Capítulo 4


Uma semana depois

As sirenes  estavam brilhando e Jungkook podia ver o Chevrolet branco na frente dele derrapando aqui e ali nas estradas escorregadias e frias. Era por volta das seis da noite e a luz do sol já havia desaparecido.

— 10-80 de um 10-57 — o alfa rosnou para o despachante, fazendo uma manobra arriscada para impedir que seu carro de patrulha batesse em uma lata de lixo descartada na rua. Eles estavam atingindo altas velocidades e o carro estava indo em direção à rodovia.

// 10-4, todas as unidades temos um 10-80 // o despachante instruiu para todos os carros.

— 10-78, indo para a rodovia 80!

// Copiar, todas as unidades, 137 //

Jungkook se ajustou ao volante e desviou seu carro para a direita, perseguindo o criminoso agora quase lado a lado.

— Oh merda! — arregalou os olhos quando a janela do lado do passageiro foi aberta e começaram a disparar contra ele. — 10-32! Eles estão atirando em mim, porra!

// Todas as unidades, todas as unidades //

— Filho da puta. — Jeon tinha que acabar com isso rapidamente, ele podia ver outros três carros de polícia em seu espelho retrovisor com as luzes acesas enquanto o meliante continuava a atirar. — Porra!

// O tráfego foi alterado para estradas claras //

— 10-4!

O alfa sabia o que ele tinha que fazer, ele não podia deixar esses filhos da puta loucos continuar em alta velocidade e atirando na rodovia. Ele pisou no acelerador e rapidamente alcançou o carro pelo lado do motorista, Jungkook se preparou para o impacto e, em seguida, puxou o volante para a direita diminuindo um pouco a velocidade, a frente de seu pára-choque bateu na parte traseira deles, fazendo o carro branco perder o controle.  Manteve o pé no freio para se certificar de que ele não perdesse o controle no processo enquanto o carro girava e derrapava. O carro do meliante girou até que o motorista estivesse no lado oposto de Jeon e atingiu uma árvore, o mantendo preso.

Manobra de pit perfeitamente executada.

Os pneus do alfa chiaram e Jungkook estava fora do carro, com sua arma apontada para a porta do motorista.

— Saia do carro com as mãos para cima! — Jeonrugiu, seus olhos indo e voltando do tom escuro para o vermelho alfa. Os outros carros da polícia os rodearam rapidamente, sete policiais com suas armas em punho se aproximaram da cena e apontaram para o veículo batido.

A porta do lado do motorista se abriu devagar e um ômega macho, grávido, saiu com as mãos para o alto e um olhar aterrorizado no rosto.

Enquanto todos estavam focados nele, Jungkook viu o passageiro recarregando a arma com a qual havia disparado contra ele.

— Abaixem-se! — o alfa gritou e o ômega caiu de joelhos quando o passageiro escondido apontou a arma para atirar contra os policiais da porta aberta do carro. Jeon puxou seu gatilho duas vezes, atingindo seu alvo enquanto o ômega ajoelhado no chão gritou horrorizado.

Os outros policiais se aproximaram e tudo se tornou um borrão depois disso.

O alfa encontrava-se em sua mesa uma hora depois, preenchendo a montanha de papel que ele tanto odiava, e também descobriu que a vítima atingida havia sobrevivido. Pelo menos isso.

— Ei, Jungkook, tem alguém aqui para te ver! — o alfa olhou para seu companheiro oficial, um homem de meia idade rabugento chamado Seojun.

Jungkook não tinha ideia de quem viria até aqui para vê-lo.

Taehyung gostava desta pequena lanchonete, era pequena como um buraco na parede, mas silenciosa e limpa. Havia apenas duas outras mesas além da dele. A dona era uma beta chamada Jennie e ela adorava Yeonjun. Ele vinha aqui uma vez por mês, adorava a sua deliciosa e barata comida caseira, e Yeonjun amava o pudim de banana caseiro feito pela beta.

Sentou-se numa mesa junto às grandes janelas da frente depois de colocar o filhote em sua cadeira alta. Era por volta de pouco depois das sete, na hora do jantar, e o queixo de Yeonjun estava coberto de pudim, fazendo Taehyung rir dele. Grandes olhos negros, felizes e amorosos olhavam para ele, e o ômega limpou o rosto de seu filhote, acariciando sua bochecha cheinha fazendo uma risada doce escapar dele, ganhando um sorriso afetuoso de Jennie que veio do balcão para ligar a televisão.

