C A P Í T U L O 69

     Nhycall recuperou a consciência.

     Muito rápido para uma Ômega, mas está acordada.

     É tudo que Nhyara precisa saber. Seria obrigada a comer a própria carne até o despertar da Ômega. Agora a ausência do Supremo fazia sentido.

     Ele estava cuidando dela…

     Nhyara condena um fato irrefutável em relação ao Supremo e isso a consome, dia após dia. Ele não entra por aquela sela a três dias, deixando-a definhar sem água ou comida. Suas necessidades são feitas na roupa que um dia era de nobreza. Ela está fedendo como uma humana.

      Nhyara tem nojo de olhar para si mesma cada vez que volta a consciência. O ar arde ao passar por suas narinas devido ao forte odor. Sua cabeça dói, lateja e mal sente seus pulsos, todos cicatrizados e marcados. Como seres da lua, a escuridão é sua casa. Contudo, o lugar é tão claro e quente quanto ser exposta ao sol do deserto.

      Sua pele está sensível. Sua mão quase está sendo queimada pela proximidade das tochas quando ela ouve passos. São calmos, sem pressa alguma e nenhuma intenção de passar desperdício. Nhyara suspira com a dor em sua cabeça quando a pesada porta de aço é aberta.

      Uma silhueta masculina é exposta de forma deformada pela sua visão turva. Um fraco sorriso surgiu em seus lábios ao acreditar que ele tinha voltado.

     Contudo, Drogo não tinha intenção de deixar o conforto de sua banheira e, muito menos a presença de sua companheira.

     Nhycall podia comparar-se a uma criança com as espumas da banheira. Era a primeira vez que via algo tão espumoso devido a seiva de certas árvores de Hyfhyttus. Havia espuma em seu cabelo, no rosto e ele continuava a brincar.

      Ela ergue sua mão no ar, segurando o grande volume branco e sopra. A espuma voa com facilidade e a Ômega só percebe o percurso que tomou quando recebe um rosnado.

      Ela poderia ficar com medo daquele rosto sério e o olhar frio. Contudo, aquela espuma em seu cabelos negro, escorrendo pela lateral do seu rosto a faz rir. A primeira risada completamente despreocupada de o homem irá ou não, atacá-la.

      Uma completa falta de respeito!

      Abusada

      A risada não morre nem mesmo quando as pesadas mãos do Alpha apertavam sua cintura e ela sente o robusto corpo de seu Supremo junto ao dela. Ela suspirou quando sua beleza masculina a embriagou e, mesmo hesitante, ela levanta sua mão. Os cabelos negros completamente bagunçado são parcialmente ajeitado quando ela retira a espuma.

     Seu coração disparou quando os dedos caíram sobre o rosto rígido de sua face insensível. Mas ele nada fez quando sua mão tirou a espuma de sua pele e tocou sua barba áspera.

     Quando a Ômega terminou, ele não saiu. Seu toque ficou mais suave, contudo, não para afastá-la. Ele queria aquele belo corpo junto ao dele. Nhycall é tão linda, inocente e pura que o mais natural de seu chame o seduz. Malditas bochechas vermelhas!

     Ele junta seus lábios em um beijo, não exigente, mas calmo. Nhycall pode sentir um dos poucos momentos em que ele expressa algo por ela. Todo aquele corpo em pura crueldade pronto para matar, mas os lábios tomando seus lábios sem qualquer brutalidade. Quase sensível o suficiente para ensiná-la.

     Nem mesmo aquela barba roçando em sua face expressa perigo. Na verdade, a faz arrepiar-se.

     Ele sabia o que fazia quando sua boca descer até a curva do pescoço. O cheiro do lhycan invadiu suas narinas juntamente com toda autoridade que ele esbanja. Sua língua preparou a pele, seus lábios os sugaram e seus dentes alertou todo seu corpo. Nhycall não conseguiu manter os olhos abertos quando seus caninos fazia menção de morde-la.

      Ele apoiou em seu corpo, abraçando-o. Ela gemeu quando seu pequeno corpo foi levantado pelo dele. Seus olhos arregalam-se no susto e Drogo a tirou da banheira. Sem importar-se de molhar todo o quarto, ele a levou para a cama. Seus longos cachos negros molharam a almofada e o Supremo ignorou completamente.

     Ele posicionou-se entre suas pernas, colocando uma sobre seu ombro. Nhycall sabia o que pretendia e apertou os lençóis com força antes do Titã sugar todo o seu prazer.

     Predadores…

     A beleza tende a predominar em espécies de predadores em todo o mundo. Para todos, funciona de maneira semelhante e igual.

      Quem sente-se ameaçado pela beleza atrativa e calma?

      Dessa forma, os anjos foram vistos como seres angelicais. Protetores dos céus! A crença humana está certa, contudo, equivocada.

