C A P Í T U L O 09
Os dias passavam apressados. A manhã mal surgia e já era noite. O reino estava em seu terceiro dia desde a traição da fera conhecida como Alpha Dylan Rucker.
Muita coisa mudou desde então.
Ele queria controle e agora tem controle. O reino agora é dele. Seus lhycans não formam um exército, mas são ferozes o suficiente para conquistar um reino. Bastava apenas a estratégia ideal para se infiltrar e conquistar de dentro para fora.
E assim foi feito. Os lordes foram aprisionados sob domínio de Dylan. As leides permanecem em um salão com seus filhos. O resto do povo vive completamente desarmados e oprimidos. Os rebeldes foram usados como exemplo ao serem estraçalhados em frente a igreja.
Ninguém mais ousou se rebelar contra as feras, embora planejem em segredo como ter novamente o domínio do reino. Mas Dylan não importa-se. Tudo isso é por poder.
A notícia da tomada do reino de Artêmia logo se espalhou e não tardou até seu inimigo estar ciente da situação. A alcatéia ficou quieta desde então. Parecia realmente que um novo rei surgiu.
E isso apavorava Ella. Ela sentia-se culpada pelo ocorrido, mas nada mais poderia fazer. Ela temia Dylan e agradecia não ter contato com ele. Neste momento a jovem permanece em seus aposentos, com dor. A mordida estava infecciosa. Ela estava com febre alta, suava e tinha tremedeiras constantes. O ferimento cicatrizava, mas abria. Isso a incomodava de maneira desumana.
E mesmo quando Ella gritava a noite com a gigantesca dor que sentia, Dylan não a visitou.
Ele ficou com com a humana ao qual resgatou. Ele ordenou que mulheres a ganhassem e a vestissem. Assim foi feito. Então Dylan cuidou de seus ferimentos, analisando suas face serena.
Desde que fora limpada, a beleza da albina apenas aumentou. Sua pele é tão branca quanto a neve sem defeitos. Suave e macia apesar da desidratação. E seus cabelos? Também brancos. Tão brancos quanto nuvens em uma tarde ensolarada.
Seu cheiro é agradável. Não há marcação específica. A humana é virgem. Os nobres do castelo acreditava que se violassem-na, ela poderia contaminá-los com pragas caso não gerasse uma besta em seu útero. Isso, de alguma forma, alivia Dylan.
Mas o que preocupa Dylan são seus olhos. Ainda estão arroxeados e inchados. Com a pele branca, a cor forte destaca-se. O Alpha teme pelas consequências…
Na manhã seguinte, foi Ella quem necessita de atenção. Era sufocante ficar presa e ela precisava sair. Então fugiu.
A floresta a atraía mais do que tudo. Estava desesperada, necessitava de ar. Mas não importa o quanto ela respire, tudo parecia sufocá-la. Seu ouvido doía com tantos barulhos…
As árvores balançando com o vento…
Os pássaros cantando…
Os esquilos batendo as suas nozes…
O impacto da água de um rio…
E sua visão? Tudo muito intenso. A claridade do dia machucava seus olhos. Ella se ajoelha, chorando e com dor de cabeça. É quando ela sente um cheiro incomum… Não é ruim, mas lembra sangue.
Lembra morte…
Dentre as árvores, homens saem, cercando-a sobre comando de Dylan. Todos a observam cautelosamente. Ella não está tão linda quanto antes. Sua roupa rasgada revela estrias em seu braço e pescoço. Sua pele está seca e desidratada e a mordida em seu ombro está, não apenas aberta, mas também fedendo.
Ella está morrendo…
Todos os lhycans ali podem sentir seu cheiro que torna-se cada vez mais repugnante invés de atraente. Ela cada vez mais fica fraca invés de forte.
Mas algo a mais chama a atenção de Dylan que aparece entre os homens, ganhando atenção de Ella. É instintivo dela se afastar, rastejando até sentir suas costas baterem em uma árvore.
