Capitulo 37

| INTENCIONAL |

Any Gabrielly

Aquele cheiro preencheu meu nariz quando recobrei minha consciência e com dificuldade abri os olhos incomodada com aquela forte luz.

Levei a mão esquerda no meu rosto e ao engolir minha saliva senti minha garganta sensível. Na minha boca havia um aparelho para respiração e aquilo me fez respirar com calma.

Olhei aquele quarto e notei apenas Josh dormindo em uma cadeira. Tentei chamar ele, mas nenhum som saia da minha boca.

Localizei o botão para chamar o médico e apertei.

Foi questão de segundos para aquela porta abrir e ele caminhar na minha direção.

— Gabrielly, quanto tempo. — fui rir, mas acabei tossindo e fiz uma careta. — Sem esforço, sua garganta ainda está sensível. — assenti.

Alguns segundos depois minha porta foi aberta novamente e por ela passou uma enfermeira. Em suas mãos havia uma bandeja e aquela cama subiu me deixando quase sentada.

— Tome isso, tem um gosto péssimo, mas vai te fazer bem. — ele me entregou um copo e eu abaixei o inalador para tomar.

Dei um gole naquilo e além de ter realmente um gosto horrível, doeu ao descer.

A moça saiu segundos depois e o médico me olhou.

— Você se sente bem? — assenti. — Está com dor?

— Um pouco. — digo baixo. — Ele. — apontei para Josh que parecia estar em um sono profundo.

— Está aí desde que você chegou. Você passou a madrugada desacordada e seu quadro teve complicações. — suspirei. — Sua alergia a camarão é realmente muito forte, sua sorte foi não ser muito concentrado.

— Que horas são?

— Dez da manhã. — arregalei os olhos.

Meu Deus, fiquei tanto tempo desacordada assim?

— Você vai receber alta ainda hoje, só vai precisar de repouso. — assenti.

— Pode acordar ele? — apontei com a cabeça para Josh e ele assentiu indo até ele.

Vi o loiro mexer a cabeça confuso e logo pareceu se tocar do que estava acontecendo. Josh pulou da cadeira de uma vez e correu na minha direção.

— Vou te pedir apenas para beber tudo isso, sei que é ruim, mas vai te ajudar. — assenti e ele saiu do quarto dizendo voltar depois.

— Oi meu amor, como você está? — levou a mão na minha cabeça.

— É aliviador poder respirar novamente. — digo pegando aquele copo novamente. — Ela fez isso de propósito Josh. — tomei aquele treco horrível.

— Sei disso. — encarei ele. — E a sorte dela é eu ser homem, caso contrário nem consciente ela estaria mais. — vi seu maxilar travado.

— Essa mulher é maluca, eu poderia ter morrido.

— Não brinca com isso. — sua mão tocou meu rosto. — Essa mulher vai me ouvir e muito quando encontrar com ela. — suspirei. — Meus pais estão aí também, querem te ver.

— Seus pais? — assentiu. — No plural? — assentiu com um sorriso.

— Meu pai veio falar comigo, conversamos sobre o trabalho e das coisas que estavam por vir. — mordi o lábio inferior. — Ele me disse que ficou surpreso com você.

— Por quê? — pergunto confusa.

— Ele me contou algumas coisas que você disse quando foram lá a última vez. — arregalei os olhos.

— Exagerei né? — ele riu.

— Você é de longe, a mulher mais incrível que já conheci. — sorri e ele me deu um selinho.

— Sabe o que eu lembrei agora? — me olhou. — Que meu rosto deve estar todo vermelho. — fiz um bico.

— Te falar que estava pior viu. — abri a boca.

— Sai do meu quarto. — ele riu negando e me deu mais um selinho.

Josh ficou mais um tempo ali comigo enquanto eu terminava de tomar aquele treco horrível. Um pouco mais tarde, a entrada do Ron e da Úrsula foram liberadas e eles conversaram um pouco comigo.

Úrsula me disse que Elisa não sabia, mas eu confirmei que no dia que fui jantar com o tio do Josh, Andrew e ela estavam lá e viram quando Josh me impediu de comer o prato porque continha camarão. Elisa sabia sim que eu era alérgica e fez aquilo de propósito.

— Vamos ver isso depois, o que importa é que está bem. — disse Úrsula e eu sorri sem mostrar os dentes.

— Acho melhor você repousar agora. — disse Josh segurando minha mão.

— Nós já estamos de saída. — disse Ron. — Boa recuperação Gabrielly. — sorri sem mostrar os dentes.

Os dois deixaram o quarto e somente o loiro ficou ali.

— Vem cá, seu pai mudou da noite para o dia? — pergunto realmente confusa.

— Minha mãe conversou com ele. — suspirou. — Meu pai me pediu um relatório das últimas coisas e eu vou ter que entregar.

— E você tem isso? — assentiu. — E por que parece preocupado?

— Porque ele nunca me explica nada, ele só pede e é isso. — fiquei encarando ele. — Só vou entregar porque realmente estou de saco cheio.

— Mas não pensa em abandonar, pensa? — ele demorou a responder. — Joshua?

— Gabrielly eu não sei, ok? Por mim já teria tirado você do país há muito tempo. — mordi o lábio inferior. — Você nem pode sair sozinha porque corre o risco de ser sequestrada. Estou tentando achar a localização de Ryan, mas está difícil. — arregalei os olhos.

— Você está o quê? — gritei, mas me arrependi no momento que minha garganta doeu. — Josh ele já sabe de você, ele vai querer te matar. — digo mais baixo.

— Deixa ele tentar. — fechei os olhos contando até dez. — Gaby não vou descansar enquanto esse cara não estiver morto.

— Mas não precisa colocar sua vida em risco o tempo todo. — digo séria. — Josh eu não quero te perder. — digo sentindo um aperto no peito.

— Você não vai meu amor, pode confiar em mim, sei o que estou fazendo. — me olhou nos olhos. — Vou acabar com isso e a gente some daqui por um tempo, tá bom? — assenti. — Te amo.

— Também te amo. — me deu um beijo calmo.

Não gostei de saber disso, porque agora parece que a todo momento que ele estiver longe vai estar correndo perigo. Não quero perder ele, não gosto nem de pensar em perder ele…

Hmmm, que clima de final de fic...

Vejo vocês em breve. Votem e comentem 🤍

Xoxo - Sun

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