13. AKEMI VARTAN

São nove horas da noite, estamos todos dentro de uma van adaptada cheia de computadores, telas, armas e outras coisas.
- Beleza. O primeiro cara que vamos investigar é Frederico. - Maya nos informa e uma foto de um homem magro de óculos redondos aparece em uma das telas- ele é um traficante. Frederico está dando uma festa numa casa há um quarteirão daqui.

- Tudo que precisamos fazer, é entrar lá e verificar se ele é  fornecedor ou comprador.- Hans nos informa.

Pego minha arma.
- Beleza vamos lá!- digo entusiasmada.

- Calma aí! Você acha que vai entrar lá e atirar em todo mundo?- Trever pergunta.

- Não é pra isso que estamos aqui?- ergo uma sobrancelha.

- Nós precisamos ser os mais discretos possível.- Maya me diz entregando um cabide com uma roupa coberta de um saco plástico.

- O quê é isso?- seguro o cabide como se ele pudesse me contaminar.

- Vamos disfarçados- Sebastian fala- ou seja,  não vai sair matando ninguém, exterminadora do futuro.

- Ha-ha. - debocho.

Tiro o vestido do cabide, ele é azul escuro da cor da noite, com as costas nuas.
Não dá pra lutar com esse troço.

- Acho melhor irmos em pares pra não levantar suspeitas.- Sebastian sugere.

- Eu vou com Akemi. Podemos  ir como amigas.- Shera reponde rápido.

- Só que vai sobrar dois homens. Não faz sentido ir um casal de gay.- Hans conclui.

-Porquê?- Shera e eu perguntamos ao mesmo tempo.

- Porque vai chamar atenção.- Trever explica- temos que ir em casais heterossexuais.

- Que babaquice!- reclamo.

Aff! Paciência.

- Trever tem razão. -Sebastian encerra a discussão .

-  Eu vou com você Trever.- Maya diz.

- Hum. Acho melhor não, May. Já fomos vistos juntos.

Maya murcha.

- Eu vou com você Hans. E se dizer não eu te dou um tiro.- ameaço.

Ele levanta a mão.
- Tá bom!

- Maya e eu vamos juntos então.- Sebastian decide, Maya não protesta.

- Bom, somos eu e você Shera.- Trever chega a conclusão.

Shera faz um movimento com os lábios. Ela rosnou? Hahaha.

- Tem um carro pra cada casal lá fora- Julia informa.

Tomei um susto. Quase esqueci que ela estava na van. Ela vai nos monitorar.

Descemos do veículo.

Descemos do carro, Hans está mega sexy com uma camisa social da cor do meu vestido, e uma calça hiper apertada. Na entrada entregamos os convites que Julia nos deu, ele é branco e só dá pra ver o que tem escrito com uma luz especial.
Atrás de nós está Maya, com um vestido preto curto e decotado e Sebastian vestido de blazer preto. Logo depois Trever de terno e Shera com um vestido longo nude com transparências.
- Curtam a festa!- diz o segurança com dreads azuis, depois de verificar nossos convites.

- Não dá pra lutar com esse vestido.- reclamo assim que entramos.

- Porquê você acha que vai ter uma luta iminente?- Hans pergunta sondando a festa.

- Porque aonde eu vou tem uma luta iminente.- justifico.

A casa é luxuosa. E a festa também. Há centenas de pequenas lâmpadas pendendo do teto, arranjos enorme de flores estão decorando mesas e os cantos,  há também, uma pista de dança, e daqui vejo uma piscina toda iluminada.

- Estão comemorando o quê?- pergunto.
- O noivado da filha de Frederico.

Hans e eu atravessamos um mar de gente.

Garçons passam por nós com bebidas.
Pego uma taça, o líquido é verde.

- Você sabe que bebida é essa?- Hans pergunta faço que não com a cabeça- Quanto mais se desconhece da bebida, mais louca ela é.

Legal. Desço tudo goela abaixo.

