C A P Í T U L O 36
— Tudo bem? — Fharlley pergunta para Ella, que mais e mais demonstra cansaço por andar por quilômetros desde que a alguma noite caiu. Hisppo são nômades e, a princípio, Ella estava agitada. Animada ao sair do castelo e vagar com a alcateia pela floresta, embora sentindo solitária sem sua amiga.
Mas a alcateia nunca parava. Continuava seu rumo, saindo do território marcado por seu Alpha e entrando em uma área de perigo. Ela continuou andando, acompanhando os lobos, não apenas por três noites inteiras mas por dois dias. Quando o amanhecer do terceiro dia surgiu, a atenção dos lhycans, inclusive de Dylan voltaram-se para a única mulher da alcateia. Estava tão cansada que não conseguiu sustentar o próprio peso nas pernas.
Fharlley a pegou em seus braços e a encostou na árvore mais próxima, acariciando seu rosto e checando seu estado físico. Mas logo ele afastou-se em sinal de respeito quando Dylan avançou contra ele em um rosnado de ameaça.
Fharlley não arriscaria um confronto contra seu Alpha.
Imponente e dominante, mostrando sua ferocidade em um olhar impiedoso que faz todos afastarem-se, ele abaixa-se até a altura de Ella, vendo-a tomar fôlego.
— A um rio a três quilômetros daqui. — Ele consegue sentir a umidade que vem do lago, tal com o cheiro de terra molhada em sua direção. — Vão. Pegue água e cacem algum animal. — Ele olha para Fharlley. — Partiremos em uma horas.
Os lhycans logo começam a seguir suas ordens, assumindo a forma de lobo e correndo em direção ao rio, levando com sigo, um cantil de água. Fharlley uiva, notificando até os mais distantes batedores que pararam de andar. O restante aproveita para repor suas energias.
— Não está acostumada a percorrer longos percursos. — Dylan encara o fundo de seus olhos e não resiste a ousadia de tocar sua pele, sentindo-se. — Tire um cochilo. Não iremos parar até atravessar o rio.
— O-Onde estamos indo? — Pergunta timidamente. Seu Alpha encara os humanos escravos acorrentados, encontrando em situação muito pior que Ella. Ele encara mais perdidamente a princesa.
— Atrás de mulheres. — Afirma e retira-se.
Uma Hisppo consegue caminhar por cinco noites e cinco dias antes de sentir necessidade de descansar. Ella não. A lhycan não está acostumada a percorrer longas distâncias. Ficou acomodada no castelo desde que nasceu e provavelmente nunca viajou a não ser de cavalo ou carruagem. Dylan aproveitaria a ocasião de descaso para observar um melhor percurso a um reino humano mais próximo onde, talvez possa encontrar uma mulher já que de putas para foder, estão cheio.
Ella observa Dylan encostado sobre uma árvore com braços cruzados e de olhos fechados. Suas vestimentas não mudaram. O mesmo modelo de bota e a calça negra que costuma usar. Mas em seu sinto, havia algumas armas feita majestosamente bem sobre com o punho enfeitado com os dentes de predador. Em seu abdômen há as mesmas pinturas de antes, feita com tinta pegajosa e preta. Mas ele escondia seu corpo com uma capa negra. Ella só podia ver algo quando ele se movimentasse ou ficasse em uma posição em que ocorre uma abertura já capa, expondo seus músculos.
Dylan sentindo o olhar de Ella sobre si, abre os olhos e olha para a lhycan que tem suas bochechas coradas e desvia o olhar. Ele sorri, ignorando.
Logo Ella cai em um sono profundo que pareceu apenas alguns segundos de descanso quando Fharlley a acordou. Ele entrou água a ela, junto com carne fresca. A lhycan ainda estava muito sonolenta mas não poderia ignorar a ordem de seu Alpha. O grupo já estava partindo.
