capítulo 05: quer tentar namorar comigo? (parte 2)
Sunoo beijava seu recém-namorado sem pensar no futuro. Assim que entraram na residência luxuosa, que estava totalmente escura, iluminada apenas pela luz da lua que invadia pelas frestas da cortina, o casal subiu para o segundo andar ainda aos beijos. Após Niki tropeçar na escada, eles deram uma pausa para rir da situação fofa.
── Eu vi em algum lugar que rir durante um momento de intimidade é algo que apenas pessoas que se amam de verdade fazem — disse Sunoo, após subir as escadas por completo e abraçar o seu namorado.
── Então você me ama? — sussurrou Niki.
── Talvez sim.
── E eu concordo com isso, porque eu te amo.
── E… espera… o quê?
O mais alto riu.
── É, meu loirinho… eu te amo. — Ele segurou o palmeirense pela cintura, aproximando seus corpos mais uma vez, antes de selar seus lábios em um beijo calmo.
Assim que o casal entrou dentro do quarto de Kim, eles continuaram aos beijos por cima do colchão, dando uma pausa apenas para tirarem as suas vestimentas para aproveitarem o momento de intimidade um com o outro.
[...]
Niki acorda devagar, o sol da manhã filtrando através das cortinas finas da suíte. Ele se vira lentamente, sentindo a cama aconchegante, e percebe que está deitado ao lado de Sunoo, o novo namorado, com o coração ainda acelerado por tudo o que havia acontecido na noite anterior. Sunoo está parcialmente coberto pelos lençóis, seu rosto suave e relaxado, ainda imerso no sono profundo. Niki observa por um momento, tentando processar a novidade em sua vida.
Sentindo-se um pouco inquieto, Niki se levanta cuidadosamente da cama, tentando não acordar Sunoo. Caminha até uma das gavetas da cômoda, onde ele sabe que Sunoo guarda algumas de suas roupas. Abre a gaveta e, após uma breve busca, encontra uma bermuda verde, com o símbolo do Palmeiras, um time de futebol que Sunoo sempre dizia ser seu favorito. Niki sorri consigo mesmo, se divertindo com a coincidência.
Vestindo a bermuda, ele segue até a porta do quarto, puxando-a devagar. Ao abri-la, se depara com um corredor pequeno que leva até o banheiro da suíte. A confusão momentânea dá lugar a um sorriso divertido, percebendo que, de fato, era o banheiro e não uma saída, como ele pensava. Entra no banheiro, a água quente do chuveiro logo envolve seu corpo e a sensação de relaxamento toma conta de Niki, que fecha os olhos por um momento, deixando-se afundar no prazer do banho.
Enquanto isso, no quarto, Sunoo começa a se mexer na cama, ainda sonolento, sentindo a ausência de Niki ao seu lado. Ele abre os olhos lentamente, notando que o garoto não está mais ali. Levanta-se, se espreguiçando com um sorriso preguiçoso nos lábios. Seus olhos logo caem sobre as roupas espalhadas na cama, incluindo a bermuda do Palmeiras que Niki acabara de vestir. Sunoo sorri, sabendo que algo estava diferente, mas não se importa, sentindo uma sensação reconfortante no peito.
Ele decide ir até o banheiro também, para tomar um banho e começar o dia. Abre a porta e entra, sorrindo ao ver o vapor quente do chuveiro e Niki lá dentro, com a água caindo sobre seu corpo. Sem dizer uma palavra, Sunoo se despede dos pensamentos e se dirige até o box, começando a tirar sua própria roupa para entrar no banho.
Após um selinho de ‘bom dia’, Niki decide sair do chuveiro para dar privacidade ao seu namorado, já que ele estava um pouco indisposto para fazer algo a mais. Ele sai do box e pega seu celular na prateleira ao lado do espelho do quarto e decide ligar para Heeseung. Ele coloca o telefone na orelha e espera, observando Sunoo entrando no chuveiro atrás dele.
Heeseung atende rapidamente:
── O que foi, Niki?
── Eu estou namorando com a porra de um palmeirense riquinho! — Niki sussura após sair do banheiro, a voz cheia de empolgação, não conseguindo esconder o sorriso. Ele olha para Sunoo, que agora está atrás de si, fechando os olhos sob o jato de água quente.