Taehyung olhou para a beta, ouvindo-a proferir um som desaprovador para a TV.

— Olhe para esses idiotas. Eles estão loucos atirando contra a polícia. — disse ela antes de se sentar atrás do balcão.

O canal estava exibindo uma notícia sobre uma perseguição de carro. A vista do helicóptero mostrava carros da polícia indo atrás de um carro branco e ele podia ver o passageiro sair pela janela com uma arma. A TV estava em silêncio, mas as legendas estavam exibidas na parte inferior.

Taehyung podia ver claramente o carro da polícia, Unidade 137. Os olhos do ômega se arregalaram, esse era o carro de patrulha de Jungkook.

A notícia sobre a perseguição e os tiros continuou e em seguida, mostrou o carro de Jeon batendo no carro branco.

— Jennie, temos que ir! — anunciou Taehyung quando começou a juntar as coisas de seu filhote. Yeonjun o observando com seus pequenos olhos bem abertos.

— Tudo ok?

— Sim, eu... eu só preciso ver alguém!

— Bem, tudo bem, tome cuidado! — ela disse quando Taehyung lhe entregou o dinheiro para pagar seu jantar.

— Eu vou! — o ômega agarrou seu casaco, e uma vez que ele tinha certeza de que Yeonjun estava bem aquecido em seu casaco de inverno azul escuro, ele apanhou sua bolsa de fraldas e pegou seu filhotinho, saindo pela porta para encarar a noite fria.

A delegacia era muito mais aterrorizante do que Taehyung pensava. Ele segurou Yeonjun firmemente contra si, agradecido por sua jaqueta cobrir seu pescoço completamente, mantendo seu status de profissão ômega bem escondido de todos os grandes alfas que continuavam caminhando ao redor dele no lobby.

Olhos vagavam sobre ele, o ômega podia sentir seus olhares aquecidos e odiava o quão vulnerável ele se sentia. O beta na recepção havia lhe dito que esperasse até que o oficial Jeon estivesse disponível na área de estar, mas Taehyung não queria se sentar. Ele se sentia um pouco melhor ficando mais escondido com seu casaco e Yeonjun em seus braços.

Ele observava com olhos assustados e preocupados enquanto os oficiais entravam e saiam com pessoas algemadas, todos lhe dando olhares cheios de luxúria.

Jeon abriu a porta da sua pequena sala para atravessar o quarteirão das mesas dos policiais, e imediatamente viu o ômega de pé com Yeonjun em seus braços, mantendo o pescoço coberto. Ele podia ver outros alfas apenas olhando para Taehyung. Seu pescoço poderia estar coberto, mas nada poderia esconder o fato de que ele era um ômega, e um desses pequenos e bonitos. Mesmo com um filhote em seus braços, estava claro que ele não pertencia a este lugar, e ele também não cheira como acasalado ou reclamado.

O ômega estava vestindo jeans pretos apertados com botas baixas até metade das panturrilhas, e seu casaco de pele marrom, enquanto Yeonjun estava com uma jaqueta azul escura parecendo muito quentinha, e uma pequena calça jeans.

— Tae? — aqueles belos olhos avelãs olharam para ele e o sorriso com o qual ele cumprimentou Jungkook, fez seu coração bater mais rápido. Suas bochechas estavam cor de rosa por causa do frio e seus lábios um pouco secos. — Está tudo bem? O que você está fazendo aqui? — o alfa perguntou calmamente, ninguém mais ali precisava ouvi-lo.

— Eu vi a perseguição na TV, e eu só queria ter certeza de que você estava bem... — admitiu Taehyung, de repente se sentindo muito estúpido quando ficou óbvio. Jungkook estava desconfortável por ele estar lá. Talvez o alfa não quisesse que alguém soubesse que ele era simpático e amigável com um ômega... um ômega como ele.

Já fazia uma semana desde que ele viu o alfa pela última vez, naquela noite em que ele lhe ofereceu um emprego, e ele estava esperando que Jungkook voltasse novamente, mas ele não tinha... Taehyung não tinha mais o número do alfa para ligar pra ele... o ômega nem mesmo tinha um telefone em primeiro lugar.

— Eu já estou indo, desculpe! — o ômega disse, vendo o alfa olhar ao redor deles para ver quem os observava. Ele engoliu o bolo de emoções repentinas que o atingiu e se virou para sair quando Yeonjun finalmente viu Jungkook e estirou seus bracinhos para ele, fazendo barulhos felizes.

