Fala galera! Beleza? Passo aqui para lembrar que estou no YouTube também!!! Se inscrevam lá: hpp2003
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Após um longo momento de prazer e amor, Gabriel e Ariela dormiram nus, abraçados, na cama daquele quarto. Seus sorrisos e suspiros demonstravam o estado de paz em que se encontravam. Pela primeira vez em meses, a menina dormia profundamente e rapidamente. Era um recomeço para eles e ambos queriam que desse certo. Ariela pensava em fazer Administração, por influência de seu pai que exercia essa profissão. Gabriel, por sua vez, mesmo após todos os traumas que teve, esperava sua vaga ser liberada na Universidade Federal de Juiz de Fora para fazer Engenharia Robótica. Estava bem interessado no desenvolvimento de robôs para empresas espaciais como a NASA, Space X, Blue Origin e Boeing e outras. Principalmente após ficar sabendo do recente lançamento do gigante Falcon Heavy.

Após algumas semanas desde que Gabriel deixou o hospital, Anny, finalmente, começou a caminhar por conta própria, sem a ajuda das muletas, mesmo que com dificuldades. Todos queriam se encontrar para conversar, beber, se divertir mesmo! Assim, durante uma chamada de vídeo entre Gabriel, Ariela, Gabri, Anny, Iago, David, Mia e Mike, Gabriel propôs um convite:

- Ae guys! Conversei com meu tio e ele liberou a gente para ir para a fazenda dele, no próximo feriado! Vocês topam?

- Claro, uai! - todos responderam em coro.

- Vai comemorar o quê? - Mike perguntou.

- A nossa liberdade! O nosso recomeço! - respondeu Gabriel.

- Vambora pow! Quero tomar uma gelada, ouvir as histórias do seu tio e das uns tiros! - Gabri se exaltou.

- Vamos todos fazer isso, cara! Então... combinado?

- Positivo!

- Ótimo, vou passar pro meu tio!

- Fala também que eu não preciso nem de quarto nem de comida! - Mike pronunciou.

- Mas onde você vai dormir? - perguntou Mia.

- Em qualquer lugar! Eu não sinto frio... nem calor.. nem nada, então..... não faz diferença... o George me limpou todo e por trás da máscara, luvas... eu sou tipo o T-800.

- Vai dormir junto com os cachorros? - perguntou David.

- Posso! O Toddy e o Black são legais! - retrucou.

- Eu passo essa mensagem pra ele! Aí eu te falo! - Gabriel concluiu - Beleza, galera! Vou ter que sair!

- Beleza... CSGO mais tarde? - perguntou Gabri.

- Bora fih! Às 19:30 da noite o pai vai estar on! - confirmou Gabriel.

- Valew, galera! Até breve! - todos despediram.

Logo que Gabriel desligou, já ligou para o tio que ficou muito feliz com a presença de todos. Seria um ótimo feriado.

Os dias foram passando até chegar o dia da viagem. Logo antes de sair, Guilherme, o pai de Gabriel o chamou.

- Filho... você quer que eu vá dirigindo? - perguntou.

- Pai, relaxa! Eu sei dirigir hahaha!

- Você parece cansado!

- Nãããããõo! Ari! - chamou - Eu sou retardado dirigindo?

- Ahnm... não... até alguém te cortar ou não dar seta... aí você xinga Deus e o mundo! - respondeu ela.

- Viu? Puxei o pai! - disse rindo.

- Eu não sou assim!

- É sim! - Carla respondeu, carregando o isopor das carnes.

- Carla! - Guilherme exclamou à mulher que lhe deu um sorriso .

- Viu? Até a mamãe concorda comigo!

- Olha... vamos fazer o seguinte: eu dirijo até Andrelândia e você pega o resto, pode ser?

- Beleza! Já abastece aqui, hein! Você sabe que a gasolina para aqueles lados custa R$5,45... .

- Tava assim da última vez. Pode ter certeza que está mais cara!

Enquanto os dois discutiam interminavelmente, Ariela e Carla riam do ocorrido.

- Eles nunca vão aprender a decidir algo rápido... . - Carla disse.

- Verdade... o Gabriel é bem..... ah.. não sei explicar hahahaha!

- Chato?

- Não diria chato... eu diria... cuidadoso até demais!

