C A P Í T U L O 68

     Serpente vermelha…

     Nhycall colocou o Supremo em uma caçada de uma criatura venosa com mais de 10 metros de comprimento. Apenas mais uma caçada de Hyfhyttus…

     É fim de tarde quando Drogo abaixou-se próximo a uma árvore analisando o conteúdo pegajoso. Ele não toca devido a saliência ácida que faz o tronco apodrecer, contudo, ele aproxima-se o suficiente para sentir o cheiro único e característico.

     Veneno

     A criatura é escorregadia devido às suas escamas serem constantemente umedecida com veneno. Os machos tendem a enrolar-se nas árvores marcando a raiz com o veneno e o cheiro de suas glândulas de odor. As fêmeas, maiores e mais perigosas, seguem o odor mais forte para acasalar. Os filhotes devem ficar com o pai, pois ele quem alimenta.

     Mas ovário, quem tem é apenas a fêmea. Nhycall quer os ovário e agora Drogo deve caçar. Quando mais rápido melhor. Sua mulher descansa em seus aposentos enquanto ele, na profundeza da floresta, rastreia um predador.

     Um som na mata atrai seu olhar. Nada mais do que um pequeno mosquito de quatro centímetros. Logo a fera volta a perseguir a serpente, adentrando cada vez mais no pântano úmido.

     Ele escorrega pela terra úmida até a base da pedreira, onde abaixar-se sorrateiro. Mais a frente, ele vê as poças de água e lama, não muito fundo, mas onde abriga algumas lesmas engolindo um infeliz que caiu em seu ninho e indicando que está quase no interior do pântano.

     O lhycan não levanta. Não deseja chamar a atenção das crianças e iniciar uma luta. Se uma daquelas lesmas subirem nele, irá cobrir até às genitais. Três, tampam ele. E mesmo que sejam consideradas lemas, conseguem engolir partes humanoides facilmente. Uma criança naquele lugar, mesmo sendo um lhycan, é um bônus de refeição para esses seres insistentes e pegajosos em sua comida.

     Sem interesse em ter uma lesma tentando engolir sua perna pelo pé, ele esgueirou-se até uma elevação maior. Silencioso como uma fera, ele gruda suas garras na rocha e observa o borbulhar abaixo. Constatando que ninguém irá perturbá-lo, ele escala o rochedo. Como um ser que com conhece os perigos de sua terra natal, ele avalia cada raiz ou pedra que usa para manter-se na rocha até o topo.

      Do outro lado, não há nada além do outro lado do pântano, onde mais criaturas peçonhentas descansam na margem enquanto ao meio — o real perigo — ficam alguns dos crocodilo que Rômulo teve que lutar para conseguir suprir o desejo de grávida de sua companheira. Drogo nada mais está do que em cima de um muro íngreme e escorregadio.

     Como uma fera, ele equilibra-se e passa levemente pela pedra, agarrando-a em sua mão e pés como um macaco numa árvore. Todavia os joelhos agachado para manter o equilíbrio favorecido pela mutação em suas costas. Aí fim, ele pula para uma outra pedra e depara-se com um ninho de ovos negros. Ele decide sair antes que a mãe decida brigar pela cria que ainda não nasceu.

     Mais a frente, o lhycan volta para a terra firme, porém úmida. Ele fareja o ar em busca do odor do macho e encontra-o em uma árvore próxima. Ele avalia a provável direção pelas marcas das escamas, juntamente com alguns parasitas se 3cm mortos pelo veneno.

     A serpente não tem muitos inimigos, devido a esse veneno. Quando está em seu corpo, não é perigoso. Mas ao ser despejado para fora, é letal. Qual criatura arriscaria morder sua carne em um ataque e morrer?

      O Alpha encara o céu, anunciando um dos momentos mais escuros da floresta; o entardecer. Sua visão sensível ajusta-se a escuridão crescente quando ele aventura-se mais a fundo no pântano, silencioso como um predador. Muitas criaturas já o viram, mas sabem quem levaria vantagem em um combate devido a sua posição na cadeia alimentar.

     Drogo apenas ignora e, por mais algumas horas, estreia a víbora até depara-se com o centro do pântano onde o tamanho dos animais tende a aumentar. Junto com o rastro da serpente, ele identifica uma pegada de largado cujo tamanho é três vezes maior do que sua mão. Um adolescente, sem dúvidas.

