C A P Í T U L O 21
O dia amanheceu com uma luz peculiar. O dia estava quente até mesmo onde deveria estar frio. Muitos incomodaram-se com a energia emanada pelo sol, mas não tardou a normalizar-se. Dulce despertou quando o frio retornou para normalizar a temperatura.
Seu corpo estava preguiçoso. Dulce cochilou e acordou diversas vezes até que seu corpo finalmente começasse a sentir-se dolorido. Mesmo com o conforto de um calor peculiar, não tardou até que Dulce abrisse seus olhos e se assustasse com o que estava abraçando.
Sua reação acordou Nevrah que nada fez além de abrir seus olhos e encarar a reação surpresa da mulher que logo cobriu sua nudez. O arcanjo sorriu.
— Não há nada que eu já não tenha visto, humana. — Ele apoia sua cabeça em um de seus braços e fecha os olhos. Uma manta cobria suas genitais, todavia, seu estado físico indicava o que havia acontecido.
Dulce sentia seu sexo arder e incomodar-se. Suas pernas estavam um tanto dolorida e havia marcas por todo seu corpo como prova do que havia acontecido. Seus batimentos cardíacos aumentam em um certo desespero. Parecia que tudo era uma mentira. Teria que ser…
— V-Você… Eu. A-A ge-gente… — Ela estava com sede. Sua bocas ardia e ela sentia um gosto ácido.
O mesmo gosto que sentiu quando Nevrah a beijou e, entre seus intensos movimentos mordiscou seus lábios aos quais foram cortados. Ela quase pode revivenciar seu gemido rouco após provar seu sangue.
— Transamos? O que tem de mais? — Dulce sentiu-se insultada. Ele havia tirado sua virgindade e não importava-se com isso? Ela não era casada com ele. Ela estava desonrada.
Nevrah abriu seus olhos e olhou para Dulce. Havia lágrimas em seus olhos aos quais fizeram Nevrah sentar-se na cama. Ela esquivou-se de seus primeiros toques mas não conseguiu evitar que ele a deitasse na cama, permanecendo em cima dela. Dulce estapeou e chorou. Ela agora era impura. Ela não esperou um casamento com seu noivo. Ela sucumbiu ao desejo e entregou-se. Ela pecou severamente. Seus pais teria vergonha caso estivesse viva.
Ela consolou-se no tecido onde perdeu sua pureza e honra. Ela não importou-se com o toque de Nevrah em seu cabelo. Era incomum aquele comportamento. O arcanjo não entendia sua reação né achava patético. Mas não expressou-se. Ele estava curioso e pensava no dia anterior.
Não havia novidade alguma transar com uma humana. Ele já havia praticado relações sexuais com várias de suas escravas antes de Dulce e voltaria a tais atos sem qualquer problema. Mas suas especulações o impedem. A humana não é comum.
— Ah… — Nevrah suspira ao separar-se de Dulce olhar para si mesmo. Ele estava sujo. Sua cama estava suja. Dulce havia sujado-o com o sangue de sua menstruação. O cheiro estava um tanto incômodo as suas narinas. Dulce olhou de relance para ele. — Veja o que fez.
Seu peito definido havia manchas de sangue que só pioravam em sua perna. E suas magníficas asas manchada? As penas estavam eriçada e sujas com o sangue. Podia encontrar-se facilmente penugem dura. Mas o pior era a cama. Os tecidos brancos estavam úmidos do sangue que sujava e manchava Dulce.
Ela logo ficou tímida. Mal conseguia olhar para Nevrah devido a vergonha que sentia. O arcanjo que orgulha-se de uma higiene impecável não estava muito contente. Seu rosto estava sério e impaciente. Ele não aceitou objeções após encher uma banheira de água, pegar a humana e colocar na banheira.
Dulce assustou-se quando o arcanjo compartilhou da banheira e, assim como ela, limpou sua pele, todavia ela nada disse. Estava com muita vergonha do que seu corpo fizera e de , sedoso líquido branco, umedecer sua penugem e limpar de pouco em pouco. Dulce observou com vergonha seus movimentos que permitiram a ela ver a raiz negra de cada penas perfeitamente branca. Nevrah era detalhista ao limpar até a raiz das menores penas.