- Puxou o pai, mesmo! O Gui, às vezes, chega e fala: "Vamos sair cedo!", aí ele demora meio ano arrumando as coisas, procurando a carteira... essas coisas... .

- É genético então... o Gabriel esquece a carteira o tempo inteiro.

- Vamos, pessoal? - Guilherme chamou - Eu sei que vocês estavam falando da gente! Não diga que vocês não tem algum problema nesse naipe!

- A gente tem, mas tenta esconder! Vocês são mais.......

- Retardados? - Gabriel completou a mãe e o pai gargalhou - Isso eu não tenho dúvida! Deixa que eu levo essa mala.

Todos conferiram as coisas e fecharam a porta. Carla trancou a porta e Guilherme gargalhou quando ela passou por ele.

- O que foi? - perguntou ela.

- Não está esquecendo de nada? - disse apontando para a porta.

Assim que ela olhou, percebeu que não tirara a chave da porta.

- Depois eu que sou lerdo... - o mais velho diz e a mulher ignora.

Os namorados se divertiam com a discussão. Quando chegaram no carro, Gabriel notou o pai fazer um rosto de vergonha.

- O que foi, pai?

- Errrr... Carla... - a mulher olhou para ele - Errrr eu acho que eu esqueci minha carteira... - ele riu de nervoso.

- HAHAHAHAHAHAAHAHHAAHHAAHHA!!!!!!!! - a mulher gargalhou.

- Como diz meu meu amigo Kauê, o Karma é real! HAHAAHAHAHAHAHA!!!- disse Gabriel.

- Não era: "vou ao mercado"? - perguntou Ariela.

- Essa é outra!

Após um tempo, Guilherme voltou com o objeto nas mãos.

- Hehe.. agora é oficial! Vamos para a Fazenda!

- Vê se confere tudo antes de falar dos outros! - Clara exclamou.

- HAHAHAAHAHAHAHAHAHA EU... EU TO ME MIJANDO DE RIR HAHAHAHAHAAHA!!! - Gabriel ria como uma criança.

Durante a viagem, os quatro conversavam animadamente, riam, contavam histórias e, mesmo que o passado fosse complicado, todos falavam desse tempo com naturalidade e felicidade.

Assim que chegaram em Andrelândia, Gabriel e Ariela foram para o banco  da frente, enquanto os mais velhos foram para trás. Gabriel seguiu viagem até Minduri, última cidade antes da estrada de terra. O percurso foi tranquilo e, em cerca de uma hora, já entravam na fazenda. Logo que desceram do carro, um cão labrador marrom pulou em Gabriel o derrubando.

- Fala Toddy!! - disse ao animal que lambia seu rosto.

- Olha só quem chegou para a festa também! - Ariela exclamou ao ver um cão preto se aproximando.

Quando Gabriel pensou que o pico de felicidade do cão marrom havia passado, viu a silhueta grande e negra do filho de Toddy.

- Black! Me deixa levantar.... AH NÃO HAHAHAHAHA!!! - Black o "atacou" juntamente com o outro.

- Aí... é só ele colocar o pé para fora do carro que já se suja todo... . - suspirou Clara.

- Deixa o moleque... ele ficou na cama por quase quatro meses... . - Guilherme disse à esposa.

O jovem casal continuou recebendo mimos dos cães por mais um tempo até, finalmente, entrarem na casa.

- Faaaalaaa, Campeão! - Robson, tio de Gabriel o cumprimentou - Firme?

- Grande Tio Robs! Estava com saudades! - eles se abraçaram.

- Eu também, Gabriel! E você, Ariela, como está? - disse beijando sua bochecha.

- Estou ótima, Robs! Obrigada pelo convite!

- Você é como minha sobrinha, lembre-se disso!

Ariela se sentia muito bem próxima à família do namorado. Eles eram como uma segunda família para ela! Todos a acolheram quando souberam de sua história e de como perdeu tudo em somente uma noite.

Algum tempo depois, outro carro se aproximou da casa: um Jeep Renegade. Dele saíram Mia, David, Ana Clara e Michael. Como o de costume, os cães foram recebê-los.

- Coé, galera! Fizeram boa viagem? - perguntou Gabriel.

- Aqui é maravilhoso! - exclamou Ana, encantada com a natureza e a paísagem - Nossos cinco dias serão perfeitos!

