Capítulo 4: Mágica.

{Narrador narrando}

Na parte norte do vale da lua havia uma enorme mansão mal cuidada, parecia que ninguém morava ali mas ali é o lar da família submund, a família com a maldição de não sair ao sol, antes da maldição aquela mansão era linda, seus jardins bem cuidados mas.... Após a maldição as coisas mudaram naquele lugar, a família ficava presa em casa durante o dia todo, o jardim foi esquecido a limpeza de fora da casa não poderia ser feita durante a noite e aquele lugar antes magnífico ficou com uma aparência deprimente.

- King, você está bem?... - Plutão se aproximou do amigo usando um capuz e roupas que escondiam cada centímetro da pele dele dos raios do sol, ele assistiu por um momento o sol se pôr no horizonte antes de voltar a olhar para o amigo sentado na varanda.

- Já faz, muito tempo que ela sumiu....- King falou olhando para Plutão que concordou, realmente já fazia muito tempo.

- Ainda sente falta dela? - Plutão perguntou baixinho se sentando ao lado dele, quando enfim não havia mais nenhum raio solar e a noite tinha chegado ele tirou o capuz e as luvas, Plutão foi surpreendido por um abraço do amigo.

- Um pouco, eu estou mais é preocupada com ela... Faz muito anos que ela não aparece, não sabemos se ela está bem ou se morreu, se está doente ou achou outra pessoa.... Ninguém mais está buscando por ela.- king soltou o amigo assim que ouviu alguém chamar seu bom amigo que um dia foi inimigo, mas naquele dia da maldição ele foi a única pessoa que lhe estendeu a mão quando estava frágil e machucado, sua família não o aceitava mais por perto pois diziam que ele trouxe toda essa maldição pra todas as famílias, Plutão mal teve tempo para falar um pouco mais com o melhor amigo.

- Paiiiiii, vem cá! Eu preciso de ajuda!- Ghost chamou o Plutão, ele por não ter o sangue dos submund em suas veias era o único da família que podia sair de casa quando o sol estava no céu, ele fazia tudo para ajudar sua família trabalhava, comprava mantimentos e ajudava a cuidar da casa de dia.

- Vai lá Plutão, seu filho tá chamando. - King falou observando o amigo se levantar para ver o que tinha acontecido.

- Volte para dentro cedo King, hoje a noite vai ser fria, ou pelo menos coloque um casaco...- Plutão falou baixinho para o amigo que concordou e voltou a olhar perdido para a lua, ela não fazia ideia quantas pessoas olhavam para ela com olhares perdidos a procura de uma resposta, ou talvez ela não ligasse mais para as pessoas do vale da lua, seu amor por aquele vale talvez esteja se esvaindo um pouco a cada noite pensou Plutão sabendo que quando voltasse para aquela varanda encontraria ele ainda ali, as vezes ele passava as noites ali naquela varanda com sua única companhia sendo a noite ou as vezes ele ficava ali ao lado de seu bom amigo King lhe fazendo companhia naquelas silenciosas noites, lhe dando conforto e um ombro amigo. - Você ainda sofre em silêncio, nada que eu fiz fez você melhorar... - Ele saiu dali, deixando ele sozinho novamente - Mas eu espero que na próxima noite eu consiga, pelo menos te fazer sorrir, você não sabe como dói te ver assim King, dói mais que as queimaduras do sol....- Plutão colocou a mão em seu peito enquanto passava pela sala e entrava em um corredor, passando por espíritos que andavam livres pela casa, notando que vários espíritos desapareceram, eles faziam parte daquela mansão tanto quando a familia dele.- King, Você poderia parar de esperar por ela? Não, ele gosta somente dela, ele espera por ela e nada além dela... - Ele parou e estendeu um dedo para o espírito de uma mariposa pousasse ali, ele a olhou por um tempo antes de vê-la voar novamente e continuou seu caminho- Plutão você é apenas um "planeta" sem importância, quem é você diante da "Lua" nas noites dele...Ela é mais importante do que um planetinha como você. - Plutão sussurrou para si mesmo, antes de parar diante da porta da frente de casa e abriu a porta vendo o filho Ghost rodeado de caixas de madeira pequenas e grandes cheias de alimentos e presentes para os irmãos, ele sorriu indo até o filho o ajudando a carregar uma caixa pesada. - Como conseguiu tudo isso?

- Consegui um bom trabalho na casa de um nobre de mordomo, coloquei todas as minhas economias nessas coisas. - Plutão o ajudou a levar a caixa para a cozinha.