Heeseung dá uma risada abafada, claramente sem entender no começo:
── Bom dia para você também! Me conta como foi isso direito.
Niki faz uma pausa, respirando fundo e se ajeitando na cama, antes de começar a falar.
── Então, ele me levou para um restaurante chique em Ipanema, e ele fez questão de reservar todas as mesas, ou seja, só tinha a gente e os funcionários lá! Jantamos e ficamos conversando sobre coisas banais, mas aí começou a rolar um clima e ele me pediu em namoro de um jeito estupidamente fofo. Eu aceitei, como um bom emocionado. Depois a gente ficou de pegação e decidiu ir embora para a casa dele e, porra… a noite foi incrível. — Niki ri, sem conseguir conter a felicidade que transborda de seu peito.
Do outro lado da linha, Heeseung não consegue evitar a diversão. Ele ri, imaginando a cena.
── Você perdeu a virgindade!? - gritou um rapaz na ligação, julgou ser a voz de Jake, ele escutou a risada de Heeseung também. ── Eu espero que o playboyzinho não escute isso, se não ele termina com você por causa da sua péssima habilidade na cama.
── Cala boca, Jaeyun, isso não é verdade!
── Você realmente está apaixonado, né? — Heeseung brinca, ainda rindo, após pegar o celular da mão de Jake.
── Acho que sim, Hee. Acho que sim. - niki sorriu, olhando para trás e vendo Sunoo segurando a risada, apenas de bermuda e com o abdômen um pouco molhado, secando os cabelos loiros com uma toalha. ── Vou ter que ir, o meu namorado acabou de voltar.
Após desligar a ligação, cobriu o rosto com as mãos, com vergonha de Sunoo.
── Então quer dizer que o meu garoto era virgem? - riu levemente, se aproximando dele. ── Sabe, não parece que isso é verdade. Tirei a prova disso há algumas horas atrás. - ele sentou no colo de Nishimura, beijando-o calmamente.
Após o beijo, eles se levantam e decidem ir para o primeiro andar novamente. O sol ainda estava fraco lá fora, quando Sunoo e Niki desceram para tomar café da manhã. O aroma do pão quente e do café recém-passado preenchia a cozinha, e o som das xícaras sendo colocadas na mesa acompanhava a conversa.
Niki, curioso, olhou para Sunoo enquanto ele pegava a caneca.
── Você mora sozinho? — perguntou Niki, inclinando a cabeça levemente.
Sunoo sorriu, balançando a cabeça.
── Não, eu moro com meus pais.
Niki fez uma expressão pensativa, logo abrindo um sorriso.
── Os meus pais são um pouco ausentes, sempre estão no trabalho, mas isso não é desculpa para eles serem uns cuzões. Muito pelo contrário, eles são pais incríveis. — Kim se apoiou na mesa, dando de ombros, como se a situação fosse completamente normal.
Sunoo deu uma risadinha e se sentou à mesa, começando a preparar o prato.
── Entendo. Acho que com pais ausentes a gente aprende a lidar de outras formas, né? - Niki assentiu, refletindo por um momento antes de pegar um pedaço de pão.
── Com certeza. Mas apesar de tudo, são incríveis. Mesmo quando estão ocupados, fazem de tudo para que eu me sinta bem.
Sunoo deu um sorriso sincero e continuou a comer, percebendo que a conversa, embora simples, era a maneira deles de se conhecerem melhor.
[...]
Era um dia ameno, daqueles que transbordam uma mistura de sol e nuvens, uma brisa suave passando pelas ruas da cidade. Sunoo e Niki acordaram animados, por mais que o plano do dia tivesse sido uma negociação acirrada. Sunoo, com sua persistência cativante, estava determinado a levar o namorado para assistir a um filme romântico nos cinemas. Seu sorriso brilhava enquanto ele dizia:
── Vamos, você vai adorar! Vai ser uma experiência fofa, garanto!
Niki, com seu jeitão descontraído e um toque de impaciência, já tentava contornar a situação.