- Concordo! - Mia balançou a cabeça - Aqui é incrível! Lembro-me da primeira vez que o Henrique me trouxe... a partir daí, esse local tornou-se uma oitava maravilha do mundo!

Cinco minutos depois, outro carro se aproximou, dessa vez uma Toyota SW4. Dela Gabri, Anny e Iago desceram.

- Parece que o nosso time está completo! - brincou Mike.

- Gostei dessa cobertura para os carros! - Anny se referia à estrutura de bambu, construída e projetada pelo Robson.

- Meu Tio fez um bom trabalho,  como sempre! - Gabriel o respondeu - Vamos lá! Vocês estão a fim de uma gelada?

- Opaaa! Falou minha língua! - Gabri animou-se - Trouxe umas Cervejas Watts!

- Booooa! Aí sim! - David se lembrou das cervejas que um professor de Física produz. Grande amigo deles.

Todos os convidados se acomodaram nos quartos e foram para a área da churrasqueira para conversar e beber. Obviamente, Ariela e Ana Clara foram as únicas que beberam somente refrigerante e água, uma vez que não tinham idade suficiente para usufruir de bebidas alcoólicas.

Em um dado momento, Robson perguntou aos convidados sobre suas escolhas profissionais:

- Então gente, o que vocês vão fazer da vida?

- Eu pretendo seguir carreira de cardiologista! - disse David.

- Eu estou junto com o David, mas também penso em Oftalmologia! - Gabri respondeu tomando um gole de Walls - Anny?

- Bem... eu entrei para a faculdade de Gastronomia... meu sonho é criar um bom restaurante aqui na cidade! - disse ela.

- Eu... bom... entrei pra faculdade de Direito, pois gostaria de ser advogada! - Mia disse - E você, Ariela? Nunca me contou sua... sua ideia de profissão.

- Eu... assim que terminar a escola, quero fazer Administração! Meu pai administrava as ações de algumas empresa... por isso gosto tanto de matemática, física e química! O Gabriel me ajuda e eu ajudo ele!

- Falando nisso, por que você está fazendo Engenharia Robótica, Campeão? - perguntou Robson - Você não acha que já não passou por muitos perrengues com robôs?

- Eu ainda sou um robô! - Mike exclamou, arrancando risos dos presentes.

- Bom... eu acho que as tecnologias, em geral, são o futuro! Não que as outras profissões não sejam, mas... é possível ver que a humanidade está a um pé de fazer uma revolução tecnológica tão marcante que, talvez poderemos até salvar os indivíduos de extinções em massa! Na próxima década, voltaremos à Lua e, em 2030, estaremos deixando a primeira pegada humana em Marte. Eu quero fazer parte desse evolução, quero programar, construir máquinas importantes para isso! E até, se possível, pegar todo o horrível legado da Fazbear Entertainment e transformá-lo em alegria e diversão!

- Você... você quer construir uma Freddy Fazbear Pizza? - Maria, sua tia o encarou, séria - Você não acha que eles devem ser esquecidos?

- Acho que o passado deve ser esquecido! Pense: não existe mais uma ameaça a isso! Springtrap está morto, Elizabeth Afton está morta e... os outros foram libertados! Não temos mais nada a temer! Por isso, quero trazer sorrisos, alegria e diversão com essa pizzaria! Era o que o Henry queria fazer!

- Olha... eu acho que... ahh deixa... é a sua escolha... não irei interferir.. desde que você execute com bom coração e sabedoria... . - Guilherme diz.

Um clima um pouco pesado pairou entre eles. Para acabar com isso, Robson perguntou:

- E você, Iago? O que pensa em fazer?

- Engenharia Elétrica! Gosto de exatas, também!

- E você, Clarinha? - Gabriel perguntou.

- Ahhh não sei ao certo, mas penso em medicina também! Veterinária ou Psicologia!

- Legal! Espero que dê certo para vocês! - Robson disse, por fim.

O dia se passou rapidamente e todos se divertiram muito. A disposição dos quartos ficou: Robson e Maria no dos anfitriões, Guilherme e Clara, Gabriel e Ariela, David e Mia, em três suítes de visitas, Gabri e Anny em um quarto na casa principal e Iago, Ana Clara e Mike foram para um quarto com beliches.