Porém, quanto mais a penugem de suas asas se aproximasse de suas costas, mais difícil ficava para garantir a limpeza. Ele saiu da água sem expressar qualquer incômodo com sua nudez e concentrou-se na higiene de suas asas.
Dulce desviou o olhar, sentiu-se com vergonha e constrangida. Ela fixou seu olhar na água e tentou continuar sua higiene até seus olhos desviarem para o anjo em sua frente.
Fisicamente Nevrah é diferente de todos os homens que ela conhecia. Ele não era gordo como muitos lordes e não era excessivamente magro como um doente. Na verdade, Nevrah é robusto. Seus músculos define todo o seu corpo de forma com que um guerreiro treinado pareça magro ou não treinado o suficiente.
Seu bíceps deve ser o triplo do tamanho do seu. Ao olhar para seu peito definido, Dulce facilmente lembra do tão confortável é apesar de sua rigidez física. Seu abdômen é trincado em fileira de músculos rígidos que encerram-se em uma pele lisa e marcante ao seu perfeito "V" que vai de sua cintura até suas genitais.
Constrangida, Dulce desvia seu olhar e volta a higiene. Ela olha para Nevrah que parecia concentrado na limpeza das penas de suas asas. Ela morde os lábios e discretamente tenta fazer a limpeza de suas próprias genitais ao qual ela sentia um certo incômodo. Estavam sensíveis e um tanto dolorida.
Nevrah havia sido parcialmente gentil no início e, embora Dulce tenha sentido prazer, o anjo foi bruto. Para Nevrah, a humana claramente não é forte para aguenta-lo, todavia, foi bom.
Dulce gemeu com uma ardência próximo de seu clitóris e retirou a mão. Ela olhou para Nevrah que ainda permanecia concentrado nas suas enormes asas. Ele limpava a raiz de suas penas próximo ao seu ombro quando Dulce não evitou de olhar para o órgão entre suas pernas.
Constrangida, ela desviou várias vezes o olhar até que não evitasse de analisar. Parecia mais rígido quando Nevrah adentrou-a. Ela esperava maior, pois sentiu maior. Estava mole e caído sobre duas bolas no centro de sua perna. Para o olhar de Dulce, cujas tradições dizia ser impuro ficar nua para um homem ver suas genitais, aquilo era feio. Era feio o que ela havia feito.
Aquilo realmente era uma visão do pecado. Havia ralos pêlos um tanto brancos indo em direção ao umbigo. Dulce ficou constrangida quando o comprimento seu órgão balançou quando Nevrah esticou-se e bateu suas asas com intenção de seca-las.
Nevrah olhou para Dulce encolhida na banheira. Ela limpou suas lágrimas e desviou o olhar.
O arcanjo ainda teria que cuidar de asa. Estava ficando complicado limpar as costas e a princesa notou. Com a voz falha, ela ofereceu-se para ajudar. Ela, ao menos, faria algo útil após ser desonrada.
— Deveria concentrar-se na limpeza de seu cabelo. — Havia sangue seco nos cabelos de sua humana. Nevrah voltou a limpar sua penugem, desta vez, nas costas de seu braço. São pequenas e chegam a sumir em seu cotovelo mas estende-se até seu ombro em direção as asas, intensificando-se até longas penas negras cujas pontas são vermelhas.
Dulce tocou em seu cabelo, sentindo o sangue seco em alguns de seus fios. Nevrah ignorou-a e começou a acariciar sua plumagem garantindo que há vestígio de sangue úmido ou seco da menstruação da humana.
Ele estava sério com os acontecimentos, mas não conseguiu evitar o discreto sorriso malicioso. Era bem melhor apenas quando seu pênis havia sujado-se.
Dulce limpou seu cabelo utilizando água e procurava algo para cobrir-se quando saísse da banheira e assustou-se quando Nevrah jogou novamente uma substância sedosa em seu cabelo e manteve na água. Ele ordenou que ela massageasse e fez o mesmo com suas asas, utilizando a mesma substância com um agradável cheiro de rosas que fez rápida espuma.
Nevrah, após isso, adentrou a banheira fazendo questão de molhar suas asas. Mas algo estava errado. A água estava fria. Não era um frio comum da temperatura ambiente de seu aquecido quarto. A água estava muito gelada. Ele olhou Dulce que parecia não sentir a diferença.