— P-Por favor… — Dylan cheirava a sangue.
Dylan abaixa-se, encarando Ella que começa a tremer. Seu corpo está tenso. Não há mais diálogo. Há apenas troca olhares que dura até quando a jovem nota o que há nas mãos de Dylan.
O Alpha não esboça nenhuma reação quando percebe que Ella prende a respiração, provavelmente tentada aos seus desejo instintivo. Dylan não mede esforços ao passar suas garras negras pela carne crua, cortando-a com facilidade e lambendo o sangue em suas garras.
Em nenhum momento ele deixa de encará-la, tentando seus instintos mais primitivos. Seus olhos refletem o olhar de sua fera interior, completamente satisfeito com o sabor. Não tarda até Ella fica ofegante com o tentador cheiro ácido do sangue e tremer entre o controle e o descontrole; seu instinto e sua razão.
Ela está faminta. Nada do que come parece satisfazê-la. Mas aquela carne… sua textura… o sangue…
— Não está com fome? — Dylan pergunta e estende a fatia extraída recentemente de um cervo.
Ella fica mais ofegante. Ela aperta a raiz da árvore tão forte que mal nota suas mãos sangrarem. Isso chama a atenção de Dylan, que apenas a tenta com seu olhar dominante e feroz. A jovem sente a pressão no ar, vinda da dominância do Alpha a sua frente mas não faz ideia de onde vem. Ela apenas a sente.
Sua visão vai ficando vermelha, sua pupila vai se contraindo deixando-a ainda mais nervosa até que que seu corpo finalmente relaxa.
Ela solta a faixa da árvore e começa a respirar com mais calma, embora de maneira pesada. Ela olha para Dylan a medida que que sua pupila, antes contraída, vai se dilatando e mudando a cor de seus olhos; de castanho para dourado.
Dylan esboça um sorriso de lado.
Quando a noite finalmente caiu, após horas na floresta, Dylan retorna ao castelo junto de seus lhycans e Ella. Mas agora assusta a garota.
Seu pai havia sido convocado por Dylan e, assim, viu sua filha pela primeira vez em três dias. E tamanho foi seu desgosto que preferia que ela estivesse morta, mesmo que ele mesmo tivesse que matá-la.
Ella voltou da floresta suja, não apenas de terra, mas de sangue. Sua mão e pulso estava sujos de sangue assim como sua boca e pescoço, seus dedos havia garras, seus olhos brilhavam no amarelo dourado de uma besta e… sua aparência. Era claro que Ella deixou de ser uma dama para ser a progenitora de uma praga.
— Reconhece sua filha? — Dylan provoca ao aproximar-se do lorde que não tem nem ao menos palavras para responder. — Não se preocupe. — Ele aproxima-se de seu ouvido onde sussurra: — Talvez ela não sobreviva…
Suas palavras havia um fundo de verdade que alastrou-se em dúvidas pelos próximos dias. Conforme Dylan convocava o lorde McCarvalho para tratar de assuntos referentes ao reino e a albina — já que o mesmo era o principal conselheiro do rei — ele via sua filha, mudando cada vez mais.
Ella lutava contra todas as suas força a tentação de comer carne. Lutava contra seus instintos e se controlava. Mas Dylan sempre arrumava alguma forma de fazer-la comer.
Isso mexia com seu pai. Talvez Ella ainda tivesse salvação, no entanto, ela sempre sucumbia ao seu desejo inativo e banhava-se na carne de diversos animais sem se importar-se com o sangue. O pior vinha depois quando ela forçava-se a vomitar, arrependida de tudo. Ella cortava seu pulso como castigo a si mesma, no entanto, sua pele se regenera a cada refeição.
Ella estava perdida entre seu desejo surreal e seu raciocínio. Dylan não se importava com ela, mas sabia qual era o problema. Ele fazia ela perder seu raciocínio e começasse a agir apenas por instinto.