- Eu disse que não precisava de quarto para mim... . - disse Mike ao tio do amigo.

- Ahh.. mas mesmo assim... queremos dar o máximo de conforto aos convidados!

- Bom... obrigado!

- Para de reclamar e vai dormir, Mike! - Ana disse num tom brincalhão.

- É hahaha escuta ela! Amanhã é dia de churrasco! - Maria disse, tocando no ombro do outro.

- Beleza! Irei "recarregar" as energias.

- Vai lá! Boa noite!

- Boa noite!

Todos foram dormir, ou melhor, quase todos, pois alguns casais resolveram "brincar" um pouco na cama antes de adormecerem por completo.

A noite era calma, o céu estava limpo e a Lua cheia iluminava os campos daquela linda fazenda. As únicas coisas que se ouviam eram o balançar das árvores, o som dos sapos, dos morcegos e dos grilos.

A luz lunar reinava naquela linda noite, mas como tudo possui uma validade, a Lua morreu para dar lugar ao lindo nascimento do Sol.

Logo que Gabriel abriu os olhos, já sorriu. Sorriu ao se lembrar de seu corpo colado ao de Ariela, ao se lembrar dos sons e gemidos que produziram. Eles estavam vestidos da forma em que vieram ao mundo e, apesar da noite fria, o fogo ardente de seus corpos os aqueceram.

- Eu estava com saudades de noites como essa, Amor... . - Ariela disse num suspiro calmo e doce.

- Eu também... eu te amo, Ari!

- E eu te amo mais!

- Não quero entrar nessa competição haha!

- Sabe... eu gosto muito daqui... e... esse quarto, em específico, é especial para mim... . - Ariela o olhou de maneira maliciosa e Gabriel entendeu a mensagem.

- Porque a sua primeira vez foi aqui?

- Aham... - ela o acariciou de maneira lenta o fazendo arrepiar dos pés à cabeça.

- E... você quer mais uma rodada?

- Agora não! - Ariela levantou da cama ainda nua e o olhou - Estou com fome agora! Mas depois... - ela mordeu o lábio inferior - Eu te pego de jeito!

- Poxa Ari... assim você brincou comigo! Não tem como não se animar com uma visão dessas!

- Obrigada! Eu sei que eu sou gostosa! - sua fala arrancou gargalhadas de ambos ali - Vamos nos arrumar para o café da manhã!

- All right!

O casal demorou um tempo para se arrumarem, pois sempre trocavam algumas carícias logo que despertavam. Eles não faziam isso só pelo prazer, mas sim porque se amavam imensamente! Logo que abriram a porta do quarto que dava já para o lado de fora do chamado "Anexo de quartos", já tiveram uma grande surpresa: Toddy e Black estavam deitados próximos à porta os esperando.

- Oi gente! - Gabriel os atiçou instantaneamente, já que ambos começaram a choramingar de entusiasmo - Eiiii... eiii... eiiii... shiuu.... vão acordar a galera! - ele os chamou para longe do Anexo e próximo à casa principal onde fariam menos barulho.

Assim, o casal começou a dar mais atenção aos cães que estavam muito felizes.

- Eles te amam, não é? Estavam te esperando lá fora hahahaha! Eles são muito fofuchos!

- Eles são sim! Só que estão muito fedidos hahaha!

- Meio difícil não estarem!

- Verdade... . Bom, vamos lavar as mãos!

A manhã estava ensolarada e bonita. O vento estava um pouco frio, mas até as onze horas, provavelmente, estaria mais quente. Em locais mais naturais, onde os prédios e a poluição não estavam tão presentes, demora mais para o Sol esquentar o ambiente.

Quando entraram na casa principal, Robson estava sentado em uma ponta da mesa lendo um jornal. Ao ver o movimento da porta, tirou os olhos das notícias e abriu um sorriso aos jovens.

- Campeões, bom dia! Como foi a note de vocês? - perguntou.

- Bom dia, Tio Robs! - ambos disseram.

- Ótima, estava com saudades daqui! - disse Gabriel - Vamos lavar as mãos!

- Okay!

Quando chegaram no lavatório, que ficava do lado de fora do banheiro, deram de cara com Gabri e Anny.

- Falae guys! Beleza? - Gabriel foi o primeiro a cumprimentar e os outros fizeram o mesmo após eles.

