C A P Í T U L O 47
O som das árvores é inesquecível. O vento as fazem bater umas contra as outras, numa corrente fria gostosa de mais para dormir. Mas a lhycan ronrona e abre os olhos atraída pelo cheiro de sangue.
Dylan carregava um cervo em seus ombros. Ele escorrega o animal por seu peito e o coloca no chão. Sem olhar para sua amada, ele pega uma faca, crava na carne e esfola. Ele arranca o coração, os pulmões e o fígado que é colocado sobre uma bandeja que leva até sua companheira.
— Quanto tempo passou-se? — Pergunta em seu idioma humano.
— Um dia inteiro. — Ella sorri. A voz de Dylan é tão atraente quando fala em seu idioma materno. — Com fome?
A lhycan imediatamente aceita a carne e a devora de forma sagaz. Dylan expressa satisfação com a companheira e senta-se próximo a ela. A fome é algo normal logo depois três dias de acasalamento.
Foi tão bom. Ele ainda pode lembrar-se do quão linda ela ficava, completamente fogosa até na hora de dormir. O Alpha não poderia estar mais feliz com sua mulher que, se tudo der certo, logo estará grávida. Por hora deve manter-la escondida e bem alimentada. A debilitação ainda é muita para arrisca-la de volta ao mundo.
Qualquer coisa pode ser perigoso de forma fatal a ela. E, tendo uma aldeia humana, não muito longe dali, é seu dever protegê-la. Pela primeira vez, sendo um Alpha, não pode contar tanto com sua alcateia. Eles próprios são uma ameaça a ela, nesse momento.
— Quando sairemos?
— Quando for seguro. — Dylan beija sua bochecha e decide escalar a caverna, escondida pela cachoeira.
Naquele lugar eles acasalaram e, mesmo após a Lua de Sangue já tendo acabado, ambos permanecem no mesmo local. É o mais seguro no momento. Ele não tem um covil fixo de alcatéia, assim como seu território. Não pode escondê-la em um covil seu.
Ali o casal deve permanecer por mais uma semana até que Ella esteja forte o suficiente para encontrar os demais membros do bando. Até lá, Dylan deve preocupe-se com ameaça em potencial como os humanos que atreveram-se a iniciar uma caçada por lhycans.
A Lua de Sangue não é visível aos seres que não sentem seus efeitos e, por tanto, são indiferentes a ela. Humanos podem ver muitas cores, contudo, não todas. São daltônicos. Não podem ver a Lua de Sangue, tal como Lua Azul ou de Prata. E muito menos conseguem ver a Lua Negra.
Mas há outras formas de saber quando lhycans acasalam. Há povos com mais conhecimento do que os outros. E quando descobrem, tentam a todo custo atacar. A aldeia onde Dylan e Ella passou contém um clã de caçadores. Eles buscam pela mulher.
A fêmea, durante o acasalamento, fica tão vulnerável que mal consegue defender-se de um humano. E assim ficará até duas semanas depois do acasalamento. A alcatéia está fixa na região. A caça é farta e o bosque abundante. Dylan, sem problema algum criaria seus filhos na região. O único perigo, são os humanos.
Devido ao metabolismo lento de crescimento, as crianças demoram muito mais tempo para defender-se e, mesmo assim, só conseguem esse feito a partir dos 20 anos. Algumas conseguem mais, contudo, são tão vulneráveis.
Antes que uma gravidez seja confirmada, Dylan deve encontrar um local seguro. Mas deve preservar o bem estar de Ella até que ela possa viajar.
Ele a ouve tossir e imediatamente olha para ela. Mas era só seu desespero por comida. Ele volta a encarar a floresta, mais aliviado.
Durante as duas semanas após a Lua de Sangue, qualquer mal estar como enjôo, tontura, febre, desmaio e principalmente vômito, é um mal presságio. Estar apenas vulnerável e com fadiga é o excencial. O corpo deve ficar bem, confortável, aquecido e seguro para uma gravidez. E, só então, por volta de um mês após o acasalamento, qualquer sintoma de gravidez pode ser positivo.
Antes disso, pode significar uma gravidez mal sucedida.
Ella ainda vai matar Dylan de desespero cada vez que engasgar-se com essa fome desenfreada.
