C A P Í T U L O 54

     A tensão abrangeu todo o ambiente. Nhycall era a única sentada em sua cadeira enquanto todo o resto mantinha-se em alerta. Nem mesmo os Bhettas hesitaram em afastar suas amadas, protegendo-as com seu corpo.

      Mas todos sabiam que nada seria feito a elas, contudo, o instinto é maior. O conselho irritou o Alpha que partiu toda a mesa, se uma ponta a outra que partiu-se ao meio. A rachadura separou a pedra que caiu no lado esquerdo e direito. E tal ato não foi sua maior força.

       Partir aquela mesa não era nada. Seus olhos sombrios, digno de um assassino trazia a promessa de sangue e autoridades. Ele é o Titã, o Supremo Alpha. Sua vida não é controlada por nada e nem ninguém, pois sua vontade é uma ordem e sua palavra é lei.

        Poderoso, perigoso e mortal, ele encara todos na sala. Seus olhos buscam alguma ameaça. Um tolo que irá cometer suicídio ao desafiar sua palavra ou uma oportunidade de matar. E ele pode. Nada o impede.

      Ao tratar-se de uma Ômega, o conselho esqueceu seu lugar. Quem de fato, manda. Seu dever é com seu povo, contudo, ele não é escravo de nada. Ele é Drogo Ådamhs o Supremo Alpha, Titã descendente da linhagem principal de um dos mais nobres e antigos clãs lhycans existentes.

      Ninguém fala nada. Na sala, ouve-se apenas o som de suas respirações e do coração bombeando sangue ao corpo que ele facilmente poderá estraçalhar. Sua dominância deixa o ar pesado, sem brechas para nada. Todos estão à sua mercê, atentos aos seus movimentos.

      Seu olhar caiu sobre um dos homens do conselho, mortal. O Bhetta próximo a ele, predestinado a Acksha o surpreende, pegando pelo pescoço. A velocidade é impressionante, tal como sua força. O lhycan mal tem tempo de reagir quando eu empurrando para as garras do Titã afirma seus punhos na garganta.

      Drogo reconhece-o como um rival antes da temporada de acasalamento. Ele havia lutado por Nhycall, querendo-a para ele. O Supremo lembra-se de cada homem que demonstrou interesse sexual ou em companheirismo naquela que é hoje sua mulher.

      O guerreiro tenta recuar e escapar, mas não conseguiu. Seus punhos de uma única mão pegaram a garganta do lhycan e seu corpo jogo-o contra a mesa partida onde prensou-o. Seus olhos de sangue encarava-o com ameaça e dominância.

       Então ele ficou quieto.

Estavam tão confiantes ao escolherem minha mulher. O que aconteceu? — Sua voz rouca ecoou no cômodo alertando a todos do perigo. Havia perigo. A dominância tornou-se tão pesada que todos, exceto os Bhettas afastaram-se.

       Nhycall era a única que mantinha uma proximidade do Titã. Nem mesmo os Bhettas iriam arriscar ficar tão próximos. E mesmo ela, estava assustada. Mas seu poder era tão massante que paralisou todo seu corpo.

       Ela colocou a mão em sua barriga, instintivamente. Estava nervosa, seu coração estava acelerado e sua mal conseguia respirar. Ela observa os músculos do Alpha, rígido, ameaçadores e perigosos contendo toda sua força, ao qual mal usa para conter  o lhycan preso. Se ele desejasse matá-lo, fará e ninguém terá autoridade e muito menos força para impedi-lo.

        Seu olhar novamente levanta-se a todos os presentes. Ele puxa o Lhycan e o mantém em frente ao seu corpo. Contudo, seus pés não tocam no chão.

Se desejam foder uma puta de uma Ômega, procurem uma sem honra. — Sem o menor problema, ele puxa o lhycan e com brutalidade demonstrar sua agressividade ao socar sua barriga. A força é tão grande que ele gospel sangue antes de ser arremessado para o outro lado da mesa.

        Nhshley, astuta, percebe o enorme roxo em seu abdômen. O lhycan rosna de dor, cuspindo sangue pela boca. Como curandeira ela sabe que seus órgãos internos foram prejudicado e assusta-se com o perigo que aquele homem pode significar. O Supremo acertou-o de forma intencional, sabendo o que estava fazendo.

        Ele vira-se para Nhycall, assustada em sua cadeira. Ela não ousa encará-lo. Mesmo naquela situação, a dominância do Alpha a afeta, deixando-a submissa. Nunca havia sequer sentido algo do tipo.

       Isso deixa claro que, não importa a afronta que ela usou com ele, foi permitido. O lhycan é poderoso demais. Sua presença é pura dominância acalmá-la. Mas agora está elevada e todo seu corpo corresponde. Impossível lutar. Afeta sua mente, seu corpo e esmaga sua alma sem piedade ou remorso.

