20. AKEMI, MAYA & SHERA
Maya
Assim que chegamos no hotel, Akemi nos leva até o restaurante.
- Como vamos fazer pra pegar a pedra?- Akemi pergunta enfiando um garfo com massa na boca.
Essa é a pergunta que eu tenho feito durante toda a viagem.
- Precisamos de um bom plano, se ela possui a pedra , com certeza está bem guardada.- Shera conclui.
- Stive nos disse que Miranda vai dar uma festa hoje a noite na Alta Colina. Como vamos entrar?
- Eu posso nos colocar na lista de convidados.- ofereço.- invado o sistema deles e nos adiciono na lista.
- Uma vez lá dentro fazemos o quê?- Hans questiona.
- Vamos como casais novamente, só que bem armados e com escutas. Precisamos de uma distração. Com certeza o local deve ter câmeras de segurança e estar bem vigiado.- Sebastian presume.
- Hans e eu cuidando das câmeras e dos seguranças.- Akemi diz.
- Maya e eu cuidamos de Miranda e seus capangas.- Trever olha pra mim.
Essa missão era nossa. Nós dois de deveríamos terminá-las juntos.
Os outros me encaram. Sebastian parece não gostar da ideia.
- Não, já fomos vistos juntos. Irei com Sebastian.- digo decidida- Nós dois pegaremos a pedra. Você e Shera cuidam de Miranda.
Shera me encara curiosa.
Meu coração protesta, mas é quase um gemido fraco.
★
Alta Colina é um lugar incrível. No alto da colina íngreme, com vista para um mar azul, fica um castelo de pedra, rodeado de oliveiras.
Cada casal chegou separado.
Na entrada do castelo nos identificamos com nomes falsos, após verificar na lista o segurança libera nossa entrada.
- Todo mundo conseguiu entrar?- Trever pergunta na escuta.
Hans e Sebastian respondem sim.
- Ok. Akemi e Hans vocês olhem a planta do castelo e achem a sala de vigilância. Quando imobilizarem os seguranças nos dêem um sinal.
-Fechado.- Hans diz.
Assim que entramos no castelo pego o meu celular e vou no aplicativo onde está a planta do castelo.
- Baixei a planta. Já enviei pra vocês. Receberam?- Perguntei.
Todos respondem sim.
★
Akemi
Guiados pela planta do castelo seguimos em direção a sala de monitoramento.
-Sentiu minha falta na cama?- Hans pergunta enquanto caminhamos.
- Sentir sua falta? Haha! Lamento te decepcionar, mas não.
- Qual é!? Foi uma transa legal.
- É foi. Mas não passou disso. Uma transa legal.
- Poderíamos repetir. Que tal? Depois dessa missão.
Eu encaro Hans. Por mais que eu queira outra noite com ele, não posso me dar o luxo de repetir. Não quero me apegar com ninguém. Foi só uma noite, caramba!
- Não. Minha agenda está lotada.- minto.
Hans ri.
- Você mente muito mal.
Entramos em uma sala cheia de monitores, sentados no centro havia dois seguranças. Um gordo meio careca e outro era um anão.
Fala sério.
Imobilizamos os caras em três minutos.
- Podem ir.- Hans avisa para Maya e Sebastian.
-E se a gente transasse aqui, agora?- Hans propõe.
Viro pra ele incrédula.
-Tá maluco? Temos que checar as câmeras.- digo.
- Tá eu comecei mal. Que tal se você sair comigo pra jantar amanhã?
- Qual é o seu problema cara?
- Nenhum! Eu só quero que a gente se conheça melhor.
-Pra quê? Olha eu não tô afim de nada. Com ninguém.
Desde que perdi meu pai, não consegui manter nenhum relacionamento duradouro com ninguém. Complicado isso, imagina um cara perguntar pra você:
- E aí, qual é a tua profissão?
- Ah, eu mato pessoas.! Nada de mais.
Então evito ficar com a mesma pessoa mais de uma vez pra evitar perguntas idiotas.
- Calma. Não é nada sério. Quer dizer se você não quer. É só pra gente descontrair.
- Não. Obrigada.
Hans me olha de um jeito que faz meu coração se sentir mal.
Que droga.
Reviro os olhos.
- Tá bom. A gente transa aqui. Mas vai ser a última vez.
O rosto de Hans se ilumina.