Ele respira fundo e torna a vigiar. Um estalo de um galho é seu foco. A audição sensível consegue escutar os humanos aproximar-se. Ainda estão longe, mas chegarão em breve.
Ele decide sentar, calmo enquanto ouve sua amada comer.
O som comum da noite preenche os ouvidos da lhycan. Ela está cada vez mais conectada com a natureza noturna. Não enxerga, mas sente. Ouve o vento bater nas asas, sente a correnteza, a vida. A cachoeira que cai sobre o castelo parcialmente enterrado na rocha. Era impressionante a adaptação de lhycans com a natureza.
Lembra vagamente seu povo.
Mas, no momento, Mirella anseia em saber outra coisa. Suas delicadas mãos acariciam sua barriga. Seus ouvidos estão atentos, mas tudo que ouve, é a cachoeira.
— Tudo bem? — A voz calma de seu companheiro preenche seus ouvidos.
— Hm? Ah! Sim… — Mas Mirella não sente nada além da presença do Bhetta. — Eu acho…
— O que foi? — Ela sente a cama afundar ao seu lado e suas mãos acariciando seu cabelo, tão preocupado como foi durante o acasalamento. A outra pousa sobre a sua, acima da barriga. — Sente algo?
A preocupação é nítido em sua voz. Qualquer sintoma semelhante a gravidez antes de um mês após o acasalamento é apenas o corpo recuperando-se. Enjôo, vômito, tontura, mal estar ou dor, naquele momento, pode significar que Mirella não está grávida. Seu instinto paterno a avalia, ansiando por uma resposta que não tarda a sair de seus lábios:
— Não sinto nada. — Mirella claramente desconhece que é cedo se mais para sentir qualquer mudança em seu corpo e suspira levemente decepcionada. Ela confessa: — Estou ansiosa…
Arthur suspira aliviado. Apenas uma lhycan ansiosa para ser mãe. Ele deita-se ao lado dela e a envolve com seus músculos aconchegando-a com proteção e cuidado.
— É normal, minha guerreira. — Ele pousa os lábios sobre sua cabeça, beijando-a. — Se nossos momentos forem render uma prole, você deve sentir os efeitos quando mais de um mês passar. Antes disso, não é saudável para qualquer criança em sua barriga. Significa que não está grávida.
— Como saber se estou grávida? — Ela fecha os olhos e inala seu cheiro másculo ao perceber que não sabe nada sobre grávidez.
— Saberá quando for a hora. — Ela pensa um pouco, relembrando as grávidas de sua aldeia, com um bico fofo e, em seguida, sorri. Com a voz manhosa diz:
— Quero um bebê… — Seus olhos são pidões. Como negar um pedido desses?
— Darei quantos quiser.
— Fhęnrz! — Nhshley o chama, alto.
Imediatamente, não tarda a aparecer um lobo nu, apressado no quarto.
— O que aconteceu?! — Estava em alerta. Contudo, apenas viu sua amada na cama, pensativa. Ele indireta a compostura e pousa a mão sobre a cintura. Está parcialmente molhado. Saiu da banheira a pouco tempo.
— É errado sonhar com filhotes e temer que sejam poucos? — Fhęnrz repara na sensibilidade dela. Um momento sensível como este, qualquer coisa para abalar.
— Darei quantos filhotes você desejar, benzinho. — Confiante, Fhęnrz segura seu próprio pênis e exibe o comprimento nu. Nhshley encara-o, acariciando sua genial enquanto afirma. — Tenho conteúdo suficiente para nossa própria alcatéia.
Ela sorri, achando graça. Seu companheiro sabe como acalmá-la com seu jeito cínico e debochado. Mas a sensibilidade dos seus sonhos ainda persistem. Fhęnrz aproxima-se e senta na cama, ao seu lado.
— Disposição com uma gostosa como você na minha cama, não falta. — Sorri sínico e descaradamente a observa como um predador. Ele mostra que o desejo por ela ainda continua grande. O homem é simplesmente louco pela sua mulher, em todos os aspectos. — Só consigo imaginar você, com uma barriga toda linda dos nossos filhotes. Oh tesão de mulher! Vou te encharcar de leite extra. Sabe? Só por garantia.