       Ela apenas mantém a mão em sua barriga, instintiva e arrepia-se quando o Supremo estende sua mão a ela. Nhycall encara sua mão rígida, as garras negras afiadas e as veias saltando de seu pulso, inalterável. Apesar de tudo, ele está calmo.

      Tremendo, quase vacilando ela estende a sua mão. Ele quer que ela pegue a dele e de cabeça baixa, completamente submissa, ela obedece. Seu toque quente paralisa todo seu corpo, passando um calafrio e uma tremedeira que é mais sentida na região de sua barriga. Ele a faz levantar mas ela fraqueja com a mão na barriga.

      Ele não permite que Nhycall separe-se de seu corpo. Ele une-se ao dela, firme e possessivo. Seus braços jamais irão permitir que ela caia ou fuja.

     As mãos pequenas da Ômega vão ao encontro de seu peito robusto e firme. O cheiro dominante característico de seu poder e dominância adentra suas narinas, hipnotizando-a. Nhycall estremece e sabe que se ele soltá-la, ela cairá no chão.

      O efeito que ele tem sobre ela é quase surreal. Está completamente à mercê daquele brutamonte perigoso que quase a esmaga com seu abraço possessivo. Nhycall suspira, não resistindo. Ela entrega-se a ele quando os dedos sagaz alcançam seu queixo e força seu rosto a olhá-lo.

      Os olhos vermelhos indicam o perigo. Ela vê-se refletida naquele olhar sombrio. É como o sangue jorrado da própria deusa com promessa de morte e perigo. Ela repara em seus propósitos olhos mudando de cor, do azul ao verde ao encará-lo.

       Sua única atitude pela Ômega encarar diretamente seus olhos é tomar seus lábios em um beijo, não desesperado, mas possessivo. Nhycall simplesmente não tem como negar. Está a mercê daquele homem, hipnotizada e apaixonada. Ela sente seu corpo perigoso onde ninguém ousa chegar perto mas que é tocado por ela.

       Ela permite que os lábios do Supremo conduzam o dela, dominantes e experientes. A barba roça em sua bochecha, deixando-a tímida diante do beijo. Ela acalma-se não encontrando perigo em seus braços e abraça aquele corpo robusto. Drogo mordisca seus lábios e afasta-se para admirá-la.

       Suas bochechas são uma tentação coradas, vermelhas e tímidas. Ela parece querer se esconder. Seu corpo ainda fraqueja contra o dele, tremendo. O olhar, ainda frio e insensível não some de seu rosto severo.

Tem algo a acrescentar ao concelho, pequena?

E-Eu… — Ela encara todos, hesitante.

       Drogo beija sua testa a alinha o corpo de Nhycall ao dele, firme. Ela sente-se segura dentro daqueles músculos. Seus braços escorregam pelos músculos até sua costa. Na calça, ela pode sentir suas armas. O bracelete de ouro em seu pulso dá a impressão de poder e estar tão íntima de um lobo cuja dominância supera todos os outros a faz pronunciar:

Confio no meu Alpha mas… — Nhycall busca força, delicada para dizer. Teme em abusar do que não é e prejudicar seus bebês. Mas por eles, afirma: — Nunca serei apenas a progenitora daquele que sucederá a Supremacia. Sou a… mãe. — Ela sente os braços de Drogo suaves em sua cintura e cabelo. Os dedos se perdem nos cachos negros. Ele está calmo. Perigoso, mas calmo. Sua tranquilidade a faz prosseguir… — Lutei para q-que meu "não" fosse ouvido enquanto muitas o-outras sangue puro sequer conheciam o significado dessa palavra. — Um enjôo a faz parar, atraindo atenção do Alpha. Ala aperta-o mais do que nunca necessitando daquele contato que tanto dá-lhe força. Mas continuo, mais firme confiante com a presença do Supremo: — Não tenho que provar minha honra a ninguém. Queria vocês ou não, eu sou sua Suprema. São vocês que devem provar seu valor a mim!

        Ninguém contesta ou diz nada. Com o Supremo presente, aquele que desafiar as palavras de sua Ômega, pagará com a vida. Seu olhar e dominância deixa claro a ameaça, tal como a proteção que ele dá a ela quando a faz encontrar sua cabeça em seu peito.

        Ainda treme, nervosa com a situação. Nhycall não é dominante e nunca será. Sua natureza é tímida, sensível, insegura e submissa. Seu valor está na alma. Sua força é sua honra, não em seu corpo. Seu verdadeiro poder é sua essência o que faz dela uma Suprema, mas jamais uma Titã.

        Sua submissão é irritante para seres orgulhosos e dominantes. Mas querer que ela abra a boca e fale uma simples, porém audaciosa palavra não é aceita-la. Ela é assim. Força-la a mais corrói sua mente e corpo, fazendo-a sofrer e deteriorar.

     E agora, grávida, tentar assumir algo que não é pode tornar-se perigoso. Se houver um Titã em seu útero, sua grávidez é de alto risco. Estressar-se ao responder humilhações poderá trazer consequências drásticas.

