C A P Í T U L O 28

  Agora tudo faz sentido…

     Sentindo inveja da Ômega a querida Suprema Peeira ordenou o sequestro de Arya. A Suprema Alcateia é perfeitamente vigiada e logo notaram o ocorrido. Por isso, os sequestradores com intenção de despistar os caçadores do Supremo Alpha, usaram o território de Dylan como vantagem. Sendo um Alpha da Noite, seria algo completamente arriscado, até mesmo para os lhycans a mando do próprio Supremo Os caçadores pensariam o mesmo dos sequestradores e poderiam presumir que eles não seriam tão burros de invadirem.

  O que não foi o caso…

     Tendo um Supremo Bhetta como principal líder da caçada, nenhuma alcateia ofereceria risco.

     Arya Campbell, uma Ômega nascida sequestrada da alcatéia Lua de Sangue cujo Alpha é o Supremo Alpha. Dylan não deixa de sorrir com a situação de tê-la sob seu poder.

     E se ele entregá-la? O que ganha? Arya é uma lhycan solitária e, por tanto, não pertence a nenhuma alcateia. Caso o Supremo queira tirar satisfação, nada poderá fazer. Além do mais, ela é só uma fraca e inútil… Ômega. Por que esse esforço todo por um corpo de prazer, caro Supremo?

     Dylan amplia seu sorriso ao imaginar a discussão que seria pela posse de tal Ômega.

     Uma característica das Alcatéias da Sombra são seu deboche e atos imprevisível. Mas, se o lhycantropico quiser manter a vantagem, ele precisaria cuidar de sua lhycan mais nova, Ella que estava cautelosa ao andar pelos corredores do castelo até a biblioteca onde Dylan estava. Havia homens cuja presença a fazia sentir-me ameaçada, pois não eram liderados por seu Alpha. Ela estremeceu a cada corredor temendo encontrar-los e ficou aliviada quando finalmente chegou à porta da biblioteca.

      Um, dois, três, quatro batidas e Ella abriu uma das portas duplas preferindo um "com licença" ao ser sentado na poltrona. Dylan aguardou que a lhycan entrasse totalmente na biblioteca antes de manda-la aproximar-se.

— Percebo sua curiosidade em nossos hóspedes. Descobrirá quem são mais cedo ou mais tarde. — Havia um desagradável tom em sua voz, provando que Dylan não estava gostando desses forasteiros no castelo. — Sente-se, Ella.

     A lhycan rejeita a poltrona e fica no chão, como uma criança ouvindo história de um adulto. Ele observa seus olhos.

— Faz idéia de quem são?

— São como… n-nós?

— Existem muitos como nós pelo mundo em variáveis terras. A maioria faz parte de uma d'ryracks. A maioria rivais em território e poder, mas todos da mesma espécie não importa o conflito. — O Alpha apóia seu cotovelo no encosto de madeira da poltrona e fecha os olhos. — Eles vem de uma d'ryracks diferente.

— O q-quê são uma…

— Alcatéia. — Responde Dylan prevendo o final de sua pergunta. — Como lobos. Uma sociedade imposta por dominância lhycan. Uma alcateia.

— Ah… — Ella estava tímida, mas entendeu que seu Alpha daria resposta então, mesmo trêmula, perguntou: — O que eles querem?

— A mulher.

     Dylan trouxe uma mulher para o castelo. A mulher… cuja presença tanto intriga Ella, pois ela é diferente. Não é como aquela mulher albina que parece um fantasma. Essa é diferente. O cheiro dela é diferente.

— Toda espécie tem um macho e uma fêmea. Uma mulher e um homem. A nossa não é diferente. A maior parte de nossa população é de homens, mas existem mulheres lhycan e aquela no quarto é uma. — Uma lhycan. Ella estremece ao saber que a uma mulher como ela, aqui, no castelo. Como ela deve reagir? Qual o seu talento? Como ela é em uma alcateia? É expectativa atrás de excitação. Como foi transformada? De onde ela veio? — Mas diferente de você, minha lhycan, ela nasceu assim. Os pais dela eram lobos e, como um homem e uma mulher, eles tiveram seus filhos. Três mulheres e um homem. Essa que está conosco é a caçula.

— E e-eles? — Ella lembra-se daquele homem que afronta seu Alpha. De seu olhar imponente e sua autoridade. Dylan não o subestima e ele não o subestima. Quem ele é?

— Assim como existe hierarquia em uma alcateia também existe hierarquia entre as alcateias. Eles são caçadores de uma alcateia superior a nós em sociedade.