Custou para ela sair do chão. Cambaleou e tropeçou entre as raízes da árvore e suas mãos foram de encontro ao peito másculo Arthur, deixando-a completamente ruborizada com o intenso olhar que o lhycan lança contra ela. Ele sorri.
Não durou mais do que alguns segundos. Ela afasta-se nervosa e desvia seu olhar, recompondo-se. É quando nota que alguns lhycan encarava o casal atentamente.
A garota teve uma leve impressão de ver os olhos de Dylan sob ela pouco antes dele seguir seu caminho como Alpha, orientando a alcateia pela floresta, dessa vez sem pausa. Ella é forçada a andar acompanhando a alcateia que não diminuí os passos.
Ela não percebe, mas todos, incluindo o Alpha estão andando mais devagar desde que saíram do castelo para ajustarem-se ao ritmo da lhycan. Mesmo assim Ella não consegue acompanhar os lobos sem uma certa dificuldade. Fharlley estava junto dela, ajudando-a a cada obstáculo na floresta, como a passar por um tronco caído, desviar de alguns arbusto e passar pelos galhos quase batem em sua cabeça devido sua lerdeza.
Pareceu uma eternidade até chegarem ao rio, onde alguns lobos aguardavam. Ella assusta-se com a quantidade de água. Eles iriam atravessar seu logo volume através das correnteza utilizando as pedras para não serem arrastado. A lhycan afastou-se amedrontada o que atraiu atenção de Dylan.
Ella não sabe nadar. Afogou-se na última vez que esteve em águas profundas. E nem tinha uma correnteza.
— Você vem comigo. — Ordena o Alpha.
Dylan se vira e caminha até a margem. Ele olha para trás e rosna quando Ella não obedece. Com olhar de impulso de Fharlley, a lhycan aproxima-se, mas recua perante a um fato iminente. O Alpha quem lidera. O Alpha quem toma a dianteira. Dylan será o primeiro a passar.
Ella irá com ele.
Dylan estende a mão para a lhycan. Ella estranha e hesita. Mas sem opções, seus dedos tocam os dele. Uma corrente elétrica passa por todo seu corpo de forma tão repentina que instintivamente ela afasta-se. Porém seu Alpha não permite e a segura sua mão, trazendo seu corpo em direção ao dele.
Ela mal consegue respirar quando ele passa seu braço sobre a cabeça puxando-a para suas costas.
— Segure firme. — O Alpha agarrou sua coxa, obrigando ela a encontrar o ponto mais fino de sua cintura e tentar agarrar-se a ele. Os braços de Ella rodeiam seu pescoço, temerosa. — Respire fundo.
Sem olhar para trás, ele mergulha na água, apoiando-se nas pedras. Ella entra em pânico ao estar debaixo d'água. Ela sente a correnteza querendo arrastar seu corpo para longe de Dylan. O desespero a faz grudar tão firme nele que nada parecia ser forte o suficiente para separá-los. O Alpha fica suas garras nas pedras, usando como apoio e indo cada vez mais fundo evitando ser arrastado. A correnteza é forte.
O desespero de Ella embaixo d'água e sua total inexperiência ceifam rapidamente seu fôlego. Não há como respirar embaixo d'água. Logo a lhycan procura mais uma forma de respirar do que a correnteza. Ela aperta Dylan em desespero por ar, que a faz escorregar sobre seus músculos. Como um Alpha argiloso, Dylan a pega pelo braço prensando-a contra as rochas da profundezas. Ela se debate em desespero por ar. Irá afogar-se.
Então o inesperado acontece.
Dylan, embaixo d'água sela seus lábios aos de Ella em um beijo profundo onde ele passa o ar de seus pulmões para a boca de lhycan, ajudando-a com sua própria respiração. Suas mãos agarram sua coxa enlaçando-as em volta de seu quadril. Dylan a abraça sem desgrudar os lábios, pega impulso nas pedra e se lança contra a superfície. Ele volta a cravar suas garras na pedra evitando ser arrastado pela correnteza, mantém a lhycan prensada e, só então seus lábios são separados.