     Ele encara a copa das árvores, garantindo que não há nada sobre ele quando a floresta começa a iluminar-se com a chegada da noite. Mas a caçada não para. Com todos os sentidos em alerta, aproveitando-se da posição do vento e da pouca iluminação da vegetação florescente do pântano em resposta as auroras boreais no céu.

      Passando por um rochedo íngreme, ele vê alguns predadores alimentando-se de uma caça, morta a algum tempo. Drogo passa despercebido e cada vez mais adentra o pântano até apoiar-se em uma árvore e baixa-se. Ele avalia o terreno a frente, sabendo que há um grande predador que atacaria-o arriscando um combate.

     O Supremo faz parte de uma das espécies de predadores mais sensoriais do planeta. Com a noite, seu alcance apenas aumenta. Ele sabe que a criatura a frente está longe demais para identificá-lo, contudo, Drogo sabe de sua localização assim como sabe que vem sendo seguido a vários minutos.

     O terreno onde ele está não é aleatório. Saiu do rastro da serpente a um bom tempo e pretende ser rápido quando rosna para a criatura atrás de si. Ela rasteja entre as folhagens e maneira sorrateira e quando percebe que Drogo sabe de sua existência, revela-se.

     O vermelho vinho e os olhos verdes hipnotizadores indicam o seu sexo juntamente com o tamanho da cabeça, grande e o verde em sua barriga. A serpente levanta a cabeça de modo intimidador enquanto inicia sua dança hipnótica.

     O Supremo nada faz exceto ficar parado e, assim, ela estica-se a dois metros e meio do chão e aproxima-se do que acredita ser sua presa, mostrando a língua negra. Assim, ela abre a boca e cospe veneno em direção ao Alpha que facilmente desvia.

      A serpente afasta-se num rosnado ácido e quase sem voz com a atitude do Alpha que repara no tamanho de sua barriga. Desovou a pouco tempo e alimentou-se para repor os ovários que, no momento, deve encontrar-se no ponto ideal para sua grávida. Não estranha ela persegui-lo mesmo após uma refeição. Essas serpentes adquirem uma fome desenfreada de forma que nunca está satisfeita após pôr seus ovos e deixar o macho.

     A víbora volta a esguichar veneno e ataca o Alpha que torna a desviar. A serpente é incansável ao esgueirar-se pela vegetação, árvore e iniciar sua sequência de bote e ataque, querendo abocanhar o homem que sempre recua. Ela comprime suas escamas e pula de forma que plane no ar com auxílio do colarinho e uma grande quantidade de veneno ácido é cuspido em Drogo.

     O Alpha rosna com o ataque e para desviar, sobe uma árvore. Logo ele tem que dividir-la junto com serpente.

     Ele não deseja tocá-la e quando volta para o chão, deve preocupar-se com o veneno que ela esguichou. A predadora é sagaz, mas está perdendo a paciência por não pegá-lo enquanto ele não lança nenhum ataque. Sua opção foi provocá-lo, abrindo a boca, mostrando a língua, aproximando e afastando a cabeça. Ela quer atraí-lo em deboche e hipnose.

    E quando finalmente consegue, arrepende-se…

     Drogo abaixa-se no chão, sentindo a terra e as raízes. Ele prepare-se para atacar e levar o que sua companheira anseia daquela criatura.

     Mesmo essa víbora tão perigosa reconhece o perigo daquele homem quando seus olhos adquirem uma cor avermelhada. Seu grito assombra a floresta quando ele inicia seu primeiro movimento.

     A serpente era enorme. Seu corpo estava em cima de uma árvore de mais de cinco metros de altura enquanto a cabeça aberta e alguns centímetros separada do corpo estava aberta no chão. Drogo acabou de extrair o cérebro, o qual, ele coloca ao lado do ovário e do saco de veneno.

     Caçar uma serpente pelos seus privilégios, certamente não é algo sensato. Contudo, o veneno da serpente vermelha, ainda dentro do saco, não é perigoso. Com a transformação adequada, transforma-se em uma forte bebida que pode matar seres biologicamente fracos como humanos ou deixar um lhycan extremamente bêbado. Nem mesmo um Titã escaparia da embriaguez ao ingerir altas doses da mistura.

     Certamente algo valioso, mas que não vale o esforço de uma caçada com uma criatura que pode matar os Deltas de sua alcateia caso encurrale-os. 

    Como Supremo, ele tem o luxo de enfrentar e ganhar dessa víbora avermelhada e não iria desperdiçar seus dotes. Com tudo que desejou extrair pronto para a viagem, ele já estava pronto para para sair daquele pântano e ir atrás do morcego. Contudo, algo chamou sua atenção no corpo da serpente. Os dentes da cobra brilharam toxina. Deve haver cinco centímetros as pressas enquanto os demais baseiam-se em serrilhado de fileira de um centímetro.

