C A P Í T U L O 55
É ápice do dia. Todos estavam ativos, firmes e fortes. Seguiam a fera negra pela floresta, liderando a alcateia. O Alpha é cuidadosos, sagaz e perigoso. Andava como um predador silencioso. O bando é silencioso e o seguia, mesmo naquele sol quente.
Até que todos param de andar acompanhando seu Alpha que olha ao redor avaliando o local ao lado de um lago de água cristalina. O lugar era fresco. Havia várias rochas e uma floresta densa a alguns metros a frente.
Não era necessário ele verbalizar para Ella entender que Dylan escolheu aquele lugar para ficar temporariamente. Os lhycans se revezam entre beber água e arrumar um rápido acampamento buscando forma de conforto e descaso.
Já a — até agora — única do bando sobe em uma pedra, esperando todos beberem água enquanto seu Alpha cuidava do perímetro junto a Fharlley.
A pedra estava quente. O sol facilmente a castigava. Queimava sobre a pelagem branca. Ela não estava acostumada a aquela cor, ainda. Quando tornou-se uma lhycan sua pelagem era clara. Um misto de cinza e marrom sedoso. Era linda e perfeita.
Contudo, seus pelos tornaram-se branco quando foi marcada por Dylan. Ela sente-se como a humana albina com que deparou-se. Estranha sua pelagem que mais transmite calor naquele sol quente.
Estava odiando aquele calor que tornava-a desesperada para ter acesso a água disputada entre os machos. Eles são violentos. Brigam na água enquanto a bebem.
Mas Ella nota que alguns não lutavam por um lugar. Muitos não estavam com sede, mas lutava no raso do lago pelo alívio que trazia no calor, refrescando-se e batalhando por puro prazer. Exibiam suas habilidades, zombavam uns dos outros, corrigindo-se e aprimorando suas habilidades. Aquilo poderia durar horas até que se cansasse.
A lhycan assusta-se quando um grande corpo negro sobe em cima dela, na pedra. Era Dylan. O lobo fornecida sombra quando esfregou sua cabeça na dela e lambeu atrás de sua orelha.
Contudo, não dura. A pedra incomoda sua pata e ele desce voltando ao gramado alto. Seus olhos dourados, encaram a companheira esperando-a. Preguiçosa e desajeitada, ela desce e aproxima-se do lobo.
O Alpha segue adiante em direção a lagoa. Quando chega perto de um dos lobos, ele não hesita em um ataque, rugindo e trombando o Zheta para longe. Com sua reação todos afastam-se e permite que a fera negra conquiste o ponto mais privilegiado para saborear a água. Todos afastam-se do Alpha, que olha para Ella, aguardando-a.
A lhycan é tímida ao passar pelos lobos, mas junta-se a seu Alpha, abaixando-se ao seu lado e deitando no chão. Dylan mantém-se em pé, autoritário, contudo, sua língua rosada começa a beber grandes quantidades de água. Ele mata sua sede. Ella, ao seu lado, observa esse movimento três vezes antes esticar seu pescoço e lamber a umidade daquele lago, bebendo do líquido.
Estava gelada. Deu alívio a sua garganta seca. Ela precisava de mais. As lutas haviam acabado. Enquanto Dylan estivesse bebendo água ao lado de sua companheira, qualquer combate que incomodasse, principalmente sua companheira, teria sua interferência. Ella já estava acostumada com as mordomias de ser a Peeira da alcateia e não importa-se.
Ele torna a molhar mais sua língua, lambe suas patas e passa pelo rosto, refrescando-se. Dobrando o pescoço, sua cabeça favorece para lamber suas costas afugentando um pouco calor acumulado pelo sol.
Ao seu lado, Ella ainda bebia água, deitada e sem molhar nenhuma parte de seu lindo corpo. Está com mais sede que o normal.
Ao notar seu olhar, ela o encara. Dylan lambe a água e, calmo, lambe a testa branca de sua amada. Em seguida, ele afasta-se de modo dominante. Sua atitude demonstra que sua amada deve segui-lo.
Desajeitada, Ella o acompanha permitindo que os membros da alcateia formam suas atividades comuns de combate. Eles lutam, não por serem selvagens, mas pela hierarquia. Tudo resumia-se a empurrões, disputa de força e vez ou outra alguns golpes.
A mordida pesada daqueles lobos pode machucar, contudo, a pelagem acumulada em seu pescoço não permite que mais do que arranhões sejam feitos. Ninguém luta com intenção de matar. São homens. Eles amam a arte da luta, de mostrar seu poder e exibir sua dominância. São nessas disputas, muitas vezes agressivas, que a hierarquia da alcateia é estabelecida.
O mais fraco comanda o mais forte, independe de ser homem ou mulher. Dylan, como homem e Alpha vez ou outra participa. É quase irresistível não participar e esbanjar sua dominância ao estabelecer, mil vezes se necessária, quem é a autoridade naquela alcateia.
As lutas mais ferozes são entre Fharlley e Dylan, visto que seu companheiro ganhava sempre. Se o Bhetta ganhar do Alpha e provar-se mais dominante, o Alpha deixa de ser Alpha. Como líder, ele não pode perder um combate para ninguém naquela alcateia.
Ella não duvida que beber água naquele lago e parar as lutas seja uma forma de demonstrar poder. Ao andar pela floresta, a alguns metros afastado, a loba pode escutar o som de água agitada. Logo seus olhos dourados de loba chocam-se com uma cachoeira. Muito aconchegante, por sinal.