- Hoje sai o nosso concurso de tiro? - perguntou Gabri, enquanto se dirigiam para a mesa.

- Tudo depende dele! - Gabriel disse, apontando para o tio.

- O que depende de mim? - perguntou.

- O concurso de tiro dos meninos. - Anny respondeu por eles.

- Uai, vocês são meus convidados! Logo que acabarem o café eu irei lhes mostrar minha nova aquisição!

- Você comprou mais uma? - Gabriel estava impressionado.

- No caso... bom o Exército me deu de "presente" por um projeto de tubulação na divisão em que trabalho! Eles às vezes nos dão esse tipo de coisa aí o General Augusto me presenteou com um rifle de precisão IMBEL AGLC! - Robson era Coronel no Exército, mas também era Doutor em Engenharia Civil, por isso tinha porte e posse de armas liberado pelo Estado Brasileiro.

- Caraca! Serião? - Gabri exclamou - Esse rifle é totalmente produzido aqui no país!

- Sério! Você entende bem de armas, Gabri! Onde aprendeu essas coisas?

- Ahhh... em vídeo games... e na internet, também, mas... lá em Juiz de Fora, somos amigos de um policial que, inclusive, foi nosso tutor no curso de tiro, em abril!

- Legal.. legal!

Após alguns minutos, Iago, Ana Clara e Michael apareceram na sala.

- Bom dia, gente! - eles disseram.

- Bom dia! Como foi a primeira noite de vocês? - Robson perguntou.

- Ótima, perfeita, sensacional! - exclamou Ana, com os olhos brilhando.

- Muito boa mesmo! - dessa vez foi Iago quem disse.

- Eu até me senti mais em "sintonia com o mundo"... foi interessante, já que eu não durmo! - disse Mike.

- Eu queria dormir mais um pouquinho, mas o Iago tropeçou na cadeira de plástico e me acordou! - Ana reclamou, fazendo um biquinho com os lábios.

- Foi mal.... tava meio brisado por ter acabado de acordar! - o outro se justificou, arrancando risos dos demais.

- Engraçado... o casal do ano está demorando... . - Anny se referiu a Mia e David que ainda não haviam chegado para o café.

Todos fizeram um olhar divertido e malicioso.

- Vocês são muito maus hahaha! - o mais velho da mesa riu - Gabriel, seus pais pediram para avisar que foram dar uma caminhada!

- Beleza! Bom saber que estão se exercitando!

- Bom... querem ver o rifle?

- Bora! - Gabri se levantou num pulo.

- Sigam-me! - ele pediu.

Os garotos seguiram o anfitrião até o escritório, local onde ficava o armário de armas do homem. Ele o abriu revelando algumas pistolas, o fuzil padrão do Exército, o FN FAL, uma Doze Winchester e, finalmente, o IMBEL AGLC!

- Caramba! Que lindo! - Gabri exclamou.

- A mira pode variar de quatro a seis vezes! Vou deixar vocês darem uns tiros, mas poucos... a munição é bem cara!

- Belesma! Isso vai ser legal! - Gabriel exclamou ao tio - Vamos fazer as balas valerem a pena!

Após verem os "cortes", os três voltaram para a mesa que agora estava completa com a presença de David e Mia, além de Maria.

- Hummm... os dois pombinhos acordaram! - Gabriel exclamou - Dormiram bem?

- Muito bem! - Mia disse, sorridente e David concordou.

- Aquele colchão é muito bom, macio... . - ele disse, fazendo os outros os olharem de maneira maliciosa.

- Vocês testaram o colchão, David? - a irmã perguntou e Robson gargalhou com a reação de constrangimento do casal.

- Não se preocupe, Mia... a gente também testou! - Anny afirmou e o mais velho continuou rindo. Os jovens se juntaram a ele.

- A gente só amaciou o que já estava macio hahaahaha! - Ariela corou de leve com o comentário do namorado.

- Vocês jovens são... energéticos, não são? - Maria perguntou, acompanhando os risos do marido.

- Hahahahahaha!! Eles são sim! Mas, é da idade! Deixe-os aproveitar! Mas galera, o que vocês acham de dar um passeio pelo curral?

- Acho uma excelente ideia! - exclamou Gabriel e os amigos balançaram a cabeça em aprovação.