Nevrah suspirou e ergueu suas asas fazendo uma cachoeira de água quente cair sobre Dulce. Ela sentiu a diferença de temperatura. O anjo observou as reações de seu corpo com o calor. A água estava fervente.
Ele saiu da banheira batendo suas asas com intenção de seca-las e abriu um armário de onde tirou uma calça de seda nobre na cor branca e trajou. Dulce desviou seu olhar quando Nevrah escondeu e ajeitou seu membro em sua calça. A humana voltou-se a encolher-se água amaldiçoando seu próprios pecado de desejar seu sequestrador.
Entre sua respiração controlada para não chorar, Nevrah vestia-se digno de um Arcanjo. Na bainha de sua calça, o tom negro levantava-se até próximo do tornozelo com extrema beleza. Ele trajou um cinto negro e colocou braceletes de ouro em seus pulsos. Sua asas ao qual ele nunca permitia que alguém as tocasse, ele colocou ouro em sua raiz e ajeitou para que as penas passassem pelos buracos estratégicos. Ele parece mais amedrontador que o normal.
Ele exercia autoridade quando Nevrah caminhou até ela e acariciou seu rosto. Estava parcialmente quente, todavia, a água estava novamente fria.
— Mandarei algumas cervas trazer-lhe vestimentas e limparem a cama. -— Ele olha em seus olhos. — Darei o tempo que precisa para processar a relação sexual que tivemos recentemente.
Nevrah beijou suavemente seus lábios antes de abrir suas asas e lançar voo até a porta por onde sai. Não tarda até mulheres nuas entrarem e se esforçarem para subir na cama, ao qual trocam os tecidos por mantas vermelhas e negras.
Nevrah não retornou por horas.
Dulce facilmente ficou entediada dentre suas lágrimas enquanto Nevrah entrava autoritário em uma sala, acompanhado de outros dois anjos que faziam sua guarda. Ele tomou seu lugar na mesa e observou os mapas colocado contendo a localização dos 11 continentes existentes no mundo.
Os demais arcanjos discutiam os termos propostos pelos feiticeiros. Todos receberam propostas convidativas. Nevrah ganhou uma humana que, apesar de patética, é suculenta e parece atrair a atenção de todos presentes. Afinal, o que esperar de Dulce?
— Por essa humana vale a penas investir neste acordo contra os lhycans? — Zhybor é um arcanjo de Thymor, uma conjunção de montanhas. Ele questiona os fatos citados pelos servos da natureza e com razão.
Por eras existiu conflito entre lhycans e feiticeiros. No início era tão feroz que espécies inteiras foram extintas por envolver-se. Alguém ganhará e alguém perderá este conflito que feiticeiros provocam devido as cicatrizes não curadas do passado. O cometa foi o aviso de guerra para muitos, mas os lhycans simplesmente não ficariam parados.
Mas o que uma humana traria de diferente para que eles se envolvessem? Seja o que for, seu líder havia decidido. Como importantes conselheiros, eles discutiam e sentiam-se incomodado. Nunca viram a humana. Como saber o que há de diferente nela?
— Peço que a traga até este templo e permita que ela seja avaliada a nossa maneira. — Nevrah mantém-se impassível quando o arcanjo olha todos os demais membros da reunião, atento.
Um analisava o outro, firme e astuto. Mas nada encontraram no olhar de ninguém. Os 5 Arcanjos não tinham uma resposta, mas sabiam o que esperar. Nevrah já tinha tudo arquitetado em sua mente quando retornou para o santuário e encontrou Dulce dormindo em sua cama.
Estava em um sono tão profundo que o arcanjo deduziu que ela estava assim a horas. Seu lábios rosados dobraram-se em um castro sorriso apenas com a expectativa que a aguardava. Nevrah não exitaria em lançá-las as chamas e ver o quanto ele a consumiria viva.
Rômulo estava cansado. Tudo que desejava após lidar com a fúria de seu Alpha sobre Nhyara era sua cama juntamente da companhia de Henna. Todavia ao abrir a porta, ele recua dois passos com a mulher que lança-se sobre seus braços chamando por ele animadamente.