A mesclagem de sombra com a luz do sol era perfeita com o ar harmonioso da água cristalina, onde ela pode ver alguns peixes. O cansaço bate junto com a vontade de deitar-se e descansar entre as rochas.
Dylan aproxima-se da água junto de sua amada. Ella, como da última vez, abaixar-se para beber água. Porém, o lobo negro se joga na água fazendo as pequenas ondas provocadas molhar a mulher e espantar os peixes.
A lhycan a encara com um rosnado. Como se não bastasse, a fera molhada avança na companheira, rolando com ela entre as pedras. Eles estavam brincando. Algo descontraído e único de um casal, seja ele qual for.
Aumenta a intimidade entre companheiros Peeira e Alpha. Um líder tem como obrigação ser dominante e feroz, contudo, não havia nada de intimidador no lobo que foi derrubado pela fêmea e recebeu uma mordida em sua garganta. Ele rosnou rouco e saiu de baixo de Ella, deitando-a no chão e mordendo sua coxa, sem força.
O lugar trás sensibilidade ao corpo da loba que chuta o ar e dá patadas no Alpha. É como vê-la com cosquinha em sua forma de loba, sem controle dos atos. O pelo molhado de Dylan molha o dela e deixa o clima mais suavizador.
O lobo retira sua boca da pele da lhycan. A brincadeira foi rápida e, ainda em cima dela, ele olha para a loba completamente branca e exposta a ele, sem medo. Há confiança na relação.
Mas lobos são noturnos e já passou do ápice solar. Ella afasta-se, sobe em algumas pedras em frente a cachoeira. As árvores favorecem uma sombra parcial com o pouco sol que passa. O vento é gostoso e ela encontra-se refrescada graças a um grande lobo que junta-se a ela, primeiro, lambendo atrás de sua orelha.
A loba deita a cabeça, querendo mais daquele contato. Estava tão bom que, quando nota, tombou na pedra. Ela não se importou. As lambidas do Alpha desceram e ela não exitou em permanecer de barriga para cima, fogosa.
Ela estava começando a relaxar quando ele lambe suas coxa. Uma onda de arrepio a faz sair da paz. Ele não para. Suas pernas de chutam o ar devido a forma nervosa que o lhycan a lambe. Ela rosna, mas ele ignora. Logo ela se retorce no chão e pior fica quando sua língua alcança a genital.
Ela já não mais conseguia manter sua forma lhupus daquela maneira. Os estalos começam e esticando-se, sua forma humana é recuperada, completamente nua. Somente assim o Alpha sossega para dormir.
A mulher não sente desconforto nas rochas. Ela observa o lobo pousar sua cabeça em suas patas dianteiras e encarar a cachoeira, calmo. Ela se aconchega nos pelos fracos da fera negra, estica seu corpo e permite-se relaxar entre aquele conforto.
Dylan estava determinado a encontrar uma mulher em meio a tantas desonradas para sua alcateia e, em breve, irão partir. Mas até lá, Ella iria descansar na paz que ela merece ao lado de seu amado.
Tão pequenos… Tão frágeis. Os quatro gêmeos que Henna gerou e deu a luz, de fato, precisam do pai. Ela ainda está muito sensível e, sozinha, não pode cuidar deles. Enquanto não transformarem-se dentro dos limites da alcateia, a ameaça é maior. Eles não pertencem a sociedade, ainda.
Pertencem apenas a ela e seu companheiro. A menina parece ser a mais submissa da linhada. Sempre quieta, preguiçosa e faminta. Nenhum dos quatro tinha aberto os olhos, ainda. São recém nascidos delicados, tendo a menina, como maior ciúmes de Rômulo. Ela foi chamada de Mhæackenzyni¢.
Um nome lindo…
Único!
De fácil pronunciação!
Totalmente lhycan, com pronúncia única da espécie.
É final do dia e Henna observa Rômulo dormir com Mhæackenzyni¢ no peito. A menina era a mais mimada. Só sossegava na ausência do pai. Sem isso, fazia um escândalo que acordava seus irmãos então todos começaram a chorar. Dormir nos braços do Bhetta a acalmava.
Rômulo estava se barriga para cima. Sua face calma encontra-se com a característica distinta e única de seu clã. Cabelos castanhos tão escuros típico de todos os seus irmãos gêmeos. A pele morena musculosa e os olhos dourado tão mesclado ao claro que quase chega a branco.
Todos os seus filhotes carregarão a marca do clã. Não é comum alguém do clã de Rômulo ter como companheira alguém de fora, mas isso aconteceu com todos os Bhettas e, incluindo, o líder hereditário de uma das famílias mais influentes do mundo lhycantropico.
Talvez um dia, um de seus filhotes seja o Bhetta. Na Supremacia Alpha, tal posição não é hereditária. Consegue-se por si próprio e, até o momento, apenas um clã vem assumindo tal liderança pelo poder único e, até mesmo lendário, que cerca o sangue.
Henna sorri ao ver a pequena Mhæackenzyni¢ aconchegar-se no bíceps de seu pai e agradece por seus filhotes ainda serem recém nascidos e não entenderem que a caçula está sendo mais mimada que os demais.
Tudo está calmo.
E como Suprema Lhuna, Henna não gosta desta paz…
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