Gabriel estremeceu ao ouvir o nome. Pensou que sua vida acabaria ali mas, para sua surpresa, Michael o abraçou.

- Muito obrigado mesmo! Eu queria matar meu pai desde 1985! Foi quando ele me mandou para um lugar chamado Circus Baby Pizza World, porque minha irmã, Elizabeth Afton, havia desaparecido lá! Na verdade, aquele lugar era uma armadilha para meu pai capturar crianças e fazer experimentos para trazer meu irmão de volta à vida! Então, passei cinco noites na Afton Robotics enfrentando os animatronics que meu pai criou. Eles chamavam Funtimes, mas não havia nada de divertido neles.. eram programados para matar! Eu encotrei minha irmã lá, mas... não era ela e sim Circus Baby, a animatronic mais "perfeita" do meu pai... . Você não vai acreditar mas, ela me matou e entrou dentro do meu corpo!

Ao dizer isso, Michael retirou o capuz e revelou sua face. Era podre, roxa, não havia olhos, apenas dois buracos. No pescoço, era possível ver algo metálico, um endoesqueleto robótico. Enfim, Michael Afton era um cadáver ambulante! Gabriel se afastou um pouco devido ao mal odor e Michael riu:

- Sou um pouco feio e fedorento né? Haha! Baby pensou que, entrando em mim, me "vestindo", tomaria o meu controle mas, não é bem assim.. ela tomou o meu corpo e não minha mente. Assim minha mente prevalece e quem sai perdendo é ela! Depois que virei um cadáver ambulante, comecei a viver nas sombras. Nos Estados Unidos, quando via vaga de guarda de segurança nas pizzarias da Fazbear, sempre tentava ser o guarda noturno mas, sempre era demitido devido ao mal odor! Quando descobri que a Fazbear Entertainmaint veio para o Brasil, busquei várias formas de vir mas, cheguei atrasado.. cheguei em 2005 e... meu pai já havia agido... matou o Gabriel Hudson, tentou matar o Henrique Hudson.... depois o Henry criou a Freddy Fazbear Pizza Toy e... Willian acabou com tudo.. matou o Sammy e... o Henry suicidou por tristeza... e... a filha dele Charlotte Morgan... foi morar com a tia.. . Eu sempre quis matá-lo com minhas próprias mãos mas... você fez isso por mim.. por todos.. obrigado novamente, Gabriel! Bom, tenho que ir.. sua amiga já deve estar preocupada com a sua demora... . Então... até outro dia! A gente se vê por aí, Gabriel!

- É! A gente se vê! - disse Gabriel, estendendo a mão com o intuito de cumprimentá-lo.

- Acho melhor não, amigo... - dito isso, Michael retirou a mão do bouso e
Gabriel entendeu a mensagem.

A mão de Michael era roxa e podre, assim como seu rosto. Seus dedos, despedaçados e nojentos, cheios de buracos o que possibilitava ver a mão robótica embaixo.

Gabriel então, acenou para o outro que, apenas disse:

- A gente se esbarra por aí! Faloww!

- Faloww e fuii!!

Enquanto Gabriel subia as escadas do prédio em que morava, ele digeria toda a informação que Michael Afton havia lhe concedido. Parecia que o filho daquele assassino era diferente do pai. Só estava agradecendo por algo que ele havia feito! Lembrou até do ditado: "O inimigo do meu inimigo é meu amigo".

"Bom agora, se a Ari perguntar, eu me encotrei com um amigo..." - pensou ele.

Então abriu a porta e foi para a sala onde Ariela estava.

- Vendo Transformers? Você gosta? - perguntou ele.

- Quem era aquele cara? - perguntou Ariela.

- Que-ue ca-cara?

- O encapuzado.

- Err...um amigo.

- Aham! Um amigo... tá fazendo 32°C e o cara tá com calça e moletom com capuz! Você nem conhecia ele!

- Você ouviu?

- Só o começo da conversa!

- Olha... eu menti pra você! Eu não conhecia ele! Ele é Michael Afton!

- 😨😱😱 Você é doido???

- Meu sobrenome é doido 😁!

- Por que ele não... te matou?

- Porque... - em seguida, Gabriel contou tudo o que Michael Afton havia dito.

Quando acabou Ariela apenas disse:

- Só toma cuidado! Não aguentaria perder você!

- Eu sou importante para você?

- Sim! Muito! Eu...😶 te amo! Você é meu herói!

- Opaa! Agora melhorou!

Gabriel passou as mãos em volta da cintura da menina e a beijou. Ariela, então passou os braços em volta do pescoço do garoto e retribuiu o beijo.
Quando separaram-se, Gabriel ouviu uma voz familiar:

- Olha! Meu mano tá namorando!

Quando Gabriel olhou para o lado viu uma pessoa, ou melhor, uma alma. Era seu irmão, Henrique Peixoto.

Continua...