      Arcanjo são os líderes de anjos. A Fênix é o Arcanjo dos Arcanjos. Dessa forma, eles lutaram para proteger os humanos e, com isso, passaram a ser idolatrados. Grande erro! Anjos estavam apenas protegendo seu estilo de vida como caçadores alados e não como batedores de gado.

      Mas a beleza angelical… Perigoso!

     As asas que os levam ao céus… Seus ninhos!

     Sua sabedoria única… Simplesmente seu estilo de vida!

     Anjos são caçadores habilidosos! Criaturas que vivem no meio termo da noite e do sol.

     E não devem ser subestimados…

     Quando as grandes asas abrem-se, eles lançam-se ao ar.

     Ela também…

     Ela cai do penhasco sem medo algum do que encontrará no fundo. Enquanto tiver suas asas, ela pode controlar sua própria gravidade ao abri-las, deixando apenas um rastro de gelo na pedra. E esse fragmento reflete o céu…

      Nhycall, nos aposentos de Drogo, desperta a tempo de vê-lo preparando-se para sair. A respiração ofegante, os olhos verdes e o coração acelerado jamais passaria despercebido pelo Titã.

Irá ver N-Nhyara? — Sua voz foi como um sussurro quase perdido na atmosfera, contudo, perfeitamente captado pelos ouvidos de Drogo.

     Sem responder, ele fecha o cinto de sua calça num estalo firme. Só então, seu corpo vira-se para a Ômega.

      A lhycan não teve muita tempo para recuperar-se. Foi dado-lhe um banho e uma ordem de paz, onde ela poderia alimentar-se e dormir. Contudo, antes do fim da noite, pela manhã, foi arrancada de seus sonhos e arrastada por pelos corredores do palácio.

      Mal pode ver onde estava quando foi lançada aos pés do Titã. Firme, impassível e poderoso. Estava tão próxima que se ele levantar seu joelho para acertar um forte chute com seus pés, a cabeça de Nhyara poderia deixar o corpo.

     Contudo, nada fez. Ele permitiu ela afastar-se conforme seu instinto de sobrevivência. O coração bombeando sangue rápido juntamente como a forma que ficou mostrou estar em alerta. Os olhos verdes rapidamente ajeitaram-se absorvendo toda a claridade possível naquele ambiente.

      Assim, ela viu, rosnou e pronunciou:

O que ela está fazendo aqui?!

     Nhyara, como todo lhycan, tem um imenso orgulho; algo que falta em Nhycall. Ver a Ômega sentada em uma confortável cadeira, com aqueles cachos perfeitos caindo sobre seus ombros, seios até alcançar a barriga volumosa não agradou a ruiva nem um pouco. Ela detesta a presença daquela grávida e, se pudesse, mataria.

     E o que mais a irrita é o fato do homem ao lado não permitir que ninguém sequer a toque. Uma possessão que ela sabe que vai além daquela maldita grávidez. Algo muito familiar para ela…

     Drogo, sem obrigação alguma de responder, deu um sinal aos seus homens que a tiraram do chão. Sem a visão das mesas atrapalhando, ela pode ver onde, de fato, estava.

      A iluminação era maior devido as chamas das forjas. Havia ouro e prata derretido, juntamente com moldes delicados. Armas e lâminas postas deitada sobre a boca de uma estátua de lobo é a confirmação de onde estão.

      Nhyara é arrastada até uma mesa de pedra e é presa em uma mesa de molde. Ela arregala os olhos quando seu braço é estendido e amarrado a pedra perfeitamente esculpida. Sua respiração descompensada-se quando todos param o que estão fazendo para olhar a Ômega e, em seguida, para o Supremo. Não farão algo do tipo sobre a presença de tal grávida sem autorização.

O que irão fazer?! — O silêncio apenas apavora a lhycan, contudo, com a confirmação do Supremo eles tiram da forja ouro derretido. E com o ferro posicionam sobre o pulso da mulher. — NÃO!

     Seu grito ecoou por todo lugar quando o ouro caiu sobre o seu pulso, queimado a cicatriz formada por comer a carne e fechar o ferimento com ferro quente. Nhyara já estava acostumado com algo tão quente tocando sua pele, contudo o ponto de fusão do ouro poderia derreter sua pele!

     O grito estridente ecoou por sua garganta de maneira tão intensa que assombra a mente de Nhycall. O ouro circula por sua mão até próximo do endurecimento e, logo, Nhyara é arrastada até a água onde sua mão é posta. O vapor mostra o quão judiada foi sua carne e sobe pelo ar.