- Filho você sabe que não precisa fazer isso... Guarde suas economias para gastar com coisas para você. - Plutão falou iguinorando completamente que a família estava quase a ponto de falência, aquela maldições maluca fez eles terem dificuldade para manter seus empregos e empregados.

- Não pai, eu quero cuidar da nossa família. - Ghost disse tirando de dentro da caixa de madeira alguns alimentos frescos, Plutão bagunçou os cabelos dele emocionando mas não disse nada.- Eu quero retribuir todo o amor, carinho e confiança que recebi quando cheguei nessa casa. - Ghost sorriu lembrando de suas memórias de criança, dele e dos irmãos correndo por aqueles corredores enormes.

[...]

Plutão trouxe o jantar de king para a varanda, notando que ele estava dormindo ele deixou a comida em cima da pequena mesinha ali e pegou ele no colo com cuidado para não acorda-lo suspirando ao sentir a pele gelada dele em contado com sua pele quente..

- Teimoso, não pegou o casaco como eu te disse...- Plutão sussurrou e o levou para dentro, logo o levando para o quarto que pertencia a ele na mansão e o colocou na cama o cobrindo,ele encarou os lábios entreabertos do outro por um longo tempo e se aproximou sentido a respiração quente em seu rosto estava a ponto de beija-lo mas se deteve no final e saiu do quarto, deixando ele descansar.

[ Enquanto isso na casa dos Solaria ]

A lua iluminava o rosto do jovem homem de cabelos ruivos que dormia tranquilamente mas de repente, ele começou a se remexer fazendo caretas e chutando as cobertas e logo acordou assustado e suado olhando ao redor um tanto confuso, quando viu que estava em seu quarto deitou na cama olhando o teto.

- O que significa isso? - Lovely se perguntou pensando no sonho que teve naquela noite, ele se levantou e foi para a janela, sabia que não ia conseguir voltar a dormir, pelo menos não tão cedo.

A noite estava linda, a floresta estava escura mas ele conseguia ver brilhos estranhos pela floresta voando para lá e para cá, sumindo e desaparecendo.
Lovely se lembrou de seu pai falando que aqueles brilhinhos eram fadinhas que saiam a noite para brincar sem nenhum ser humano para as incomodar, ele notou algo estanho era um brilho diferente, bem maior e mais brilhante que passou por todas as fadas que as deixou atordoadas que logo sumiu quando entrou no fundo da floresta.

- Você não está curioso? - Lovely se assustou com a voz vindo do nada, olhou para os lados procurando o dono da voz, quando olhou para a cama viu nomezinho baixinho, de cabelos e olhos castanhos, flores brancas na cabeça blusa branca e uma calça jardineira com os joelhos sujos de terra como os tênis surrados, ele parecia ser jovem, uns vinte anos por aí.

- Quem é você? - Lovely perguntou procurando algo para acertar aquele homenzinho caso ele fizesse algo para o machucar.

- Me chamo Cheese, o gnomo... Você não está curioso? Com a luz mais brilhante na floresta?- Lovely olhou para ele se lembrando que sua irmã lhe contou que o papai vivia dizendo que um gnomo mágico roubava queijo da cozinha, frutas do pomar e flores do jardim, mas eram somente histórias que ele contava quando ele exagerava no vinho, ele nunca conseguiu provar a existência daquele gnomo, Lovely ficou visivelmente mais calmo mas mesmo assim estava em guarda.

- Como você entrou aqui? - Lovely perguntou procurando qualquer abertura no quarto por onde aquele Gnomo entrou em seu quarto.- Você sabe o que ela é? - perguntou ainda procurando.

- Segredinho, você tem Queijo? - o Gnomo perguntou risonho, Lovely olhou para ele negando - Bom, sobre a luz mais brilhante na floresta... Não faço ideia do que é mais sei que não é uma fada gigante, como aqui não tem Queijo tô dando o fora daqui. - Cheese falou fazendo bico, e olhou para o Lovely por um tempinho- Você tem algo diferente do homem mal humorado e da moça bonita que moram aqui, eu não sei o que é mas você é diferente eu sinto. - Cheese pulou da cama e foi até a cômoda e pegou as rosas dali e quando Lovely virou para o outro lado para procurar alguma entrada, ele aproveitou para sumir dali, quando Lovely percebeu que ele sumiu ficou confuso.

- O que diabos aconteceu aqui? Essa casa é maluca... - Murmurou se sentando em sua cama, primeiro um pesadelo maluco com o vale sumindo, depois viu um brilho misterioso na floresta e ainda por cima um Gnomo roubou as flores de sua cômoda.

Ele voltou a se deitar, não sabia quando conseguiu pegar no sono mas quando acordou já era pela manhã e estava atrasado para o café da manhã.

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