— N-Não entendo…

     Dylan olha para Ella. Ela estava confusa. Talvez realmente seja muita informação para ela. Apenas o fato de saber que há mais uma mulher lhycan além dela neste castelo a confunde.

— Saiba que eles são caçadores superiores e mais forte do que você e querem a loba. — Resume tudo em poucas palavras. Dylan pretendia explicar mais sobre seu mundo mas a mente de Ella ainda está muito fechada devido às suas crenças considerada pagã e abusiva.

     Dylan não entendia como um deus que supostamente preze pela igualdade, verdade e justiça permita que as mulheres do povo que o segue seja desmerecidas, judiadas e submetidas a seres inferior ao homem. Um deus que permite que um homem traia sua companheira mas não que sua companheira o traía. Esse é o deus tão venerado pelos humanos? Para os lhycans, tal crença é repugnante.

     Como Alpha ele pode ter quantas mulheres ele desejar, mas, quando escolher uma para ser sua fiel companheira e a mãe de seus filhos ele não imagina-se traindo-a. Ela seria inferior a ele na hierarquia como Alpha e Peeira, mas não como homem e mulher.

     Por tal repugnação Dylan não via o momento de poder tirar até os últimos vestígios dessa crença religiosa da alma de Ella que ainda permanecia submissa devido a sua vida abusiva. O Alpha gosta de pensar que, sem ele, Ella tornaria-se uma puta submissa que nem ao menos teria o direito de pensar por que sua religião diz que o homem deve pensar por ela, pois mulheres estariam perdidas sem eles.

      Apenas pensar no modo de vida humano, o enoja. Ella, no chão, percebe as reações de sua face em uma quase careta pensativa.

— Diga-me Ella, és inferior a mim? — Era a mesma pergunta que ele disse que faria todas as noites, todavia, Ella não respondia. Deveria responder apenas quando tivesse certeza da resposta.

     Ela ficou quieta. Dylan, então, olhou para a lhycan.

— Tome cuidado com aquele homem, Arthur.

— C-Como? — Suas palavras a pegaram despreparada. Foi muito repentino.

— Ele te atraí, não é? — A lhycan prende a respiração sob o olhar analítico de Dylan.

— Não entendo…

— Claro que não… — O Alpha sorri. — Vá até o espelho.

  Espelho?

     Dylan aponta um grande espelho entre as prateleiras de livros grandes e pesados. Ella havia esquecido sua ausência, mas, mesmo com sua timidez, obedeceu seu Alpha e ficou em frente ao seu reflexo.

— O que vê?

— M-Meu reflexo. Eu…

— Você vê sua aparência física?

— Sim.

— E está satisfeita? Gosta do que vê? — Ella não responde e continua a analisá-la. Olhos e cabelos castanhos compridos, pele aparentemente sem imperfeições, magra e com um corpo já de mulher, apesar de sua idade de 14 anos. A transformação a mudou. Ela está mais bela do que nunca. — Eu com certeza gosto.

     A lhycan arrelia-se e olha para o homem na poltrona. Seus olhar negro e severo passa descaradamente por seu corpo quase como se despisse com o olhar.

— Você tinha uma beleza incomum quando humana e, após transformar-se em uma lhycan, adquiriu a perigosa beleza que nossa espécie tem. — Ella volta a olhar no espelho. Está com mais corpo. Seus cabelos parecem mais sedosos e sua pele mais perfeita de quando era humana. — No lugar, hora e momento errado e você poderia atrair facilmente um estuprador, assim como atraiu-me na noite do baile.

— O quê? — Ela olha assustada para ele.

— Quando cheguei neste castelo, sua beleza logo atraiu-me. Naquela noite quando você afastou-se, eu a segui e teria violentado seu corpo. O por quê não fiz isso, não importa no momento. — Dylan desconforta-se na poltrona mostrando irrelevância.

— E-E minha honra? — Ella estava assustada com a revelação. Sua honra seria manchada se perdesse sua virgindade. Estaria condenada!

— Honra? Que honra? — Seu Alpha dobra seus lábios em um sorriso malicioso. — Acha que um homem iria preocupar-se com algo além de seu próprio prazer ao rasgar sua roupa e possuir seu corpo?

     Dylan referia-se a relação sexual entre um homem em uma mulher. Falava da beleza de seu corpo e de um quase ato em busca de desejo. Ella olha-o com medo, mas repara no olhar predatório que ele lança contra ela.

— V-Você… sente…

— Se eu sinto-me atraído fisicamente por você? Sim. É linda. És gostosa embora muito idiota para ser algo além de sexo. — Afirma sem exitar fazendo o coração de Ella acelerar.