Hans balança a cabeça desaprovando.
- Ali.- ele gesticula disfarçadamente para uma escada onde dois seguranças estão vigiando.- Ali tem alguma coisa importante.

- Precisamos de uma distração.- digo e vou até os seguranças.

Finjo tropeçar quando chego perto.

- Cuidado moça! - O segurança com cara de porco me segura.

- Ah, obrigada! Acho que bebi demais.

Hans me observa de longe.

- Posso ir no banheiro?- aponto para as escadas.

- Não. Tem banheiros lá fora- o outro segurança com um alargador me corta.

- Mas vai ser rapidinho- insisto.

- Já disse não.
- Qual é Jhonny!? Ela só quer ir ao banheiro!- Porco me defende.

- E eu só quero fazer meu trabalho!- Jhonny rebate.- Recebemos ordens de ninguém subir.

Porco me lança um olhar solidário.
- Foi mal moça. Mas o banheiro lá fora é limpinho.

- Tudo bem, obrigada.- saio andando na direção de Hans.

- E ai?
- Suas suspeitas foram confirmadas. Vem comigo.

Sigo para a área da piscina.
Dou a volta e chego num local mais afastado, olho pra cima e vejo que tem uma janela no corredor do outro andar.

- Temos que subir ali.- aponto pra janela.

- Beleza. Eu te suspendo e em seguida você me puxa.

- Quê?

- Você tá vendo alguma escada aqui?
Reviro os olhos.

Hans me suspende com facilidade até a sacada.
As mãos dele forte e firmes em volta do meu quadril, agora na minha bunda...

Ok, concentração. Resista.

Coloco as mãos na mureta e me suspendo, com dificuldade subo. Vou até a janela e empurro. Tá aberta.
Ufa!
Volto até a mureta pra puxar Hans.
- Agora pula bem alto.- digo e ele pula e pega minha mão.

- O quê você está fazendo aqui?- diz uma voz atrás de mim.
Solto Hans imediatamente.
Ele cai no chão e em xinga.
Eu viro e dou de cara com um segurança.

- Ãh? O quê, não posso ficar aqui? Eu queria um pouco de ar- minto.

- Tem muito ar lá embaixo.- ele me puxa pra dentro do corredor e começamos a caminhar.

-AKEMI!!?-Hans grita.

Caralho.
O segurança para e segue até a janela novamente.
Aproveito a oportunidade e dou um chute nas costas dele, ele vira e me empurra pra trás, bato as costas na parede, o segurança coloca a mão na cintura pra pegar a arma, porém sou mais rápida e chuto entre as pernas dele. Ele urra e se inclina pra frente, chuto as costelas dele duas vezes e o derrubo no chão, pego a arma e dou uma coronhada da cabeça dele.
Ele desmaia.

- AKEMI!?- o filho da mãe continua me gritando.
Vou até a sacada, estendo as mãos e ele pula e as segura.

Suspendo Hans até a sacada.

- O quê foi que você fez?- ele vai até o segurança.
- Ele me viu antes. Então tive que apagá-lo. Ele só desmaiou.

- Vê se tem alguma porta aberta.- Hans pede.

Abro uma porta de um quarto e Hans tranca o segurança lá, antes pega a arma dele.

Seguimos pelo corredor.
No final tem uma porta grande trancada.
Hans tenta empurrar.

- Tá achando o quê? Que é o Super Man?- provoco.

Pego minha arma e atiro duas vezes na fechadura, a porta abre.
- Esse é o meu superpoder.- zombo.

Percebo logo que é um escritório, mas o que chama nossa atenção é uma maleta em cima da mesa.

Hans vai até ela e abre.
-É um pequeno pedaço da pedra!

Vou até lá. É uma pedra linda, preta e brilhosa, dá pra ver porque custa uma grana.

- Ei! Levantem as mãos agora!- dois seguranças nos flagram.

Hans me olha e levantamos as mãos, cada um com uma arma.

E atiramos.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top