Bônus I

"I love you, like I've never loved anyone, and even when you do not even remember that I exist, I will always remember you. I will keep in memory all conversations, moments, all .. because every detail was important to me and I will never forget. Without you in my life everything is meaningless. you are the one I love most and will be forever."

~Willian~

Eu senti um aperto estranho no peito e falta de ar. Sentia que algo ruim tinha acontecido. Fazia pouco tempo que Hayley ligara, fui beber uma água, e aí senti isso. Eu não conseguia tirar as coisas que ela tinha me dito. Será mesmo que eu tinha feito o certo? E ela seria mesmo capaz de acabar com a própria vida, por minha causa? Eu não tinha como ser assim tão importante, eu não consigo me imaginar tornando os dias de alguém melhores só por estar na minha presença. Realmente não consigo. Mas eu acreditava no amor que ela tinha por mim. E eu a amava, como nunca amei ninguém antes. 

Não aguentei muito tempo, e logo, estava ligando para ela. Mas ela não atendeu, na verdade, deu caixa postal. Mandei algumas mensagens, mas não ouve resposta. Dez minutos depois, eu já estava entrando em desespero. A sensação ruim aumentava cada vez mais. Até que não aguentei, sentia que iria explodir se ficasse mais um segundo sem saber dela. Corri pela sala, até agarrar as minha chaves e saí, pulando dentro do carro e arrancando.

Nesse momento, nada importou. Eu apenas acelerei, ignorando sinais, o limite de velocidade, nada importava, só encontrá-la, viva. Eu já sabia onde era seu apartamento novo, pois eu a seguia frequentemente, só para vê-la, mesmo que de longe. Ela nunca me notou.

Ao chegar, notei uma movimentação diferente, nem o porteiro estava ali. Entrei correndo pelo portão, largando meu carro aberto. Quando comecei a me aproximar da muvuca, notei que havia uma roda de pessoas em volta de algo. Ouvi sirenes de uma ambulância tocando próximas. Corri até aquelas pessoas, as empurrando, e foi aí que a vi.

Seu corpo, no chão. Ela tinha as pernas e os braços em formatos estranhos, como se estivessem quebrados, e eu vi que seu pescoço estava estranho. Me abaixei ao seu lado, a envolvendo nos braços, e notei que minhas mãos e minha blusa se encheram de sangue. Sangue dela. Finalmente entendi. Ela tinha pulado, e quebrou o pescoço. Ela estava morta. Nos meus braços. E ela ainda estava linda. Com um vestido branco-ela estava tão pálida quanto o vestido- e fria.

De novo não, pensei. Por que todas as pessoas que amo me deixam? Mas eu sabia que Hayley era diferente. Só não sabia o por quê, nem em quê. Eu senti como se meu coração fosse arrancado do meu peito, se partindo em milhares de pedaços. E eu senti a dor de cada pedaço partido. Eu gritei, chorei. Implorei para ela abrir seus olhos e dizer que ia ficar tudo bem, que estava viva. Eu me sentia extremamente culpado, eu sabia que tinha causado isso, mesmo que minhas intenções eram apenas evitar isso. E no fundo, eu sabia que foi o "não" que eu lhe dei, que a fez desistir de vez. Eu me arrependi, de verdade, de tê-la deixado. Porque Hayley foi a melhor e a pior coisa que me aconteceu, mas ela fez eu me sentir vivo, fez com que eu mudasse. E agora, ela estava morta em meus braços.

Eu não aguentei ficar ali, e assim que a ambulância chegou, eu fugi. Corri como nunca tinha corrido antes. E ninguém me impediu, ninguém me mandou ficar, ser forte por ela, e ao menos, ir ao velório. Mas eu não fui. Eu não conseguia passar um único segundo sequer sem pensar nela. Eu não sai mais de casa, durante a semana. Faltei na faculdade, nem sequer pegava minhas cartas, apenas guardava numa gaveta, as ignorando.

Até que minha mãe me chamou na cozinha. Eu fui, mesmo sem vontade. Ela me perguntou quem era Hayley, com um envelope grande na mão. Abri a carta, a ignorando. Abri, desesperado. Havia uma carta, escrita por uma máquina de escrever e um desenho. A Hayley tinha uma máquina de escrever. O desenho era de nós dois, juntos, sorrindo. Ela desenhava tão bem, e decorou todos os detalhes do meu rosto para poder desenhá-lo. Senti as lágrimas brotarem em meus olhos. Guardei a carta e o desenho, e chamei meus pais.

Eu contei a verdade para ele. Tudo. Contei sobre Hayley, desde do dia que a conheci, até sua morte. Falei o quanto eu a amava, e que eu a tinha perdido. Foi um alívio enorme dizer tudo isso. Eu queria gritar para todo mundo que eu a amava, mas a única pessoa que eu realmente queria que ouvisse estava morta. E a cada segundo que passava, eu só conseguia pensar nisso. Eu NUNCA mais a veria.  Nunca mais a veria sorrir. Eu nunca mais a teria nos braços. Ela me amava, e eu a deixei ir. Eu perdi o amor da minha vida.

Tradução da frase: Eu te amo, como eu nunca amei ninguém, e mesmo quando você nem ao menos lembrar que eu existo, eu vou sempre lembrar de você. vou guardar na memória todas as conversas, momentos, tudo.. porque cada detalhe foi importante pra mim e nunca vou esquecer. Sem você na minha vida tudo perde o sentido. Você é quem eu mais amo e vai ser pra sempre. 🌷

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