Ella não tem tempo de assimilar o que estava acontecendo. Seus pulmões buscam água em uma tosse frenética sobre os músculos do Alpha em busca de ar em profundas e rápidas respirações. Logo, a lhycan começa a recuperar-se quando Dylan retira seus cabelos molhados do pescoço da jovem que começa a encará-lo.
Não tarda até suas bochechas ruborizarem-se pelo ocorrido debaixo d'água, mas também pela proximidade de ambos os corpos. Dylan é maior do que a bela garota. Seus músculos facilmente a prendam na pedra de forma que ela não escorre e seja arrastada pela correnteza. Ambos os corpos não estão apenas juntos. Eles estão intimamente juntos, colados sobre a pedra.
Dylan suspira próximo a Ella que volta a sentir falta de ar, mas não pelo afogamento. Ela estava perdida no olhar negro de Dylan, cujas pupilas levemente dilatam-se Seu porte cobrindo seu corpo dava segurança contra a segurança e seu corpo aquece sua pele naquele rio gelado.
— Será que terei que ensiná-la a prender sua respiração debaixo d'água? — As bochechas da garotas ruborizarem-se ainda mais. Ela ofega sem resposta e sua mente apenas concentra-se no que ouve.
— O q-que… — Dylan pousa seu dedo sobre os lábios de Ella, pedindo silêncio.
— Preferia afogar-se? — Seu tom sério de voz arrepia o corpo de Ella. Mas também a deixa angustiada. Ele estava apenas salvando sua vida.
— Não… — Sussurra.
Ela desvia o olhar para a correnteza. Os lhycans ainda estavam na margem e alguns, incluindo Fharlley se apoiaram em algumas pedras mais arriscada esperando que o casal prosseguisse. Seria afronta continuar sem autorização do Alpha que pega o queixo da bela garota e a força encará-lo. Seu olhar estava mais ríspido.
— Tem apenas 14 anos. Muito nova e inocente. — Afirma sério. — Não deveria expressar interesse pelos meus lhycans.
— E-Eu… — Ella fica sem resposta. Seu coração errou uma batida e ela se sente levemente magoada. — D-Desculpe.
Dylan expressa um sorriso sarcástico e encara os demais lhycans, todos olhando o casal. Ella mantém seu olhar baixo encarando um ponto fixo da água entre o abdômen definido de Dylan e suas vestimentas colada em sua fina cintura.
— Você realmente é muito inocente. Então permita-me ser mais claro… — Dylan encara precisamente seu Bhetta antes de seu olhar voltar-se para Ella, novamente forçando seu olhar sobre o dele. — …em minhas intenções!
Dylan não espera Ella entender suas palavras. Ele volta a unir seus lábios, dessa vez, não com um beijo de dar fôlego para salvá-la de afogamento. Ele é calmo, orientando-a em seu primeiro beijo apesar da clara surpresa e experiência. Mas ela não nega-o. Seus olhos fecham-se conforme ela tenta seguir-lo, transformando um beijo de tirar o fôlego e, até mesmo, ousado quando Dylan aproveita uma brecha e aprofunda suas língua dentro da boca da lhycan. Ele não é desesperado. Ele é paciente, ensinando-a com os movimentos, provocando todo seu corpo para um calor sobre aquela água fria na presença de toda a alcateia finalizando sua posse com um aperto possessivo na cintura e uma dominância tendo um aviso oculto a todos os homens.
Fique longe. Afaste-se. Ou arrisque sua vida!
E o Alpha faz questão que todos saibam, prolongando ao máximo o beijo, encerrando-se para pequenas respirações, olhar nos olhos da lhycan e, através de selinhos tomar novamente seus lábios namorando na frente de todos na alcateia, no meio da travessia do rio e impedindo que qualquer um passe. Ella não faz ideia do que está acontecendo, mas para todos era óbvio, mas o fato de Ella corresponder indica uma atração, por mais simples que seja ao ponto de transformar-se em desejo.