De uma garota medrosa, atordoada, violenta que tentou suicídio para alguém que ela mesma desacreditada que podia tornar-se. Ella tinha uma fome descontrolada por carne e sangue e condenava seu desejo.
Durante toda sua vida, ela foi vegetariana.
Ella nunca comeu carne, no entanto, naquele dia, quando sucumbiu a fome e o desejo até provar o gosto da fatia, sua apetite tornou-se insaciável. Ela ansiava cada vez mais por mais e condenava-se sempre que Dylan a fazia cair em tentação. Ela pedia perdão a Deus e tentava matar-se logo em seguida. Os lhycans nunca permitiram.
A cada dia que aproximava-se da Lua de Sangue, Ella mudava. Ela ficava cada vez mais descontrolada. Seus instintos e sentidos ofuscaram sua razão. Suas dores de cabeça eram constantes e fortes o suficiente para causar um desmaio que a deixa desacordada por horas até que acordasse com dor no local onde Dylan a mordeu.
Era a toxina presente nos dentes de um Alpha agindo em seus nervos e músculos, provocando mudança físicas que deixariam qualquer um assustado com a mudança que Ella vinha sofrendo. Ella sempre foi uma linda jovem portadora de um corpo capaz de causar inveja. Mas conforme os dias passavam, ela ia emagrecendo, estrias em cores fortes surgiam por toda parte de seu corpo, varizes, celulite, espinhas, acne e manchas das quais ela não tinha conhecimento.
E tudo só piorava. Durante o dia ela gritava de dor e incômodo. Sua pele se irritava e Ella não importava-se de coçar-se até suas varizes estourarem ou cortar as estrias em seu músculo.
Poucos ficavam perto dela. Apenas os lhycans e dificilmente Dylan se aproximavam. Dylan preferia observar a doce humana albina do que aguentar os surtos de Ella que facilmente perdia o controle e atacava sem qualquer juízo qualquer um próximo a ela. Não foi de estranhar-se quando ela quebrou o braço de seu próprio pai após ele chamá-la de aberração.
Mas Dylan não iria tolerar esses ataques. Ele foi o responsável por 5 desmaios de Ella a cada surto que ela tinha em sua presença, sendo um, próximo da albina que ele tanto protege. Os gritos eram tanto que Dylan não viu opção além de bater a cabeça de Ella na parede para desorienta-la e sufocá-la com seus braços até que perdesse a consciência. A jovem acordou no dia seguinte, brava com Dylan e o atacou novamente.
Dylan novamente a mandou desacordada para a cama sem qualquer esforço.
E assim, os dias seguiram até a tão esperado noite da Lua de Sangue. O dia que seria decidido se Ella viveria como uma lhycan ou morreria como uma humana repugnante.
A noite não poderia estar mais bela. A Lua de Sangue estava quase no ápice. Ela iluminava a floresta com sua sedutora luz afetando as diversas espécies consideradas sobrenaturais e naturais.
Cada espécie e raça reage de uma forma diferente. Um elfo da lua aproveita-se da energia única favorecendo suas forças em rituais sagrados, muitas vezes, matrimoniais. E as fadas? Seguindo o vento e favorecendo a maré, elas permitem que a energia da lua alcance até mesmo as profundezas do oceano.
A Lua de Sangue é mágica. Há rituais e caçadas possíveis apenas sobre sua gloriosa presença.
Mas há perigo nesta beleza. Os lobisomens. Um dos mais importantes rituais que acontecem apenas quando o vermelho ardente toma conta da lua, sendo visível apenas para o chamado não natural, é o acasalamento. Muitas espécies procriam apenas sobre a presença de sua deusa. Os lhycans são uma dessas espécies.
Um lobo passa esgueirando-se silenciosamente entre as árvores e arbustos da floresta. Seu andar é cauteloso. Seu pelo acinzentado é perfeitamente camuflado, no entanto, pelas cores fortes e marcantes, além de seu olhar predatório indica que eu um macho. Um homem em forma de lobo e está caçando.