Ela cruza suas pernas sobre sua cintura enquanto Rômulo agarra seu quadril e a mantém em seu colo enquanto recebe incontroláveis beijos de sua amada. Até mesmo leves mordidas em sua carne.
— Q-Que animação é essa Henna? — Seu companheiro nem ao menos consegue falar sem gaguejar. Ele até mesmo contém dificuldade em fechar a porta após levá-la para o quarto.
Seu peito nu, com vestígios de sangue e mais o forte odor de sangue fresco que exalava de sua boca entregava onde ele estava e do que havia alimentado-se. Ele havia alimentado-se de um alce adulto junto de seu irmão. Uma forma de acalmar-se com a tensão destes conflitos.
Como todo macho, depois de bem alimentado, deseja limpar-se e descansar — solitário ou com sua fêmea — mas Rômulo foi barrado por sua fêmea, mais alegre que o normal.
Ele não nega a curiosidade sobre o motivo pelo qual sua fêmea, com uma personalidade calma e até mesmo preguiçosa estar tão animada e carinhosa. Para Rômulo é quase impossível não sorrir com sua fêmea pulando e empurrando ele. O macho de cabelos escuro e porte de um perigoso lobo, não importa-se quando sua fêmea o derruba no chão, caindo em cima dele.
Como todo lhycan, ele conhece a sua companheira. Henna é uma fêmea calma e muitas vezes preguiçosa. Uma linda lhycan de cabelos castanhos, um corpo escultural que adora, mais do que tudo, comer. Mesmo conhecendo-a, ele mesmo não entende para onde vai tanta comida, já que Henna não é não tão ativa quanto às demais lhycan.
Desde que esteja bem alimentada e acomodada sua fêmea não dá-lhe trabalho.
— Pela Lua, o q-que aconteceu, Henna? — A curiosidade de Rômulo estava ficando cada vez mais forte. Seu lobo interior necessita saber o por quê de tamanha empolgação de sua fêmea.
E confuso fica o macho quando sua fêmea repentinamente acalma-se, levanta-se e caminha até a cama, onde preguiçosamente deita-se encarando seu companheiro no chão.
— Adivinha. — Henna sorri ao avistar a confusão nos olhos de seu macho. Ela podia ser calma, mas como toda fêmea, ela faz questão de deixar seu companheiro curioso.
Toda fêmea tem sua natureza. Por tanto, todas tem seu jeito de provocar o macho. Henna tem o dela. Ela mais do que ninguém consegue deixar seu macho — sério e cruel ao matar enquanto é especialista em ler as emoções de todos próximos — desesperado, confuso e curioso com sua bipolaridade e natureza.
— Henna, para com isso e diga-me o que aconteceu. — Enquanto Henna adora ser especialista em deixá-lo confuso, curioso e desesperado, Rômulo odeia sentir-se assim. Uma de suas personalidade é que Rômulo é calmo, mas de alguma forma sua companheira consegue deixá-lo impaciente.
Levantando-se do chão e motivado a descobrir o que houve com sua amada, ele caminha até ela de forma predatória. Fazendo uso de suas habilidade lhycan, ele pula sobre a cama, ficando em cima de sua companheira.
Justamente por ser sua companheira, ele abaixa sua guarda e fica na posição de quatro em cima das pernas dela. Levando sua mão até seu tornozelo nu, ele sobe sua mão, passando por sua perna e subindo até o joelho sentindo cada detalhe da pele lisa em baixo das vestes de dormir.
Ao perceber sua fêmea reconforta-se na cama e ronronar ele inclina-se até ela, distribuindo beijos sedutores por seu ombro enquanto sobe sua mão, passando por sua cintura e barriga, até chegar ao seu seio.
Nesse momento, Rômulo percebe um aumento nos seios de sua amada. Ele conhece cada detalhe do corpo de Henna e particularmente adora os extravagante e volumosos seios que ela possui. Adora tê-los na mão e brincar com eles durante suas relações íntimas.
Antes mesmo de encontrá-la, Rômulo sempre preferiu escravas sexuais ou mulheres com seio farto o suficiente para envolver seu membro. Queria que sua predestinada companheira tivesse grandes bustos e seu desejo foi realizado ao ponto de tornar-se pesadelo.