Assim, todos se arrumaram, colocaram sapatos velhos para caminhada e desceram para a área do curral. Robson mostrava tudo a eles, dava todas as informações para fazer aquele tour ficar ainda mais interessante.

Após uma hora de caminhada, eles voltaram para casa, onde Guilherme já começava os preparativos para o churrasco. Todos, portanto, começaram a se acumular próximos à área da churrasqueira. As conversas foram se tornando cada vez mais animada enquanto os jovens comiam e bebiam... bom.. talvez a cerveja tenha ajudado a aumentar a intensidade das gargalhadas e aumentar a quantidade de piadas ruins que estavam sendo contadas. Em um dado momento, Robson saiu de perto da galera e, depois de um tempo, voltou com as "lendárias".

- Caraca! Aí sim! - exclamou Gabri, encarando a bolsa lotada de armas que o tio do amigo trouxera.

- Olha... eu dei uma aprimorada nos alvos! Para a Sniper... está vendo aquele morro ali? - ele apontou para um morro a uns 600 metros do ponto em que estavam - Ali ficam os alvos!

- Longe... . - disse David.

- É uma Sniper né, querido? - Iago ironizou - Você quer atirar num alvo a dez metros?!

- Hahahaahahahaha! - Anny riu.

- Eu não vou falar nada, não! - David afirmou para não ser mais zoado.

- Com a Sniper, vou dar dez balas para cada, certo? De resto, atira até cansar! - o tio de Gabriel disse separando as dez balas por pessoa.

Foi assim que eles perceberam que essas munições tinham cerca de sete centímetros de comprimento, ou seja, eram gigantescas se comparadas às das pistolas mais leves.

Gabri foi o primeiro a testar. De acordo com a velocidade do disparo e a posição do vento, calculou que deveria mirar um pouco  acima e à direita do alvo. Seu dedo indicador esquerdo repousou sobre o gatilho e respirou fundo... todos ficaram em silêncio... e, então, ele apertou o mecanismo e...

"POOOAAAAAAAWWWWWWWWWWWWWWW.. THHSSSHHHHHHH" 

Um som ensurdecedor preencheu o lugar assustando todos os presentes. Alguns pássaros próximos voaram para longe e os cães começaram a latir. O rifle deu um coice tão forte que o jovem quase caiu para trás! Com o ombro dolorido ele encarou os amigos e Robson e exclamou:

- SENSACIONAL!!!!

- Quase perdi minha orelha, mas foi brabo isso! - Gabriel disse, com um sorriso.

- Meninos... - Mia disse às amigas, revirando os olhos.

Gabri, portanto, puxou o ferrolho para trás deixando o estojo cair, com um barulho agudo.

"TIIIIIMMMMMMM"

Após isso, colocou mais um projétil na arma e reposicionou o ferrolho. Olhando pela mira, percebeu que não acertara o alvo e que precisava refazer os cálculos. Após um tempo, novamente, ouviu-se o som do trovão.

Os garotos se divertiram por horas com as armas do tio do Gabriel, enquanto as meninas preferiram ficar conversando sobre os namorados e o garoto que Ana Clara estava querendo ficar ou talvez namorar se aquilo evoluísse.

Gabriel e Ariela, no fim da tarde, tinham o costume de ver o pôr do sol e, portanto, chamaram os amigos para vislumbrar aquele visual.

Eles vinham conversando, animadamente, até que Gabriel parou.

- O que foi, Amor? - Ariela perguntou, olhando para ele.

Ele não respondeu. Apenas olhava para um local à frente deles. Todos seguiram seu olhar e depararam com um garoto, de costas para eles, encarando o Sol. Eles se aproximaram devagar e se puseram ao lado dele, em fila, como soldados do Exército.

- Eu me lembro quando nós olhávamos para esse Sol e não nos preocupávamos com nada... nada! - a voz suave de Henrique preencheu os ares.

- Éramos... livres? - disse Gabriel, em um tom de pergunta.

- Você era... eu nunca fui... .

- O que você está fazendo aqui? - Mia perguntou.

O garoto suspirou longamente sem, em nenhum momento sequer, encará-los.

- Só estou... relembrando... venho aqui muitas vezes para relembrar... .

Outro silêncio. O clima, de uma hora para outra, havia ficado pesado.

- Eu queria... queria apenas me desculpar..... .