Todo ser vivo instintivamente, não apenas afastam-se da fera, mas fogem. Nem mesmo um pássaro ousa ficar próximo a árvore que ele cheira, sorrateiramente e logo depois, a marca com seu próprio cheiro, coçando seu pescoço no tronco.
Todos sabem que ele caça, mas não alimento. A fera caça uma fêmea. Sua fêmea.
E matará qualquer um que opuser-se entre ela e ele.
Qualquer lhycan encontra-se nessa situação. Muitos caçam as fêmeas em grupo, deixando o ar de perigo com sua passagem. São implacáveis como ferozes criaturas da noite. São dignas de respeito e ninguém ousa ficar em seu caminho.
Exceto uma fêmea. Delta — um lhycan comum de uma alcatéia — não nasce predestinado a uma fêmea como um Bhetta ou um Alpha. Eles não sentem tanto o efeito quanto seus líderes que são ligados as suas fêmeas, aumentando o desejo. Os Deltas procuram não apenas uma fêmea, mas uma companheira.
É na Lua de Sangue que seus desejos e instintos ficam mais intensos. Qualquer interesse em uma fêmea é logo amplificado fazendo-o buscá-la com intenção de acasalar. Ele atacaria qualquer rival mesmo sendo seu próprio irmão de sangue por ela.
Afim de evitar violência, cair em tentação e não engravidar as fêmeas têm o costume de fugir em grupo do sexo masculino três noites antes da chegada da tão gloriosa Lua de Sangue. Tendo suas forças extraídas, ficando mais vulnerável enquanto os machos ficam mais fortes e resistente com um desejo incontrolável de acasalar, não há nada que os detenha.
Não há corrente. Não há prisão. Não há lógica. Há apenas um desejo descontrolado e feroz que faz com que raramente uma fêmea escape do acasalamento mesmo não querendo.
Eles não as estupram, pois seus instintos mais básicos são protegê-las. Mas o cio e o desejo por acasalamento afeta ambos os sexos. A fêmea fica mais sensível e vulnerável. Basta o macho saber como convencer-la e seduzi-la corretamente em um ritual de pura tentação para que um acasalamento inicie. Não importa o quanto ela não deseje um filhote, seu desejo carnal, carência e os incontestáveis instintos do cio supera seu raciocínio e julgamento. É necessário mais do que simplesmente não querer um filhote para não sucumbir ao desejo de acasalar.
Fugir foi a melhor e a mais eficaz opção por séculos.
Mas há aquelas que fogem apenas pela diversão de dificultar o ritual de acasalamento para seus companheiros. Henna Calvancany é uma dessas lhycans e seu companheiro, Rômulo, a caça pela floresta.
Uma tática bastante usada por machos é uivar em chamado de acasalamento, tentando as fêmeas a irem ao seu encontro. Há aquelas que caem em tentação ou, em momentos de perigo, revela sua posição. Mas Henna é diferente. Ela criou um jogo ao marcar algumas árvores com seu cheiro e Rômulo a segue, remarcando a mesma árvore e indicando que tal fêmea já tem um companheiro.
E assim, seguindo seu rastro, ele encontra sua companheira. Ela não está em forma lhupina. Está em forma humana e vestida.
Henna o esperava. Ela não se assusta ao vê-lo, mesmo quando Rômulo aproxima-se cauteloso de sua fêmea. Seu instinto diz para ser cauteloso ou Henna fugirá de si. Mas ela não recua. Nem mesmo quando seu rosto fica a centímetros da face séria do gigantesco lobo cinza.
Ela não o teme. O lobo é seu companheiro e jamais faria mal a ela. Henna é tão confiante neste fato que não importa-se de dar as costas e caminhar até o precipício onde pode ter uma visão do mar a distância. Ela ouve alguns estalos atrás de si e não se assusta quando sente fortes braços morenos musculoso e robusto segurarem sua cintura e puxá-la de encontro ao corpo nu atrás de si.