Nas vestes que Henna usa, seus seios sempre são descartados. Não são enormes, mas são grandes. Um pesadelo para Rômulo quando encontrou Renna, sua predestinada companheira. Além dos milhares sonhos eróticos que tinha apenas por observar o volume do busto de sua amada, ainda teve que controlar seu lobo para não assassinar o próximo homem — humano ou não — ao contemplar sua companheira.
É fato. Ele sente o seio de sua amada maior. Isso para ele significa mais loucuras, problemas e mortes. Rômulo é capaz de sentir seu membro endurecendo ao apalpar levemente o peito direito de Henna.
— Não vai falar para seu companheiro o motivo de tanta animação? — Ele estava excitando-se cada vez mais. Ele sabia do jogo de sua companheira e estava curioso ao ponto de deixá-la quente e carente sobre o prazer que pode dar a ela. Resposta em troca de prazer. Esse é seu jogo para hoje.
Todavia, Henna entendeu seu jogo. Em outros tempos ela adoraria jogar-lo com seu companheiro. Mas pelos próximos meses, o jogo deve haver regras e Rômulo deve saber dessas regras.
— Estou grávida. — Como um balde de água fria, Rômulo arregala os olhos enquanto sente seu membro amolecer em uma velocidade surreal.
— O quê? — Como estava abraçando sua amada por trás, ele vira-a para olhá-la nos olhos. Mesmo com sua audição extremamente acurada e sensível, ele tem quase certeza que não ouviu direito — Não escutei..
Henna sorri e beija os lábios de seu amado antes de abraçá-lo. Ela beija sua bochecha e aproxima-se de seu ouvido, passando sua língua pelo lóbulo antes de tomar fôlego e gritar com intenção de todo território ouvir:
— ESTOU GRÁVIDA!
Rômulo pula a cinco metros de sua companheira enquanto sente-se tonto. Muitas vezes o lhycan chegava a questionar se a Lua, por ser uma mulher, gostar de judiar dos machos assim como as atuais companheira. Ele escuta apenas um zunido em seus ouvidos.
— Nem posso acreditar! — Henna fala entusiasmada — Teremos um filhote!
— O quê?! — Rômulo de fato não conseguia escutar sua companheira. Ele apenas a via mover a boca, por onde sai sons fracos e semelhante a palavras, mas sem sentido algum. Apenas um zunido.
Ele sabia que o problema era com o ouvido dele, ao qual chiava. Mas sua visão funciona bem e pela empolgação de Henna, ele sabia que ela falava sobre a gravidez.
Ele também mal podia acreditar que seria pai. Perguntava-se se seria uma ninhada ou apenas um filhote. Menina ou menino? Em outros casos ele tentaria escutar os batimentos cardíaco de seu filhote e tentar saber se é mais de um. Mas sua empolgação logo morre, pois não consegue escutar nem sua amada.
Rômulo poderia dar uma bronca em Henna, questioná-la sobre ela ter algum problema e até puni-la por gritar em seu ouvido. Mas a notícia de que será pai, o faz esquecer até mesmo do por quê seu ouvido está doendo e chiando.
Um travesseiro acerta seu rosto, tirando-o de seu transe. Henna, brava pelo lhycan não escuta-lá, joga outro travesseiro fazendo Rômulo desviar e sorri. Ela odeia ficar falando sozinha. Mesmo que alguém esteja ouvindo-a, ela gosta de opiniões e interagir. Mas jamais ser ignorada.
Mas ser escutada como?
Rômulo realmente pergunta-se se foi uma boa ideia a Lua colocar uma lhycan com uma alta corda vocal com um guerreiro com um grande nível de audição.
Mesmo com o ouvido doendo e não sendo capaz de escutar nada, ambos estavam muito felizes. Henna aproveitava cada momento com seu companheiro e não evita de sorrir ao parar de atirar travesseiros nele, atraindo a atenção de seu amado. Ela aponta para seu ouvido, como se tivesse algo no local.
Ao levar o dedo no ouvido, Rômulo sente a ponta de seu dedo umedecido. Ao colocar seu dedo no alcance de seus olhos, ele vê sangue. Só então nota que algo escorre de seu ouvido.
