C A P Í T U L O 64
Drogo rejeitou Nhycall.
Nhyara era a Suprema Peeira. Nhycall uma Ômega que seria usada para o prazer e procriação.
Como aguentar essa dor e humilhação vinda do homem que mais ama naquele mundo?
A dor era demais para aguentar segurar seu coração dentro de seu peito. Por isso ela tentou arrancá-lo, mesmo que isso a matasse. Não importa! Ela já estava morta por dentro…
Mas quando recuperou-se, revolta possuiu seu corpo. Ela era apenas um objeto sexual e fonte de prazer. O Supremo poderia encontrá-la, mas jamais teria sua fertilidade. Nenhum homem teria! Ela não seria usada! Foi quando suas garras tentaram arrancar seu útero.
Nhycall só queria ser feliz. Ela não queria ser uma grande guerreira como Zhrydä Ådamhs. Ela não queria trazer uma revolução como Aæthyms Ådamhs, a Suprema que iniciou uma guerra por um dos maiores debates existentes. Nhycall só queria ser feliz, ter bebês e uma vida tranquila, como uma mulher sem ambições.
Ela ficou aos cuidados de sua irmã mais velha, Nhshley. Por tal razão a não há uma cicatriz na lhycan.
Ao menos, não fisicamente.
Sua alma foi marcada no momento em que ela percebeu que deveria viver para ela, independente de qualquer desejo ou sentimento. De seu útero regenerado haveria filhotes legítimos de um homem digno de toca-la. Ela não voltaria a ser humilhada!
E assim permaneceu seu pensamento. Mesmo quando sua força falhava e era humilhada, sua mente permaneceu intacta. Pura e única. Seu corpo como Ômega não seria usado! Ela não permitiria ser tocada.
E foi quando as consequências previstas por Nhshley agravaram-se…
A atual Lhuna previu que tais estresse emocional que fizeram ela agredir gravemente seu próprio corpo teria consequências. E estava certa. Nhshley acreditou que Nhycall acordaria como uma louca sem qualquer lógica em sua mente, quase incapaz de manter um diálogo decente. Alguém presa em seu próprio mundo imaginário. Ela estava errada.
Nhycall não acordou sem lógica, encarando o primeiro moinho de cobertor e vendo-o como seus bebês. Ela não abraçou o travesseiro pensando que era seu companheiro e muito menos falou coisas sem eixo. Ela estava bem. Mais forte, determinada e com convicções formadas. Superior a humanidade. Mas as consequências sempre estiveram lá, agravando-se.
Primeiro era uma crise nervosa. Falta de ar e coceira.
Ninguém sabia de onde vinha. Ela apenas coçava seu corpo até ficar velho o local e parava. Mas foi piorando…
Cada vez que alguém toca a pele de Nhycall, o nojo que ela sente daquela parte em específica tira toda a lógica de sua mente. Tal fato agravou-se com o tempo que ficou na alcateia e apenas piorava.
"Era como um doente tocar uma pessoa saudável, infectado. E ela agride a si mesma como se fosse a única maneira de impedir a contaminação do resto de seu corpo, mesmo que para isso, tenha que arrancar o membro supostamente sujo." — Foram as palavras de Nhshley ao perceber a crise que sua irmã toda vez que sentia o mais insignificante e acidental toque.
E quanto mais alguém tocava-a, mais a crise tornava-se perigosa. Apenas o toque das Lhunas a fazia sentir-se normal enquanto as do Supremo deixava-a atordoada com o coração acelerado. Ela negava, mas sempre gostou do mais sutil e calmo toque dele. Rejeitava-o por orgulho e sentia nojo, quando Drogo era agressivo.
Mas os demais lhycans e humanos…
Foi apenas questão de tempo até Nhycall começar com um auto canibalismo. Ela atacava a região específica, comendo sua própria carne. Ela arrancava pedaços de si até encontrar o próprio osso. Chegou a quase perder seu braço seis vezes durante um único ano. Mesmo para Nhshley, é surpreendente não ter nenhuma cicatriz que comprove sua própria mutilação.
Quando Nhycall finalmente foi marcada por Drogo, a proibição de tocá-la favoreceu mais sua vida. Ninguém exceto as Lhunas e o próprio Supremo tem permissão para sentir a pele de Nhycall enquanto a bela Ômega pode tocar quem ela desejar.
Mas alguém quebrou essa regra…
E o extremo estresse de auto se machucar e comer a própria carne é extremamente prejudicial aos bebês. Abraçada a ele, Drogo tem como maior prioridade acalmá-la.
Por Azhulla, Nhycall não parava de querer atacar a si mesma. Seu rosto estava banhado por lágrimas, sua íris mostrava o pânico e desespero que é olhar para seu pulso. Havia nojo em seu olhar e ela queria de qualquer maneira tirar aquilo de seu corpo. O peito subindo e descendo, nervosa.
O Supremo abraçou, sem esperar uma resposta. O contato com ele sempre acalmou-a de alguma forma. Mas nunca houve um contato tão íntimo e o Supremo não importa-se de dar a ela o calor confortável de seu corpo.