— Desistiu? — Rômulo sussurra próximo ao seu ouvido referindo-se a fuga e aperta sua cintura a fim de mantê-la presa fisicamente a si.
— Eu disse que desisti? — Henna provoca.
— Como posso convencê-la?
— Como acha que pode convencer-me? — Henna encosta sua cabeça no peito de seu amado e expõem o pescoço. É quando Rômulo inala o odor que tanto mexe com sua mente.
Ele sorri ao beijar seu pescoço como forma de sedução e pressiona seu membro no quadril de Henna. Quando ele mordisca a curva de seu pescoço, Henna esquiva-se e tenta sair de seu aperto recebendo um rosnado de desgosto. Para Rômulo é um sacrifício desgrudar do corpo se sua amada ao qual não tem intenção de facilitar.
— Rômulo… — Ela murmura e vira-se de frente para Rômulo sem importar-se com a nudez de seu companheiro. Ela passa os braços por seus ombros abraçando-o. — Sabia que posso fugir novamente?
Rômulo a prensa na árvore mais próxima com precisão deixando-a sem saídas.
— Não, não vai. — Rômulo afirma. — Porque você não quer fugir. O que você quer, companheira?
— Além de comida? — Henna sorri sedutoramente e morde seus lábios inferiores, fazendo Rômulo prender sua respiração como forma de controle. — Eu quero filhotes gêmeos!
Dizer isso foi como uma confirmação de acasalamento para Rômulo que não resiste a tentação ao avançar contra os lábios de Henna. Seu desejo é tão grande que Rômulo logo rasga o tecido das costas de Henna. Ele a tomaria naquela árvore sem exitar, mas Henna o empurra.
— Aqui não, Rômulo… — O instinto de acasalamento de qualquer macho é encontrar um local seguro para que a fêmea possa repousar. Rômulo se preocuparia com isso depois, mas ele não está em condições de negar algo a sua fêmea. Desafiaria o próprio Alpha se ele se colocasse entre ela e ele.
— Onde? — Henna sorri e tenta sair de seu aperto, no entanto Rômulo não permite. A desconfiança de uma fuga irá permanecer até Henna deite-se com ele. É o instinto paranóico de qualquer macho na Lua de Sangue. — Confie em mim…
Exitante, Rômulo recua permitindo que Henna saia. A primeira atitude da lhycan é saltar transformando-se em sua magnífica loba e correr de Rômulo que não tarda a persegui-la.
Seu instinto o obriga a capturar-la e tentar todos os seus métodos possíveis para acasalar até que a Lua de Sangue termine.
E ele teria capturado-a, se Henna não parasse repentinamente de correr, confundindo-o. Rômulo a encara abanar sua cauda com pontas cinzas e correr ao redor de uma árvore. Instintivamente, Rômulo vai atrás, mas Henna dá a volta na árvore.
Ela quer brincar. Ela tranquiliza seu companheiro com o comportamento brincalhão e permite-se ser pega. Abanando o rabo e lambendo excessivamente o pescoço de seu companheiro, Henna o distrai. Ela chia e rosna antes de voltar a correr, vez ou outra parando para despistar seu amado.
O desespero de capturar-la já não é tanto. O comportamento da fêmea não é de quem deseja fugir. Ela apenas brinca de pega-pega com seu companheiro entre as árvores até chegar à praia. Henna, alegremente rola pela areia clara e encara seu companheiro se aproximar. Ela o provoca, expondo sua barriga branca onde, futuramente, carregará os filhotes de Rômulo. Quando ele se aproxima tentado, ela corre, jogando areia em seu rosto.
Rômulo rosna.
Chacoalhando seu pelo acinzentado, Rômulo salta perseguindo Henna. Não tarda até ele alcança-la, mesmo ela sendo naturalmente mais rápida. Ela brinca com ele, empurrando seu corpo e pulando em Rômulo que entra na brincadeira, soltando rosnados, tomando a dianteira e jogando areia em Henna. Essa é sua vingança.
