Capítulo 15 - Inesperado
Minha cabeça doía quando abri os meus olhos. Arxos estava sentado ao meu lado em uma cadeira com as mãos em seu rosto. Eu estava deitado em uma maca, havia soro em meu braço e uma bandeja com comida em uma mesinha próxima a entrada do que parecia ser um pequeno ambulatório.
Suas mãos descem e pendem no ar então ele olha para mim, um largo sorriso nasce em seu rosto. Ele se postou ao meu lado e me ajudou a me sentar na maca, respirei fundo e olhei para meu corpo.
- Você esta melhor?
- Nem mesmo sei o que houve.
Ele se agacha e segura minha mão a beijando e olhando nos meus olhos.
- Desidratação e porque passou muito tempo no galpão sem se alimentar. Você me deu um baita susto, fiquei preocupado com você.
Esbocei um leve sorriso.
- Você fala como...
Silencio.
Ele pareceu entender a mensagem. Fechei os meus olhos e respirei fundo novamente, minhas pernas penderam quando fiz menção de me levantar, Arxos se postou ao meu lado e me deu apoio. Meus pés tocaram o chão e não as senti, meu corpo estava indo em direção ao chão.
- Uou, calma. Você não esta bem. Melhor você voltar e se deitar, posso falar o que houve aqui mesmo.
- Não. Se quer que eu escute mesmo eu preciso estar com os dois presentes.
As ideias começavam a se aglomerar em minha mente. Eu sabia que havia algo não se encaixava e estava ligado ao fato de um tomar o lugar do outro.
- Esta bem. Se apoie em mim.
Arxos se comportava com Marxos, ou Marxos se comportava como Arxos. Minha mente tentava processar tudo o mais rápido que podia. Ele me levou por um corredor largo de piso em mármore negro e de paredes brancas, no final dele estava o enorme galpão os televisores chiavam e cessaram quando pusemos os pés no galpão.
Minha cadeira não estava onde deveria, ela estava próxima ao lugar onde Arxos se postava para falar com Marxos. Ele me colocou na cadeira e olhei para Marxos, ele estava com uma expressão sarcástica em seu rosto quando olhava para Arxos e sorria de forma amável para mim. Isso estava ficando fora de controle.
- Vejo que esta melhor meu amor. – disse Marxos amavelmente.
- Você não tem direito de falar com ele!
- Cale essa maldita boca Arxos e pense bem, o que você vai ganhar com isso? Só o desprezo do Gui. Ele não ama você.
- Ele não sabe a verdade ainda.
- Ah ele sabe sim. Sabe que você é um canalha, que queria ganhar apenas uma aposta....
- Calado!
A face de Marxos foi levada a direita, de sua boca saia saliva misturada a sangue e no instante seguinte ela pendeu enquanto Marxos ria.
- Faça como quiser maninho. Eu já perdi as esperanças em você.
- O que aconteceu na verdade foi isso Guilherme...
- Espera eu estou mesmo ouvindo isso do meu irmão que disse que jamais ficaria preso a universidade com um bando de piralhos crescidos?
- As coisas mudam Marxos, você mesmo já disse que eu deveria mudar um pouco.
- Não espera não estou acreditando no que esta acontecendo aqui....
Caio boceja e se estica, em seguida ele se levanta e se escora nos ombros de Marxos o beijando na boca logo em seguida. Ele estava sem roupa e podia ver que ele estava excitado.
- Porque você não se veste garoto?
- Ei mais respeito com meu amor... – disse ele beijando Caio.
- Então do que se trata a conversa de vocês? – disse ele curioso enquanto acariciava seu pau.
- Meu irmão se apaixonou por um aluno meu.
- Hmmm... e porque você não deixa ele dar as aulas e podemos curtir juntinhos? – sugeri Caio.
- Porque seria uma ótima ideia para apostar. O que acha mano?
- Não. Ele não merece isso.
- Não seja um estraga prazeres irmãozinho. – dizia Marxos enquanto a cabeça de Caio se aproximava de sua bermuda, ele a abria e mostrava o pau ereto e guiava a cabeça de Caio ate ele que chupava o pau com fome e desejo.
- Pelo amor de Deus vocês precisam fazer isso agora?
Caio da um sorriso malicioso e segura meu pau por cima da calça. Solta a pica de Marxos e vai em direção ao meu rosto.
- Vamos brincar? – dizia Caio quase me beijando soltando seu halito quente em meu rosto.
- Dá pra sair de cima ou prefere que eu enfie um soco na sua cara? – o olhei com ódio nos olhos.
Ele sorri e volta a se aproximar de Marxos, chupando-o com ferocidade.
- A posta é a seguinte, vamos trocar de lugar. Você terá alguns dias para conseguir conquistá-lo, mas se eu conseguir tomar ele de você, seu castigo será vê-lo sendo enrabado por mim enquanto ele geme pelo seu nome.
- Eu não vou aceitar isso.
- Não irmãozinho? Caiu que tal você encontrar com o jovem Guilherme. Esse tipo de garoto é fácil de ser enganado e mais fácil de ser comido, basta dizer que o ama. – disse ele sorrindo maliciosamente.
- Sou eu quem você ama Guilherme, eu sou o cara que se apaixonou por você. Marxos só queria ganhar a aposta e para poder fuder você.
- Você é um cretino Arxos. Gui jamais vai acreditar em você! – ele cuspiu em direção a Arxos.
Então a minha mente começou a passar um emaranhado de memórias, imagens confusas de momentos que passei ao lado dos dois.
- Calem-se! – minha voz ecoou em todo o galpão. – Eu não posso. Eu continuo sendo usado. Eu não sei em quem devo acreditar.
- Ninguém se mecha!
Um grupo de homens invadiu o galpão, todos usavam roupas negras e estavam com capacetes que cobriam suas faces. Eles cercaram os gêmeos enquanto um deles se aproximou de mim.
- Esta tudo bem senhor?
Olhei para o mesmo sem entender o que estava acontecendo.
- Quem são vocês?
- Infelizmente seus seguranças. – disse Math caminhando em minha direção.
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