— Bobo. — Nhshley bate em seu bíceps, o que só contribui para seu companheiro agarrá-la. Ela tenta sair de seus braços, porém ele não permite. O casal rola na cama que fica molhada com a água do corpo do Bhetta. Isso não atrapalha a brincadeira que só termina quando Fhęnrz aconchega-se em sua amada.
Ele não tem problemas em ter momentos delicados com sua amada. É apaixonado e sua personalidade descontraída e tarada mantém uma boa convivência. Ele, como ninguém, a faz sentir-se desejada e confiante.
— Sabia que tenho fantasias com grávidas? — Ele percorre seus dedos pelo corpo de sua amada, imaginando o volume. — Mesmo que esteja grávida de apenas um filhote é uma fantasia que me deixa de pau duro.
Fhęnrz excita-se ao imaginar o quão linda Nhshley ficaria com uma barriga de grávida, mesmo que pequena. Ele não importar-se. Se ela quer filhos, ele não medirá esforços em cumprir seu desejo, enquanto espera ansiosamente ela presenteá-lo com filhotes.
Mas quantas travessuras eles podem fazer na cama? Ele morde os lábios e Nhshley repara em sua excitação.
— Nada de penetrações. — Repreendeu com um olhar descontraído. Mulheres grávidas ou com possibilidade de estar grávida não podem ser penetradas, contudo, ele ainda a deseja. Nhshley pergunta-se se há algo em seu corpo que Fhęnrz não fantasia ou não deseja?
— Então como vai alimentar esses lobinhos se nada pode entrar? — Seus lábios dobram em um sorriso malicioso. Fhęnrz toma seus lábios em um beijo safado, calmo e rápido. Ele sussurra contra ela: — Vamos, benzinho. Leitinho extra não faz mal.
— Ora seu safado, nem sei se estou grávida! — Nhshley bate em seu peito com um sorriso aberto. Contudo sua mente pensa na possibilidade de leitinho extra.
— Mas se estiver, já pode começar a ensinar eles como mamar bem direitinho, certo? — Fhęnrz deita relaxado na cama, dominante como um Bhetta e debochado como ninguém.
Nhshley o beija de maneira dominante. Ela exige seus lábios como exigiu seu corpo durante a Lua de Sangue e monta sobre ele. Em nenhum momento Fhęnrz a tira ou repreende. No casal, ele é mais dominante, contudo conhece seu lugar. O Bhetta pertence a ela, para sua amada fazer o que bem quiser com seu corpo.
Sua mão passa pelo peito robusto do Bhetta. Os ombros largos e o abdômen definido, levemente úmido. Nhshley arranha sua carne e escorrega seu beijo para o pescoço largo de Fhęnrz. Ele agarra seu traseiro, apertando e sente os dentes de sua companheira.
Um sorriso safado surge em seus lábios quando os beijos da lhycan descem até seu peito. Ela mordisca seu mamilo e passa a ponta da língua, contornando cada curva de seu abdômen. Fhęnrz fecha os olhos quando sente sua delicada mão masturbar lentamente seu membro.
Ele franze a sobrancelha quando sente seus lábios na cabeça, sugando. Sem qualquer rodeio, ele agarra seus cabelos e, assim, Nhshley o recebe dentro da boca.
O membro não entra por inteiro. Nhshley precisa masturbar com as mãos e sente as veias saltarem com a excitação. As mais firmes do Bhetta orienta com os movimentos sem forçar a chegar na garagem. É arriscado, contudo, a boca o satisfaz.
Ele rosna em prazer e observa Nhshley molhar seu lembro com a língua. Ele brilha com a saliva. E logo volta a chupa-lo, envolvendo-a na boca quente e gostosa.
— Isso! Gostosa! — Ele rosna quando ela massageia seu saco. Ele não pretende durar. Apenas uma casquinha rápida, mas gostosa. Ele geme quando sente, mais do que nunca endurecer. Nhshley tira sua boca e assim, da pequena abertura na cabeça, uma pequena pérola branca forma-se.
