C A P Í T U L O 17

     A regeneração de Ella não foi rápida. Ela não adaptou-se a si mesma para isto. Pousada em uma cama, Dylan observava.

      Ella foi transformada ainda ainda sendo uma adolescente. Sua idade como humana consiste em uma idade de uma criança lhycan, todavia, ela desenvolvia seu corpo conforme adaptava-se a sua nova vida e alcateia.

      Talvez sua mentalidade de uma adolescente que começa a entender a vida facilite sua adaptação. Mas há perigos no mundo que seu povo chama de sobrenatural. Ella teme a si mesma e teme aqueles que a cercam.

       Para Dylan, Ella tem muito a aprender antes de aventurar-se verdadeiramente pelo mundo. Ele a fazia alimentar-se em bando para entender a hierarquia de uma alcateia por mais simples que a comida seja. Ele deixava seu Bhetta cuidar da única fêmea de sua alcatéia para fazê-la adaptar-se a seus costumes, todavia, os lhycan tinham um certo interesse por Ella.

       Como humana, a jovem era portadora de uma beleza e uma harmonia que atrai os lhycans a ela. Sua inocência e vontade oculta de liberdade foi o que impediu Dylan de a tocar contra sua vontade. Embora ela tenha mudado e tornado-se fisicamente deplorável após a mordida, assim que ela transformou-se em lhycan sua aparência tornou-se digna de uma beleza perigosa da licantropia.

       Suas estrias só aparecem em sua transformação para uma loba, juntamente com qualquer imperfeição. Mas quando Ella está em sua forma humana, seu rosto parece ser feito de porcelana fina esculpida por um artista de fama. Seus lábios tinham uma natural cor atrativa. Embora esteja magra por rejeitar carne, Ella é portadora de curvas facilmente encantam com seu rebolado natural ao andar.

       Ela é pura de corpo e alma, inocente para o mundo em que vive, suprimida pela humanidade e suas religiões mas com um fogo ardente de curiosidade e liberdade. Ela é agora uma lhycan de uma alcateia cujo os membros não iriam perder oportunidade de cortejá-la após conseguir sua atenção.

       Dylan prévia algum incidente mas arriscou deixá-la nas mãos de sua alcatéia que ansiava conhecer sua nova integrante. Mas após o afogamento, Dylan não permitiu que ninguém de sua alcatéia visitasse os aposentos de Ella, muito menos Fharlley.

      Dylan não tinha tempo para o sono quando o sol iluminou os aposentos de Ella, ele pressentia uma ameaça em seu território. Humanos, além de ousados ao tentar cruzar a fronteira, Dylan sabia que estava sendo observado. Seu Bhetta que liderava os demais lhycans pelas fronteiras havia relatado uma certa hostilidade de animais na região. Cervos evitavam a área. Como Alpha, ele facilmente assimilava vários por quês.

      Ele ficou a manhã inteira estudado os mapas quando notou que Ella despertava. Era nostálgico acordar novamente durante o dia para a lhycan, mas ela logo assustou-se com Dylan ao seu lado. Ela baixou a cabeça em sinal de respeito.

— Como se sente? — Ella ficou quieta. Sentia fome, todavia, apenas a ideia de comer carne a influenciava a mentir. Porém ela temia mentir para ele.

— Tonta.  — Não era mentira. Ela estava com uma pontada de dor de cabeça e sentia seu corpo pesado como se estivesse prestes a cair novamente na cama.

— Sua noite foi turbulenta devido a um incidente. — Ela olhou timidamente para Dylan. — Dei uma chance para aprender com os membros de minha alcatéia, mas as circunstâncias obrigam-me a tomar outra atitude.

— O que irá fazer… comigo? — Ella sem dúvidas estava amedrontada com seu Alpha.

— Você não irá mais a floresta sem minha autorização direta. Ficará entre as paredes do castelo. — Ele aproxima-se dela, pegando em seu queixo e olhando com autoridade em seus olhos. — Sem questionamentos. Fui claro?

      Ella assente.

      Devido a ao seu desmaio, Ella havia pedido o sono. Custou para ela fechar novamente os olhos após seu Alpha a deixar sozinha em seus aposentos.

      Distante dali, na Suprema Alcateia, um outro ser também não conseguia dormir. O Alpha estava em seus aposentos, deitado em sua cama e encarando o teto. Seu quarto é bem espaçoso. Ao lado esquerdo, não há muros. Há apenas pilares que sustentam o teto e cortinas que dão privacidade a ele. Sua cama não passa de dois macios colchões posto um sobre o outro em cima do mármore que assume a forma de uma de uma cama. Havia peles de animais como tapete entre as poltronas em frente a ladeira e no centro do quarto atrás de sua cama. O lugar era luxuosamente aconchegante. Ouro brilhava nos detalhes de sua cama, todavia ele sentia-se hostil.