O Alpha, através deste beijo mais íntimo e possessivo do que qualquer outro, reivindica o direito de cortejamento a única lhycan da alcateia. Para todos, o sinal é claro. A dominância em torno de Dylan indica uma mulher proibida.
Fique longe, ou sofra as consequências!
Dylan encerra o beijo, com um olhar intenso as íris castanhas de Ella. Seus olhos incendeia-se com um dourado negro quando um sorriso malicioso surge na lateral de sua boca. Em um ato de expressar sua satisfação e controlar seus impulsos, Dylan morde a parte inferior seis lábios.
E tudo ficou claro para Ella, conforme as palavras de Nhshley. Um Alpha zela pela segurança de seus membros mas dificilmente presta-se a treinar e ensiná-los pessoalmente. Há quem faça isso por ele e Dylan fazia questão de ensiná-la. Ele marcou sua presença estando sempre perto e mantendo-a perto.
Ele estava lá no primeiro encontro de Ella e Nhshley…
Ele estava lá entrando em meio aos lhycan, pegando e dando-lhe as partes mais nutritivas da carne de uma caçada.
Ele matou os humanos que insultaram-na.
Foi ele quem cuidou de seus ferimentos quando o território foi invadido.
Ele estava lá no primeiro encontro de Ella e o irmão de Nhshley.
Foi Dylan, pessoalmente, quem apareceu a cada uivo errado que Ella dava durante os ensinamentos de Nhshley.
Nhshley estava certa quando disse que Ella poderia ter, como companheiro, a liderança da alcateia. Dylan Ruckler; o Alpha da Sombra!
Nhshley assumiu uma vida solitária ao não retornar a sua alcateia com seu irmão. Sofreria consequências se invadisse o território de outra alcateia sem que fosse colocada sobre as terras com alguém de autoridade. Jamais conseguiria sequer ficar próxima de sua irmã e apesar de sua estranha determinação em querer ficar próximo de Arya, o Supremo não iria facilitar para a lhycan.
Mas o destino começa a chamar, pouco a pouco sua atenção.
Henna é uma lhycan preguiçosa, calma que age pelo instinto invés da razão, companheira de Rômulo, o mais esperto entre os Bhettas sempre atuando com sabedoria e lógica.
Já Mirella é uma humana delicada, cega e predestinada companheira de Arthur, o mais violento entre os Bhettas e aquele que contém mais força bruta.
Agora Nhshley, uma lhycan com conhecimento em medicina certa de seus próprios ideiais cuja palavra é firme em certeza é predestinada companheira de Fhęnrz, o mais traiçoeiro e trapaceiro dos Bhettas.
Com todos os fatos, ele consegue brevemente imaginar a personalidade da predestinada companheira do último Bhetta, conhecido entre os quatro pela velocidade e agilidade mas não consegue pensar com clareza o que a deusa manifestada da lua pretende com as reviravoltas e coincidência da vida.
Arya foi levada para um dos quartos no castelo, assim como Mirella enquanto Nhshley foi posta em frente ao Alpha que neste instante encara a lhycan. Ela desejava entrar na alcateia e agora revela-se predestinada de um de seus Bhettas. Ela queria ficar próximo de Arya mesmo repudiando sua irmã. Algo nela não faz sentindo, mas não há como negar a ligação entre ambos, não apenas pela personalidade, mas pelos inesperado sintomas que claramente Fhęnrz vem sentindo desde que chegou de Hyfhyttus. O Supremo não confia em Nhshley, mas até Rômulo reconhece o laço entre eles.
A desconfiança do Alpha a manteve em constante decisão. E diferente de Mirella, ela é uma lhycan e não pertence a alcateia. Mesmo sendo provavelmente destinada a um Bhetta, nem mesmo seu companheiro impediu quando seu Alpha atacou-a, laçando-a para fora do castelo.