Mas a brincadeira logo acaba quando a praia acaba com a chegada de uma pedreira. Rômulo observa cautelosamente o lugar. Ele sente o cheiro de sua amada logo ao topo.
Alguns estalos são ouvidos atrás de si, ganhando sua atenção. Durante a Lua de Sangue, Henna, nua em sua forma humana, fica ainda mais tentadora. Seu corpo exala o odor do cio.
Seu olhar é logo direcionado naquela pequena gota de sangue escorrendo pela pele clara de sua coxa.
Ela está pronta…
Henna dá as costas, tentando-o Rômulo com seu quadril e caminha até às águas do mar, onde se banha. Rômulo não tarda até voltar a sua forma humana e juntar-se a sua amada, abraçando-a por trás.
— O que você quer? — Ele torna a perguntar. Henna sorri e aconchega-se completamente carente em seus braços.
— Sempre imaginei que meu primeiro acasalamento fosse nas água do mar. — Ela vira-se calmamente para ele, olhando em seus olhos dourados. — Assim como minha primeira vez com meu companheiro foi no lago de therez.
Rômulo sorri e atende seu pedido, envolvendo-a em um beijo calmo e sem desespero, apenas saboreando o momento. Suas mãos na cintura de Henna escorregam até as nádegas nuas.
A maré daquela madrugada estava calma. A Lua de Sangue iluminava o horizonte. O clima era perfeito para um acasalamento entre um casal apaixonado de lhycans.
Henna interrompe o beijo e olha completamente tímida para seu amado. Não é como se ela não estivesse acostumada a ficar nua na presença de Rômulo, mas a sensibilidade do acasalamento mexe com ela de uma forma que Rômulo deve conquistar sua confiança.
Rômulo já provou ser digno dela. Agora ele deve mostrar que é digno de gerar e proteger filhotes gerados com ela.
E sua forma de convencê-la é seduzindo-a com o olhar brilhante de seu lobo, encarando seus olhos quando seus beijos descem para seu busto, envolvendo seus seios sensíveis. Henna levanta sua cabeça contendo o gemido e Rômulo investe levando sua mão até o quadril, onde aperta.
Sua companheira rosna e afasta-se, mas Rômulo está tão embriagado com seu cheiro e novamente investe. O casal mergulha nas águas do mar.
Rômulo usa sua dominância usa sua dominância para seduzi-la, deixando-a sem atitude. Embaixo das águas, ele aproxima seu rosto do dela, tentado com a beleza de sua amada.
Mas em nenhum momento ele é tão ousado quanto antes. Henna quem o toca.
Ele chamou sua atenção com sua dominância e, nadando cada vez mais dentro do mar, ela o toca. Rômulo apenas sente, completamente imóvel. Será Henna quem irá engravidar e, por tanto, ele deve estar a mercê de sua amada.
Suas garras contornam os músculos de seu amado em cada curva de seu abdômen musculoso e sobem até o ombro. Quando ambos voltam a superfície, Henna lambe sua pele.
Rômulo ronrona, ganhando o olhar de Henna quando desce sua boca até sua virilha. Henna é extremamente ousada ao tocar em sua bunda, arranhando tão profundamente ao ponto de sair sangue. Rômulo não contesta. Sabe que ela irá testar-lo.
E assim, Henna o seduz, beijando seu membro, mas em nenhum momento inserindo-o em sua boca. Ela invés disso, contorna seu corpo e abraça Rômulo. Ela morde seu ombro e o seduz ao arranhar seu abdômen. A água do mar faz seus ferimentos arderem, mas em nenhum momento ele reclama. O ardor o excitava ao prazer.