      O Supremo sentia que faltava algo em seu quarto que parecia vago e um tanta desconfortável. Mas ignorava. Ele só pensava nela. Em sua Ômega.

       Sua face estava calma. Ele não conseguia dormir e não importar-se. Ele apenas queria que a noite chegasse o mais rápido para que ele pudesse lançar-se a floresta em direção a lhycan que tanto mexia com seu corpo e mente.

       Ele a deseja de forma possessiva e intensa sem intenção de compartilhá-la. Ele pensa em seus cabelos negros cacheados e sedosos. Em seus olhos amedrontados e tímidos. E aquela voz? Tão doce e serena que num leve mudar de timbre pode tornar-se facilmente sedutora.

       O Alpha sabe que tem seus compromissos, até mesmo importante, mas ele não aguentava-se quieto. Sentia vontade de correr para floresta em direção a ela e faria isso se outros afazeres não o chamassem.

       Outro de seus Bhettas chegaria no final daquela tarde e como Alpha, ele receberia-o junto de sua Peeira. Nhyara como uma lhycan exemplar em suas funções já estava acordada e arrumada, esperando seu companheiro. Juntos, ambos seguiram até a praia onde aguardam a chegada do lhycan. Não demorou muito. Ele é pontual.

       Ele surpreendeu Nhyara com sua chegada repentina, todavia, mal foi uma surpresa ao seu Alpha, como sempre, sério. Ambos fazem um acento de cabeça antes do olhar dourado do lhycan ser direcionado a ruiva ao lado do Supremo.

Acredito que seja atual Peeira. — Seu tom indica uma leve indireta ao fato de ela não ser atual. Como Bhetta, ele conhece a verdade. Nhyara incomoda-se mas não fala nada a respeito.

Acredito que você seja o Bhetta de Sangue. — Sua aparência é clara de um matador. O lhycan contém a pele morena, num olhos dourado incomum e cabelos negros com três linhas avermelhada em sua lateral esquerda. Ele traja roupas da nobreza, todavia, o padrão reto das pinturas em seus músculos na lateral de seu corpo, ombro e pescoço dizem ser um guerreiro. Ele exala perigo com seu olhar.

      Fisicamente ele parece Rômulo, todavia, em uma forma mais agressiva

Como Peeira, pode chamar-me de Arthur. 

— Um nome humano? — Os nomes lhycantropicos tinham similaridade com os nomes humanos de diversas regiões, todavia Nhyara esperava um nome mais forte vindo do lobo.

      O Bhetta a ignora, dando atenção ao seu Alpha. Ele o chama para uma conversa em particular assim que chegam ao castelo. Como Bhetta, Rômulo também não é deixado de lado. Ele, junto de sua companheira foram quem receberam Arthur que não mediu esforços em tratar com mais educação Henna.

        Nhyara facilmente incomodo-se mas considerou o fato de Henna ser a cunhada do Bhetta. Para a infelicidade de Rômulo, ele foi obrigado a deixar sua fêmea sozinha para tratar de sérios assuntos com seu Alpha e irmão.

O boato de que encontrou sua companheira espalhou-se rapidamente por Hyfhyttus. — Afirma Arthur. — Muitos amedrontam-se enquanto outros mostram hostilidade e desafios as fronteiras de nosso território.

Isso pode ser trabalhoso. — Murmura Rômulo. O Alpha observava a floresta em silêncio através da janela. Ele olhava em direção a trilha que, com um leve desvio dava origem a um um rochedo e logo a cachoeira que ele mantinha sua Ômega.

      Ele queria ir ao seu encontro. A pequena fêmea deveria estar prestes a despertar. Já é de noite. Rômulo discretamente repara em sua ligeira distração durante a conversa enquanto seu irmão falava. Até algo chamar a atenção de ambos, trazendo seu Alpha de volta a realidade.

Como? — Tal fato era surpreendente até mesmo para Rômulo.

Eles de fato estão preparando-se em busca de seres isolados e perigosos. Devemos ter cuidado com nossos movimentos.

— Nhyara por ser considerada sua companheira, de fato, tem um alvo costas. — Afirma Rômulo direcionando seu olhar para seu Alpha. — Como você previu.

      O Supremo nada diz e avalia toda a situação em que ele encontra-se em total silêncio sem dizer que havia encontrado sua autêntica companheira até mesmo para seus Bhettas gêmeos, Arthur e Rômulo.