Nhshley não era da alcateia. Fhęnrz não deve fazer nada para contrariar seu Alpha, mesmo quando ele agarrou o pescoço de Nhshley, esmagou seus braços e quebrou sua costela em um puro ato de deboche e diversão. A lhycan gritou a todo o pulmão quando o Alpha se pôs em cima dela, ainda em forma humana e cravou suas garras em sua coxa. O corpo do homem fica pesado em cima dela. Seus olhos mudam do gelo frio para um vermelho vivo de excitação quando ele esmaga os ossos do joelho e quebra o quadril da curandeira ao assumir cada vez mais a forma de um lobo negro e feroz.
Arthur parece gostar do que vê. Ele corteja a violência. Sua companheira não está presente então não há com o que preocupar-se exceto ansiar pelo próximo grito de dor e o sangue derramado, quando o lobo abocanha a jugular da mulher, que grita. Estando na forma humana, é fácil para ele flexionar a mandíbula, fechar a traquéia ou arrancar a cabeça.
Rômulo apenas observa o conflito, assim como seu irmão Fhęnrz, muito mais sério que o normal. Normalmente o Bhetta iria demonstrar deboche, humilhando a força de cada perdedor a sua frente. Mas o lhycan mantinha os braços cruzados, encarando a cena sem fazer nada e permanecendo no centro de seus irmãos.
Ele não move um músculo para ajudá-la mesmo quando Nhshley encará-lo com lágrimas nos olhos, sentindo a mandíbula do lobo arrancar mais e mais sangue de seu corpo, sugando sua vida aos poucos. Ele entende o que está acontecendo e nem se quer desvia o olhar quando o lobo a arrasta pela floresta onde os gritos intensificam-se e o corpo gigante do animal impede a visão do que está acontecendo.
O cheiro de sangue inunda o ambiente. Os gritos param.
O Alpha afasta-se do corpo da mulher, rosnando.
Mas só permitido a visão do que acontece quando o lobo começa a circular o corpo ensanguentado e quebrado da lhycan, deitado sobre o chão, com grande quantidade de sangue jorrando de seu pescoço. O Alpha havia rompido uma artéria importante com suas mandíbulas.
Mas Nhshley ainda estava viva. Permanecia submissa ao Alpha, rejeitando tudo e todos estando a mercê do lobo que posiciona-se atrás dela e rosna contra sua nuca. A dominância no ar é pesada. A lhycan treme, mas vira sua barriga para cima dando total controle a ele, sobre a vida e a morte. A pata pesada o lobo pousa sobre seu peito, com pressão, deixando o ar escasso. Ela fecha os olhos e expõe submissão máxima ao expor sua garganta e não lutar contra a autoridade do lobo. O Supremo Alpha.
E agora, seu Alpha!
O lobo rosnou e, sem importar-se com os dando, quebra novos ossos da costela ao pisar nela, passando mas deixando-a viva. Nhshley agora é submissa a sua hierarquia da alcateia. Ninguém vive sem que ele permita. Por mais que seja a futura Lhuna, a lhycan entendeu que não deve entrar em seu caminho. Não sairá viva se houver um novo confronto.
Nenhum ódio ou raiva estava em seu olhar quando os Bhettas aproximam-se. Nhshley estava completamente submissa. A submissão imediata a um Alpha é sua entrada na alcateia e nem seu predestinado moveu um dedo para evitar a violência. A lhycan nem conseguia decifrar seu olhar sob ela, sem tocar em sua pele.
Nhshley, mesmo com dor, leva sua mão até seu pescoço. Uma lágrima cai de seus olhos. Ela claramente mostra seu valor ao lutar contra os ferimentos, mas antes deve controlar a perda de sangue. Quando as suas mãos deixa o pescoço, é possível ver uma considerável regeneração que duraria dias para desenvolver-se. Mas sua recuperação completa demoraria mais do que algumas semanas.