Com as delicadas mãos estimulando-o, é impossível não esguichar o conteúdo quente e saliente no rosto de sua amada. Seus jatos pegam na boca, bochecha, testa e cabelo. Ele não para. Fhęnrz mesmo mastuba-se até liberar a última gota de seu sêmen, escorrendo pela cabeça rosada. Nhshley lambe com a ponta da língua enquanto sente seu companheiro acariciar seu rosto, satisfeito.
Mas ele precisa saber…
— Está satisfeita com o pai de seus filhotes? — Os olhos da lhycan caem sobre ele sem querer incômodo com o líquido viscoso ainda em seu rosto.
— Estou. Meu homem provou-se digno. — Afirma convicta, trazendo orgulho aos olhos do Bhetta. Um homem de verdade cumpre as expectativas de sua mulher, sem qualquer exigência. Ele apenas está lá, para ela enquanto ela sempre estará com ele.
Confiança. Companheirismo. É o que faz uma mulher sentir-se confiante o bastante para procriar. A certeza de que é o homem certo para tocá-la e protegê-la em um dos momentos mais sensíveis de uma mulher.
Fhęnrz a puxa para ele, envolve seus lábios em um beijo, sem incomodar-se com seu próprio esperma e a deita na cama.
— Sou doido por você. Eu te amo, Nhshley. — Exige seus lábios, com sagacidade e, em seguida, mostra toda a satisfação e orgulho por sua mulher ao tocar-la e satisfazê-la como ela merece.
Em nenhum momento ele a penetrou, mas ela sentiu o quão desejada é. Fhęnrz simplesmente é louco por sua companheira e fará de tudo para atender todas as expectativas, trazendo toda e qualquer felicidade que é capaz de dar a sua alma.
Assim é um relacionamento lhycantropico!
— Como pretende lutar contra lhycans se não sabe sequer voar? — Nevrah encara Dulce que mais parece um filhote de passarinho que mal sabe a função de suas asas.
A penugem já está estável, firme como deve ser. A mulher consegue parcialmente controlar seus músculos e, conforme suas asas movem, sua penugem negra reflete, eriçando-se ou encolhendo-se.
Ela está feliz, ao menos.
Consegue mover suas asas. Não é mais tanto esforço. Mas está impaciente para voltar a voar, contudo, não faz ideia de como conseguir tal feito. Nevrah a levou até uma colina elevada onde ela pode praticar com segurança. Ela decidiu tentar, a princípio sozinha. Mas não consegue.
Tudo que ela é capaz é de dar um grande salto, bater as asas descontroladas no ar, sem qualquer equilíbrio antes de cair. Nevrah apenas a comparava com um filhote de pardal e não evitou o sorriso quando, sua prática a fez virar de cabeça para baixo no ar, rodando como um ciclo solar e inevitavelmente cair.
Ela o encarou brava, agora com seus olhos mais claro. Cada vez mais ela deixa de ser Dulce e passar a ser Nikytrar, a filha da lua. A mudança é clara em seus cabelos prateados. A Lua de Sangue a mudou. Fez relembrar completamente seu idioma, tal como fatos essenciais de sua história em diversas reencarnações.
— Preciso voltar a ser o que eu era para caçar, não só meu alvo, como minha história. — Ela estava determinada. Desde que lembrou de sua história com Aline e o encontro com um dos mais ferozes Supremos do passado.
Åæron Ådamhs não foi o único lendário Titã lhycan do mundo. Existiram outros.
Eles foram lendárias feras que deixaram cicatriz irreparável no mundo, surgindo em milênios. Todos vindo do mesmo clã; Ådamhs.
E de todas os lendários Titãs, apenas um nasceu num tempo em que Nikytrar não havia reencarnado. E agora, ela quer saber de todos, incluindo o lendário Titã Supremo Alpha Rhrgøn Ådamhs, O Demônio.
Tão ou mais cruel que Åæron, essa antiga força era uma besta violenta. Foi conhecido como um demônio mandado da profundeza do abismo, regido pelos mais cruéis deuses quando, por suas garras, exterminou povos inteiros. Ele massacrou toda uma raça erradicado-os a extinção.
Dulce está obcecada. A Lua de Sangue refletiu em sua memória. O único lendário Titã ao qual não existiu na mesma era que ela. Uma lacuna, contudo, uma obsessão. Ela renasceu num mundo onde os seres ainda tentavam aceitar as cicatrizes de uma natureza abalada. Uma raça foi extinta e o equilíbrio natural havia sido abalado.
