhoso e um excelente amigo. Aqueles idiotas que perderam. Eu insisti para falar com ele durante dias, até ele me deixar sentar do lado dele para alimentar o Hobi.
- O que ele come?
- Folhas.
- Apenas folhas? Nem sorvete?
- Sorvete? - colocou o dedinho no queixo e olhou para cima, estava pensativo - Não sei... Eu nunca tentei dar para ele.
- Vamos dar agora! Ele deve gostar de sorvete, já que tá calor.
- Tá. - levantou os ombros.
Só tínhamos esquecido de um pequeno detalhe...
- Você trouxe sorvete com você? - perguntei.
- Não. - disse balançando a cabeça para os lados - E você?
- Também não.
Suspirei chateado. Eu queria muito alimentar a tartaruguinha, mas quando achei que tudo tinha ido por água abaixo...
- Eu acho que tem sorvete em casa. - Ele disse baixinho, parecia estar tímido. - Se quiser, podemos ir até lá e dar sorvete para o Hobi.
- Eu me lembro de vocês entrando pela porta, - Mila sorriu - correndo até a cozinha, puxando uma cadeira para perto da geladeira e abrindo o freezer para dar sorvete a pobre tartaruguinha.
- E você não deixou, porque ele só podia comer alface e comida especial de tartaruga.
- É, no fim vocês empanturram ele de alface a tarde toda. Hoseok nunca ficou tão satisfeito quanto naquele dia.
- É verdade. - ri.
- Eu me preocupei que talvez o Tae não conseguisse fazer amigos por lá. - passou a estalar os dedos, outro sinal de ansiedade - Que ele ficasse com medo do que as pessoas pensariam dele ou que ele desistisse antes mesmo de tentar ir. Mas sabe o que mais me surpreendeu? - Neguei e ela voltou falar - Ele nem ao menos considerou essa hipótese. - riu incrédula - Eu estava me descabelando de preocupação e ele nem ao menos ligava para esse fato. Depois que ele te conheceu, eu nunca mais vi ele ter medo de nada. Antes ele tinha medo de perder a gente, medo de nos acharem, medo do mundo. - apertou os olhos, parecendo que iria chorar a qualquer momento. Segurei o seu ombro, tentando passar conforto - Me desculpa, eu to bem. O ponto é, você deu segurança a ele. Ele parou de questionar se ele era estranho demais ou se era muito diferente e passou a gostar de ser diferente. Eu sei que ele está pronto para o mundo, só pelo tempo que ele passou com você, Namu.
- Poxa, Tia. - segurei o choro, que já estava batendo na porta desde a metade do monólogo. - Eu tinha que cuidar do meu maninho, mas agora ela sabe se cuidar já.
- Eu só queria te agradecer mesmo e te lembrar que nós sempre seremos família, não importa a distância.
- Obrigado.
Ela abriu os braços e me acolheu com carinho. Mais uma vez uma sensação estranha passou por mim. Um estranho bom, mas ainda sim estranho e familiar.
Eu me pergunto o que será que é isso, mas o fim o que importa é que é bom e me faz feliz.
- Agora nós realmente temos que ir. - comentou enxugando as minhas lágrimas, mesmo que as dela ainda estivessem caindo. - Até algum dia, meu filho.
- Até, Tia.
Meus amigos se aproximaram novamente, dessa vez para um adeus definitivo.
- Para você se lembrar de mim, Nam.
Taehyung balançou os dedos e no vaso da minha plantinha apareceu desenhos de gatos pretos que se mexiam, alguns brincando com uma bolinha, outros balançando o rabinho, a coisa mais fofa do mundo. Além disso, em volta do vaso tinha uma coleira rosa com um sininho, com uma pequena inscrição: "Quando sentir saudades".
- Sempre que você sentir a nossa falta é só tocar esse sininho, que vamos ouvir o som dele - Hoseok me avisou.
- É, mas não fica tocando o tempo todo ou eu vou enlouquecer. - disse o Tae com tom de brincadeira.
- Pode deixar!
Abracei Taehyung e Hoseok pela última vez e me juntei com Naomi e o seu pai, apenas acenando um tchau sofrido enquanto eles iam embora.
Assim que atravessaram a barreira mágica, ouve uma descarga enorme de energia atravessando o portal. Só havia uma certeza, tudo tinha sido deixado para trás.
E a partir de agora, nada mais seria como antes.
- Vamos, vagabunda, vamos para casa.
Eu disse que daria à minha planta o nome dele, mas eu nunca disse qual, hehe.
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Alguém ainda lembra do apelido que o Nam deu para o Tae? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Gente, a fic acabou ;-;
Mas fiquem ai que ainda tem o epílogo!
Surtos a vontade nos comentários, obrigada kkkkkkkkkkkkkkkk.
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