Reporte de sessão XI - Parte I - Preparando a caçada

Bolton, Kuoth e Aron estavam perto das minas com Bacon, o porco comia sujeiras que achava pelo chão.

— Então, vamos caçar os ursos? — disse Bolton, acariciando o pelo de Meirelles.

Sei que a gente veio assim numa boa..., mas não seria melhor chamar os outros? — disse o qareen.

Os aventureiros já estavam se acostumando com a velocidade com que ele falava, e o halfling conseguiu entender a pergunta.

— Ah sim, claro. Então fiquem aqui que eu irei chamá-los. Vamos Meirelles! Por Thyatis!

— Oinc! — Bacon saiu da frente da loba gigante.

***

Numa taverna, Earwen cantava a plenos pulmões em cima de uma mesa, com uma caneca de cerveja na mão, quando reconheceu o halfling que entrava.

— Woow, um sssshegundinho... hic... issho não é... hic... lugar pra crianças!

Percebendo que o companheiro estava muito bêbado, o pequeno cavaleiro resolveu ignorar a piada.

— Earwen! Venha comigo, vamos caçar ursos! — Sacou a espada e a levantou bem alto, o que fez a ponta da lamina chegar ao queixo do homem. – Por Thyatis!

— Sim... sim... claro... por Tshiatshic! — Earwen levantou a caneca, enquanto usava um dedo para desviar a ponta da lâmina com cuidado. — Diga onde você vai... hic

— Para as...

— Que eu vou... hic varrendo. Diga onde você vai, hic... que eu vou varrendo.

(N.A: Sei que vocês entenderam essa. Salve Molejo!)

Bolton olhou para o "bardo", confuso.

— Earwen, você está bêbado demais, acho que não conseguiria nos ajudar.

— Calma aí, Bolton. Só estou... hic brincando. Vou... passar no albergue pra... hic... tomar um banho... e te encontro lá. Ok?

— Humm. — O halfling olhou mais uma vez para o humano que cambaleava e sorria, balançou a cabeça e se resignou. — Tudo bem, tome um banho e caçaremos os ursos e lobos. Por Thyatis!

Montou novamente em Meirelles e se foi.

***

O halfling encontrou Zanshow sentado em um toco de árvore na porta do albergue olhando os pombos na ruela.

— Passarinhos bonitos.

— Grande Zanshow! Vamos caçar ursos e lobos! Por Thyatis!

O orc deu um tapinha em cima da cabeça de Bolton.

— Bolton comendo bem, ficando alto igual Zanshow!

O pequeno olhou para baixo, Meirelles parecia rir dele, que estava de pé em suas costas.

— Sim... ah... acho que sim. Bem, siga para as minas! Mataremos esses animais que estão atacando a população. Por Thyatis!

— Zanshow vai matar bichos feios!

Com isso, o orc saiu correndo, fazendo estrondos com sua armadura enquanto ia encontrar o resto do grupo. Bolton ficou na porta do albergue esperando Najla.

***

Najla entrou no templo e caminhou até perto do ancião halfling.

— Sentiu falta de algo? — O ancião perguntou antes que ela dissesse qualquer coisa.

— Não. Por quê?

O ancião tirou a pedra vermelha e bulbosa da capa.

— Outra?

— Olhe sua bolsa.

Najla viu que não tinha nada na bolsa.

— Como isso é possível?

— É o que quero que você descubra. Já tentei me livrar dela de todas as formas, mas não consigo! Eu estou tendo pesadelos! Sabe o que é ter pesadelos para um servo de Megalokk?

— Não sei, e não me interessa, mas vou tentar descobrir o porquê disso.

Najla voltou para o albergue onde Bolton a esperava montado em Meirelles, havia se passado poucos minutos que conversara com Zanshow.

— Najla. Vamos caçar ursos! Por Thyatis!

— O cú de Thyatis, por que eu faria isso?

— Fingirei que não proferiu tais blasfêmias, senhorita. Temos que salvar os cidadãos!

— Você quer o dinheiro das peles.

— Jamais! Faço isso pelo bem do povo.

— Aham... Tá bom... Vai me dar carona pelo menos?

— Claro! Vamos!

***

Depois de passar no albergue Earwen seguia para o ponto de encontro, quando ouviu uma voz vinda de um beco.

— Ei... psiu! Aqui.

O jovem reconheceu o ser encapuzado e foi até ele.

— Seu ritual tá parecendo meio vagabundo.

— Eu disse que demoraria. Tenha calma.

— Tá, tá... o que aconteceu?

— Ouvi dizer que um poderoso curandeiro, devoto do Deus-Sol Azgher, visitaria nossa cidade. Lady Denea teria contratado o sacerdote para trazer seu filho de volta à vida.

— Mas o Reyny tá bem.

— Eu sei e o sacerdote também descobriu, ele se enfureceu e foi embora.

— Nossa, cara esquentado.

Héere revirou com a piada.

— Esse não é o comportamento típico de servos de Azgher. Acho que o verdadeiro sacerdote foi capturado e está aqui em Thanagard. Foi um impostor que deixou a cidade, levando seus pertences.

— Deixa eu adivinhar, você tem uma missão pra gente.

O lefou acenou com a cabeça e deu um pequeno sorriso.

— Ouvi boatos de que existe um culto à Tenebra na cidade. Como a Deusa das Trevas é rival do Deus-Sol, acredito que eles poderiam estar por trás desse sequestro, se é que realmente aconteceu.

— Outro culto? Olha, qual o problema dessa cidade?

— Não sei. De qualquer maneira, estou pedindo sua ajuda.

— Meu querido amigo de olhos grandes. Não sou pago pra isso não.

— Na verdade, é.

O jovem pôs um dedo no queixo e pensou.

— Hum... pior que tem razão. Tudo bem, vou ver o que descubro.

— Certo, eu te encontro no fim do dia.

***

Aos poucos o grupo conseguiu se juntar perto das minas. Earwen foi o último a chegar, sorrindo para todos.

— Ora essa, Bolton. podia ter me dito que era um churrasco! Teria trago cerveja! — Levantou Bacon, que começou a guinchar.

— Não é um churrasco, vamos caçar ursos. Eu te disse.

— Disse? Sim... acho que disse sim... tô lembrando, criança-grupo-minas-ursos. É... lembrei disso. — Pôs o porco no chão enquanto o sorriso se tornava amarelo no rosto.

O grupo finalmente partiu para as montanhas. Quando chegaram a uma área plana se reuniram em volta de Bacon.

Como vamos atrair os ursos? — Kuoth perguntou.

— Não vamos conseguir atrair nenhum urso com isso. — Earwen apontou para o porco. — Mas pelo menos lobos vão aparecer.

A gente tem que fazê-lo guinchar. — O qareen sorriu.

— Vamos cortar a orelha dele — disse Zanshow.

— Por que a orelha? — Bolton tentou olhar para o rosto do orc cobrindo os olhos com a mão por causa do sol.

— Cortar a orelha! Porco guincha! — Zanshow explicou como se fosse óbvio.

— Isso a gente sabe — respondeu Aron.

— Eu resolvo. — Najla tinha um sorriso no rosto.

Ela encostou no porco, que soltou um guincho agudo e caiu desmaiado. Todos olharam para ela assustados. Percebendo que poderiam suspeitar, ela sorriu.

— Uma clériga de Tenebra tem poderes que vocês não entendem.

— Tu-tudo bem — responderam em uníssono.    

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Então é isso, pessoal! Espero que tenham gostado do capítulo!

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