      O cheiro de carne queimada e o vapor de água é algo que, com certeza, afeta a grávida. Não seria capaz de manter-se em pé naquele estado quando seus olhos vê aqueles pequenos flocos de água brincando na atmosfera como uma neblina das madrugadas mais sombrias.

      Onde o frio parece, a temperatura cai e a neblina dificulta o campo de visão, o predador caça. Contudo, aquele vapor não é neblina. Não é uma liquefação, pois é quente. A água é evaporadora de maneira única e faz seu estado gasoso dançar no ar como se o fogo fosse tão quente que pudesse carbonizar tudo ao seu redor.

       Seu transe é quebrado com o som de martelo. Nhyara agora estava presa em uma mesa de pedra onde os lhycans preparam-se para dar forma ao ouro grudado em sua carne. A primeira martelada é seguido de um grito tão estridente devido a força utilizada que faz faíscas saltaram.

       A cada golpe e serragem, faíscas vermelhas voam pelo ar como flocos de mágica hipnotizando os azuis intensos do olhar da grávida. Tão angelical, contudo tão quente e voando pelo ar.

      Elas namoram umas às outras de forma quase sensual antes de cair e apagar-se. Mas enquanto estão na atmosfera, é como controlasse sua gravidade.

      Quase como se tivesse enormes asas, abrisse-a e lançar seu corpo aos céus para, em seguida cair. Mas sem perigo. Tão rápido que, quando seu corpo estivesse próximo de unir-se ao chão, sua envergadura é exibida de forma tão intensa e calorosa que queima todo ao seu redor.

      A respiração de Nhycall agita-se ao reparar que o bracelete do braço direito da lhycan estava pronto. Agora fariam o do esquerdo, arrastando para onde novas fileiras de ouro derretido junta-se a carne.

      Juntos

      E logo, o calor encontra-se com o frio. O ouro é esfriado e o um novo vapor, fruto da união ergue-se aos céus, dançando com sua forma não definida. Nhycall fecha os olhos ao sentir o pé de sua barriga doer, contudo, torna a abri-los quando o cheiro de carne queimada invade suas narinas.

      Morte

      O fogo consumidor tão poderoso que consegue fazer a fusão perfeita de puro puro e o frio que consegue fazer a solidificação. Elementos perfeitos e únicos, manipuladores de eventos únicos. Grandes forças da natureza, juntos para a produção. E, logo, o resultado está pronto aos pés de Drogo; Seu Supremo!

      Nhyara estava com a carne de seus ambos os pulsos moldada em ouro de um bracelete irremovível. Esculpido em seu própria pele para ela.

Deseja ser tanto a Suprema, pois será. — Drogo lança dois moldes em sua frente. O símbolo perfeito da Supremacia e o único ao qual foi forjado os marcantes bracelete de Zhrydä Ådamhs, forjado pelo próprio Åæron Ådamhs! Contudo, junto, havia um outro molde de símbolo. É tão pequeno que apenas com uma análise próxima poderia ser vista; um lobo com uma espada cravada em seu crânio. O símbolo de um traidor condenado a morte. — Suprema Arya!

     Nhyara estava com os pulsos tão doloridos que mal conseguia falar. As lágrimas caiam em abundância pelos seus olhos enquanto via sua pele unir-se ao ouro. A umidade acumula-se em seu queixo e os soluços a faz soltar-se. Nhycall observa aquele azul refletir a brasa do fogo, em mistura perfeita antes de deparar-se com o chão e desmanchar-se.

     Logo, a chuva começa, de dor, sofrimento causada por toda devastação dos danos causados.

     Nhyara sabia que haveria apenas músculos pois, toda pele foi fundida ao ouro. Se o bracelete for removido, sua mão vai junto. E mais do que isso; não é dilatável a transformação física de sua forma de liberdade.

Terminem a boceta de ouro. — Ordena Drogo.

      No mundo lhycan, uma puta é marcada na pele a desonra de alma juntamente com sua falta de direitos. Contudo, uma Suprema geralmente esbanja riqueza como ouro, prata e jóias raríssimas. Nhyara terá o que esbanjar…

      E assim, Nhycall arfa.

Meu Supremo… — Seus olhos fecham-se. O pé da barriga dói e, com isso, logo o homem está acalmando as feras em sua barriga. Os olhos frios a encara:

Não deveria ter vindo.

— Já está vindo. — Quando Nhycall abre os olhos, revela os vermelhos únicos e majestosos, brilhando e refletindo o olhar sombrio de seu companheiro.

      Drogo levanta seus dedos as bochechas de sua companheira. O toque quente, contudo, por uma pessoa fria.

Vão encontrar-se em um único corpo; Fogo e gelo; Noite e dia… — Ela para para respirar, relembrando a lágrima de dor, refletindo a perfeição da luz. Único, majestoso e raro. — Sol e Lua!

— Eclipse.

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