Os Bhettas observam atentamente como ela lida com seu cada machucado, desde seu quadril quebrado, a reconstrução dos ossos de sua espinha, evitando que perfure seu pulmão e, até sobre seu quadril quebrado, assim como o tornozelo onde um dos ossos perfurou a pele, saindo pelos músculos. Sem mais nada para fazer, resta apenas lutar contra a dor, pois seus destinos estão na mãos dos Bhettas. O Alpha apenas observa a distância, atento ao que será feito.
E, enfim, um sorriso brota nos lábios de Fhęnrz que abaixa-se a altura da lhycan. Seus olhos brilhavam num dourado sangue, com linhas vermelhas sobre sua íris. Nhshley prende sua respiração quando o homem leva sua mão sobre seu rosto, completamente fascinado com a beleza e honra que ela expressa. Ele morde seus próprios lábios inferiores, encarando o quão vulnerável ela está.
— Não deveria manter seus lábios entreaberto. — Afirma e antes que Nhshley tivesse tempo de entender suas palavras, ela sente os lábios do lobo sobre os seus em um beijo intenso, porém rápido. Ele suga os lábios da lhycan, mordendo até sua pele rasgar, permitindo a ele sentir o gosto de seu sangue que o excita. — Gostosa.
O Bhetta sorri debochado com a incredibilidade da lhycan e puxa seu corpo fazendo-a sentar no chão. Ela encara-o.
— Não dei-lhe essa audácia para… — O Bhetta cala a boca de Nhshley ao levar sua mão até seu pescoço. Ela não aperta, mas a área sensível e machuca a deixa alerta sobre ele. Ela não sente dor. Na verdade, o incômodo some quando ele a toca. Mais incrédula ela fica quando o lobo coloca sua cabeça na curva de seu pescoço, escorregando sua língua até a mordida que arde ao contato de sua saliva quente.
— Que tal ficar quietinha e deixar minha boca agir conforme minha vontade? — O lhycan aproxima-se de sua orelha e sussurra: — Prometo não vou colocar minha cabeça entre suas pernas… ainda.
A lhycan estava incrédula com a audácia daquele lhycan na mesma medida que sentiu sua bochecha ruborizar de vergonha. Outros dois Bhettas estavam observando a falta de vergonha ali no chão! Nhshley queria esconder-se.
O Bhetta sorri sarcástico e afasta-se da lhycan, dando espaço para ela respirar. Seu olhar era analítico, embora seu sorriso debochado. Ele estava analisando-a.
— Foi assim que sentiu-se quando encontraram suas predestinadas? — Questiona.
— Como? — Pergunta Rômulo.
— Uma vontade quase descontrolada de gozar capaz de tirar todo seu equilíbrio. — O Bhetta encara Arthur já que é o único além dele que não teve relações com sua predestinada ainda. — O que faz para controlar-se, irmão?
— Isso não te interessa! — Rosna Arthur para o irmão.
Fhęnrz sorri e torna a encarar sua amada.
— Meu desejo é insano. Sinto que se não gozar, vou explodir. — Ele morde seus lábios. — Preferia que fosse em seu interior, mas acredite, meu amor, sei respeitar corretamente uma mulher.
— "Meu amor"? — Nhshley levanta uma sobrancelha, surpresa. Mas o lhycan a ignora e encara sério seus olhos, quase como se não gostasse de que questionasse suas palavras.
E ele realmente não gosta. Mas a lhycan tinha uma excessão. E seu olhar ríspido é por outro propósito.
— Precisa cuidar desses ferimentos. — Afirma autoritário. Ferimentos causados por Alphas podem trazer grandes consequências. — Percebo que tem talento como curandeira e, como tal, deve saber que não poderá cuidar-se sozinha.
— Qual o seu nome? — Pergunta Rômulo.