     Ela sente-se incomodada com suas palavras, mas não fala nada. A lhycan apenas abaixa a cabeça.

— Olhe para mim. — Dylan força seu grande corpo a levantar-se quando Ella pousa seu olhar castanho sobre ele. Dylan é fisicamente robusto e musculoso. Seu abdômen facilmente chama atenção devido as fileiras de músculos definidos em seu grande corpo. Seu olhar negro é feroz e impõe respeito, tal como seu porte que exala masculinidade. — Gosta do que vê?

     Seu andar exala perigoso. É como os de um predador em busca de sua presa encurralada que seria Ella. Suas pernas não fazem nada além de tremerem e só recuso quando já é tarde demais. Dylan já está perigosamente perto de Ella e intimamente perto de seu rosto.

— E seu fizesse uma proposta? Sexo sem qualquer compromisso? Você entrega seu corpo a mim, desfrutando do prazer que eu poderia dar-lhe sempre que for de nosso interesse. Não será minha companheira e ninguém precisará saber disso. — Ele acaricia seu rosto. — Aceitaria?

     Ella mal assimilava suas palavras. Mal entendia o que estava acontecendo. Seu corpo inteiro tremia e ardia em calor. Dylan estava dominante e perto demais. Ela podia sentir seu poder sobre ela, másculo e dominante.

— Não se preocupe. Como seu Alpha, eu ordeno isso. Negue e eu te mato  — Ella arregala os olhos, assustada.

     Um sorriso brota nos lábios de Dylan que a vira para encarar o espelho.

— Veja como você é. — Ordena quando fixa sua mão em sua cintura. — Está vendo essa beleza? Esse olhar inocente, seu rosto angelical… E seu corpo? — Ele sussurra em seu ouvido. — Já imaginou que obscenidades os homens já pensaram ao olhar esse corpo e imaginá-la nua?

     Ella engole em seco quando Dylan aperta sua cintura e cheirar as longas tranças de seus cabelos. Seus olhos marejam ao imaginar as obscenidades ao qual ele refere-se.

— Como seu Alpha, eu exigi seu corpo. Seu companheiro também faria o mesmo, ansioso por suas curvas. Mas se você não quiser, diga não. — Dylan afasta-se permitindo que Ella respirasse. Era mais um ensinamento ou ele ainda a exigia? — Olhe para seu corpo Ella. Veja o quanto é linda. Mesmo que fique calada quando eu afirmei que você é idiota demais para ser algo além de sexo, esse corpo é seu. Você quem decide de quem será.

— C-Como assim? — Dylan a vira de frente para ele.

— Se uma mulher recusasse sexo ao seu companheiro e o irritasse fazendo-o estuprá-la, de quem é a culpa? — Dylan encara seus olhos. — Responda.

— Dela. — Seu Alpha sorri.

— Por quê?

— Ela recusou prazer ao seu marido.

— E isso é motivo para ser estuprada? Afinal, de quem é o corpo? — Ella exita em responder, mas o olhar negro de seu Alpha indicava querer uma resposta.

— D-Dele…

— Errado. — Dylan suspira fundo.

     Para Ella, o fato do marido ser dono de sua mulher podendo usar seu corpo da forma como bem entender está enraizado em sua mente. Ele fecha os olhos relembrando de que ela ainda está aprendendo antes de voltar a encarar seu angelical rosto confuso.

  Tão inocente.

— Se uma mulher quer sexo bruto e violento, o que a impede de buscar seu parceiro e provocá-lo? Ainda que ela faça chame dizendo não, no final ela sempre diz sim, pois é isso que queria. Mas se ela insistir no "não" com firmeza e determinação usando essa palavra para representar fielmente sua vontade de não ter relações sexuais, ninguém tem o direito de obrigá-la ao contrário. — Afirma sério.

— E o marido?

— Ele que masturbe-se em uma mesa e goze na pintura da esposa, mas não tem o direito de tocá-la contra sua vontade. Ambos estão casado, mas o corpo da mulher é dela muito mais do que ela é dele. — Dylan novamente a faz encarar o espelho. — Essa carne é sua e ninguém tem o direito de exigir algo que a deixe desconfortável. Nada justifica um estupro. O corpo é seu e, mesmo que você desfile pelada pelo castelo, ninguém tem o direito de tocar sua carne sem sua permissão.