Ele deixa Henna conduzir e fazer o que desejar com seu corpo sem reclamar ou impedir e ela não perde tempo em torturá-lo. Sua amada leva Rômulo a loucura ao seduzi-lo. É necessário muita força para não agarrá-la naquelas águas. Mas quando Henna o faz entrelaçar seus musculosos braços em torno de seu corpo enquanto sua perna brinca com a água, Rômulo não perdeu tempo ao seduzi-la.
Ele não a tocaria sem que ela permitisse. Ele seguiria seus desejos até que ela determinasse que ele quem comandaria o acasalamento.
E assim, ambos brincam, sobre sedução e desejo. Nadam sobre a água e risos de ambos os lados são tirados até o momento em que Rômulo tanto anseia chega. Henna permitiu que sua audácia ultrapassasse seus seios.
O oral que Rômulo proporcionou a Henna estando embaixo d'água foi majestoso. Ela não queria que ele parasse e ele não parou, saboreou seu sexo com gosto e perspicácia, fazendo um audacioso movimento com sua língua até que seu fôlego foi extraído para o mar.
Quando Rômulo voltou a olhar nos olhos de sua amada, viu desejo. Ele havia a convencido para um ritual de acasalamento e agora reivindicaria seu corpo.
— Enterrarei-me em você até ás bolas! — Afirma, louco de desejo e Henna teve certeza que nada o impediria disso. Lutar contra um lhycan que reivindica seu direito de acasalamento é algo que nem mesmo o Alpha ousa fazer.
Não havia como fugir antes e não haverá como fugir agora. Naquelas águas, Rômulo reivindica seu direito de tocar em seu corpo, beijando seus seios e estimulando seu clitóris com os dedos. Até mesmo insere um de seus dedos, fazendo movimentos que alucinam a Lhycan. O segundo dedo deixa Henna incapacitada de formular uma frase.
Sobre beijos e carícias, Rômulo a leva novamente até a praia, deitando-a sobre a areia, tocando e beijando sua companheira. Ele continua a dar o tratamento digno que seus volumosos seios necessitam ao massageá-los com uma mão enquanto a outra continua em seu sexo. Ele beija seu colo e mordisca seu pescoço. O frio daquela madrugada de Lua de Sangue não incomoda a Lhycan.
A Lhycan nada faz com seu companheiro. A possessividade dele é tanta que ele não dá oportunidades dela a tocar. Ela quem deve sentir prazer. Henna fica cada vez mais sedenta por esse prazer e chia em agonia. Ela quer mais…
Abrindo as pernas de sua amada e cruzando-as sobre sua cintura, Rômulo a provoca roçando seu membro ereto sobre o clitóris de Henna. O movimento lento e torturante faz q lhycan fincar suas garras sobre a areia daquela praia e rosnar.
Ela quer Rômulo em seu interior, estocando e movimentando-se como uma fera que é!
— Maldito! — Ela pragueja contra ele. Rômulo sorri.
— Não gosta, companheira? — Ele aproxima seu rosto do dela e beija seu queixo, arrepiando-a.
— Previsível… — Ela diz orgulhosa enquanto segue seu desejo e se remexe contra o sexo de Rômulo.
Tendo seu ego provocado, Rômulo faz menção de penetra-la, mas sempre se retirava, frustrado sua fêmea até o momento em que ele mesmo não se contém e a invade recebendo um alto grito em seu ouvido.
— Imprevisível! — Rômulo sorri e morde seus lábios com o seu próprio prazer.
Apertada…
Já havia transado várias vezes com sua amada, mas aquilo não era um sexo movido por uma simples tesão da noite. Era um acasalamento. Seu corpo necessita do corpo dela mais do que nunca. Ele precisava invadi-la com seu membro e saboreá-la na época mais sensível e frágil por três noites e três dias.
Ele não exita em suas estocadas. Permanecendo firme e preciso em seus movimentos de vai e vem, querendo cada vez mais sentir Henna apertando-o e sugando-o cada vez mais para dentro de si.
— Rômulo… — Henna geme. Ela o chama.