Nhshley encarou-o brevemente antes de voltar seu olhar para seu predestinado. Ela não vê muita diferença física. Poderia facilmente confundi-los se não fosse por características muito específicas que deve-se a provável ligação que compartilha com ele. O Bhetta levanta uma sobrancelha, também curioso a respeito do nome da lhycan que pretende cortejar e fazer-la sua.
— Nhshley do clã Campbell.
— Alcateia Eclipse Branco, hein. — Fhęnrz estreita seus olhos sobre o seu irmão que aproxima-se um passo. O Bhetta levanta-se dando as costas a sua predestinada e encara seu gêmeo.
— Ela não está recuperada. Afaste-se! — A postura de Fhęnrz era de ameaça, possessividade e proteção. O lhycan estava sério ao manter sua dominância, mas Rômulo não recua-se.
Nhshley vê força em seu predestinado. Ela enxerga sua autoridade e dominância. Sente-se estranha ao vê-lo confrontar outro Bhetta por ela. Sentia-se ameaçada, mas também protegida. Sentia-se até mesmo atraída pelo lhycan.
Arthur suspira antes de interromper seus irmãos, afastando um do outro.
— O que está havendo? — Pergunta a lhycan, não identificando uma ameaça.
— Minha companheiro sofreu um acidente. Segundo os curandeiros, deve ser feito uma escolha. Ela ou os filhotes. — Rômulo afirma sem deixar de encarar seu irmão.
— Que acidente? — Ambos os três Bhettas olham para a lhycan, após ver o interesse em sua voz.
— Ela caiu das escadas. — Afirma seu predestinado. Nhshley rosna com a dor em seu pescoço. — Independente do estado de Henna, você não está em condições de ajudar ninguém, ainda. — O Bhetta encara seu irmão. — O máximo que irei permitir é um diagnóstico. Mas apenas quando ela estiver em condições de andar.
— Amanhã.
— Se minha companheira não sentir-se bem, atraso para o ano que vem se assim for necessário! — Rosna para seu irmão. — Será quando for conveniente.
O lhycan pega sua predestinada nos braços, ignorando o olhar de Rômulo e a leva para dentro do castelo.
A dor de cabeça era forte. Arya mal conseguia abrir os olhos sem que ardessem no mínimo de claridade. A lhycan não sabe quantas vezes voltou a consciência e a perdeu. Ela estava tonta, mas sua vontade a forçou a olhar ao redor.
Ele estava ao seu lado.
Frio, impassível, calmo e inabalável. Já Arya, arregalou os olhos com o sangue em seu corpo, não de um animal, mas de uma lhycan. A Ômega tenta levantar-se, mas mal consegue devido a tontura. No final, ela o encara temerosa.
— Espero que tenha aprendendo a não desafiar seu Alpha. — Sua intensa voz causa um arrepio incomum entre as pernas de Arya, que remexe-se na cama. Ela respira fundo. O Supremo nem sequer olha para ela.
— Pode ser o Supremo mas não é o meu Alpha! — O olhar do homem vai sobre Arya, pela primeira vez. Vermelho e intenso, como o sangue úmido que banha cada parte de seu músculo.
— E mesmo assim, encontra-se sob o domínio do macho Alpha. — Seu olhar não muda. Ele desafia a ousadia da Ômega e orgulha-se da lhycan ser muito fraca para ir contra sua dominância. Arya não é nada perante a ele.
— O q-que fez? — O cheiro de sangue era Nhshley.
— Deveria preocupar-se mais consigo mesma. — Afirma.
— Meu destino já é certo…
— E qual é seu destino?
— M-Morte… — Sussurra.
O Alpha levanta uma sobrancelha, curioso. Morte é de todos os seres vivos, mas as palavras era pronunciada pelos sedutores lábios de Arya como uma melodia. Quase tendo certeza do que o aguarda.
— Lhycans honradas não aceitam traições e, ou amantes. — Arya olha para suas mãos. — Nhyara não aceitará-me aqui. Ela acabará com isso.