— Mas ainda ainda há homens que…

— Foda-se eles. Não nego que já violentei várias mulheres e você seria mais uma delas. Para nós, lhycans, a verdadeira honra está na alma. Qualquer mulher que não tenha, ao menos, vontade de lutar por algo tão banal que é os direitos de seu próprio corpo não são mulheres. São impuras. Putas. — Dylan afasta-se de Ella. — Uma mulher que desonre a si mesmo ao não definir claramente os limites de seu corpo, não terá nosso respeito. Afinal, se nem ela mesma valoriza-se, por que nós temos que respeitá-la?

— Por que está me dizendo isso? — Ella vê, pelo reflexo do espelho Dylan servindo-se água em uma taça.

— É apenas questão de tempo até você ser corretamente cortejada. — Dylan bebe alguns gole de água. — Deve conhecer os diretos sobre si mesma se não quiser ser considerada uma lhycan impura como a mulher no quarto.

— Ela é impura?

— Ômegas são sempre impuros. Fique longe dela e tome cuidado com os lobos que não são da alcateia. Principalmente Arthur. — Afirma antes de sair da sala, deixando Ella sozinha com seus pensamentos na escuridão da biblioteca.

— Percebo que ainda não dormiu. — Diz Nevrah ao adentrar o quarto. Era óbvio que Dulce não havia dormido. Ela fez da noite seu hábito de ficar acordada.

     E com Nevrah no quarto, Dulce sente-se nervosa e incomodada com sua presença. Um choque de lembranças a atinge e faz afastar-se quando o Arcanjo senta-se na cama próximo dela.

— O que foi? — Nevrah sorri. — Incomoda-se comigo?

— N-Não!

— Não minta para mim, Dulce. — Ele pega em seu queixo fazendo-a olhar em seus olhos sérios e impassíveis. — Quantos Arcanjos veio vê-la além de mim?

— D-Dois.

— E o que sabe sobre eles? — Nevrah impulsiona-se contra o corpo de Dulce, deitando-a na cama e ficando em cima dela. — Hm?

— H-Há algo adormecido dentro de mim. Talvez. — Nevrah demonstra mais calma e esconde seu rosto na curva de seu pescoço.

— A diferença de um Arcanjo para um anjo é que os Arcanjos são líderes. Dentre os cinco nesse palácio, um de nós é um líder superior. — Nevrah mordiscar o lóbulo de sua orelha e sussurra: — Quero saber quem é e você irá falar-me.

— E co-como v-vou saber saber quem é? — Nevrah sorri e olha em seu rosto.

— Veja mais do que seus olhos permitem. — Ele passa o polegar pelos seus lábios, bruto. Logo em seguida, Nevrah beija o canto de sua boca. — Você está bonita…

     As bochechas de Dulce coram timidamente com sua afirmação. Nevrah aperta sua cintura firme e olha em seu rosto. A humana estava ofegante e arfou quando ele começou a chupar seu pescoço.

— N-Não… — Ela tentou sair de seu aperto quando sentiu todo seu corpo estremecer quando Nevrah mordeu sua carne.

— Não? — Navrah vira seu rosto para ele, selando seus lábios em um beijo.

     Ele é ousado ao fazer Dulce abrir seus lábios para que sua língua explode sua boca. Embora haja resistência a princípio, Dulce não resiste a maestria de ter sua boca tomada pela dele e corresponde. Ela geme contra seus lábios quando Nevrah aperta seu seio, trazendo-a mais para seu corpo. Por fim, o beijo termina quando os pulmões de Dulce começam a sentir saudades do ar puro da atmosfera 

— Ah, minha manipulável bonequinha. — Nevrah mordisca seus lábios e afasta-se com castro selinhos. — Não esqueça o que posso fazer com você caso não colabore. Seja uma boa bonequinha e descubra quem é a porra do Supremo.

    O Arcanjo cheira a curva de seu pescoço e, em seguida, sai de cima da humana retirando-se do quarto. Pela primeira vez desde que Dulce esteve naquele lugar, ela está suando. Pela primeira vez ela sente o quão quente é aquele vulcão.

     E pela primeira vez, ela quer atenção em um lugar especial entre suas pernas. Nevrah a excitou, provando o domínio que tem sobre ela. Como ela ainda pode ter desejo por ele depois dele usar-la.

Era complicado escalar aquela montanha. Quanto mais elevado, mas o ar impedia que o homem respirasse. Seu corpo estava sendo levado ao extremo até ele finalmente chegar ao seu destino.

     Era enterrado com a neve, fria e escura. A caverna não tinha muita luz mas era o suficiente para ele ver os esqueletos humanos que compunham o local. Não cheirava carniça pois não havia carne, mas carregavam o mesmo brasão que ele.