— Está tudo bem, só estou surpreso que você tenha vindo aqui! — o alfa disse rapidamente e tirou o filhotinho de seus braços, fazendo caras patetas para o pequeno. Yeonjun riu e bateu palmas para ele. — Você andou até aqui?

— Sim! — Taehyung respondeu, amando o quão fascinado Yeonjun estava com Jungkook, seu filhote estava louco pelo alfa. — Eu, uh, eu estava esperando que você aparecesse para...

— Me desculpe, foi uma semana realmente louca! — o alfa começou, seus olhos preenchidos com tanta adoração enquanto olhava para o filhote, e isso fez Taehyung sentir seu coração se aquecer. — Você queria falar sobre isso?

— Eu queria te dizer sim. Eu realmente não posso agradecer o suficiente, eu-...

— Você não precisa me agradecer. Isso nos ajudará muito, ambos. Um trabalho para você e um lugar seguro para o Yeonjun, e você estará me ajudando. Tenho que avisá-lo, eu sou um pouco bagunceiro.

Taehyung bufou uma risadinha.

— Tenho certeza de que vai ficar tudo bem!

— Ótimo. Quando você quer se mudar?

Taehyung não conseguia esconder totalmente o rubor de suas bochechas, ele esperava que o alfa pensasse que era só por causa do frio lá fora.

— Quando for conveniente para você.

— Estou de folga na segunda-feira, posso ir até lá pela manhã e ajudá-lo a arrumar suas coisas.

— Ok! — Yeonjun estava aconchegado contra o pescoço e o ombro de Jungkook, os olhos fechados e a boca aberta. Ele já estava meio adormecido.

— Você é realmente bom com ele. — Taehyung disse calmamente, apreciando aquela cena secretamente dentro dele, sua mente viajando para o desejo proibido de que Jungkook fosse o pai de Yeonjun.

— Sim, bem, ele é um grande filhote. E ele torna isso mais fácil! — disse Jungkook, em seguida acariciou o filhote adormecido que apenas apertou uma mãozinha em seu uniforme e se aconchegou mais contra ele. — Venha, eu o levarei para casa.

— Você não precisa, você está trabalhando e...

— Tae, eu não vou deixar você ir caminhando para casa, está congelando lá fora e você está com Yeonjun. Meu turno termina em vinte minutos.

— Ok! — Taehyung não conseguia encontrar motivos para argumentar. Ele estava com frio e cansado, e Yeonjun já estava dormindo nos braços de Jungkook.

— Venha, você pode ficar na minha mesa enquanto eu termino uma papelada. Você quer café ou algo assim? — Jungkook estava falando baixo não querendo despertar Yeonjun, e isso fez com que Taehyung se apaixonasse ainda mais pelo alfa.

— Hum... talvez chá?

— Sim, nós temos isso. — o ômega seguiu o grande alfa pela porta indo para a parte de trás do recinto, vendo todos aqueles oficiais ocupados com sua papelada, no telefone, ou lidando com pessoas sentadas em suas mesas. Ele seguiu Jungkook até quase o fundo da delegacia para um escritório que continha duas mesas.

Era quieto e um pouco isolado.

— Esta é a minha mesa, voltarei logo com o seu chá... — Jungkook ficou um pouco confuso com o que fazer com Yeonjun adormecido em seus braços, ele realmente não queria acordar o filhote, e ele estaria mentindo se dissesse que não estava desfrutando de ter o pequeno se sentindo seguro o suficiente para segurá-lo tão firmemente e dormir tranquilamente em seus braços. — Eu, uh... vou ter cuidado!

Taehyung observou a luta interior do alfa, ele claramente não queria acordar o filhote. O ômega confiava em Jungkook. Ele confiava muito, e essa certeza se concretizou enquanto ele assistia o alfa sair da sala e ir em direção ao que ele imaginava ser a cozinha da delegacia com Yeonjun em seus braços.

— Nós estávamos apostando sobre por que sua ex, aquela linda professora ômega terminou com você... — disse Kim Namjoon, enquanto outros dois oficiais, Jeongin e Yeonjun se aproximavam.

— Por que vocês idiotas ainda estão perguntando sobre isso? Foi há quatro meses. Vocês não têm suas próprias vidas para cuidar? — o alfa rosnou, fazendo Yeonjun levantar a cabeça e olhar para ele com olhos surpresos e assustados.