★
Shera
Trever e eu atravessamos o salão de festas cheio de gente e seguimos até o bar.
- O que desejam?- pergunta o barmem barbudo.
Trever tira o cartão do bolso e passa pelo balcão até o barmem.
- Dois martines e uma palavrinha com a senhora do Céu.
O homem encara o cartão e em seguida Trever.
- Lamento, mas ela não se encontra.
- Essa não é a resposta que você deveria dar ao Sr. Redfield.- repreendo.
Por um instante o homem parece desconcertado.
- Sr. Redfield? Me desculpe.- ele pegou o cartão- só um instante.
O barmem pega o celular e digita algo.
Alguns minutos uma mulher de cabelos curtos e louros se aproxima.
- Sr. Redfield?- ela pergunta para Trever.
Ele assente.
- Queria me acompanhar, por gentileza.
Ela nos dá as costas e a seguimos.
Subimos dois lances de escadas e entramos num espécie de jardim elevado e aberto.
- Miranda virá em breve. Enquanto isso desfrutem da vista e do vinho.- a mulher nos deixa a sós.
No centro do jardim há um grande tronco cortado que serve de mesa, e sob ela contém uma garrafa de vinho e cesta de frutas e queijos.
Sentamos e Trever nos serve o vinho.
- Parece que você e Maya já se entenderam.- Trever quebra o silêncio.
- Sim. Mas você não.- digo secamente.
- Eu já disse, não tenho o que conversar com ela.
Permaneço em silêncio.
Não estou afim de conversar com Trever. Quero que tudo isso acabe o mais rápido possível.
- Mas, eu tenho muito o que falar com você.- Trever insiste.
Reviro os olhos.
- Por favor, nos poupe. Não há nada pra ser falado.
- Isso só vai depender de você, Shera. Posso ter a aparência do meu irmão, mas não sou ele. Não quero enganar você.
- E nem vai. Acha mesmo que eu estou afim de você? Por causa do Andersen? Eu amei ele. Isso foi no passado. Agora o que restou foi ódio.
- Mas você não pode me evitar por causa de uma coisa que aconteceu com outra pessoa.
- Eu não estou te evitando! Estou apenas dizendo pra você não tentar nada. Não vai funcionar.
Porque se você tentar eu vou me apaixonar.
Um pensamento idiota e involuntário surge na minha mente.
- Eu queria te mostrar uma coisa.
Antes que eu possa protestar Trever pega o celular e coloca na minha frente.
É um vídeo.
Existem quatro pessoas em volta de um bolo de aniversário, um homem de meia idade, uma mulher loira também de meia idade, e dois caras exatamente iguais se não fossem alguns detalhes: as roupas e um deles tinha um fino bigode, Andersen e Trever.
Eles cantam parabéns pra mulher, Andersen abraça a mulher e beija no alto da cabeça dela, depois da cantoria, a mulher assopra as velas.
- Agora um pedido mãe!- Trever diz.
A mãe dele fecha os olhos.
- O quê você pediu?- Andersen pergunta.
- Ah, não vale dizer Agus!- Trever protesta.
- Mãe, você pediu uma coisa boa, não é? No ano passado você disse que tinha pedido que seus dois filhos casassem!- Andersen revela.
Todos riem.
- Agus! Bom, esse ano eu pedi netos.
- MÃE!!!- os gêmeos protestam juntos.
A mãe ri e os dois a abraçam.
Confusa entrego o celular.
- Por quê me mostrou isso?
- Bem, eu queria que você tivesse certeza de que Agus tivesse um irmão gêmeo e de que visse que, bom eu não sei na verdade.- Trever olha pro céu.- ele era uma pessoa boa, pelo menos com a gente. Às vezes fico me perguntando o porque dele ter feito tudo isso.
Percebo na voz de Trever que ele está sofrendo com tudo isso. Ter um irmão morto e depois saber que ele era um golpista deve ser um choque.
Andersen não enganou só a mim, mas a família dele também.
- Sinto muito.- digo baixinho. Trever me encara pra constatar se eu falei isso mesmo.
Ele abre a boca pra falar algo, mas é interrompido.
- Boa noite! Desculpe a demora, tive um imprevisto.- uma mulher negra, de cabelos cacheados, vestida com um vestido longo amarelo de seda pura e rodeada de três brutamontes aparece na nossa frente.- Me chamo Miranda. Você deve ser o Sr. Redfield.
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