      Seu olhar estava determinado e ele só pensava em sua Ômega quando encarava os mapas. Não demorou até que saísse daquela sala rumo a floresta. Nhyara, nos corredores juntos a Henna observou-o sair. Logo atrás dele, os irmãos saíram encarando-o um tanto confuso.

       Lado a lado, Nhyara pode ver o quão parecida são sua respectiva aparência física que vão desde a cor da pele até os menores detalhes de seu rosto. Mas graças às pinturas e suas vestimentas diferenciada em acessórios, é possível distingui-los. Arthur é mais chamativo com seu bracelete dourado e os enormes caninos de enfeite no seu ombro. Rômulo, por outro lado aparenta ser mais sorrateiro desde o olhar até seu comportamento e vestimentas mais escuras. Embora ele use ouro uma jóia sobre seu robusto bíceps, ele é muito mais discreto.

       Ambos permaneceram quietos até Rômulo sair com seu irmão que aparentava ter um assunto mais íntimo a ser tratado.

       Henna fugiu de Nhyara alegando não estar sentindo-se bem. E realmente não estava. Ela estava tonta com pressentimento estranho que a vem rondando recentemente.

       Ela sabia que algo estava para acontecer. Ela pressentia algo ruim quando deitou-se em sua cama.

     Não demorou até o Supremo chegasse a caverna onde Arya estava, mas pressentia algo diferente pelas redondezas. Um odor diferenciado. Mas nada parecia ter mudado quando adentrou a caverna. O cheiro de sua Ômega é forte e povoa todo o local, mas seus olhos não a vêem. Ele anda cauteloso pelo local até seu ouvido captar um som mais a dentro da caverna. Arya estava escondida.

O que está fazendo aí?

— Tinha lobos próximo daqui. — Ele sabia. Havia sentido o cheiro de seus Deltas patrulhando o território.

      Ele não disse nada e aproximou-se da lhycan, checando-a. Ela sentiu-se levemente incomodada com a aproximação do Alpha mas não recuou. E assim, o Alpha permanece observando-a. Sua beleza acalmava-o e permitia-o pensar em todo o ocorrido e informações recebidas.

       Existe uma profecia. Arya encaixa-se de maneira única a tão procurada Solysthica que faz Nhyara ser tão ameaçada e contemplada. Ele pensava no que fazer com a Ômega quando a mesma recuou de seu toque.

      Foi quando ele notou nos batimentos cardíacos acelerados da Ômega. Seu olhar tinha mágoa quando ela desviou e tentou sair. Mas ele a pegou pelo braço, fazendo-a gemer com a força. Arya rapidamente encolheu-se e o Supremo a soltou, checando o quanto havia machucado-a com uma certa pressa. Mas ela rejeitou seu toque.

O que foi? — Ele olhou-a rígido por recuar. Não gostava de vê-la rejeitando seu contato. Arya não respondeu. Ele aproximam-se dela que ficou presa entre duas rochas. — Arya?

— Você tem outra? — Arya foi direta em suas palavras. O Supremo não conseguiu evitar de sair.

Como sabe? — Ele imaginava o motivo e condena-se não ter prevenido-se. A Ômega o desorienta e tira facilmente sua concentração, mas ele permaneceu imóvel quando viu em seus olhos sendo acumulado lágrimas.

       Ele ignorou seu coração acelerado juntamente com suas lágrimas. Ele não deveria importar-se e não irá. Ele permanece quieto observando-a. Arya não tinha palavras a serem ditas. Ela parecia estar sem ar. Seu peito ardia ele tinha vontade de chorar ao imaginar outra em seus braços. Havia cheiro de mulher em suas vestimentas.

Trarei-lhe vestimentas e alimento. — Afirma levantando-se e saindo da caverna deixando-a sozinha.

     Fora do olhar da Ômega, ele cheira suas vestimentas. Havia cheiro de fêmea. Havia o cheiro de Nhyara, ao qual encontrava-se atenta a floresta aguardando o momento de seu Alpha voltar. E ele voltou com um face fechada.

      E assim, ele foi ao encontro de sua Peeira, pegando-a pelo braço e arrastando-a até onde ninguém poderia vê-lo pegar pelo pescoço e prensa-la na parede, visivelmente irritado.

O que você fez?! — O Alpha não tinha contato físico com a lhycan. Não havia como seu cheiro estar em sua roupa. Nhyara havia testado-o e naquele momento ela teve certeza de algo estava realmente acontecendo.

  O que o Supremo esconde?

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