Ela suspira, soluçando. As mãos em seus cabelos, fazendo cafuné. A dominância no ar… não é ameaçada para ela. Faz a mulher sentir-se bem e, independente do choro, é menos prejudicial ao seus bebês.
Se ela queria uma abraço, teria. E é bem caloso, protetor e harmonioso. O contato e o cheiro do Supremo traz sensação de nostalgia e sendo tão íntimo, a aceitação.
Contudo, Drogo teve que manter seu corpo preso ao dele e o braço afastado. Havia, com certeza, rompido uma veia. Sangrava seria necessário mais de um pano para conter. Nhycall provavelmente nem estava sentindo dor. Nhshley disse que ela rejeita a parte de seu corpo de forma tão intensa e desesperada que não há espaço para dor. Ela apenas sente quando está calma, geralmente um dia depois.
Mas a mulher com certeza sentiu a dor no pé de sua barriga quando sua voz elevou-se em um grito agudo.
O cheiro de sangue ficou mais forte e os olhos do Supremo acenderam-se em manifestação de seus instintos paternos. Não era mais o pulso de sua mulher quem importava. Mesmo Nhycall esqueceu completamente seu nojo quando berrou, alto com as mãos ao pé da barriga.
Era intenso, agudo. Ela sangrava e perdia sangue em abundância. Muitos sentiam o sangue sem ter o que fazer. O Supremo estava sujo, mas era o pai e o único que poderia conter os bebês.
Ele deitou-a na mesa com maestria e suas garras abriram caminho até o sexo de Nhycall. Suas enormes mãos pousaram sobre o pé do útero, analítico.
Ele rosnou!
— Saiam! — Nenhum homem naquela sala seria louco o suficiente para desobedecer àquela ordem. Nhycall poderia sentir-se ameaçada com alguém exceto seu companheiro.
E o que ele mais queria naquele momento era a calma de sua mulher.
— Drogo! — Ela rosnou quando ele tapou sua genitália com a mão, onde sangrava e mantinha sua cabeça próxima ao volume da barriga.
Ele tinha que acalmar os filhotes. Contudo, a idade com mais de cinco meses não ajuda. Oito prováveis bebês agitados dentro de uma mulher.
E não qualquer bebê.
Nhycall não é uma humana, grávida de um humano. Porra! São lhycans! As crianças estavam atacando o útero de sua própria mãe, chutando e arranhando de maneira que sangre.
E nisso, a dor aumenta. Nhycall grita desesperada quando sente algo sendo empurrado para fora de seu corpo, escorrendo inevitavelmente. Seu sexo abre-se dolorosamente e suas pernas tremem com a dor.
É quando o Supremo vê seu filho morrendo em suas mãos, um menino, não completamente formado, sujo de sangue, debatendo-se excessivamente com pequenas garras na pequena. O rosto sem qualquer figura, sem olhos, orelhas em formação e boca entreaberta sufocando com o ar da atmosfera.
Um lhycan que tinha tudo para ser saudável, ter um nascimento apropriando e, em segundos, para de mexer-se, falecendo por sua mãe tê-lo expulsado de seu corpo. Uma gravidez de alto risco apenas por ser uma Ômega acasalada com um Titã.
E nem mesmo assim, o olhar de Drogo altera-se. Não há raiva, rancor e muito menos amor. O vermelho sangue é frio, inalterável e sem qualquer sentimento. Não havia empatia ao ver seu filho em seus braços.
A criança é incompatível com sua mulher. Já estava morta. Mas o trabalho ainda não acabou.
— Acalme-se, Nhycall! — O ser abortado foi posto de lado quando o Supremo tentou acalmar a dor de sua Ômega. O buraco em sua vagina era grande, a dor era forte e ela arqueou as costas, completamente dolorida.
Drogo colocou sua boca na vagina de sua mulher e estimulou o clitóris com o dedo. A outra mão pousada sobre o volume em sua barriga enquanto o oral prosseguia.
Aquilo era uma forma bastante eficiente de acalmar uma mulher enquanto a saliva única do Alpha trabalhava na regeneração da abertura. Ele estava tentando conter que os demais bebês fossem expulso e tornassem a falecer.
Sua presença e dominância como pai. Sua atenção como homem. Nhycall e sua prole deveria sentir quem ele é. Ele não hesitou em seus atos, firmes, precisos e únicos para conter o aborto.
Mas um outro bebê estava sufocando na entrada. Para não agravar a situação, Drogo, sem escolha, teve que arrancá-lo. Um estalo foi abafado pelo grito de Nhycall. No processo, o segundo menino teve seu pescoço quebrado.
E mais uma vez, Drogo não demonstrou emoção alguma. A criança morreria, de qualquer jeito. Um incidente não mudaria seu destino. Apenas adiantou-o alguns segundos e, como o primeiro, foi deixado de lado.
A maior prioridade é sua mulher. A saúde dela e os dos demais bebês. Ele tentou acalmá-los de todas as formas possíveis, mas a dor era tão forte que não permitia a lhycan sucumbir ao maldito desmaio.