— Então aceitou seu destino?
O Supremo ignora o fato da honra relaciona a traições. Nenhuma lhycan aceita traições. É um fato desonroso para os próprios machos, considerado indigno de ter uma companheira honrada.
— Não d-disse isso… — Sussurra.
— Mas é assim que será. — O Supremo levanta-se da poltrona. As gotas úmidas de sangue vai sobre seus músculos. — A Lua de Sangue voltará e, até lá, prepare sua mente, pois não irei aceitar um não como resposta, pequena Ômega.
— Por que não deixa-me em paz? — Os olhos verdes de Arya fecham-se, contendo as lágrimas. Ela aperta seu punho, expressando raiva e assusta-se quando o Alpha segura seu queixo, vira seu rosto segurando-o.
Arya ofegou ao sentir a proximidade de seu rosto ao dela. Suas mãos suja de sangue mancha a pele clara da Ômega que não diz uma palavra alguma. Tal sua dominância que consome todo seu corpo, trazendo sua submissão à tona.
— É isso que deseja? — O Supremo suspira, ameaçador.
— S-Sim. — O Alpha empurra seu pequeno corpo contra a cama, subindo em cima da lhycan que mantém seus olhos fechados.
— Por quê?
Arya nota seu interesse em exigir uma resposta ainda não formada em sua mente. Ele afronta seu corpo ao aproximar-se da curva do pescoço da lhycan, cheirando-a. Ele suspira, excitado. O cheiro da Ômega invade suas narinas como o mais sedutor perfume fértil, chamando-o.
Ele segue seu desejo, colando seus corpos de modo que Arya sinta-se imobilizada pelos seus músculos e perdida na dominância sobre ela. O Alpha é pesado, robusto e musculoso. Ele mantém sua presença sobre ela, exigindo seu corpo para ele.
Com uma mão ele prende suas mãos enquanto a outra desce pela sua cintura fina, sentindo suas curvas. Arya sente o volume entre suas pernas e não consegue evitar quando ele as abre, ficando entre elas. Ele beija a lateral se seu pescoço e volta para seu colo, onde beija. A Ômega suspira. E, como um convite, o Supremo passa sua língua por toda a curva do pescoço até próximo de sua orelha, onde suga com vigor a carne, chupando a área sensível. Arya geme, todavia rosna em repreensão.
O Alpha imediatamente encara. Seus olhos vermelhos como o sangue, sério e impassível, mas surpreso com sua atitude negando-o.
Para Arya o nível da intimidade do Alpha com ela é medido conforme sua intimidade com ele.
— P-Porque não en-encontrei u-um… u-um… — Ela abre os olhos, determinada — Um companheiro digno de ter-me!
O olhar do Alpha fixar-se sobre a lhycan, mantendo-se ainda mais sério. Ele aperta seu braço, fazendo-a gemer.
— Pretendia dar-lhe prazer, mas agora estou curioso. — Sua mão sobe até a mandíbula de Arya, pegando-a firmemente. Sua dominância fixar-se no ambiente, mais intensa, exigindo o direito ao corpo de Arya. — Até onde vai essa sua audácia, pequena Ômega.
Ômegas não tem escolhas. Eles seguem ordens cumpre desejos. O Supremo a deseja intensamente desde o dia que colocou seus olhos nela. E agora exige direito sobre seu corpo ao fixar seus lábios aos da lhycan, finalmente sentindo sua maciez e obrigando-a a sentir o gosto de ferro e sangue, roçando sua barba rala na mandíbula da mulher, tomando-a para si e dando a ela, o primeiro beijo de sua vida.
E logo, ninguém impedirá de prová-la tão intenso quanto o beijo. Ele adentrara com tanta eficaz quanto lua língua na boca da lhycan, seduzida pelos seus encantos e submissa ao lobo.
Ele tomará o que é seu por direito…
Sua virgindade!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top