Rômulo nada diz. Ele permanece concentrado em seus movimentos, apertando Henna contra seu robusto corpo. Ele está possessivo. Ele geme ao ir mais fundo em seu interior mas em nenhum momento larga sua companheira. Mataria quem opuser-se em sua frente apenas para sentir mais e mais de sua companheira.
Um lobisomem em seu estado é com certeza um perigo. Atraídos pelo sangue do cio que escorre da vagina de Henna, outros lobos permanecem a distância, observando. Mas nenhum sequer ousa desafiar Rômulo. A dominância de sua fera permanece no ar, revelando sua força e ferocidade. Sua possessividade ao manter Henna colada em si revela o quanto ele está disposto a dividir-la.
Ele sente a presença dos lhycans mas ignora. Sua companheira é mais importante. Sempre será. Eles deveriam sair, no entanto, os gemidos de Henna os prendem.
Cada estocada, Henna anseia mais e mais pela próxima. Seu sexo sedento aperto o membro de Rômulo, provocando roucos rosnados de prazer. Há pura luxúria em seus olhos. Mas no olhar brilhante de Rômulo há algo mais.
Seu ego masculino está alto. Ele sente-se orgulhoso da paisagem que seus veem. Sua fêmea com as bocas entreabertas, expondo seus seios e chamando por ele. Ela não controla seus gemidos. Tamanho é o prazer que Rômulo proporciona a ela que Henna que todo seu corpo clama por mais e mais.
Rômulo cumpre suas expectativas, beijando e saciando-a de forma tão intensa que não tarda até Henna sentir seu orgamo vir, um atrás do outro. Ela arranha as costas de seu companheiro, tão profundamente que suas unhas penetram na carne, marcando-o com uma trilha de sangue com seus dedos. Rômulo morde os lábios. Ele não se incomoda. Ele gosta.
Henna grita com a sensação dos múltiplos órgasmo que deixa seu corpo incapacitado e interinamente entregue ao lhycan que não para. Mais do que nunca ele vai fundo e forte, com ferocidade.
— Ah! — Ele ergue sua cabeça e logo após olha para seu sexo em movimento. Henna morde os lábios sentindo-o com extrema sensibilidade.
Rômulo rosna e aperta a cintura de sua amada com uma de suas mãos quando novamente sente Henna apertando-o em sinal de um novo órgasmo. Mas dessa vez, ele a acompanha.
— Oh! — A sensação que ambos compartilham um com o outro é tanta, que Rômulo esmaga uma uma pedra quando sente-se no limite do prazer. Ele goza.
Gemidos roucos são liberados quando seus jatos quente de esparma é esguichando dentro de Henna que sente suas pernas tremerem. Ela chama por ele, abraçando-o.
Rômulo encara os olhos de Henna, completamente satisfeitos. Ela está cansada. Seus olhos pesam e logo ela se acolhe nos músculos de Rômulo, que beija sua testa e acolhe. Ele sorri e acaricia seus cabelos.
— Descanse, companheira… — Sussurra.
Rômulo estava feliz. Tinha sua companheira em seus braços e a manteria ali pelos próximos 3 dias, protegendo-a e amando-a como apenas ela merece. Orgulhoso, ele marca sua presença e uiva para a lua.
Ele pede a benção de um filho e marca sua presença. Os lobos que observavam recuam esperando uma oportunidade para agir. Rômulo é uma ameaça a qualquer um que aproximar-se da praia. Matará qualquer um por pura selvageria devido ao extremo ciúmes e possessividade que desenvolveu durante o ritual de acasalamento.
Todo e qualquer lobo desenvolve esse ciúmes e possessividade durante o ritual. Quanto mais forte o lobo, maior é o perigo que representa. Embora nenhum macho se quer descontaria essa sua agressividade em sua fêmea, isso não se aplica a um único casal naquela Lua de Sangue:
O Supremo Alpha e a fêmea ao qual ele irá reivindicar como sua companheira nesta gloriosa noite; Nhyara.
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