Tudo por uma profecia. Agora…
— Qual a ligação do Supremo Rhrgøn Ådamhs com a profecia? — Ela questiona.
— A cada morte violenta, há uma lacuna. As memórias são perdidas. Ambos não vivemos na mesma era que Rhrgøn e, se não estou enganado, foi você quem arrancou meu coração. — Nevrah lembra-se perfeitamente bem do quanto uma mulher enfurecida pode ficar. Quando a sua própria mulher o matou devido ao impacto de confiar em quem não merece. Com isso, por um milênio, ele não veio ao mundo e as lacunas eram enormes, quase irreparável.
— Paguei com a mesma punição. — Desvia o olhar, brava.
Quando Åæron a matou, a natureza a puniu. Por mais de milênios, ela não veio ao mundo. E agora sente os efeitos. As milhares de lacunas existente em seu cérebro.
— Precisa fortalecer os músculos. — Nevrah desvia o assunto. Falar sobre o que sabem ou não de suas vidas passadas não irá adiantar. Ele apenas abre suas asas e deita seu comprimento, de forma que, se baterem, tocarão seus pés e não a frente de seu peito. — Como pode querer levantar vôo se não for resistente. Plane por mais de cinco minutos.
Em um salto, Nevrah está no ar. Suas asas batem, quase encostando em seu pé. O ar aguenta o cabelo de Dulce e, ele não move-se. Ele não deita ou fica girando como uma gaivota descontrolada, quase morrendo para aterrissar. Ele apenas está lá, em pé, firme no ar. Seu corpo balança de cima para baixo e o som das asas trazem leves lembranças a Dulce.
Ela levanta-se da grama. Abre as asas negras, dobrando-as como Nevrah. Ela respira fundo e pula, não tão alto quanto ele. A princípio, ela sente-se pesada. Nevrah claramente percebe que suas asas ainda não são fortes o suficiente para segurá-la por muito tempo no ar. Logo, ela encontra dificuldade para continuar batendo no mesmo ritmo sem subir na atmosfera.
Logo, lá está ela, parecendo um filhote de garça batendo perna e asas, quase embolando-se em si mesma numa humilhante tentativa de voar. Nevrah adoraria entender como uma caçadora perigosa ficou dessa forma.
Suas asas batem como um cegonha pelada quase sem penas, desesperada voar ao fugir de um predador. Está batendo forte de mais e, com isso comete um erro gravíssimo. Dulce bate as asas a frente de seu corpo, empurrando o ar para sua frente enquanto ela joga seu próprio corpo ao precipício.
Nevrah tenta lembrar-se do nome de uma certa espécie de pássaro que costuma fazer seus ninhos em precipícios enquanto observa sua mulher, sem qualquer prática no ar além do parapeito de uma considerável altura. Porém, suas asas começam a cansar.
O Arcanjo desiste de relembrar o nome do animal e bate suas asas em direção a ela. Elegantemente, tira no ar em velocidade, abre sua envergadura e plana. Suas mãos ficam firmes na cintura de Dulce quando ela estava começando a cair. Ele a puxa para a terra firme.
Se ela estivesse treinado no vulcão, estaria dentro da lava neste momento.
— Na próxima tente apenas ficar estável. — Ele aterrissa no chão. Sua amada estava com um bico de insatisfação, mas não resiste a um sorriso quando Nevrah a abraça. — Sinto a aproximação do Eclipse e com ele, a guerra. Esse Supremo pode ser pior que Åæron.
— Eu te amo. — Dulce inala o cheiro de seu amado. Lembra ervas aquáticas fervidas. Másculo e inconfundível. Ela fecha os olhos, evitando pensar no poder crescente na geração.
— Foi Lua de Sangue. Ele tem sua companheira. Um herdeiro pode estar a caminho. — Nevrah afaga seu cabelo e encara o horizonte onde o sol começa a nascer com seu olhar vermelho, único de um Titã. Sua íris é intensa, ameaçadora e moral, contendo a promessa de sangue. Ele afirma: — Apenas o tempo dirá quem vive e quem morre.
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