Bravo, ele encara sua amada que cai em gargalhada na cama. Mesmo não podendo escutar sua gargalhada, ele não consegue evitar de sorrir ao ver-la assim. Impossível ficar bravo quando acaba de descobrir que será pai.
Henna de fato estava bem feliz, seu companheiro estava lerdo, não apenas por causa de seu ouvido, mas pela notícia de ser pai. Ele não conseguia ficar bravo com sua companheira e obviamente irá demorar um bom tempo para sair de seu aposento, pois não está em condições de dialogar com alguém já que tal feito requer escutar e entender, depois falar.
Se tudo ocorrer bem, ela não receberá a punição de seu companheiro por fazer parte do plano de livrar-se da Ômega. Seu companheiro está engraçado com a atual lerdeza com seu ouvido e a notícia da gravidez. Nem havia notado que seu ouvido sangrava até ela dizer-lhe.
Agora era esperar que Nhyara aparecesse com a notícia de que tudo havia ocorrido bem. Ela estava curiosa para saber se a Ômega estava ou não nas cachoeiras. Ignorando a impura, ela acalma-se e volta a atenção ao seu companheiro.
A noite parecia passar de vagar. Repousado sobre sua cama, o Alpha mantinha-se calado. Seus olhos claros, quase branco havia vestígios do vermelho ardente que surgiria no menor estresse. Ele pensava na Ômega.
Não havia muito que ele pudesse fazer exceto isolar a área e deixá-la aos cuidados de uma curandeira já que Henna estava incapacitada. Mas o fato de tê-la deixado sozinha com uma serva e vigiada por três lhycans com ordens claras e diretas, o incomodava. Eles sabiam onde ela estava.
Seu desejo era tirá-la de lá e locomovê-la a um outro lugar onde apenas ele pode ter acesso a ela. Escondê-la do mundo para que apenas ele possa cuidar dela sem muitos perigoso. Ele sente como se a alcateia fosse uma ameaça e, a qualidade momento, iria atacá-la. Ela não é parte da alcateia e, por tanto, serão ainda mais hostis com a Ômega mesmo que ela entrasse para o povo.
Ele desconfiava de Nhyara. Apesar da fúria, dor de cabeça e tudo que a lhycan trás para si, ele vem tolerado sua insolência. Mas não é burro. O Supremo sabe que a lhycan é atenta a tudo de diferente desde as decisões mais simples. Ele reparou em seu olhar quando ele retornou da floresta e permanece arisca aos Bhettas. Arthur quem foi encarregado de isolar a área.
Uma corrente de ar bate contra seu peito e o Alpha senta na beirada da cama. Ele ainda sente o incômodo no peito cada vez que lembra de Arya perfurando sua carne. Ele controla a vontade de rosnar. Como ela ousa?! O que deveria haver na mente daquela maluca?
Arya não tinha permissão para morrer. Ainda não.
Sufocado, ele caminha até a sacada e observa a divisão da floresta com o mar. O castelo onde ele vive é no litoral da Bulgária próximo a praia. É uma construção humana habitada por lhycans e por passagens subterrânea. Não há aldeia. Esse lugar é uma base onde poucos lhycans permanece. Sua alcateia está nas profundezas da intensa floresta de Hyfhyttus juntamente com outros dois de seus Bhettas.
Mas o território é dele. Enquanto ele estiver nestas terras, impondo sua presença, as terras são dele e ele as conhece. Ele conhece perfeitamente os túneis de cavernas que estende-se por quilômetros dentro da floresta e abaixo de qualquer construção ou cidade humana. Ele conhece a floresta e os lhycans que estão na região.
Como uma base, cada um tem seu respectivo posto. Seus guerreiros não são aço para ficar em um ponto. Eles circulam. Fazem trajetórias pelo terreno. Mas o Alpha apenas questiona o fato de haver uma sorrateira, quase imperceptível mudança na rotina de uma quantidade quase insignificante de lhycans.
Algo estava errado. Ele correu.
Havia fúria em seus olhos quando ele tomou a forma de um gigantesca lobo negro e correu a toda velocidade pelas trilhas de cachoeira até a caverna.
Mas já era tarde mais.
Arthur estava furioso com a quantidade de lhycans no local e Arya havia desaparecida. Apenas seu cheiro e sangue permanecia nas rochas da caverna atrás da cachoeira.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top