- Você não tem nada a que se desculpar! - Mia o forçou a encará-los - Tá... eu.. eu sinto muitas saudades de você, mas acontece! Você cumpriu sua missão em ambos os mundos, Henrique! Você, o David, o Gabriel e a Anny já me salvaram muitas vezes de... de me suicidar! - seus olhos começaram a encher de lágrimas.

- Certo.... o negócio é que eu vim até aqui dizer que... eu irei.. irei descansar por uns tempos e vocês não me verão durante... esse tempo! Eu... eu queria despedir mesmo!

- Pra gente... você nunca irá embora! - Gabri disse.

- É! Você sempre terá um espaço aqui! - David apontou para o próprio coração.

- Você sempre será meu amigo! - Iago se pronunciou.

- Não te conheço tanto, mas sei que você é incrível! - Mike pontuou.

- Nem eu, mas.. mas sei que você fez muitas pessoas felizes e merece um lugar na memória! - disse Anny.

- Você foi um amigo incrível para mim, assim como foi pro meu irmão! - disse Ana.

- Você foi uma das pessoas mais importantes para mim e... meu primeiro namorado! - disse Mia.

- E... você... você é meu irmão! Meu melhor amigo! Nunca esquecerei de você! - Gabriel disse, abraçando o irmão.

Os outros ficaram comovidos com o ato do rapaz e se juntaram ao abraço. Quando se separaram, encararam o Sol que uma de suas metades já havia sido engolida pelos mares de morros.

- Obrigado por tudo, pessoal! Aproveitem o tempo que vocês ainda têm! Foquem no futuro e em tudo o que ainda podem fazer!

Todos estavam emocionados! Após um tempo eles se abraçaram, novamente, como um último adeus e começaram a se distanciar, de volta para a casa.

Henrique os encarava com um sorriso no rosto! Olhou para o Sol, mas só viu os morros, pois aquele já se pusera. O céu estava lindo, pois apresentava uma mistura entre tons de vermelho, amarelo e azul. Ele, novamente, encarou os amigos, a família e os viu felizes.

Porém, gradativamente, aquele sorriso desapareceu e suas palavras se perderam assim como sua áurea:

- Aproveitem enquanto ainda há tempo...

*

Fim?

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Pessoal, é com muita emoção e felicidade que venho até aqui dizer que "Five Nights at Freddy's - Springtrap is the new enemy", finalmente, após dois anos e meio, chegou ao fim! E foi um fim digno, pois me arrepiei escrevendo, principalmente ao chegar na última frase do livro! Não, minha saga de FNaF ainda não acabou! Achei que seria clichê se a história acabasse aqui, portanto um novo livro será criado! Seu nome será: "Five Nights at Freddy's - The Last Location". A capa do livro e sua sinopse estão logo após esse aviso! Por fim, agradeço a todos pelo apoio, pois foi com a ajuda de vocês, voltei a escrever e terminei essa obra! Vocês são as pessoas que me motivam! Sem vocês eu não seria nada! Obrigado mesmo, por tudo... por cada riso, por cada lágrima, por cada suspiro, por cada like, por cada comentário.... posso ficar décadas aqui agradecendo! OBRIGADO!!!! Que a Força esteja com cada um de vocês e que tenham uma vida longa e próspera! Até o próximo livro e lembrem-se: Ele sempre volta!

Toda grande história necessita de um grande final. O ano é 2048. Trinta anos se passaram após o real encerramento do "Caso Fazbear", mas, em 2041, uma nova pizzaria com robôs foi aberta. Animatronics não eram uma grande novidade naquele ano, mas o dono do local havia feito um slogan para isso: "Um mundo com tecnologias tão avançadas como o nosso necessita voltar às origens! Foi assim que começamos!". O dono... seu nome era Gabriel Peixoto, o garoto que ajudou a destruir Willian Afton tornou-se o dono da Fazbear Entertainment. Quem diria! Ele casou-se com Ariela e teve uma filha linda chamada Ella. Sua vida era perfeita, cheia de sonhos e realizações. Havia ido à Lua quatro vezes e uma vez à Marte, pois projetou vários robôs à NASA e a outras empresas. Ele aproveitou, com sabedoria, o tempo que teve! Porém, esse tempo esgotou-se! Ele sempre volta!