     Com a cobra morta, o veneno irá apodrecer os dentes juntamente com as brilhosas escamas avermelhadas que fazem parte de sua defesa biológica. O Supremo suspira…

Hm… — Aquela comida despertava o apetite de Nhycall. O sangue, a concentração do tecido do cérebro. A lhycan saborea o pênis de morcego por longos minutos enquanto Drogo permanece a distância, na banheira.

     Faz um dia que ele saiu para a caçada e retornou a pouco tempo com um cheiro marcante de onde estava e sua primeira atitude foi entregar a comida a Nhycall e banhar-se.

      Ele escutava os gemidos de prazer que saia de sua garganta. Estava adorando a carne e saboreava todo o esforço de seu companheiro. Quando Drogo retornou para a cama, ela já estava terminando de mastigar o último miolo do cérebro.

      Ela suspirou satisfeita e pousou a mão sob o volume de sua barriga. Drogo retirou a bandeja e deitou ao seu lado, alinhando-a ao seu peito. Sua assassina mão pousa na barriga arredondada e sente os bebês mexerem-se.

Acha que são meninos ou meninas? — Nhycall deita-se na cama com a ajuda de Drogo. Ainda está fraca e geme com a suavidade.

Apenas você, como mãe, pode sentir. — Lembra.

     O Alpha cheira seus cabelos e afirma parcialmente seu peso sobre o dela. Nhycall sente seu toque possessivo, natural de um lhycan.

     Uma grávida não sobrevive sem um o pai de suas crianças. Há coisas que somente ele, como pai, pode fazer. Isso inclui acalmar os bebês quando estiverem muito agressivos e cumprir os desejos que estende-se muito mais do que alimento.

     As grávidas não tendem apenas a desejar determinadas comidas. Elas exigem que o companheiro prepare-a da forma como deseja. Seus filhotes aceitam o alimento somente sobre a presença do pai da mesma forma que só é possível um sono profundo junto de seu homem.

     E os desejos variam para atitudes que tornam a mulher carente. Nhycall, como Ômega e grávida não recua ao abraço de Drogo. A proteção que aquele músculo proporciona é única. A respiração calma trás tranquilidade e seu sono quase não a faz preocupar-se com a nudez do homem.

     Drogo cobre-os com as mantas e cobertor. Seu peso afunda na cama mais do que Nhycall e a nostalgia de sentir o calor de seu companheiro a atinge. Seus dedos deslizam pelos seus músculos e o aperta em seu braços. Sua barriga entre eles não incomoda. O Supremo não a esmaga.

Drogo? — Nhycall perde o fôlego ao notar o que estava prestes a dizer. Contudo, já era tarde. Ela o chamou.

Hm? — Suas bochechas ficam vermelhas e Nhycall encolhe-se de vergonha. Drogo sente sua hesitação e, com isso, exige: — Diga…

— N-Não é nada. Desculpe…

— Nhycall… — O Alpha suspira e passa sua mão entre seus cabelos negros e úmidos do banho. Nhycall encolhe-se com seu tom. — Não irei repetir uma segunda vez.

É… eu q-queria… — Ela torna a hesitar e Drogo abre os olhos encarando-a. Nhycall permanece com os olhos fechados e encolhe-se com um certo medo e nervosismo. Mas Drogo não irá deixar quieto. A Ômega deve confiar mais nele e terminar o que iria receber. — N-Nunca re-recebi…

— Carinho? — Pelo reação do corpo de Nhycall, era isso que ela queria de forma que chamou-o impulsivamente. Drogo ajeita-se na cama de forma que toda sua costa conforte-se no macio e sua mulher tenha que deitar a cabeça em seu peito.

     Assim, ele fecha os olhos e sua mão sobe de suas costas até os cabelos negros. Os dedos alcançam o couro em movimentos circulares e calmo, dando a Ômega o primeiro carinho de quase 50 anos de vida. Ela sorri tímida, mas adorando a sensação. Contudo, não evita a surpresa quando sentir Drogo cheirar seu cabelo, novamente.

     Ele esta aconchegando-se para dormir, contudo, até que Nhycall adormeça, ele não para as carícias em seu cabelo. A Ômega dormiu com um sorriso leve em seus lábios, ouvindo o coração e a respiração do Titã silencioso que a aquecia.

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