      Ser alguém que não é, assumir uma personalidade que não é e expor seu corpo a um estresse que claramente não está apta a suporta mataria a alma e a mente de Nhycall se ela continuasse com as afrontas no passado. A morte seria lenta. Estaria exposta às doenças devido ao que a fragilidade de sua mente poderia causar. Mas ela continuava porque não tinha nada a perder.

      Agora, grávida, tem tudo que alcançou com risco de ser inútil. Responder a um ser dominante bom palavras que muitas vezes a desafia, estar pressionada a fazer algo… Tudo poderia matá-la. A grávidez a torna mais sensível. Tendo a possibilidade de ser de alto risco, a morte é quase certa. Manter-se calada foi o melhor que Nhycall fez.

      Agora havia um homem ao seu lado, dominante e poderoso que jamais permitiria que ela abrisse a boca para falar naquele debate. Se algum momento ele notasse algo, ele não permitiria qualquer palavra sair de sua boca. E quando foi permitido, a tensão fez mal a ela. Seu corpo treme e seu estômago embrulha, enjoado.

       Ela abraça ele, querendo esconder-se e ser protegida pelo pai de seus bebês. E ele não nega proteção. A mantém junto ao seu corpo mas consta que as poucas palavras que ela forçou-se a dizer, a fizeram mal. Ser dominante e agir contra algo que ela não gosta não é sua natureza.

       Ela tem que parar, pelo seu bem e o bem das crianças em seu ventre.

       O Alpha afasta-se de Nhycall e percebe o quão sensível ela está. Ela agarra-se a ele como se precisasse daquele contato para viver, tremendo, quase sem ar. Mas o Supremo não volta para seus braços.

        Ele senta-se na cadeira principal, relaxadamente, abrindo as pernas e autoritário. Ele trás Nhycall para seu colo, colocando-a sentada em sua perna direita. Seus braços a acolhem e ele deita sua cabeça na curva de seu pescoço, protetor. Contudo, um assassino que não sente ou demonstra nada em seu olhar. Não há afeto, empatia ou qualquer emoção. Seu olhar vermelho simplesmente está frio e calculistas.

        E com a mesma dominância que ameaça todos na sala e conforta Nhycall, ele afirma:

Será visto como traição sob pena de tortura e morte todos aqueles que, de alguma forma, contestar qualidade fato e ordem relacionado a minha mulher. — Nhycall fecha os olhos, inalando seu cheiro. Drogo está possessivo em seu toque e não perde sua autoridade máscula e severa ao tê-la agarra a ele, como uma criança. O Supremo Alpha quer sangue, ela pode sentir.

      E naquela noite, ela teve conhecimento do quão brusca é sua autoridade. As leis foram claras. Morrerá quem descomprir.

      É proibido tocar a pele de Nhycall.

      É proibido alterar sua dominância sobre presença da Ômega de forma que ela sinta-se ameaçada.

      Devido a declaração de guerra, o acesso ao Harém das lhycans e ala norte, onde Nhycall costuma perambular, terá acesso restrito.

     A alcateia deverá saber que Nhycall é apenas uma amante sem caráter que mentiu sobre a gravidez e foi punida como prostituta e serva de todos aqueles que residem no palácio central.

     Todos que residem no palácio central devem ter ciência de quem, de fato, é Suprema e mãe do primogênito de seu Supremo. Mas se sugerir, falar ou dar a entender tal verdade a alguém não autorizado, sofrerá com acusações relacionado a traição.

     Falta de respeito, contradilhos, ironia, humilhação ou qualquer palavra ou ato direcionado ao fato de Nhycall ser a Suprema será punido.

     Tanto Nhyara como Nhycall, juntamente com as Lhunas devem resignar-se a permanecer nas áreas agora consideradas restritas.

     Dentro das áreas citadas, a mulher com maior autoridade é Nhycall, predestinada companheira de seu Supremo e autenticada Peeira. Deve ser tratada e respeitada como tal.

      Nhyara não é ninguém perto de Nhycall, mas diante do restante da alcateia e do mundo, será reafirmada como Suprema Peeira. Uma fachada de mentira.

      Guerreiros devem ser treinados arduamente e diariamente, preparando-se para as situações mais imprevistas.

      O monitoramento da alcateia deve triplicar, incluindo o sagrado templo.

       A Suprema Peeira, junto com as Lhunas devem ser escondidas, vistas apenas com autorização em qualquer evento ou ato fora dos limites estabelecidos.

       Como Titã, não deixará que o showzinho que Nhycall deu em frente a alcateia atrapalhe seus planos. A grávidez de sua companheira tem possibilidade de ser com algo risco devido a ser uma Ômega a carregar um Titã em seu ventre. Contudo, não permitirá que ela seja humilhada e tratada com menos do que merece devido a essa guerra.

      Ele é o Titã, Supremo Alpha Drogo Ådamhs. E sua ira recairá contra tudo e todos que ameaçar sua alcateia, sua mulher e seus herdeiro. Matará todos!

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