     Ele sabia o que havia acontecido e não duvidava que o mesmo ocorresse-lhe. Ele estremeceu com um eco na escuridão que o engoliu quando a entrada da caverna foi tapada.

     Ela estava atrás dele…

— Que belo homem você é… — Ele se vira, todavia não vê absolutamente nada além do escuro. Ele escuta passos pesados e sente estar em perigo. Seu corpo diz para fugir como muitos outros fizeram, mas sua mente sabe que será morto. — Mas sua inteligência é digna de viver?

     Sua garganta dói em terror. A criatura o devoraria vivo se ele não parasse de seguir seu instinto de sobrevivência e desse ouvido a razão. Ele estremece com uma respiração próxima ao seu corpo.

     Ela é grande…

— Diga-me… — Ela iniciaria sua condenação. Impulsionado pelo medo, ele pergunta em desespero:

— Será que é mesmo tão sábia?!

— Você é? — A voz veio próximo a ele, intimidando todo seu corpo.

— De minha inteligência apenas eu tenho conhecimento, mas questiono a sua, glorioso ser. — Um silêncio é ouvido na caverna. Ele estava mesmo questionando sua inteligência? Logo um leve riso é ouvido, mais distante.

— Mas há inteligência em você para ter conhecimento. Decifra-me ou devoro-te.

     Ele não poderia responder seu enigma ao qual ninguém tem conhecimento e falha, levando-os a morte.

— Como posso decifrá-la se não tenho certeza do que és capaz. — Ele busca em sua mente a charada. — Prove-me se és realmente tão sábia.

— Por que eu deveria provar algo a você, humano? — Ela estava aborrecendo-se. Mataria ele se continuasse a enrolar.

— Para sempre devemos manter e perecer. Está na boca de todos sem ser pronunciado; Está em sua frente, mas é invisível; Destrói-te, mas não afeta-te; É ouvido pelos surdos e visto pelos cegos. O que é?

— É mantido por séculos levando civilizações inteiras a perecer com seu fardo. Está na boca de todos sem ser pronunciado porque é temido. Está em sua frente mantendo-se invisível, destrói-te mas não afeta-te porque ainda não começou. Mas é ouvido pelos surdos e visto pelos cegos pela pela percepção de terror que trará ao mundo. — Um novo riso é ouvido na escuridão. O homem facilmente sente-se ser rodeado pela criatura que agora encontra-se curiosa: — Como um reles humano como você pode saber da profecia?

— O corpo celeste já foi visto, a história já está traçada e uniões de alma foram realizadas. — O humano respira fundo sendo avaliado pela criatura que o cerca naquele escuro. — Machuca e mata de todos os lados e precisou de dois para começar. Sou apenas um mero servo enviado para fazer-lhe um acordo ao qual muitos outros falharam.

— Esta guerra não afetará-me em nada. Decifra-me ou devoro-te. — Ele estaria perdido se fosse feito o enigma.

— Oh glorioso ser, guardiã da sabedoria e do enigma indecifrável sou apenas um humilde servo cujos mestres questiona sua honra. — Um rosnado é ouvido naquele escuro, arrepiando cada detalhe do humano que estremece e não vê outra saída de aplacar seu medo exceto ajoelhar-se perante a criatura. — Servos da natureza e guardiões do fogo que dominam o céu convocam vossa honrosa presença em um acordo que fará de ti ser conhecida como a mais sábias das esfinges por sua gloriosa sabedoria ser capaz de decifrar o que o mais sábios dos seres não conseguem. Se não deseja ouvir o acordo, faça seu enigma e permita que meus mestres procurem outro ser com inteligência digna de honra e destaque.

     O homem é acertado com uma pata gigante e lançado para a luz de fora da caverna, caindo sobre o gelo e o sol que queima seus olhos.

     Sons são escutado da caverna onde uma criatura faz-se presente. Primeiro as grandes patas de felino que facilmente cobre a maior parte de seu corpo seguida de um grande rosto de mulher cujo olhos azuis assemelham-se de um gato juntamente com suas orelhas felpudas. Ela pega o humano e ergue ao seu tamanho permitindo-o ter um relance das enormes asas.

     Apesar de ser uma criatura feroz, a beleza daquela gigantesca esfinge com corpo de leão branco, asas de águia, seios, pescoço e cabeça de mulher é claramente notável.

— Responda-me ou devoro-te. — Dessa vez não haveria salvação. Dos belos lábios vermelho de seu lindo rosto de mulher é dita o enigma que condenou a vida do humano. Ele não viveria para saber o futuro.

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