Entre lágrimas, perdeu outro filho.
Seu corpo estava rejeitado-os devido ao estresse. Ela abortaria todos!
E a dor apenas piorava, independe das investidas de seu companheiro. Mas o cansaço, o desespero, e a perda de sangue venceram. Nhycall passou de mexer-se durante o aborto de seu último bebê.
Completamente sujo de sangue, o Alpha continuou seu trabalho, chegando a saúde e bem estar de Nhycall. Checou sua feminilidade e, após uma hora, retirou-a da sala que foi proibido o acesso.
Ao longe, Nhshley observava sua irmã ser levada pelo Supremo, completamente suja de sangue. Ela chorava nos braços de Fhęnrz e mantinha sua mão na barriga. Sua grávidez não é de risco, mas a sensibilidade a fez passar mal.
Ela estava sem qualquer informação exceto que Nhycall procurou o Supremo em planos onde. O estresse poderia abortar os bebês e, com isso, trazer sua morte.
Mas o Alpha não era um Supremo apenas por sua brutalidade e poder. Ele sabia o que fazia quando pousou-a sobre a cama confortável de seu aposentos e encarou sua mulher. A pele pálida e suada não tiravam sua beleza. Mas estava fragilizada… precisava de descanso para sobreviver o que acabou de acontecer.
— Não deveria ter saído do quarto… — Foi o que ele sussurrou quando beijou sua cabeça adormecida.
Ele tinha algo importante a fazer e, antes de sair do quarto, apenas cicatrizou seu pulso.
Seus bebês mortos ainda estavam naquela sala e ninguém ficaria em seu caminho!
Todos afastaram-se. Morreriam se aproximasse daqueles seres mortos. Apesar de tudo, são seus bebês e apenas ele poderia cuidar daquilo. É o costume de seu povo e sentença de morte caso outro homem que não seja o pai, faça tal ato.
O instinto…
A tradição…
Em nenhum momento seu olhar voltou a alterar-se quando viu seus descendentes mortos, expulsos do corpo de sua mãe. Não havia sentimento, empatia, tristeza ou ódio quando o Alpha quebrou seu próprio pulso.
Ele gerou. Então as crianças são dele. Unicamente dele já que foram expulsos do corpo de sua mulher.
Apenas ele, como pai, poderia dar a eles, uma nova chance de vida.
Não existe perda naquela cultura. Se uma criança morre antes de nascer é porque não era o tempo certo. A alma continua intacta e, para ter o nascimento digno, na mesma linhagem e com o próprio sangue, deve a carne deve ser devolvida.
O Alpha não expressou qualquer sentimento quando seus ossos estalaram-se a medida que aproximava-se daquelas crianças. São dele!
Não é um lobo. Seu corpo é uma fera negra, com características humanas, feroz em direção aqueles bebês. Olhos vermelhos, mortais como os de um predador, encara-os.
São todos meninos. Gêmeos. Seus filhos… mortos.
A gigantesca mão peluda da fera pega um dos bebês. O corpo estava frio, duro e inerte. Ele cheirou as crianças e, com isso, lambeu do rosto até a genital.
Sem qualquer emoção ele ergueu o bebê até o alto de sua cabeça e abriu a boca. Os dentes foram expostos, afiados como uma besta.
Seu bebê é tão pequeno que facilmente coube dentro da boca da fera que mordeu-o. Drogo é o pai daquelas crianças, mas mastigou-as, saboreou-as de todas as formas enquanto devorava-as como uma besta insensível.
E se alguém ousasse impedi-lo, morreria. Se alguém alimentasse daquela carne que é dele, gerada por ele, ele mataria apenas para arrancar seus filhos de dentro da barriga do homem e come-los.
Em sua cultura, ele estava recuperando a carne rejeitada por sua mulher. Aqueles quatro bebês, homens, tiveram o mesmo destino na barriga do pai que variava entre a cabeça, as pernas e o restante do corpo, sem qualquer arrependimento. O canibalismo sempre ocorrerá entre predadores, independe de serem inteligentes, com emoções, ou não.
E Drogo Ådamhs é um predador! Um Titã! O Supremo Alpha de um dos povos mais ferozes existentes do mundo. Ele é uma fera, uma besta sem emoções! Comer os próprios filhos não é nada!
Ele esmagou a cabeça de um ao comer, arrancou a perna e braços de outro como uma besta escolhendo qual parte comer primeiro. Mas nem mesmo um dedo deixou de ser decorado.
Quando o último bebê desapareceu em sua boca, ele voltou a forma humana, completamente nu. E novamente, seus olhos estavam sem emoções, sentimento, empatia e, muito menos, arrependimento.
Drogo comeu quatro de seus quatro filhos, abortados por sua mulher e não hesitaria em comê-los novamente, independente da idade. Para ele, foi fácil esmagar o crânio de um de seus bebês e muito mais fácil esquartejá-los sem qualquer rancor ou sentimento com seus próprios filhos.
Humanos chamam os lhycans de lobisomem. Feras sangrentas e mortífera da noite. Predadores mortais.
E não estão estão errados…
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