── Você tá maluco? Eu queria muito ver o filme do Deadpool e do Wolverine, Sunoo, não essa coisa de romance!
Mas, como sempre, Sunoo não desistiu e, com um olhar doce e um leve puxa-sardinha, conseguiu arrastar Niki para a sala escura do cinema. A tela grande e o ar condicionado gelado os envolveram, mas Niki não deixou de revirar os olhos a cada cena melosa. Mesmo assim, Sunoo parecia estar se divertindo tanto que sua energia animava o ambiente. Quando o filme terminou, Niki, com uma cara de poucos amigos, não podia negar o sorriso que se formou no rosto de Sunoo, que estava feliz com o sucesso da missão.
A tarde avançou, e o jogo do Flamengo estava chegando. Era a semifinal, e Niki não queria deixar de ver aquele jogo por nada. Para ele, nada mais emocionante que estar em um bar, com a galera vibrando, o clima de torcida fervorosa no ar. Ele olhou para Sunoo, com os olhos brilhando de expectativa.
── Vamos, Sunoo. Você me obrigou a ver um filme de romance, agora é minha vez. Vamos ver o jogo!
Sunoo, que estava mais relaxado com a ideia de finalmente curtir algo que Niki gostava, fez uma cara de desdém, mas aceitou o convite. Ambos foram até um bar próximo, um lugar que parecia ter sido tomado pelos flamenguistas. O bar estava lotado, com a televisão gigante mostrando os times se aquecendo para a semifinal.
O lugar estava vibrante, com bandeiras vermelhas e pretas espalhadas por toda parte. O calor humano misturado com o clima abafado daquela tarde estava tornando o ambiente ainda mais intenso. As risadas, as discussões sobre as jogadas e o cheiro de comida de boteco preenchiam o espaço. Sunoo, um pouco desconfortável no meio da torcida tão animada, usava uma camiseta preta e uma jaqueta jeans, tentando se misturar o máximo possível, mas o rosto dele entregava seu desconforto. Niki, por outro lado, estava com uma camiseta do Flamengo e um boné para dar aquele toque de verdadeiro torcedor.
A bola rolou e o jogo começou com uma energia contagiante. O Flamengo estava jogando com todo o gás, e a torcida, como uma onda incontrolável, urrava a cada jogada. Niki estava completamente imerso, gritando a cada gol perdido, e Sunoo, embora não entendesse muito de futebol, tentava acompanhar o ritmo de Niki, sentindo-se envolvido pela vibração do momento.
── Vai, caralho! — gritou Niki, levantando-se da cadeira enquanto batia na mesa, sua animação tomando conta de cada célula do seu corpo.
Sunoo, por mais que fosse cético quanto a todo aquele entusiasmo, se viu sorrindo diante da alegria de Niki. Ele sabia que, no fundo, aquele era um momento especial para o namorado. O jogo estava chegando ao fim, com o Flamengo liderando, e a tensão no ar era palpável. Quando o gol final foi marcado, o bar inteiro explodiu em uma onda de gritos e aplausos, e Niki não conseguiu evitar se jogar nos braços de Sunoo, abraçando-o com força.
── Você viu? Eu disse que ia ser épico! — Niki exclamou, sorrindo de orelha a orelha, os olhos brilhando. Sunoo, agora completamente rendido ao entusiasmo do namorado, riu e retribuiu o abraço, mas logo se afastou, piscando para Niki com um sorriso travesso. ── Eu vou te levar para assistir a final, e quando o Flamengo ganhar, eu vou te beijar.
Sunoo fez uma careta, cruzando os braços e sacudindo a cabeça.
── Nem fudendo que eu vou num jogo do Flamengo, ainda mais no território dessa torcida… nojenta. — ele respondeu, quase rindo, mas claramente afastando a ideia de se juntar à multidão.
Niki se inclinou, dando-lhe um olhar cheio de determinação e diversão.
── Ah, vai sim. Você vai ver. E na final, se o Flamengo ganhar, vai ser um beijo de arrepiar.
Sunoo revirou os olhos, mas, no fundo, sabia que talvez ele até fosse. Afinal, a diversão estava mesmo em estar ao lado de Niki, onde quer que fosse.
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