— Desculpe filhote, não estou rosnando pra você. — ele disse balançando o pequeno e fez uma careta pateta, fazendo Yeonjun rir sonolento antes de se aconchegar contra Jeon mais uma vez.

— Bem, você sempre consegue essas pequenas ômegas gostosas e então elas dispensam você, é interessante... — Jeongin disse, observando Jeon com o filhotinho, arqueando uma sobrancelha.

Jeon e os rapazes regularmente frequentam um bar local no centro da cidade, todos acabam encontrando ômegas que eles se interessam, mas a maioria dos casos não passa de algumas noites noventa por cento do tempo. Jeon estava saindo com uma bela ômega, que foi o último dos seus curtos relacionamentos. Isso também começou os rumores e especulações sobre o porquê de seus relacionamentos não passarem de alguns poucos meses. Yuna, a professora de jardim de infância foi um de seus mais longos.

— De quem mesmo é esse filhote?

— Do ômega que cuida da minha casa.

— Não sabia que você tinha um ômega em casa...

— Vocês são realmente curiosos por nada.

— Seohee, sabe? Ela já age como sua mãe, mesmo que seja mais nova que você. — Yeonjun disse, fazendo os outros rirem.

O beta da cafeteria finalmente lhe entregou o chá.

— Vocês todos são idiotas, com exceção de Chan. — Jeon disse quando se virou para sair, fazendo Eunwoo bufar e os outros voltarem para a aposta.

Por que a ômega professora de jardim de infância, Yuna alguma coisa, deixou Jeon. Antes disso, era outra ômega enfermeira e antes disso, uma ômega empregada doméstica. Os Oficiais olharam para Eunwoo, sabendo que o mau humorado alfa conhecia os eventos em torno dos relacionamentos fracassados de Jeon.

— Venha Chan, você pode nos contar. — disse Kim Namjoon, enquanto os três homens riam.

Eunwoo apenas sacudiu a cabeça e saiu da Cafeteria.

Depois de aceitar o chá que lhe foi oferecido e deixá-lo aquecer seu interior, enquanto esperava e assistia Jeon terminar sua papelada com apenas uma das mãos, Taehyung estava observando silenciosamente a cena à frente dele.

O alfa em sua mesa, com as sobrancelhas franzidas concentrado em escrever seus relatórios com a mão direita, enquanto segurava um Yeonjun adormecido com o braço esquerdo. A pequena boca do filhotinho se entreabriu um pouco e ele acabou babando no uniforme preto do oficial. Era a cena doméstica perfeita e o coração de Taehyung apertou-se.

Depois de vários, mas tranquilos minutos, Jeon levantou-se para finalmente levá-los para casa.

Todos os olhos acompanharam Taehyung seguindo Jeon enquanto saíam da delegacia. O ômega estava agradecido pelo escritório de Jeon ser bem isolado. Haviam tantos alfas naquele departamento, e isso era um pouco aterrorizante.

O estacionamento estava tranquilo. Taehyung foi capaz de pegar Yeonjun dos braços de Jeon, o filhotinho se agitou momentaneamente até estar contra sua Mama, e se acomodar mais uma vez calmamente. O ômega beijou os cabelos bagunçados de seu filhote e o segurou contra ele, enquanto Yeonjun ressoava feliz em seu sono com a mistura dos aromas de Jeon e de sua Mama. Taehyung queria impedir-se de inalar os seus aromas misturados tão ansiosamente, mas ele não podia ajudar a si mesmo.

— Então, o segundo andar será todo seu, você e Yeonjun terão seus próprios quartos. Meu quarto fica embaixo, assim como uma pequena academia que mal consigo usar. — Jeon começou, falando suavemente para não acordar o filhotinho. — A cozinha é totalmente nova, com dois fornos, mas nunca os uso, como já disse, eu mal fico em casa. Também pensei que eu deveria lhe dar um cartão de crédito vinculado a minha conta, para que você possa comprar mantimentos e coisas para a casa, e não precise esperar por mim para pegar dinheiro quando você precisar. O seu salário eu depositarei diretamente na sua conta.

— Eu não tenho uma conta... meu status de profissão é um "não" automático.

Jeon assentiu e lambeu os lábios ao fazer uma curva em uma rua escura.

— Bem, seu status de profissão irá mudar e nós descobriremos uma maneira de lhe conseguir uma conta bancária. Alguns até tem opções para fundos universitários para filhotes.

Taehyung só conseguiu olhar para Jeon completamente admirado. O alfa era bom demais para ser verdade.

Jeon conduziu o carro de patrulha para a casa do ômega, apertando seu maxilar quando viu aquele bairro degradado. Ele odiava saber que o belo ômega vivia ali, mas logo Taehyung e seu filhote estariam seguros sob seu teto.

— Obrigado por tudo! — disse Taehyung quando saiu do carro com Yeonjun e a bolsa do filhotinho sobre o ombro.

— Eu vejo você na segunda-feira. — Jeon disse e observou o ômega se dirigir para a porta da frente. O alfa permaneceu ali até ver a porta se fechar atrás do ômega e as luzes se acenderam dentro da casa.

Quatro dias. Quatro dias até Taehyung ir viver com ele e ser o ômega de sua casa. Jeon refez seu caminho e foi para casa.

Taehyung tinha medo deste alfa. Seu locador era intimidante e assustador, mas geralmente bom para Taehyung, especialmente quando queria favores sexuais.

O ômega assistia Junho caminhando de um lado para o outro em sua sala de estar, claramente irritado com o ômega. Taehyung acabara de dizer ao alfa que ele estava se mudando em dois dias, e que já estava lhe entregando o dinheiro para o aluguel do mês inteiro de qualquer maneira, mas as feições do alfa ficaram enraivecidas e ele começou a andar sem dizer uma palavra.

Junho empurrou o dinheiro no bolso de seu jeans e depois rodeou o ômega, sorrindo maliciosamente para ele, fazendo Taehyung dar um passo para trás, e o alfa gostava de ver aqueles grandes olhos avelãs cheios de medo.

— Veja, eu estava mesmo querendo vir vê-lo, quero seus serviços Taehyung. — ele disse, sua mão agora acariciando o rosto assustado do ômega.

— Eu não faço mais isso. — Taehyung tentou dizer a ele com os lábios tremendo. Ele estava a poucos dias de sair e começar uma nova vida como um ômega de casa, uma profissão respeitada, mas suas palavras só fizeram Junho sorrir mais largo, mostrando os caninos afiados.

— Engraçado, não vejo nenhum colar em você, e não vejo nenhuma marca de acasalamento. Você ainda é apenas uma puta, e uma boa puta faz o que lhe é dito. — o alfa o agarrou pelo cabelo firmemente e o jogou no sofá, pressionando seu rosto contra o estofado com uma mão, e em seguida puxou as calças de moletom que o ômega estava usando com a outra.

— Não! — Taehyung lutou contra ele e o alfa deu um soco em seu rim esquerdo, o fazendo perder todo o ar e uma onda de dor tomou o corpo de Taehyung, fazendo ele gritar. Ele sentiu o alfa cuspir contra sua entrada antes de forçar dois dedos para dentro. Taehyung ainda estava tentando respirar após o soco, atordoado com a dor sufocante.

— Nós sempre nos divertimos tanto juntos. — Junho zombou.

O alfa começou a desabotoar o jeans e Taehyung tentou escapar novamente, apenas para que Junho o golpeasse exatamente no mesmo lugar, fazendo com que a dor se espalhasse por todo o corpo de Taehyung. Ele mal conseguia juntar ar suficiente em seus pulmões para chorar, e não teve tempo de se recuperar quando o alfa começou a empurrar seu pau enorme contra a sua entrada mal lubrificada.

— Um buraquinho tão apertado para uma puta... Mmm... — o alfa empurrou-se para dentro dele lentamente e Taehyung tentou se afastar, apenas para o alfa agarrar seu pescoço por trás com ambas as mãos e começar a estocá-lo fortemente, fazendo Taehyung gritar de dor.

— Mama! — Yeonjun de repente começou a lamentar e a chorar de seu cercadinho no outro lado da sala, praticamente gritando.

O alfa estalou os quadris uma vez, duas vezes, e depois puxou seu pau para fora, ejaculando por todo o traseiro e as costas de Taehyung.

— Vejo você por aí puta! — o alfa puxou seus jeans de volta e se afastou, dirigindo-se para a entrada e batendo a porta ao deixar a casa.

Taehyung gritou no sofá junto com seu filhote que chorava por ele. Ele se sentia doente, sujo, e todo o seu corpo doía... ele olhou para o seu filhotinho sentado no cercadinho olhando para ele chorando.

Taehyung rezou pela milionésima vez que Yeonjun não se apresentasse como um ômega...


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